Feliz Aniversário - Dramione escrita por Grind


Capítulo 2
Capítulo 2 - Única




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Feliz Aniversário – Dramione / Capítulo 2 – Única

Draco Malfoy~*

— Mundo pequeno não é?

Ela parou, não virou na minha direção me deixando cada vez mais nervoso e curioso.

— Como sabia que era eu?

— Eu reconheceria esse perfume em qualquer lugar.

Ela abaixou a cabeça e presumi que deveria estar corada,e provavelmente sorrindo.

— Tanta correria, e você nem ao menos sabe quem eu sou.

— Não me permitiu vê-la. Em nenhum de nossos encontros.

Ela riu sarcasticamente.

— Isso é ridículo.

— Por quê? –Eu me aproximava a passos lentos.

— Você teve diversas oportunidades de me conhecer, só não o fez, por causa de uma porcaria de sangue.

Vasculhei em minha mente quem ela poderia ser, mas ainda sim não cheguei em conclusão nenhuma.

— Ainda não decifrei.

Ela suspirou cansada.

— Olha Draco, não tenho tempo pra isso, tenho-

— É casada? – A interrompi, e tive um leve pressentimento de que ela não gostou.

— Não.

— Comprometida com alguém?

— Não.

Estava atrás dela agora, e ela sabia disso, sei que sentia a minha presença. Afaguei o rosto em seus cabelos desfrutando de seu perfume, ela permaneceu imóvel.

— Não vai me deixar ver o seu rosto?

— Iria acabar com toda a mágica assim.

— Não, não iria. –Falei manhoso no pé de seu ouvido –Não iria.

Ela jogou a cabeça para trás, e tive a impressão de que estava com os olhos fechados. Mais rápido do que e pudesse presumir, ela se virou me dando um beijo casto nos lábios, como havia feito há cinco ou seis anos atrás, e foi ai que eu percebi que ela fugiria de novo.

Antes que abrisse a porta do carro, segurei em seu braço, ela tentou se soltar, mas segurei o outro. Forçando-a a andar para trás, a luz vinha logo em seguida.

— Draco não. Draco me solte, Draco! –Ela pedia desesperadamente, como se ela fosse uma fera prestes a ser solta.

Na luz, meu mundo caiu. E suas orbes castanhas se encheram de lagrimas. Cai de joelhos, mas ela permaneceu ali.

Hermione Granger?

— Não, impossível–Disse a mim mesmo, mas soou alto o suficiente para que ela escutasse, e a escutei fungar, reprimindo a tristeza.

Não esperava uma coisas dessas. Era tão incomum. Algo que jamais chegara passar em minha mente. Ela estava certa, tive milhares de oportunidades de conhecê-la e as joguei no lixo por uma porcaria de orgulho bruxo que não possuía sentido algum.

Não havia cogitado a possibilidade, de que havia passado cerca de cinco ou seis anos apaixonado por uma garota sem nome e sem rosto, que anos mais tarde descobriria ser Hermione Granger.

Granger, como costumava chama-la. Chamar pelo primeiro nome sempre me pareceu muito intimo. Ela deu um passo como que iria embora. E mesmo sendo Hermione Granger, eu não poderia permitir.

— Não, espere –Coloquei a mão delicadamente em sua perna –Fique.

Olhei para cima, e seu rosto estava borrado de maquiagem graças às lagrimas. Foi ai que eu percebi, que isso não fazia dela menos bela, afinal até minutos atrás eu não havia percebido que Hermione Granger era tão linda.

Ela me analisou por alguns segundos, procurando em meus olhos algum resquício de que eu pudesse estar apenas “curtindo” com a cara dela. Ela se ajoelhou a minha frente. Segurou em meu braço ajudando-me a levantar e caminhamos até o carro, apesar de eu ainda estar um tanto atordoado.

Sentei-me no banco do passageiro e ela no do motorista. E assim permanecemos por mais alguns minutos até que ela se pronunciasse.

— Você se lembra de tudo? Eu me lembro de quase todos os detalhes daquela noite.

Ouvir aquilo soando através de seus lábios, meio que me fez bem. Uma faísca de esperança se acendeu em mim ao saber que ela também se lembrava.

— Quanto tempo faz?

— 6 anos.

Fechei os olhos revivendo.

Flashback on

— Não vai me dizer seu nome?

— Não.

— Nem um recado para que eu possa saber que é você caso nos esbarremos novamente?

Ela balançou a cabeça em negativo.

Havíamos fugido dos outros que frequentavam o baile de mascaras, a minha, já havia ido à muito, mas ela insistia em permanecer com a dela.

Beijei-lhe o mais carinhosamente possível, sentia como se ela fosse uma boneca de porcelana que eu deveria proteger a todo instante. As coisas não pararam por ai, seu vestido de seda, escorregou por suas belas curvas parando por fim no chão da pequena sala. No escuro, minhas mãos eram os olhos, afaguei seus cabelos lisos e suaves com um perfume tão doce que eu poderia sentar e desfrutar do mesmo a noite inteira. Ela desabotoou minha camisa jogando-a em algum lugar não muito importante.

Em um gesto rápido coloquei ambas as mãos em sua cintura e ela enrolou as pernas na minha, de modo que a coloquei sentada sobre a mesa que lá se encontrava, e agradeci a Merlin mentalmente por não possuir nada em cima.

Ela me beijou outra vez, e por um minuto pareceu ser torturante pensar em nossos rostos separados. Ela deitou o corpo sobre a mesa e a puxei para mais perto de mim, enquanto passeava as mãos por suas coxas.

Retirei seu sutiã com mais paciência do que eu realmente tinha. Beijando um de seus mamilos rosados, da pouca luz que tínhamos, acariciava o outro.

Nossos sons sendo abafados pela música lá fora, com certeza ninguém nos perturbaria agora. Quando me soltei para pegar alguma proteção ela me parou, dizendo que já havia o feito. E agradeci mentalmente por isso. Nossos lábios voltaram a se unir enquanto ela desabotoava minha calça, que junto a minha cueca Box, não demorou há fazer companhia com o vestido dela no chão.

Flashback off

— É. Eu também me lembro de cada detalhe. –Sorri pra ela, mas ela não olhava para mim.

Ficamos em silêncio por mais alguns minutos, até ela começar a rir.

— Qual a graça? –Perguntei curioso.

— Hoje de manhã – Ela colocou a mão em frente a boca sorrindo –Eu estava pensando qual perfume passaria pra dança né? De alguns minutos atrás, e algo me dizia que eu tinha que usar o de baunilha e amêndoas – Ele gargalhou outra vez – Curioso não acha? –Ela olhou pra mim.

— Não sei. –Segurei uma de suas mãos entre as minhas. Ela me observava, enquanto eu passava o dedo indicador por seus dedos e sorria internamente em ver que, realmente suas unhas estavam bem pintadas.

Era reconfortante sentir sua pele macia e sedosa na minha novamente, e melhor ainda saber que ela estava sentada ali ao meu lado sem, até onde eu sei, pensado em escapar de mim outra vez.

—T em algo a mais que tem escondido de mim depois de todos esses anos? – Perguntei-lhe ainda sem olhar em seu rosto. Ela se mexeu inquieta, e não respondeu de imediato, e foi ai que eu soube que ela iria mentir pra mim.

Hermione Granger com toda a sua esperteza, e orgulho de ser Grifinória, nunca demorava a responder as perguntas que lhe eram feitas, afinal, como eu mesmo dizia, ela era a Sabe-Tudo. Minha pergunta era simples, ela podia ter respondido de primeira se quisesse falar a verdade, mas não o fez.

— Não.

— Está mentindo.

— E do que isso importa? Não temos nada. Eu não lhe devo mais nada. Sabe agora que era eu naquela noite, e sabe que sou eu agora. Pode seguir sua vida em frente.

Permiti-me sorrir com suas palavras. Não era assim que as coisas funcionavam, o saber de seu nome ainda não me era o suficiente. Ela não compreendia que eu não havia esquecido dela por que me apaixonara, ela devia estar pensando que o que me fez não esquecê-la seria a curiosidade de saber quem ela era.

— Fiz parte da sua lista. Espero que esteja feliz agora. –Falou seca. Tentou soltar sua mão do meio das minhas, mas eu não permiti, e olhei em seus olhos.

— Não Hermione, você nunca foi “só mais uma”, você nunca chegou a participar ou sequer desejei que fizesse parte da lista. Você foi única, completamente única.


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Notas finais do capítulo

Beijos sabor Tom Felton só pra quem comentar.