Turno: Sakura Haruno

– Não Sasuke...- Minha voz não conseguia manter seu controle; ela estava falhando com aquela revelação. Estive morando com o inimigo desde sempre.

De seu lábios, nada surgira; os ônix estavam intensos e pregados em mim. Obito mantinha seu sorriso vitorioso. Parecia ir tudo conforme o seu plano.

– Foram vocês que mataram meus pais, sim?- Qualquer um percebia o timbre de minha voz; trêmula como uma idosa segurando um bebê. Mas eu iria até o fim para saber seus motivos. Me pergunto onde Shikamaru e os outros se encontram...

Turno: Shikamaru Nara

Pegaram a gente bonito. Era pouco para dar a meia noite; só estava eu, minha escotilha e os amigos de Sakura no salão. O papo estava bom até que uns mascarados adentram aquele salão que estávamos e nos encurralam. Amarraram Naruto e Hinata em um canto. E eu, burro, não havia pego minha arma. Mas fiquei razoavelmente contente por esses caras não terem envolvido o restante do cruzeiro.

No momento, estou dentro do closet do meu quarto. Neji foi o nosso salvador; chegando depois que os caras nos encurralaram e acabando com dois. Isso deu a nossa deixa, e partimos para o combate. Mas eu percebi que não dava pra ficar lá sem armamento, então deixei meus companheiros lutando. Não sei se isso foi um ato covarde.

– Droga...- Arrastei uma grande caixa para o meu encontro, tirando da mesma duas Glocks. Respirei fundo antes de sair do closet e encarar aqueles caras novamente. Eles até pareciam vírus, enquanto lutávamos com alguns corpo a corpo, mais pareciam vir. Hoje, me arrependo de não ter dado confiança as palavras da Sakura naquele dia.

Me aproximando de um corredor extenso, encontro um corpo no chão; um corpo não, o corpo. Era Chouji, estava seriamente ferido o que me trouxe calafrios. Fui para perto do mesmo e em seus olhos pareceram brilhar uma digna esperança.

– Shikamaru...!- Exclamou.

– Calma Chouji, vou tirar você dessa.- Não hesitei em colocar meu braço atrás do pescoço do mesmo e o levantar, recostando-o contra a parede.

– Shikamaru, você precisa encontrar...- Ele tossia sangue enquanto proferia palavras do qual eu não entendia direito.

– Encontrar o que, Chouji?- Perguntei.

– Os caras...ouvi eles falarem...de uma bomba.- Terminou dando uma forte e potente tossida.

– Bomba...- Pensei a respeito. Sakura havia me contado sobre a morte de seus pais; o grande atentado ao transatlântico Nederland. Ninguém nunca soube o motivo e o culpado. Obviamente eu ainda não trabalhava na delegacia aquela época, mas depois me interessei por este caso. Mesmo assim, não pude fazer nada e ele foi simplesmente...ignorado. Talvez, talvez não, é muito provável que esses caras estejam envolvidos naquele atentado. Mas agora, o que querem da Sakura?

Turno: Sakura Haruno

– Diga logo, foram vocês mesmos que mataram cruelmente meus pais e o restante daquelas pessoas?!- Minha voz conseguira tornar-se mais fria e sustentável. A arma continuava apontada para a cabeça de Ino, o que me deixava cada vez mais impaciente e preocupada.

– Sabe, o clã Uchiha sempre viveu harmoniosamente. Trabalhávamos juntos nas nossas empresas, vivíamos com nossas famílias sempre tão gentis... Mas claro, tínhamos concorrentes. Alguns bem fortes, alguns nem tanto.- Seus passos pararam por segundos, voltando a andar para o outro lado.- Tínhamos conseguido capturar muitos empregados de uma certa empresa; pagávamos mais para um trabalho bem feito. E isso, pelo visto, revoltou os donos desta tal empresa.

– Como assim, “pelo visto”?- Perguntei, interessando-me em sua história.

– Como todo o clã, existe sempre os líderes. A grande família... Aqueles que comandavam as empresas e toda a conveniência. Eles eram certamente muito respeitados. E nos iludimos em pensar que eles não eram alvo fácil. Simplesmente aconteceu; encontramos Fugaku Uchiha e Mikoto Uchiha mortos de um modo cruel e impiedoso. O criminoso não deixou seus rastros. Mas deixou Itachi Uchiha e Sasuke Uchiha...vivos.- Seu braço se ergueu aos irmãos Uchihas em um sorriso indulgente. Obito parecia ter um afeto grande por ambos. E nenhum dos dois expressou sentimentos algum; Sasuke continuava apoiado a parede de olhos fechados e seu irmão, Itachi, tinha os braços cruzados, olhando friamente para mim.

– Quem os matou?- Perguntei.

– Oh, com tudo isso você já deveria saber, burrinha.- Mordi os beiços com seu insulto.- Obviamente que foram Mebuki Haruno e Kizashi, seus pais e donos da empresa concorrente.- Meu coração saltou do peito neste momento, e não consegui me controlar.

– MEUS PAIS NUNCA COMETERIAM TAL CRUELDADE DE MATAR ALGUÉM!- O timbre saiu agudo; minhas mãos queriam se livrar daquelas cordas mais do que nunca.

– Deixem ela calada.- Obito cochichou a dois outros mascarados, que logo se apressaram em me amordaçar de forma bruta. Tentei me livrar dos mesmos para eu estava em pura desvantagem contra os mesmos, e logo minha boca já estava tampada.- Bom, continuando... Claro que não deixaríamos eles impune. Revelo que foi bem difícil armar aquela bomba no transatlântico; tivemos que fugir bem rápido em um helicóptero.- Helicóptero...

Flash Back On

– Ai amiga, algum dia vou andar num desse aí!- Entrávamos aos poucos no cruzeiro, rondando os olhos por todo o complexo, até que Ino me dá um cutucãozinho, me fazendo olhar para aquela beleza de hélices. Ele estava estacionado no heliponto do cruzeiro, caso acontecesse alguma coisa durante a viagem e alguém da patrulha tivesse que voltar para o porto.

– Sim, seria demais!- Disse para Ino, me imaginando andar numa coisa daquelas. Eu nunca sobrevoei o céu, mas devo imaginar a sensação maravilhosa, porém aterradora que deve ser.

Flash Back Off

Depois dessa lembrança, minha cabeça trabalhava em não aceitar o que vinha: os mascarados colocaram uma bomba neste cruzeiro e pretendem fugir. Está acontecendo de novo; está acontecendo tudo de novo.