Esqueça o passado escrita por Margo Roth Spiegelman


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo :c



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DF: Eu sinto muito... Sinto mesmo.

Eu sei o quanto ele sente.

SW: Eu sei. Também sinto.

Ficamos imóveis por um tempo. Logo a confusão começou. Policiais, pessoas curiosas...

MT: Don...

Ouvimos Mac dizer. Don se virou.

MT: Podemos conversar?

Don assentiu concordando.

DF: Não saia daqui. – ele disse olhando nos meus olhos.

Ele se virou e saiu. Sentei na cama e percebi que o corpo de Wo Fat não estava mais ali. Vi algumas sombras, estavam levando o corpo do Steve.

Lágrimas insistiram em cair, lágrimas que limpei. Não queria que Flack as visse.

Ele voltou depois de alguns minutos e sentou ao meu lado.

DF: Precisamos ir para a delegacia... Eles querem fazer perguntas, você sabe como é.

Silêncio.

DF: Mas se não estiver pronta...

SW: Tudo bem.

...

Nunca pensei que seria tão difícil responder essas perguntas. Fui obrigada a me lembrar de todos os detalhes. Nunca pensei que seria tão difícil.

O interrogatório acabou. Não me levantei daquela cadeira gelada, estava tão cansada... Uma noite que poderia ser maravilhosa se transformou em um pesadelo.

Meus olhos estavam tão pesados e sem perceber eles foram se fechando, fechando...

DF: Sarah!

Levantei minha cabeça assustada. Ele riu.

DF: Entendo que esteja cansada, mas dormir na sala de interrogatório? Bom, não é a melhor escolha.

SW: Você é tão...

DF: Chato? Eu sei.

SW: Me leva para casa?

DF: Agora quer ficar perto de mim?

SW: Por favor...

DF: Está implorando?

SW: Flack!

DF: Tudo bem, mas tem que ser para minha casa. Acho que você não vai querer ir para sua, ela esta meio... Inapropriada.

SW: Tudo bem, eu só quero descansar.

DF: Então vamos.

...

Dormi muito, mais do que precisava. Chegou o outro dia, dia que eu não queria que chegasse. Era o enterro dele.

Eu não queria vê-lo no caixão. Ainda não acreditava. O homem que sempre amei... Mas eu precisava ir.

Olhei bem o quarto, Flack não estava ali e aparentemente não tinha dormido do meu lado.

SW: Don? – perguntei, minha voz não saiu forte, mas foi o suficiente para que ele chegasse ao quarto.

DF: Está tudo bem?

Obviamente ele não tinha dormido. Talvez tenha velado meu sono, ou não.

SW: Sim... Por que não dormiu?

DF: Está tão obvio assim?

SW: Sim, muito.

DF: Eu... Não consegui. Fiquei pensando em tantas coisas.

Aquilo me fez parecer uma idiota. Descansei mesmo sabendo que Steve tinha morrido, por minha culpa. Mas eu sempre dormia para esquecer.

DF: Você vai?

Sabia do que ele estava falando.

SW: Vou.

DF: Tudo bem, eu te acompanho.

SW: Não precisa.

DF: Sarah, eu quero...

SW: Não quero que você vá. – o interrompi. – Desculpe.

Sempre fui muito orgulhosa, ou sofria sozinha, ou não sofria.

DF: Tudo bem. – disse quase sussurrando, meio decepcionado. – Você sabe o que faz.

Deveria ter pedido desculpas. Mas não pedi.

Enquanto ele entrou no banheiro, eu apenas saí.

...

O caixão era enterrado longe de mim. Poucas pessoas estavam ao seu lado.

Alguns amigos da marinha e sua irmã, Mary. Steve queria assim, queria apenas as pessoas que ele amava ao seu lado.

Minhas pernas não deixaram eu chegar até lá com todas as outras pessoas. Depois de muito tempo, o túmulo estava solitário.

Ajoelhei-me na terra e passei as mãos pelo seu nome.

Steve McGarrett.

SW: Acabou, Steve... Acabou.


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Notas finais do capítulo

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