The Bodyguard escrita por AloeGreen


Capítulo 8
Capítulo VIII - I'm scared, Sasuke


Notas iniciais do capítulo

Hello, Hello.
Esse capítulo eu demorei um tempinho pra escrever por que ele tá bem grande comparado aos outros. Mesclei bastante os casais (como sei que você gostam,hehe) e também pensei o que acontecerá no decorrer da história. Bom, eu já sei o começo e o fim da história (o meio ainda to criando pra bater com o final que quero, hehe). Como essa história tá mais pra um drama do que pra um romance, irei escrever uma cena drástica que acho que vocês não irão gostar, no entanto, podem esperar sentadinhos que essa cena irá ocorrer mais para o final da fic, hihi ^^ (que autora má)
Acho que é só...comentem e não esqueçam de favoritar! *-*
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452755/chapter/8

Turno: Sasori Akasuna

O barulho de água caindo como chuva, desperta-me de um sono que parecia sem fim. Agarro-me a um travesseiro ao lado, sentindo um cheiro de perfume feminino invadir minhas narinas. Brinco com um sorriso maroto nos lábios, tentando recordar da garota que levei para cama ontem.

Vasculho o quarto apenas com o olhar, não tendo forças pra levantar da cama. Tateio o interruptor de luz atrás de mim, vendo-me num clarão insuportável que fez minha cabeça latejar e meus olhos queimarem.

– Porra!- Xingo, apagando a luz sem pestanejar.

Não sei o que aconteceu ontem, mas de uma coisa eu tenho certeza: devo ter virado umas cinco ou seis garrafas de uísque puro. A ressaca ainda ardia como merthiolate antigo na ferida de uma criança. Pude sentir o gosto amargo do álcool na minha garganta. Estava quase sem voz e acho que já estou a um bom tempo dormindo.

Levanto-me andando pelo escuro e afastando dois dedos da cortina; fazendo com que eu pudesse ter uma noção das coisas pelo caminho. Paro na frente do meu espelho de corpo inteiro, deparando-me com o meu reflexo: olhos inchados, cabelos desgrenhados e um ar de bebum.

– Hoje, excepcionalmente, você está um merda.- Insulto-me mexendo em alguns pertences da minha cômoda, parando meus dedos magrelos numa aliança. Numa não; na aliança. A contorno, fazendo-a descer pelo meu dedo mediano. Seu reflexo brilhante mostra-se ao cruza-la com a luz do sol.- Maldita...- Aprecio aquele anel louro, até assustar-me com uma silhueta saindo do banheiro.

– Não sabia que era casado, Sasori-kun.- Suas madeixas ruivas, como as minhas, batiam até a metade das costas. Ao colocar os óculos de armadura negra, pude ter certeza de quem era.

– Droga Karin, o que está fazendo aqui, sua imbecil?- Não reluto em tirar rapidamente a aliança do dedo, a colocando no devido lugar. Procuro exasperado minha camisa, tratando de vesti-la no mesmo instante.

– Ah, Sasori-kun! Saiba que esses xingamentos só me deixam ainda mais excitada.- A ruiva ajeitou os cabelos molhados, segurando toda amolecida a toalha que escondia seu corpo.

– Saia daqui. Não quero ter que aturar sua frescuras.- Abri a porta, obrigando-a a sair dali naquele instante. Não ligava para que a mesma estivesse de toalha. Que se dane aquela piranha.

– Sasori! Por que está fazendo isso comigo?- Resvalava os seus dedos pelo meu abdômen.- Sabe, ontem você foi tão carinhoso comigo... a gente bem que podia fazer de novo.- Suas pernas roçavam nas minhas e seu decote já estava quase caindo aos pés.

– Vai embora.- Olhei discretamente para o lado, escancarando a porta.

– Mas Sasori...!- Pisava duro.

– Vai embora, eu não quero ter que te dar uma surra.- Tentei acalmar os nervos.

– Não faz isso comigo, Sasori-kun... Foi tão divertido on- A impedi que terminasse de falar, ordenando aos berros.

– VAZA!- E ela nem contestou, se foi parecendo um gato vira-lata.

Bati a porta em um baque, voltando ao meu apartamento, onde sentei-me na cama passando as mãos nos meus cabelos oleosos. Refleti um pouco sobre os grandes eventos utópicos que compareci. É, realmente ter ganho toda aquela grana farta na loteria, não impediu aquele divórcio estúpido. Se tivesse sido outra garota, teria ficado só pra esconder um pouco da verdinha nas mangas e depois escapulir. Mas não. Foi justo a Sakura. E é por isso que eu tanto a admiro.

*Beep, Beep, Beep*

Tirando-me dos pensamentos, agarro o celular e deparo-me com o nome no visor; soltando um riso abafadamente irônico.

– Só pode ta de brincadeira.

Turno: Sakura Haruno

Delegacia, 22h30min

– O que aprontou dessa vez, sra. Akasuna?- Escuto aquele timbre familiar nos corredores; não demorara muito para o empecilho aparecesse de braços cruzados e um ar superior o rondando, junto de Shikamaru.

– Haruno. Ha-ru-no.- Separei sílaba por sílaba, apertando fortemente as grades da cela. Eu não gostava dele, mas ele era o único que poderia tirar eu e Sasuke dali. Maldito destino.

– A-ka-su-na. Não somos separados no papel, querida.- Olhei com uma certa revolta para o chão.

– Ainda.- Ergui o rosto, acrescentando ao seu comentário anterior.

– Vamos, saem logo daí. Não quero mais os ver aqui.- Detetive Shikamaru abriu a cela, e só faltava eu beijar o chão. Pude ver de relance Sasuke lançar mais um de seus olhares ferozes. Até hoje esses olhares me fazem ficar toda arrepiada. Argh.

– Conte-me Sakura, quem é o emo revoltado ali atrás?- Sasori me perguntou e eu apenas estremeci com seu comentário. Vai que Sasuke resolve voar no pescoço dele. Não quero voltar pra aquele cubículo!

– Fale baixo, cabeça de fósforo!- O repreendi, não dando continuação a conversa.

– Cedo ou tarde você vai ter que me contar, Teletubbie!- Senti o ligeiro belisco dele no meu braço, o olhando com cara de tacho.

Depois de tanto Sasori insistir, fomos de carona no seu Audi prateado que ele tanto se orgulhava. Eu podia ver a áurea negra em volta de Sasuke, no banco de trás. Não que ele já não tivesse uma, mas agora estava mais escuro ainda. E enquanto isso no banco do passageiro, uma nuvem carregada esgotava-se em cima da minha cabeça.

Logo estávamos na frente do meu apê novamente e eu queria tanto dar no pé antes que Sasori me segurasse, mas... não rolou.

– Ei, será que podemos conversar um pouco?- Sua mão firme me impediu que eu saísse de seu Audi, então apenas lancei um olhar para o Sasuke, que logo entendeu o recado.

– Seja rápido, Sasori.

– Olha, sei que fui um idiota, mas veja Sakura...- Se endireitou no banco do motorista, subindo as mãos pelos meus braços, os alisando.- Ainda dá pra voltar atrás.- Vi um sorriso esperançoso brotar nos lábios dele e me vi fraca naquela situação.

– Sasori...- Tirei as mãos dele dos meus braços, entrelaçando meus dedos nos dele.- O problema é que o amor se esvaiu, não me vejo mais com você.

– Mas a gente pode mudar isso, Sakura...- Não pude deixar que terminasse, e lhe calei com meu dedo indicador nos seus lábios.

– Não, Sasori.- Vi o otimista brilho nos olhos do ruivo dissipar-se. Olhei para nossas mãos entrelaçadas e as removi da dele, acariciando seu rosto que parecia ser mais alvo que o do Sasuke. Sorri. Não posso negar que passei momento felizes com Sasori, mas parece que nada foi real.

– Sakura...- O vi murmurar meu nome e não me contive. Aproximei-me de seu rosto, selando seus lábios nos meus em um curto beijo. Um beijo de despedida.

– Agora chega Sasori.- Sorri discretamente, escorregando minha mão pelo seu rosto e saindo do Audi onde caminhei até o meu apê com um certo alívio rondando-me.

Adentrei o apartamento e o tranquei, girando a chave e puxando o fecho da tranca extra. Virei-me deparando perigosamente próximo de mim. A sala estava pouco iluminada com apenas a luz do abajur clareando o ambiente.

– Quem era esse cara, Sakura?- Passei por ele, retirando a bolsa que incomodava meu ombro a jogando em um lugar do sofá e sentando-me exausta.

– Meu...ex-namorado. Marido na verdade.- Cruzei as pernas, descansando os braços ao lado do corpo.

– Por que nunca me falou dele?- Sentou-se na mesa de jantar com o cenho franzido, e as mãos entrelaçadas, servindo de apoio para a cabeça.

– Ah...- Levantei bufando e revirando os olhos.- Não achei que era importante. Você não precisa ficar sabendo tudo sobre mim.

– Aé?- Fiquei de pé cruzando os braços e ele tratou de ir em direção a mim.- Sabe Sakura, já faz um mês que eu fico andando pra lá e pra cá, assegurando que ninguém vá te estuprar ou apontar uma arma pra sua cabeça.- A cada passo que ele dava, eu andava um para trás. Mas quando me vi encurralada, batendo numa parede, tentei manter a minha expressão séria e ligar o botão neutra.- Acho que você pelo menos deveria me explicar algumas coisas não?

– Eu não tenho que ficar te dando satisfação.- Apertei os punhos. Já estava começando a perder o pouco da paciência que eu tinha.

– Eu só peço que coopere. Sabe, quando você me mandou sair daquele carro, eu até pensei: “Ah, melhor eu ficar aqui. Vai que ele foge com ela e a jogue num chiqueiro”. Mas ai eu percebi que você deveria ter direito a uma segunda chance.- Seu tom irônico deixou-me extasiada.

– Sasori nunca faria nada de mau pra mim. Nunca me bateu, e quer saber, a única vez que brigamos, foi o dia que eu saí da casa dele e terminamos.- Joguei as palavras na sua cara, o empurrando para ir pro quarto. Porém, não foi tão fácil assim. Sasuke agarrou meu pulso, fazendo com que eu virasse de frente para o mesmo. E rapidamente pude sentir sua mão descendo a minha cintura, e a outra enganchando meu queixo, tendo de olhar para aqueles olhos que esbanjavam escuridão.

– Quando pediu que eu a ensinasse a beijar, pensei que nunca havia tocado em um homem. Por que mente para mim, Sakura?- Sua voz se manteve firme e eu logo pensei que ia surtar com toda aquela pressão.

– Eu quero dormir, Sasuke.- Torci levemente os lábios, desvencilhando meus olhos dos dele. Suas mãos se abaixaram e eu retornei ao meu quarto, trancando a porta.

Aquele final de semana estava sendo estressante. Primeiro essa droga de surra que o Sasuke deu no detetive Shikamaru, fazendo com que nós fossemos presos, mas graças ao iluminado do meu ex-marido conseguiu tirar a gente de lá. Mesmo assim, ainda tive que escutar a conversinha dele em seu Audi, e até fiquei com dó. Mas ele não é um homem ruim... só foi dominado pela ganância. E ainda, dentro da minha própria casa, tive que aturar Sasuke com seu papo de “coopere”. Eu estou pagando-lhe! Não deveria dizer nem um “piu”. Sabe eu preciso de um banho de banheira.

Despindo-me no banheiro, deixei as roupas caírem no chão. Prendi minhas madeixas róseas em um coque mau-feito, entrando na água quentinha. Quando comprei este apê, a primeira coisa que eu fiz foi dar uma olhadinha no banheiro. Sempre curti hidromassagens, essas coisas. Quando eu viajava com mamãe, sempre nos hospedávamos em hotéis com banheiras e suas mordomias. Ai quando fui morar só, fiquei esperançosa com a idéia de uma hidro no banheiro. Obviamente o tamanha era insuficiente. Mas eu não desisti e aceitei comprar uma menorzinha, apenas para uma pessoa. Eu curtia muito ela. Sempre foi mais eficiente que a Novalgina para as minhas enxaquecas. Hihi.

Aconchego-me naquela belezura; mas foi eu começar a ficar confortável que o meu celular dá um pequeno “beep”. Levo minha mão até o chão, aonde o agarro e o abro. Era um SMS de Ino:

Testuda, novidade! Sei que está um pouco tarde (sacomé sou uma esquecida!) mas tem a Quermesse dos meus pais amanhã e eles imploraram pra eu levar você. Além do quê, precisamos de algumas pessoas pra trabalhar nas barraquinhas... aí eu pensei que você gostaria de ganhar uma graninha, hehe. Vai ser um evento muito legal e irá ir bastante gente, ah, mas você sabe, íamos tanto quando crianças, hehe. Bom, mande-me uma mensagem logo após ler esta aqui! 2bjs.

Domingo. Nunca tenho nada para fazer no domingo; então aceitei o pedido de Ino e respondi com um simples “ok” a mensagem dela. Desliguei o celular para ninguém mais me incomodar, mas foi eu deitar a cabeça para relaxar quando escuto o Sasuke gritar:

– Sakura você morreu?!- Suspirei profundamente, estampando um sorriso falso bem largo. Realmente eu não consigo.

– Já to saindo.- Respondi de volta, dando apenas uma pequena ducha nos cabelos e saindo com um shorts fino de seda e uma regata creme de renda para dormir. Destranquei a porta do meu quarto, passando pelo corredor sem olhar para Sasuke. Afinal eu disse que queria dormir, mas ai eu fui tomar um banho de banheira e eu meio que perdi o sono. E certamente dava-se para entender: “Me deixa em paz, não quero mais falar com você, emo revoltado”.

– Ei Sakura, precisamos conversar.

– É sobre o suposto marionete?- Abracei a toalha que eu carregava no ombro, sentando-me frente a ele na mesa de jantar.

– Sim. Sakura, bom, você é inteligente...- Por um segundo senti um calorzinho subir pelo meu corpo com o seu comentário, mas voltei a prestar a atenção.-... e sabe que se algo grande te acontecer, eu posso não ser capaz de te proteger.- Mordi discretamente os lábios. Pude perceber um medo se declarar em mim.

– C-Como assim algo grande, Sasuke?

– Bem, e se por acaso, sem querer, você acabar se separando de mim e alguém a pegar?- Uma espécie de arrepio correu pela minha espinha, fazendo eu mexer de um lado para o outro o pescoço.

– Ok, Sasuke você já está me dando medo...- Levantei-me, me direcionando até a cozinha e tirando uma garrafa de água da geladeira.- Afinal, não posso fazer nada com isso. Acho que terei que agüentar...- Me vi presa olhando para o além vendo que todo aquela confusão de “Mensagens Esquisitas. Perseguidores. Guarda-Costas” podia não ter um fim. Remexi a cabeça, esforçando-me para abrir a garrafa d’água; até que Sasuke a toma de minha mão e a abre com a maior facilidade do mundo.

– Não se preocupe Sakura...- Voltou a sala, onde parou por um instante, virando-se.- Eu tomaria um tiro por você.- Aquilo era um sorriso brotando nos meus lábios?

O que era aquilo por debaixo do meu sorriso?

~X~

Amaldiçoei o relógio por ter me acordado ás 10h30min; mas aí lembrei que tinha a tal Quermesse dos mais da Ino. O dinheiro das barraquinhas seria doado para a caridade, então era para uma boa coisa. Mesmo assim, eu ia ganhar meu dinheirinho, hehe.

Depois de ter me arrumado, tomado um café da manhã rápido, pensei se Ino iria ficar brava se eu convidasse uma das minhas alunas. Hinata sempre foi uma aluna e tanto, apesar de seu nítido constrangimento fácil e rápido com as coisas. Fora que ela ajudou bastante na apresentação de violão, então liguei para ela e não foi tão difícil de aceitar. Peguei um táxi junto de Sasuke, mandando que seguisse até o endereço de Hinata. Logo ela já estava entre mim e Sasuke no banco de trás, seguindo para a tão especial Quermesse.

Antes de eu pagar o devido valor ao motorista do táxi, mandei uma mensagem á Naruto o convidando para a feirinha. Ele aceitou, e não demorou a chegar.

– Se eu não tivesse falado que a Ino participaria da barraca do beijo você nem viria, né Uzumaki?- Perguntei dando um soco amistoso no seu ombro, debochando do lance que ele tinha pela Ino.

– É claro que eu vim por você, Sakura-chan! Que absurdo...- Andei atrás dele, o seguindo.- Mas diga-me...- Virou-se repentinamente e fitei-lhe com um olhar trambiqueiro.- Para que lado fica a barraca do beijo?- Pigarreou, desarrumando os cabelos loiros brilhosos.

– Pra aquele lado, bobo!- Apontei sem antes gargalhar de seu jeito todo...er, desajeitado?

~X~

Turno: Hinata Hyuuga

Separei-me de Sakura-sensei logo que entrei na Quermesse do qual ela falava. Fiquei pensando nas doces palavras que ela dissera; de que sou uma aluna do qual ela se orgulhava muito e que era a minha favorita. Ai, sou tão pensativa e cabeça de vento que acabei me perdendo aqui! Era tão grande, um capo enorme cheio de barraquinhas de comida e entretenimento; e eu estava completamente só e perdida. Acalme-se Hinata, você precisa encontrar um segurança. Vamos lá.

Fui procurando alguém que pudesse me ajudar, mas parece que ninguém se preocupou em organizar guardas com um devido uniforme escrito bem grande nas costas a palavra “Segurança”. Acalme-se novamente, Hinata. Você está em um lugar cheio e ninguém lhe fará mau alg-

– Ei, garota!- Distraída, sinto alguém agarrar minhas vestes e me puxar para uma barraquinha. Era uma mulher, deveria ter a idade de Sakura-sensei. Tinha cabelos loiros chamativos presos em um rabo de cavalo alto, olhos azuis exuberantes e uma pele de dar inveja.- Preciso que me faça um favor. Eu volto já, só preciso que você fique no meu lugar aqui na barraca do beijo. Não é tão difícil, é só você pegar o dinheiro dos caras ali da fila e beija-los. Só selinho!- A mulher não parava de falar um minuto, e isso me deixou zonza; sendo que nem consegui para-la e logo eu estava sozinha com uma fila enorme de homens de todas as cidades esperando para ganhar um beijo. Minha cabeça estava confusa, eu não sei fazer isso! Ah, irei pirar. Acalme-se (de novo) Hinata. Não deve ser tão difícil.

Sentei-me atrás da barraquinha e tentei respirar calmamente. O próximo garoto da fila era um jovem de cabelos loiros revoltados. Por um minuto pensei que o conhecia, mas logo me concentrei naquele trabalho. Percebi o loiro xingar algo discretamente, antes de sentar-se frente a mim.

– O-Olá.- Disse, tentando transparecer todo o meu nervosismo com um sorriso que parece não ter saído do jeito que eu queria. Ele me entregou o dinheiro, e eu o guardei numa caixinha ao meu lado.

– Espera, eu não te conheço?- O garoto perguntou-me e eu travei. Sabia que o conhecia de algum lugar; ele era amigo da Sakura-sensei!

– A-Acho que não...- Desmenti, abaixando meus olhos fingindo não estar interessada. Seria estranho eu me encontrar com essa pessoa novamente após beija-lo.

– Você é muito bonita, sabia?- Elogiou-me, e eu apenas soltei um riso abafado e corado.

– Ei, não precisa paquerar ela, cara! Você ta pagando, dã.- Levei meus olhos á um menino que estava na fila, mostrando o dinheiro com uma cara de sonso.

– Bem, acho que vou beija-la então...- Percebi que ele estava nervoso também. Mordi meus lábios, pronunciando repetidamente na minha cabeça: “Agora é a hora, agora é a hora, agora é a hora”. E pã. Em poucos segundos eu já estava sentindo seus lábios quentes nos meus. Fechei meus olhos sentindo aquela grande emoção e calor apoderando-se do meu corpo frágil. Eu nunca havia beijado nenhum garoto na minha vida...e ah, Hinata, como você é sirigaita. Mas eu continuei mexendo meus lábios contra os dele, mesmo Ino dizendo que era apenas para dar um selinho.- Acho que já deu para o preço do bilhete...- Sinto os lábios dele se separarem do meu, e eu ainda de olhos fechados, disse:

– Dá para mais um bilhete...- Segurei sua nuca, me aproveitando novamente daquela maravilhosa sensação. Se não fosse por uma voz chamando interrogativamente meu nome, eu não teria parado nunca.

– Hinata?- Olhei para o lado, ainda segurando firmemente em seus cabelos dourados. Era Sakura-sensei. Corei violentamente ao vê-la e percebido que a mesma presenciou toda aquela cena.- E Naruto?!- Sakura olhou de mim para o loiro, e por um momento eu havia me esquecido de que eles se conheciam; ; e não me contive em enrubescer mais ainda ao ver a expressão boquiaberta do loiro a minha frente.

– O que eu perdi?!- Viro-me para trás encontrando a loira bonita com um sorriso largo nos lábios. Graças aos santos!

Corri, né? Desci as escadinhas, me escondendo toda envergonhada atrás de Sakura-sensei. Subi meus olhos e vi que o loiro havia me seguido com o olhar. Sakura me olhou com um semblante interrogativo, e pus a arrasta-la para fora daquele cenário.

~X~

Turno: Sakura Haruno

Hinata me puxou para um lugar mais distante da barraca do beijo, então tive que me apressar para acompanha-la. Ela sentou-se numa mesa, tampando os olhos, parecendo se esconder de uma bronca.

– O que foi, Hina?- Demandei rindo de seu ato, e sentando-me numa cadeira a sua frente.

– Você não vai brigar comigo por eu ter beijado o seu amigo? Você não irá mais sentir orgulho de mim, Sakura-sensei?- Seus olhos estavam quase lacrimejando, quando segurou fortemente minhas mãos.

– Calma, Hina... Ele é só um amigo meu, o Naruto. E obviamente que eu não perderia o respeito que tenho por você só por ter o beijado.- Acariciei suas madeixas negras, tentando lhe mostrar um pouco de segurança.

– Obrigado mesmo, Sakura-sensei.- Percebi que todo o seu nervosismo e medo já haviam se esvaído então, soltei minhas mãos das dela.

– Ei, acho que vou comprar umas maçãs carameladas para nós duas ali, ok?- Apontei para uma barriquinha atrás dela; a mesma olhou e sorriu, concordando com a cabeça.

Tateei meus bolsos da calça, procurando pelas fichas que representavam o dinheiro. Tirei entregando para uma senhora que vendia as maçãs, e sorridente virei-me para ir até a mesa onde Hinata estava. Porém algo tenebroso me fez parar. Era um homem vestido com uma longa capa negra, escondendo seu rosto com uma máscara... sim, uma máscara que eu conhecia muito bem. Não pestanejei em sair dali, jogando as maçãs carameladas no chão. Tentei avistar Sasuke, e ao mesmo tempo vendo se estava sendo seguida. Olhei para trás e o mascarada se aproximava. Xinguei pondo-me a correr para um banheiro mais próximo. Pude ver os banheiros químicos mais para frente. Adentrei em um, trancando e sentando-me no vaso. Passei o peito da mão na testa, reparando no suor gerara com toda essa correria. Tirei rapidamente o celular do bolso da minha calça jeans, digitando ofegante o número de Sasuke. Percebi que umas lágrimas de nervosismo escorriam, espatifando-se na tela do celular. Enfim, coloquei o celular no ouvido e esperei atender. Pensei durante uns segundos em Hinata que ficaria sozinha, vendo que eu a deixei novamente. Mordi os lábios, após eu escutar o timbre roco de sua voz, pronunciar um “alô”.

Estou com medo, Sasuke...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Bodyguard" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.