No Expression escrita por Annie


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eu mudei os títulos, porque estava muito díficil dar títulos, desculpa pessoas D:
Bem aqui vai, também fiz esse capítulo de madrugada, mas a inspiração só vem de madrugada , sabe ? Só que os meus erros de ortografia aumentam também.
Depois eu vou reler e fazer umas correções caso precise.
Obrigada a todos por lerem C:
Esse não tá tão tenso...mas o próximo capítulo promete, então não perca o próximo, esse você até pode perder u-ù



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452853/chapter/4

Enquanto estava perto de chegar em casa, fiquei pensando se realmente deveria ter saído da sala de música daquele jeito, mas já não aguentava mais, era difícil para mim. Não que eu começasse a chorar, que era o que menos me preocupava naquele momento, mas sim que eu acabasse sendo mais grossa ainda, falando besteiras, e arruinando tudo. Sempre tenho a mania de estragar tudo, e acho que na hora que realmente tiver que parar de fugir e falar com a Ritsu, irei acabar fazendo tanta besteira, que tenho medo que ela acabe cortando laços comigo.

Continuava a dar meus passos, até ouvir uma voz me chamando, era a Azusa, correu atrás de mim provavelmente um pouco depois que saí do clube de música leve.

– Mio-senpai, podemos conversar?

– Azusa, você não deveria estar ensaiando? – perguntei erguendo uma sobrancelha.

–S-sim, M-Mio-senpai, mas é que... – Estava um tanto nervosa, olhava para baixo e entrelaçava seus dedos.

– Não precisava vir até aqui. – Acariciei sua cabeça. – Ritsu não ficou brava por me seguir?

– B-bem, é mais ou menos sobre isso q-que eu queria falar. – deu uma pausa, respirou fundo e começou a falar. – Nós estamos preocupadas com você.

– Preocupadas?

– Sim, aconteceu alguma coisa que você não quer falar? Você parece ter nos ignorado o dia inteiro, ou pelo menos evitado a Yui-senpai, a Mugi-senpai e a Ritsu-senpai, já que elas passam mais tempo com você.

– Eu te garanto que não é nada... – respondi, mas ao perceber o tom triste em minha voz, sabia que não estava sendo convincente. - Só estou um pouco cansada, só isso.

– E ainda mais que você saiu de lá antes de começarmos o treino.

– Não iria aguentar ficar sem fazer nada, e também não vejo um motivo para ter ficado lá. – E dessa vez, o tom soou mais seco.

– Sem fazer nada? Nós somos uma banda, por mais que uma não possa tocar, poderia ajudar as outras. É importante pra banda estar em todos os ensaios também. E... porque também é divertido... Mesmo que não estejamos treinando... – Dava para ver o quanto se sacrificou só para dizer a última parte.

– Então, talvez eu não queira estar em uma banda. – Me virei e continuei a andar.

– MIO-SENPAI, O QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO? VOCÊ NÃO TEM NEM MOTIVO PARA ESTAR SAINDO DO CLUBE DESSE JEITO. - Azusa gritou e me puxou pelo braço. - Você não está falando como você mesma. E quando você saiu da sala, falou de um jeito... que até a Ritsu-senpai parecia meio triste, como se vocês tivessem brigado, porque está agindo assim? Principalmente com ela, que é sua melhor amiga.

Ah,sim, essas duas palavrinhas... são mais dolorosas do que parecem. Eu as odeio tanto, porque me mostram como é a dura realidade, a realidade de que não sou nada mais que sua melhor amiga, algo que costuma valorizar tanto e que agora parece insuficiente, essas duas palavras destroem meus sonhos e esperança que ainda me restavam, me machucam tanto...

– Me deixa, Azusa.

– Não , não irei até me dar um bom motivo. Você está escondendo algo que está te incomodando, o que é afinal? É tão ruim assim que não pode nem desabafar com alguma de nós?

Olhei para ela um tanto incomodada com sua reação, mas seus olhos continuavam persistentes, não iria me deixar sem uma explicação. Estava cercada, não sabia como ia me livrar dela, não sabia nem se tinha como, ai se eu começasse a chorar ela persistiria mais ainda. Talvez se eu encontrasse uma desculpa eu conseguisse, uma desculpa... Não tinha muito tempo também para pensar, se não ela acharia óbvio que estaria inventando.

– Olha... – comecei a enrolar enquanto pensava, desviava meus olhos dos dela, até eu perceber que ela estava sem a guitarra em suas costas. É ISSO...– Você não esqueceu seu Mustang? Se não correr duvido que pegue a escola aberta ainda.

– Ah... eu me esqueci completamente ... – A garota olhou para mim e depois para trás, em um estado de extrema dúvida. – Argh... Eu vou voltar, Mio-senpai, a conversa não acabou aqui.

E logo a pequena Azusa saiu correndo para buscar sua guitarra. Céus, não acredito que consegui. Não sei se contaria logo pra Azusa... Digo, não me imagino falando isso com alguém, pelo menos não com alguém que não fosse a Ritsu, mas agora, não me imagino nem contando para ela. E como eu precisava dela nesse instante, mas não podia nem mais olhar em seus olhos.

Antes de chegar em casa acabei indo dar uma volta em um centrinho comercial, aproveitando para buscar meu baixo, que deixei para uma loja colocar cordas novas ontem à tarde logo depois de sair da escola, mas que acabou não tendo como buscá-lo antes.

Passei um bom tempo em uma cafeteria em frente à loja de instrumentos musicais, depois de ter dado um passeio pelo centro. O café não era tão bom quanto o chá que tomamos no clube, era muito forte, não era algo aconchegante, não era bom, mas também, café e chá são coisas diferentes, só não sei como tem gente que gosta disso aqui. Dei um último gole corajoso para terminar o café, que deu até arrepio na espinha. Paguei a conta, mas continuei sentada ali.

Comecei a olhar as pessoas pelo vidro da cafeteria, tinha muitas pessoas e principalmente casais, era estranho estar movimentado assim em dia de semana, lógico que não estava lotado também, mas isso deveria estar mais vazio. Bem, seja lá o que for , eu tenho que ir indo, ainda não avisei minha mãe.

Quando estava para levantar, vi Mugi ao longe, estava na frente da loja de instrumentos musicais. Duvidava que ela fosse me ver, até ver que ela estava com Ritsu e quando eu achava que não poderia piorar, elas vinham de mão dadas em direção a cafeteria. CÉUS, O QUE É QUE EU FAÇO? Elas vão acabar por me ver, ainda mais que estou de uniforme...

Abaixei imediatamente e deu uma escondida no baixo também, até que as ouvi entrando.

– Ouvi dizer que aqui tem a melhor torta de morango de todo o Japão. – Disse Ritsu rindo.– Prefere aqui em baixo, ou lá em cima?

Lá em cima, lá em cima. Já cruzava os dedos como nunca, Mugi demorou um tanto para responder, ou acabei por não escutar sua voz.

– Hm... Acho que lá em cima. – Mugi finalmente respondeu. OBRIGADA, MUGI.

Droga Ritsu, você tinha que sair com a Mugi logo hoje? Já ta sendo complicado para mim, e você fica aí exibindo sua namorada...

Logo depois que subiram, levantei, peguei meu baixo e dei no pé até chegar em casa, onde precisei me desculpar e me explicar para minha mãe, que eu só tinha ido buscar meu instrumento.

Subi para o quarto, para fazer meus deveres, o que não demorou muito, já que havia feito metade no intervalo da escola. Hoje tinha sido tão estressante, eu precisava de férias de exatamente tudo, mas não podia, simplesmente não podia... o melhor que eu podia fazer era tomar banho, e foi o que fiz.

Quando voltei para o quarto, ainda de toalha, meu coração parou por um instante, não acreditava naquilo, como é que...

– Ei Mio, Azusa me ligou dizendo que você estava com problemas. – E lá estava a Ritsu, sentada no chão do meu quarto...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vish...