Feliz Aniversário - Dramione escrita por Grind


Capítulo 10
Capítulo 10 - Delirando.




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Feliz Aniversário – Dramione / Capítulo 10 – Delirando.

— Eu preciso levantar – Malfoy tentou erguer o corpo sobre a cama, e quando este todo doeu foi forçado a recuar.

— Mas é claro que não – Hermione entrou no quarto segundos depois, uma bacia com água nas mãos, um pano branco nos ombros – Você sabe que não está em condições, e como isso tende apenas a piorar o seu estado.

— Não preciso de suas aulas Granger – Ralhou, o suor lhe escorrendo o rosto, o mundo girando – Eu sou bem capaz de me virar sozinho, tenho uma vida la fora.

— O mundo pode aprender a viver sem Draco Malfoy por alguns dias – Ela só precisou por a mão em seu peito para fazê-lo voltar na segunda tentativa de se levantar, a bacia colocada no chão, o pano sendo molhado e torcido – Eu consegui viver vários anos não foi?

— Merlin, eu a odeio quando me faz me sentir assim – Fechou os olhos quando o pano úmido passou em seu rosto, aliviando as dores de cabeça.

Granger concordou com a cabeça sem dar muita bola, mudanças no humor era um dos principais sintomas que o medico a advertira antes de ir embora.

— Onde está Aghata? – Voltou a resmungar.

— Fazendo um doce pra você – Voltou a levar o pano a água fria, disfarçando a surpresa por ficar morno tão rápido – Estou mantendo-a ocupada pra que ela não precise vê-lo neste estado.

— Você quer afasta-la de mim – Ralhou outra vez, o corpo erguendo, o corpo caindo – É o que você sempre quis. Porque me odeia, porque guarda rancor dos tempos de escola.

Hermione Granger suspirou.

— Quando se trata de você nem tudo gira por não me dar bom dia quando nos encontrávamos nos corredores, sabe que eu tinha motivos piores.

— Eu era um moleque usando palavras que aprendi em casa de uma família perturbada, não pode me culpar.

— Eu não o culpo – Deu de ombros, torcendo o pano outra vez.

— É mentira – Ele negou com lagrimas nos olhos, não pela tristeza, pela dor no corpo – Diz isso pra me agradar, diz isso porque estou doente, diz isso porque se eu morrer você não quer carregar esse peso com você.

Hermione suspirou outra vez.

— Não é verdade.

Ele levou a mão aos cabelos molhados.

— E agora vai fugir outra vez, vai se esconder de mim, vai esconder Aghata de mim.

— Eu não faria isso – Afastou os braços inquietos de seu rosto, obrigando-os a repousa-los do lado do corpo – Você sabe que eu não sou assim.

— Eu tenho um trabalho, uma vida la fora, não posso ficar aqui deitado, tomando sopa e todo suado – Negou veemente com a cabeça – Você tem que me deixar ir.

Granger agradeceu internamente pela mudança de assunto.

— Posso deixa-lo tomar banho se é isso que deseja, mas da porta da rua você não vai passar até que eu tenha certeza de que está bem.

— Por que se importa? – Ele ergueu o corpo, dessa vez sem deixa-lo cair, segurando o pulso de Hermione antes que ela pudesse voltar a molhar a toalha, os olhos incrivelmente azuis fixos em seu rosto. – Eu sou só Draco Malfoy lembra? Sonserina e Grifinória não se misturam.

Hermione sorriu, era irônico que depois de tantos anos se prendessem a um status fútil como a quais casas foram designados. Isso dividia as turmas na escola sim, mas preferia pensar que julgar alguém por sua casa não revelasse tudo sobre a pessoa, mas que fosse apenas um sistema pra controlar horários, como salas de a, b ou c.

Que elas tiveram influencias sobre suas vidas, ah sim tiveram, mas eram adultos agora, e não estavam na escola.

— Porque você está delirando – levou a mão livre a seu pescoço, aproximando o rosto do seu, beijando no canto da boca com uma profundidade de paixão que Draco Malfoy teve de fechar os olhos para crer que não era mera enganação dos seus olhos, se podia sentir, era verdade. – E porque gosto de você.

Voltou a se deitar na cama mais calmo.

— Cheguei! – Aghata tinha uma bandeja de madeira nas mãos, ainda que fosse muito grande para braços pequenos sua alegria era contagiosa.  – Eu trouxe brigadeiros!

A menina colocou a bandeja sobre a cama de casal com cuidado antes de subir, encostando-se na cabeceira, levando a bandeja ao colo, e um dos chocolates a boca.

— Espere que ele termina de mastigar antes de lhe dar outro – Hermione a advertiu, erguendo a bacia que trouxera nos braços – Não vai querer vê-lo engasgar.

— Os tamanhos ficaram diferentes, isso é um problema? – A garota franziu as sobrancelhas loiras na direção do pai – Eu não consegui enrolar no mesmo tamanho.

Malfoy negou com a cabeça.

— Não a problema algum meu bem. – E em consequência ganhou um brigadeiro grande na boca.

— Tenho certeza de que ficaram bons – Aghata balançou a cabeça de forma convincente – Mamãe fez a maior parte, ela disse que ia ficar apaixonado pelos brigadeiros dela.

Draco sorriu com dificuldade, ainda que seu problema não fosse se apaixonar pelos brigadeiros, mas estar completamente derretido por Hermione Granger. Precisa melhorar o suficiente para fazer algumas ligações, justificar suas ausências, evitar demissões ou caos por parte da empresa.

No entanto estava tão tentado a permanecer ali, sobre todos aqueles cuidados, toda aquela atenção, tendo ele e Granger colocado os maiores problemas de lado. Não se importaria ficar mais dias de cama se aquilo lhe rendesse total atenção da parte de Granger, mas sabia que estava com o tempo contado e não gostava de pensar no que ainda podia acontecer quando a situação toda se resolvesse.

Abriu a boca outra vez e ganhou um menor que o primeiro, igualmente bem feito, o granulado animando-o na esperança do próximo, durante a manhã não sentia muito bem o gosto das coisas, tudo era metálico e horrível.

Passou a maior parte sozinho porque Granger precisou sair e Aghata foi para a escola, e foram as piores horas de sua vida atormentado pelas dores musculares e pela ansiedade, e agora que a noite tinha chego provavelmente se sentia mais feliz do que criança no natal por jantar brigadeiros ao invés de sopa.

As mulheres de sua vida pareciam mata-lo, mas ainda assim o amavam, a febre aumentava e sua cabeça começava a criar teorias mirabolantes sobre Hermione Granger, mas tudo bem porque ela sabia lidar com isso e não se estressava ou magoada com as bobagens que saiam de sua boca, a febre diminuía e ele só queria fazê-la deitar e descansar por todo o esforço que a fizera passar.

Queria levantar da cama e assistir os piores desenhos do mundo trouxa com Aghata, mas o mundo tinha suas controvérsias, não que ele fosse se deixar dominar por elas, ele ainda era um Malfoy, e Malfoy’s sempre tinham o que queriam.


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