The Bodyguard escrita por AloeGreen


Capítulo 13
Capítulo XIII - Key


Notas iniciais do capítulo

Êêê, Sakura está oficialmente rica! o/
Boa leitura!



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Turno: Sakura Haruno

Posso ouvir uma voz. Uma voz não; uma música. Era uma música tranqüila, conseguia-se ouvir as cordas de um fino violão por trás da voz de um homem. Presumi que era Sasuke; ele adora escutar esse tipo de música pelas manhãs. Não que eu esteja observando ele 24h por dia, magina.

Eu ainda estava deitada na cama, com meus olhinhos fechados e com um sorriso bobo no rosto. Admito que estou feliz com esse negócio de herança; ela veio na hora certa. E aparentemente, os mascarados pararam de aparecer para mim e me enviar mensagens estranhas. Isso me aliava, e muito.

Tento me levantar, mas sinto uma pressão por cima de mim. Fora que meus olhos arderam muito quando eu os abri. Minhas cortinas estavam abertas, o que só intensificou mais ainda minha vontade de ficar quietinha na cama. E foi nesses instantes que eu tentei recordar do que eu fizera a noite. As memórias não estavam vindo, então eu levantei repentinamente da cama, percebendo que eu estava de toalha. Meus cabelos estavam amassados e eu estava começando a ficar seriamente preocupada.

– Meu Deus, o que aconteceu ontem?- Falei para mim mesma, ainda verificando meu corpo para ver se tinha mais alguma coisa estranha. Sei lá, vai que eu fiz alguma tatuagem ou um piercing na genitália.

Saí da cama como uma bala e caminhei até a sala de estar apressadamente. A música ainda tocava, invadindo meu apê; minha cabeça estava começando a latejar por causa disso. Cheguei na sala e como sempre, Sasuke lia aquele jornal infinito dele, tomando o café-amargo-super-delícia. Quando o mesmo me percebeu no pé do corredor, me olhou de cima a baixo e voltou os olhos ao jornal.

– Vá vestir algo, Sakura.- Falou, mexendo os lábios para cantar o refrão da música que vinha.

– O que aconteceu ontem, Sasuke?- Nesse momento, senti ele ficar de certo perturbado, remexendo-se na cadeira da sala de jantar.

– Bem, você caiu no chuveiro e eu tive que te colocar na cama. Daí você dormiu.- Respondeu naturalmente, continuando a ler o seu jornal e cantar a sua música. Ele percebeu que eu não me satisfiz com sua resposta, então completou.- Você estava totalmente bêbada.- Droga, como pude me deixar levar novamente? Preciso ficar longe da bebida por um tempo. Agora, já chega, cansei de ouvir a voz de mulherzinha do Seal, cantando Kiss from a Rose. Desliguei o rádio, esperando mesmo que Sasuke não argumentasse nem nada e logo saí de lá para tomar um banho.

Durante minha ducha, fiquei pensando na tal senha que Kurenai comentara. É um código para abrir o cofre dos Harunos. Papai não citara nada na carta, o que era estranho. Ele apenas comentara sobre a viagem do transatlântico, a herança e sobre mim.

– Sobre mim...- Pronunciei, deixando a água morna cair por meu rosto. Fechei os olhos e tentei lembrar o que o mesmo falara na carta em relação a minha pessoa. Algo como ... “Deveria pensar numa carreira de cantora” ... “Lembro-me do violão rosa que eu e sua mãe compramos para você” ... “Você tocava excepcionalmente bem”.- O violão...- Sussurrei.- O violão!- Minha mente saiu daquele longo transe, exclamando alegre. Meu violão rosa, eu precisava verificar o mesmo.

Terminei meu banho rapidamente, vestindo a primeira blusa que eu peguei na gaveta: uma do Megadeath, que eu comprei na primeira turnê deles pelo Japão; eu tinha 17 anos. Vesti um shorts com tiras rasgadas e calcei meu vans vermelho. Antes de sair do quarto, dei aquela ajeitada no cabelo que o deixava volumoso e saí com Sasuke do apê. No caminho expliquei para o mesmo o que eu havia raciocinado.

– Talvez eu esteja errada.- Comentei andando a passos apressados na rua, seguindo para a casa de Kurenai.

– Talvez você esteja certa.- Disse Sasuke, mantendo-me otimista.

Ao chegar na casa, subi os degraus da escada dois por dois. Seguimos pelo corredor, chegando no quarto de Kurenai onde o encontrei, escorado na parede; bem como eu o havia deixado. Olhei para Sasuke apreensiva, mordendo o lado interior da bochecha.

– Vai lá.- Encorajou-me, sorrindo de lado, como costumeiramente. Sorri em retribuição pela sua ajuda e ergui o violão, sentando-me na cama e verificando o violão por completo. Olhei dentro do mesmo pela boca, em sua base, pelo braço do violão e nada. Nada, simplesmente.

– Nada, Sasuke. Nada.- Joguei o violão para o lado na cama e passei as mãos pelo rosto, inconformada.

– Espere, onde o violão foi comprado?- Sasuke me perguntou, desencostando-se do batente da porta.

– Na loja do pai do Naruto.- Nesse momento, uma lâmpada apareceu acima de minha cabeça, fazendo-me sorrir como nunca. Sasuke logo captou a mensagem e mais uma vez estávamos num táxi, indo em direção da loja onde Naruto e seu pai trabalhavam.

As portas da loja estavam abertas, como sempre. Entramos normalmente, até que vi uma cabeleira conhecida de trás, e exclamei surpresa:

– Não sabia que gostava de instrumentos, Kakashi-sensei.- Me apoio no balcão e ele se vira, deparando-se comigo e surpreendendo-se.

– Sakura!- Dou uma risada pelo seu susto, o abraçando gentilmente. Sasuke olhava para tudo aquilo com um ponto de interrogação na cabeça, então ele apenas leu meus lábios afirmando: “Meu professor de inglês!”- Ah, eu toco. Guitarra. Acabaram de concerta-la.- Ergueu um tanto seu gig bag. Realmente, por essa eu não esperava.

– Que legal! Nem passou pela minha cabeça que você sabia tocar. Qualquer dia você podia me mostrar.- Soltei umas risadinhas e ele concordou animado com a cabeça. Neste momento, Minato apareceu para nos atender.

– Sakura!- Exclamou ao me ver. Fazia muito tempo que eu não via Minato-san. Ele era amigo muito amigo de papai e mamãe. Como papai o ajudou muito na morte da mãe de Naruto, a Kushina-san, depois da morte de meus pais, Minato-san tornou-se muito importante para mim; sendo um pai para mim nas horas vagas.- Há quanto tempo não a vejo!- Minato-san saiu de trás do balcão, me abraçando fortemente.

– Pois é...

– E quem é o seu amigo? Ou... namorado?- Cochichou no meu ouvido com um sorriso largo, mas Sasuke pareceu bem que ouvir.

– N-Não!- Gaguejei um tanto embaraçada.- Ele é só um amigo mesmo.

– Ok ok... Mas Sakura, o que veio fazer aqui? Quer um novo instrumento?- Minato-san voltou para de trás do balcão, apoiando-se no mesmo e rodando os olhos pelos instrumentos mais próximos.

– Não, Minato-san... Na verdade, eu vim falar de uma coisa séria.- Disse e ele mudou seu olhar, tornando-se mais integro e mudando sua postura. Ele pareceu saber do que eu estava falando.

– É sobre o código?

– Sim.- Sasuke estava certo.

Minato-san pediu para seguirmos o mesmo. Caminhamos por um longo corredor que eu já conhecia; dando para a casa do mesmo. Adentramos sua sala de estar, passando pelo quarto de Naruto e parando no quarto imenso de Minato. Eu e Sasuke permanecemos na porta, acompanhando o pai de Naruto abrir um pequeno cofre.

– Venha.- Chamou-me o loiro, então andei a passos lentos para próximo do mesmo. Minato deixou que eu fizesse as honras, tirando do fundo do cofre azul-marinho, um pequeno cartão. Nele estava grafado um número: “2000”.

– Seu pai me pediu para guarda-lo. Ele achou que ficaria mais seguro comigo. Me senti muito honrado naquele momento. E então ele pediu para dar a você, no momento que você descobrisse tudo.

– Minato-san, meu pai escrevera uma carta para mim; dizendo que ele e minha mãe estavam sendo ameaçados. O senhor sabe me dizer por quem?

– Desculpe Sakura, mas eu nem sabia disso. A morte de seus pais é ainda um mistério. Na verdade, infelizmente o mistério da bomba no transatlântico ficará para sempre enterrado nos arquivos policiais.- Exprimiu Minato, fazendo-me recordar de quando a notícia sairia nos jornais, televisões, revistas. Era um caos. Aquilo me perseguiu por um bom tempo.

– Tudo bem, Minato-san. Obrigada por guardar a chave por todo esse tempo. Obrigado mesmo.- Ele sorriu bobo, novamente me abraçando. Minato-san era um homem tão bom. E Kushina-san também era. Tão doce e gentil...- Mande um beijo a Naruto!- Acenei na porta para Minato, saindo do estabelecimento mas sou parada no exato momento.

– Sakura-chan.- Era Kakashi-sensei, com seu gig bag nas mãos.- Eu queria saber, você está livre hoje?- Me perguntou com aquele sorriso galanteador, o que fez eu corar um pouco. Aquilo era um convite para um encontro?

– Ah, estou por que?- Obvio que eu já sabia a resposta, mas queria ouvir daqueles sábios lábios.

– Estava pensando em te convidar para jantar. Aceita?- Não havia como negar; Kakashi-sensei era um homem lindo. Todo aquele charme me encantava loucamente.

– Tudo bem, então.- Aceitei sorrindo convidativamente. Por fora eu parecia normal, mas por dentro eu tava pulinhos de alegria.

– Te pego ás 8h então.- Sorrio bobo, me dando um curto beijo na bochecha antes de ir embora. Sasuke revirava os olhos vendo toda aquela cena.

Hoje o dia estava uma maravilha.


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