The Bodyguard escrita por AloeGreen


Capítulo 9
Capítulo IX - Grapes and Brandy


Notas iniciais do capítulo

Oi oi!
Eu escrevi esse cáp faz tempo, só que fiquei sem internet essa semana então não consegui postar. Mas agora ta aí e tenho certeza que vocês, fãs de SasuSaku e de NaruHina irão amar. Ah, leitores fantasmas, apareçam por favor! Vocês não vão perder o dedo se comentarem sz' Mais uma coisa; Vocês gostaram da nova capa da fanfic? Sei que vivo mudando, mas eu adoro editar e acho que dessa vez é definitivo. Beijos.
Boa leitura!



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Turno: Sakura Haruno

– Estou com medo Sasuke...- Cochichei ao ouvir a voz de Sasuke do outro lado da linha.- Vem rápido... eles vão me pegar...- Eu só havia reparado que estava chorando grossas lágrimas quando o visor do meu celular estava ensopado.

Sakura! Sakura não desliga... Onde você está?– Sua voz desesperada me fez voltar a realidade.

– N-Nos banheiros químicos... o 4°.

Certo. Não saia daí!– Rondei meus olhos pelo banheiro, desligando o celular.

Abraço os meus joelhos, deixando as lágrimas caírem livremente. Em alguns devaneios triviais que passavam pela minha cabeça, começo a cantarolar uma música que me mantem distraída.

Even though I'm on my own, I know I'm not alone

Because I know there's someone, somewhere praying that I make it home

– Sakura sou eu!- A voz de Sasuke foi uma benção para meus ouvidos. Levantei ajeitando as roupas no corpo e limpando o rosto com a manga da blusa.

– Sasuke!- Abro a tranca, não pensando duas vezes antes de lhe tomar os braços. O abracei tão profundamente que não me importaria de solta-lo nunca mais. Ainda mais quando senti suas mãos afagando meus cabelos; porém, tudo tem um fim.

– Acho melhor nós sairmos daqui, Sakura.- Soltei-me de seus braços, brincando distraidamente com os dedos.

– Mas Sasuke, eu preciso voltar para a barraca dos tickets.- Insisti. Mesmo que eu possa estar correndo perigo, era minha obrigação ajudar Ino na quermesse.

– Você se resolve com ela depois.- Senti a mão dele no meu pulso, me puxando.

– Mas e a Hinata?

– O seu amigo Naruto pode bem leva-la. Não foi ela que eu vi aos beijos com o loiro? Então.- Respondeu sarcasticamente.

– C-Certo.- Enquanto o mesmo me puxava, tentava digitar uma mensagem para Naruto, pedindo que a levasse. Mas como o Sasuke anda como um troglodita, tive que parar por uns poucos instantes para finalizar a mensagem; e logo eu e Sasuke já estávamos voltando para casa no táxi.

Turno: Hinata Hyuuga

Já estava começando a ficar preocupada com o desaparecimento repentino de Sakura-sensei. Mas depois, escuto o “beep beep” do meu celular, percebendo ser uma mensagem dela; dizendo que a mesma estava bem, pedindo para não me preocupar e que fosse encontrar o Naruto. Que acabara rolando um imprevisto e que eu teria que ir embora com o mesmo. Surtei né? Eu não queria ver aquele garoto nunca mais na minha vida! Seria pura vergonha, e ah, Hinata, se acalme. Droga, aonde estou?

– Perdida?- Sinto dois cutucões no meu ombro. Viro-me, encontrando aquele garoto novamente.- De qualquer jeito, acho que você estava a minha procura.- Estampa um sorriso largo nos lábios, desgrenhando os cabelos.

– Ah, sim, acho que Sakura-sensei te pediu que me levasse até em casa. Parece que houve um contratempo...- Mantenho meus olhos no chão, fazendo um desenho distraidamente com o pé no chão barrento.

– Ei, não se preocupe com aquilo.- Sua mão toca o meu ombro, tendo que erguer meus olhos á aqueles orbes azuis celestes.- Eu te levo pra casa, tudo bem?- Deu uma piscadela pra mim.

– Certo.- Sorri gentilmente, andando á seu lado.

Pegamos um táxi e passamos o percurso inteiro conversando sobre assuntos triviais. Esses assuntos nos manteve presos, até nos vermos em um longo congestionamento. Vejo Naruto xingar algo baixinho.

– Acho que ficamos por aqui.- O olhei com as sobrancelhas arqueadas.

– Como assim?

– Sua casa é logo ali, vamos a pé mesmo.- Naruto entrega o dinheiro para o taxista, pulando do carro. Eu faço o mesmo, e assim começamos a seguir caminho entre as colunas de carro, rindo como dois amigos que pareciam se conhecer a muitos e muitos tempos. Alguns motoristas diziam para nós sairmos da rua, mas Naruto apenas mostrava a língua como resposta. O trânsito parecia ser comprido e não se via nenhum sinal de que aqueles carros começariam a andar. Foi aí que, próxima de casa, segurei a mão de Naruto. Senti seus olhos em mim, como se quisesse uma resposta para aquilo, mas eu apenas continuei a saltitar sorrindo como uma boba apaixonada. Não que eu esteja apaixonada pelo Naruto, tsc, claro que não! Eu só estava adorando viver aquele momento e aproveitaria ao máximo.

Mas toda aquela correria no engarrafamento, teve um fim quando eu e Naruto paramos frente a porta de casa. Tateei o bolso da calça, tirando minhas chaves.

– Então é aqui que você mora né?- Perguntou, passando os olhos pela entrada da casa em que eu morava com meu primo e com meus pais. Mas meu primo quase não ficava em casa por ser policial e muitas vezes acabar dormindo na casa de alguma garota qualquer. Um imbecil.

– Sim.- Respondi embaraçadamente. Não queria que ele fosse embora.- Er...

– O que?

– Não, nada...

– Pode falar, Hina.- Insiste.

– Ta, é que eu não queria ficar sozinha. Por que meus pais estão viajando e...

– E você quer me convidar pra entrar?- Completou e eu logo pude sentir minhas bochechas se enrubescerem, e meus dedos que brincavam com a chave de casa, se enrolarem todos.

– Ah, bem, é.- Desembuchei; logo já estávamos dentro de casa, isso claro, depois de eu ter me enrolado para encontrar a chave do bolo que encaixava na fechadura. Eu sempre me esquecia da verdadeira!

– Que casa legal!- Naruto ronda seus orbes azuis, elogiando a casa que mamãe trabalhara tanto para deixar do jeito que ama. Fui rapidamente a cozinha, onde peguei qualquer coisa para Naruto beber. Ele estava de pé, apreciando os quadros de família próximo a entrada. Dei dois cutucões no ombro dele, entregando-lhe um copo com suco.

– Eu trouxe algumas uvas também.- Pus o grande pote de uvas na mesinha de centro, dando algumas risadinhas baixas. Sento-me no sofá, ligando a TV e rodando os canais para encontrar algum filme bom. Mas é claro que a televisão não ia me ajudar nesse momento né?- Não tem muita coisa pra fazer aqui em casa, Naruto-kun.- Viro-me, jogando uma uva garganta abaixo. Acho que o mesmo ficou embaraçado após ter usado o sufixo “kun” com ele, então pus a me desculpar.

– Tudo bem Hina. O importante é que eu estou com você...e ah! Vc pegou a última uva!- Reparou e eu logo lhe entreguei de bom grado.- Não posso ficar com a última uva. Cortesia do visitante.- Cruzou os braços, empinando o nariz. Esse jeito engraçado do Naruto-kun me fazia rir.

– Não, não. Fica pra você!- O fiz descruzar os braços, guardando a pequena uvinha em suas mãos grandes e fortes.

– Ok então. Vamos dividir.- Eu até pensei que ele iria morder a uva no meio; mas após ele prender metade da uva na boca, deixando a outra parte para fora, fiquei meio encabulada. O que ele queria com isso?- Morda.- Falou com um aceno de cabeça, abrindo um sorriso aos poucos. O que?! Morder?! Ta maluco?! Fumou?! Ai meu Deus, acalme-se Hinata. Ah, que mau tem isso né?

– Ta...- Sorri torto, abrindo lentamente a boca. Me aproximei serenamente de seu rosto, abaixando os olhos a uva e a prendendo com os dentes. Subi o olhar, encontrando com o de Naruto-kun. Pude sentir seu lábio inferior roçar nos meus; fazendo com que eu morda completamente a uva, mantendo toda aquela aproximação. Deixei os lábios entreabertos e amando todo aquele silêncio do ambiente, pude apreciar graciosamente mais um beijo de Naruto; que começou lento, admirando cada centímetro de minha boca e depois tornando-se rápido e cada vez mais selvagem. Levei minhas mãos a seus cabelos louros, massageando-os delicadamente. Estava tão magnífico que nada poderia estragar; a não ser um Neji furioso nos encarando na porta da frente.

– Neji-onii!- Exclamei, pondo a mão na boca. Nem pude entender as coisas, pois meu primo já havia tomado Naruto pelo colarinho, o prensado na parede e ameaçando-o com xingamento horríveis.

– O que você estava fazendo aqui, moleque?! Quem é você?! Sabe que sou policial e posso bem que te prender né?!- Naruto virava o rosto, tentando se soltar a qualquer custo.

– Neji-onii, pare, ele é um amigo!- Cravo minhas unhas em suas costas.

– Eu não beijo um amigo daquela forma, Hinata!- Jogou as palavras na minha cara.- Burra!- Insultou-me e de imediato silenciei-me com os olhos marejados.

– Não fale assim com ela!- Naruto o advertiu, arranjando forças para se soltar das garras ferozes de Neji.

– Sai...- Neji-onii apontou para a saída, enchendo-se de calma até a última gota.- Não quero mais ver sua cara aqui, moleque.- E assim Naruto o fez, sem antes me lançar um olhar de como quem diz “eu vou voltar por você”.

Turno: Sasuke Uchiha

Casa de Sakura, 00h30min

– Sabe, eu não sei por que estão fazendo isso comigo...- A rosada virara mais uma dose daquele conhaque que ela guardava em casa, continuando a se lamentar.- Eu sempre fui uma garota tão certinha, nunca usei drogas... eu ainda nem transei!- Levava a mão com o copo de conhaque aos ares, o abaixando logo em seguida com um semblante frustrado.

– A gente vai descobrir quem está fazendo isso com você, Sakura.- Levantei-me da mesa de jantar, comentando algo só para não deixar a coitada no vácuo. Eu adorava Sakura, mas aquela cara de ingênua dela, fazia-me querer esgana-la.

– Eu to tão cansada...- Acompanhei pelo canto dos olhos, a rosada se retirando da mesa de jantar com o copo e se encostar no vitral da varanda, tentando abri-lo.- Bosta de vitral enferrujado...- Xingou baixinho mas eu bem que consegui escutar.- Sasukeeeee, ajuda!- Ta vendo? Ela não consegue fazer nada sozinha!

– Espera...- Retirei as mãos dela da tranca do vitral e em dois segundos eu já conseguira abrir.- Difícil?- Perguntei sarcasticamente.

Nhé, nhé, nhé.- Virava outro copo, fazendo escorrer um fio da bebida pelo canto dos lábios. Encostei a cabeça no vitral, acompanhando o circuito do fio de conhaque descer pelo canto de sua boca e cair em gotas pelo seu queixo.

– Tem um...- Me aproximei, subindo os dedos pelo seu queixo e limpando desde a sua fonte o fio de conhaque que descia. Ela me lançou um olhar cheio de fogo, abraçando meu pescoço e encostando a cabeça em meu peito. Estranhei, relutando em me soltar ou não dela, só que ela insistia mentalmente. Percebia-se isso.

– Um mês depois do casamento... Sasori descobriu que ganhara na loteria. Ficamos muito contentes, nem sabíamos o que fazer com todo aquele dinheiro primeiro.- Sakura continuo com seus braços entrelaçados em meu pescoço, e seu rosto deitado sobre meu peito. Ela remexia o corpo lentamente, parecendo dançar alguma música. Mantive os ouvidos alertas; escutando a história que se desenrolava e abraçando sua cintura. a acompanhando distraidamente com seus movimentos de dança.- Decidimos fazer uma segunda lua de mel. Viajamos para Las Vegas, a cidade que ele sempre quis ir. Só que... Certa noite, eu acordei de madrugada e vi que ele não estava mais na cama. Estranhei, pensando aonde ele tinha se metido. Aí recordei que ele havia comentado sobre um bar muito famoso que ele gostaria de ir e fui a esse tal bar para ver se encontrara. Teria sido melhor se eu tivesse ficado no quarto do hotel...- Eu já conseguia sentir a minha camisa se umedecer pelas lágrimas grossas que Sakura derramava. Ouvi ela suspirar pesadamente.- Ele estava rondado por prostitutas nojentas. Fiquei escondida vendo o que eles faziam. Foi horrível... e eu sai daquele lugar as pressas. Arrumei a mala e peguei o primeiro avião pra fora dali. Deveria ter pego um pouco do dinheiro também... ou tido um filho com ele, ai eu estaria nadando em dinheiro...- Subi minhas mãos, apertando os seus braços e fazendo seus orbes verdes se encontrarem com os meus.

– Você não é esse tipo de garota, Sakura.- Gritei quase aos berros. Mas não deveria ter gastado todo esse vozeirão por que era nítido que ela estava bêbada. Tirei seus braços de cima do meu pescoço, virando para tomar um pouco do ar que saia do vitral aberto.

– Vai se fuder, Sasuke.- Escutei, e mais uma vez ela encheu o copo e virou tudo de uma vez, garganta abaixo. O copo bateu contra a mesa, pondo Sakura a se retirar e bater a porta do quarto. Mulheres...

The drug in me is you

And I’m so high on misery

Can’t you see?


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Notas finais do capítulo

Façam uma recomendação pra fic sz'



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