No Expression escrita por Annie


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

PRIMEIRAMENTE ME PERDOEM PELA DEMORA, ainda mais sendo o capítulo final.
Realmente minha vida estava muitíssimo corrida, e quando tinha tempo livre, eu aproveitava para dormir de cansaço. E também que quando eu tentava escrever não saía nada.
Eu escrevi o que consegui, desculpa se é pouco ;3;
Erros e etc eu corrijo depois.
Não acredito que cheguei até aqui com a minha primeira fic, e agradeço muito o apoio de todos :3
Vamos ao final, seus lindos, espero que gostem.



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Havia me arrumado mais que o normal essa manhã, talvez isso me deixasse mais confiante, eu estava realmente nervosa. Mas algo não saia da minha cabeça, e se eu falasse tudo o que sinto para a Ritsu e acabasse me arrependendo? Seria mesmo melhor do que fugir disso? Talvez me arrependesse mais ainda, ou quem sabe seria a solução... Não, não, não posso desistir agora, depois dos problemas que causei pra todas só por causa disso, é o mínimo que posso fazer.

Saí de casa sem levar meu baixo de novo, duvidava muito que hoje eu iria treinar. Fui andando sem parar, se houvesse um momento que eu precisasse falar com Ritsu, seria depois da aula e não queria falar com ela antes disso.

– Mio-chan... – olhei para trás e tinha a Mugi acenando vindo em minha direção.

–Bom dia Mugi. - Ela sorria enquanto me analisava. – O que foi?

– Nada não... Você vai conversar com a Ritsu hoje, não é mesmo?

– E-eu não sei, ainda sinto que não devia.

– Mio-chan, você precisa fazer isso por você.

– Mas Mugi e você?

– Não, não, não, Mio-chan, sem mas. Eu vou ficar bem, contanto que vocês se resolvam. – ela deu um sorriso mais leve que o anterior, mas de repente sua expressão mudou para uma um pouco mais séria. – Ah, eu acho melhor você falar com ela o quanto antes...

– Por que?

– Quando chegarmos no colégio você vai saber.

– MUGI-CHAN, MIO-CHAN, ME ESPEREM. – Yui vinha correndo desesperada até nós e seguimos até o colégio.

–x-x-x-x-x-x-x-x-

As aulas passavam de maneira tão lerda, estava impaciente e não tinha ideia alguma do que Mugi quis dizer. Parei de prestar atenção e comecei a pensar no que diria para Ritsu, eu não tinha planejado nada, precisava de algo que viesse do coração. Comecei a observá-la disfarçadamente no meio da aula, mas ao ver seus olhos encontrando os meus, senti um aperto no peito, estava com medo. De repente o sinal da última aula tocou me deixando inconformada, o tempo havia decidido passar rápido de mais quando eu não queria, droga...

Todos saíram da sala, indo embora ou indo para seus clubes. Já eu fiquei rodeando a escola sem fazer absolutamente nada, pois iria ter que esperar a Ritsu sair. Enquanto andava por aí, passei por um moral onde havia papéis anunciando alguns clubes, talvez eu pudesse me divertir observando alguns deles, mas antes que pudesse decidir por qual começaria, me deparei com folheto absurdo que me fez mudar de ideia totalmente... era do Keionbu. Sem pensar duas vezes, arranquei o papel e fui em direção ao clube. Subi as escadas e abri a porta da sala de música, naquela hora só senti os olhares se voltarem para mim.

– MIO-CHAN, VOCÊ VOLTOU...

– Calma Yui-senpai, acho que ela está aqui por outro motivo. – Azusa fitava Ritsu, que parecia ignorar minha presença.

–Acho melhor deixarmos as duas terem uma conversa... – disse Mugi puxando Yui e Azusa para fora da sala nos deixando a sós.

– ME EXPLICA O QUE É ISSO RITSU... – Gritei com ela colocando o folheto em sua cara.

– É o que está dizendo “procuramos nova baixista”, não sabe ler? – virou a cara evitando o folheto.

– E POR QUÊ?

– Mio, você quis sair, não está lembrada?

– Sim, mas...

– E ainda por cima nem me deu um ÚNICO motivo.

– Você quer um motivo, Ritsu?

– Quero. – Seu olhos me encaravam.

– EU TE AMO SUA IDIOTA, eu te amo... Amo os seus olhos e o jeito que me perco neles, amo o jeito que sua franja fica presa e mais ainda quando solta, amo sua risada, amo o seu jeito alegre, amo a maneira que me provoca e amo muito mais o fato de que você esteve sempre ao meu lado e nunca havia desistido de mim. E me desculpa, mas eu não queria aceitar que a garota que amo, estava com outra. Era difícil olhar para você, porque me doía, pode parecer bobagem, mas eu não sabia como reagir.

– Ah que ótimo, seu senso de humor é péssimo, Mio. – As suas palavras soaram tão frias que acabei dando um tapa em seu rosto. O silêncio permaneceu enquanto trocávamos olhares por alguns segundos, buscando entender o que acabara de ocorrer, mas antes que eu começasse a chorar, saí da sala de música.

Ela não entendeu? Que tipo de pessoa não entende palavras tão diretas? E por que a frieza? Por que raios eu fui falar com ela? Não acho que ela tenha sido burra o bastante para não perceber, mas mesmo assim, se ela realmente souber, por que está agindo assim? Ritsu sua idiota...

Corria pra fora do colégio o mais rápido que conseguia e aos poucos, quando estava me cansando, ia diminuindo o ritmo. Olhei para os lados e continuei andando por um certo tempo, havia me tocado que não sabia onde eu estava, mas isso não importava, nada importava agora. Se era assim que a Ritsu queria, assim seria.

Continuei seguindo sem rumo recebendo inúmeras ligações da minha mãe, que acabei não atendendo. Provavelmente minha mãe vai me matar depois, mas enquanto isso, só quero manter a mente vazia, não quero me preocupar mais.

Acabei sentando no banco de uma praça e adormeci lá mesmo.

–x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Quando acordei já estava começando a escurecer, e ouvi o toque do me celular, minha mãe não deve ter desistido de me ligar, então sem pensar duas vezes, atendi.

–Alô? Mãe desculpa eu...

– M-MIO ? ONDE VOCÊ ESTÁ? – Meu coração parou de bater um instante quando ouvi essa voz, e percebi que não era da minha mãe.

– Ritsu... Eu não sei. – murmurei.

– Mio? Olha, todo mundo está preocupado, sua mãe havia me ligado agora e ela está meio que desesperada...

– Eu sei, eu sei... – suspirei

– Mas refazendo a pergunta, onde você está?

– E do que importa?

– Mio, por favor, para com isso.

–Sei lá... eu fui andando e andando e não faço a mínima ideia de onde estou... – Repeti para mim mesma “ Eu não faço a mínima ideia de onde estou” e já está anoitecendo e se eu não conseguir voltar para casa? Quando me dei conta, estava entrando em pânico. - R-Ritsuuu eu estou p-perdida...

– Calma, qual o nome da rua?

– Eu não sei... só sei que estou numa praça que tem um parquinho... tem uma fonte e na frente da praça tem uma... uma escola...

– Me dá dez minutos.

– O quê ? Por que? – Quando vi, ela já havia desligado. Não me deixa, Ritsu, por favor, não me deixe...

Está tão frio... está tão escuro... Tem tanta gente estranha nas ruas, e eu tenho é que esperar dez minutos para não sei o que, estou com medo e meu coração está a mil. Decidi ligar para minha e avisá-la, e o que começou com uma bronca terminou em uma voz melancólica, ela estava preocupada, disse a ela que esperaria Ritsu me ligar novamente antes que eu tentasse ir embora.

– Você está perdida, mocinha? Sabe que eu conheço um lugar legal... – Uma mão encostou-se em meu ombro e um frio percorreu minha espinha, congelei por alguns segundos, enquanto apenas uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Era desse jeito que tudo ia acabar? Quando virei a cabeça para olhar o seu rosto, desabei em lágrimas.

– R-ritsu sua idiota.- E ao em vez de lhe dar um soco, abracei-a com tanta força.

– Eu não consigo respirar assim, Mio.

– Eu fiquei com tanto medo...

– Está tudo bem, está tudo bem... – sussurrou em minha orelha enquanto me esquentava com seu abraço. – Me desculpe por isso... e por hoje também... e por esses dias.

– Eu que deveria pedir perdão. – empurrei a de leve para nos afastar. – Você é minha melhor amiga e eu quase te perdi por besteira.

– Você não pode se culpar pelo que sente, Mio. Sabe...– Ela deu uma pequena pausa antes de continuar a falar.- Eu sempre soube que você estava perdidamente apaixonada por mim... e quem não está ? Já reparou na minha pessoa? – Ritsu riu e dei um soco em seu braço, mas ela só continuava a rir enquanto eu batia nela. – Mio, eu te amo. Olha me desculpa, mas eu também amo a Mugi, só que é diferente...

– Já entendi Ritsu. – suspirei.

– Não, não entendeu. Eu amo você mais do que tudo, só que a Mugi tinha acabado de terminar comigo, e eu tenho muita consideração por ela. Ela veio falar comigo depois que você saiu da sala de música e também insistiu para que corresse atrás de você e te contasse o que sinto de verdade.

– E o que você realmente sente? Não é só pena? Ou você só diz isso para não me perder? – Droga, o que é que eu estou dizendo?

–Já pedi para parar com isso, não pedi? – ela colocou suas mão em meus ombros me chacoalhando. – Acorda, eu estou falando que te amo. Não acredita é?

Ritsu me olhou desafiadoramente por alguns instantes e juntou seu corpo ao meu, colocando suas mãos em torno da minha cintura. Ela se aproximou do meu rosto bem devagar, podia sentir sua respiração quente e antes que nossos lábios se tocassem, virei meu rosto para o lado.

– Mio?

– N-n-não é não q-queira. É que eu ... – Estava me perdendo no meio das palavras e já estava ficando vermelha.

– Você nunca beijou não é? – deu um sorriso ousado enquanto eu corava mais ainda.

– N-não é isso...

–Oh, acho que a Mio não me ama, o que é que vou fazer? – Ritsu afastou-se de mim rindo, mas acabei segurando sua mão e a puxando de volta.

– E-eu quero fazer isso... –falem em um tom tão baixo, que nem esperava que ela entendesse.

– Fazer o que? Eu quero ouvir, Mio, hehehe.

– NÃO VOU DIZER QUE QUERO BEIJAR VOCÊ, NÃO ME FAÇA FALAR COISAS EMBARAÇOSAS.

– Acabou de dizer, hehe...

Puxei ela pela sua camiseta e beijei, Ritsu retribuiu o beijo de maneira tão gentil e com a maior delicadeza possível, nossas línguas se entrelaçavam como se conhecessem há muito tempo, tudo parecia tão doce, não era nada como imaginei, era melhor.

– Não esperava que você me atacasse desse jeito, “Mio-chan”. – Ritsu soltou uma risadinha me deixando mais embaraçada o possível. - É melhor irmos andando.

– Ritsu, me fala uma coisa, como sabia onde eu estava?

– Aqui é perto de onde eu moro, Mio. Me surpreende que você tenha se perdido por aqui.

– SÉRIO?

– É, na verdade eu adivinhei que você estava por aqui, porque convenhamos, você podia ter me dado pelo menos o nome do parque, Mio. Se fosse outro parque você ainda estaria perdida. – olhei para Ritsu e ela sorriu.- Se não fosse eu...

– Me acompanha até minha casa?

– Claro Mio... – ela estendeu a mão até encontrar a minha e fomos embora.

–x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Azusa estava nos examinando enquanto bebia seu chá.

– O que foi Azusa? – Ritsu resmungou. – Você está olhando de mais pra mim e para a Mio.

– Nada, é só que a Mio-senpai voltou e ainda estamos tomando chá.

– Mas é claro AZU-NYAN, é por isso mesmo que estamos tomando chá, pra comemorar a volta da Mio-chan.

– Apesar de tudo, fico feliz que estejamos todas aqui, por mais que não estejamos ensaiando. – Azusa sorriu e pegou com o garfo um pedaço do seu bolo.

– Sim, sim, isso é maravilhoso. – Mugi disse super contente.

–Ei Mio, você vai me dar um pedaço do seu? –Ritsu olhou para mim.

– Não, você já comeu o seu, Ritsu.

– Ei gente, sabem qual é a cor da calci... – chutei Ritsu por debaixo da mesa antes que ela terminasse a frase.

Acabamos não treinando hoje, só ficamos ali durante um tempo, rindo e aproveitando o momento até o final da tarde.

Todas já haviam ido embora, mas eu estava à espera de Ritsu que demorava não sei por quê.

–Ritsu, vamos logo...

– Está bem, Está bem, já estou indo. – Pegou suas coisas e veio até mim.

– Vamos? – disse impaciente.

– Pra que a pressa, Mio? – Chegou perto de mim, encostando seus doces lábios aos meus. – Eu te amo, Mio.

– Eu também te amo, mas podemos ir embora? – Virei o rosto quando avistei Azusa ainda na sala de música.

–E-e-eu só vim buscar a minha guitarra q-que eu esqueci... - Azusa olhava para baixo enquanto colocava a guitarra nas costas. -E-EU NÃO VI NADA. – gritou e logo depois saiu correndo.

– Droga, Ritsu...

– Ah, não faz mal, pelo menos não precisamos mais esconder. – Ritsu ria como se não fosse problema algum e quem sabe ela não estava certa. O que importava mesmo era estar do seu lado.


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Notas finais do capítulo

Ehehehe, obrigada mesmo por lerem até aqui, e agora que eu tomei a liberdade de escrever uma fanfic, vou escrever outras YEEAAAAAAAAAAAAAH.
É meio triste chegar ao fim...
Eu ia fazer uns bônus depois disso, mas decidi que vou deixar pra lá.
Bem, obrigada de novo e até a próxima.