Entre Otakus escrita por Van Vet


Capítulo 53
Erik


Notas iniciais do capítulo

Capítulo muito importante nas atitudes de Gina.
Espero que gostem e, acima de tudo, CADÊ MEUS LEITORES???
Quase ninguém comenta mais... :/

Mesmo se estiver ruim quero saber :O



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— Seu irmão e você são muito parecidos. — Erik confidenciou para Gina quando eles ficaram sozinhos dentro do carro. Haviam todos ido ao passeio no automóvel dele. Ao fim da noite, deixaram Hermione na casa dela e ele trouxe os dois Weasley para sua residência. Rony já havia se despedido e entrado deixando-o sozinho com a ruiva.

— Espero que você não esteja falando do jeito avoado. — ela pediu.

— Ele é um cara legal! Não seja cruel. — cutucou-a no braço.

— Tá legal, eu sei. — Gina arrumou uma mecha teimosa de cabelo que ficava caindo no seu rosto, atrás da orelha.

— Será que o cara de óculos vem nos importunar hoje?

Estava levemente perturbado para saber quem era o cara da outra noite, mas não encontrou a ocasião para perguntar para ela até então.

— Quer mesmo saber das minhas besteiras? — disse-lhe acanhada, brincando com as mãos.

— Acho que é mais que besteira. Só que você me conta se quiser, claro.

— Ele é o amigo do meu irmão. O homem que idolatrei e amei desde que comecei a gostar dos rapazes. Me corrigindo: não teve rapazes, teve só ele, o Harry.

— Namoraram?

— Nunca nem o beijei. — sorriu amargamente — Sempre fui a pirralha que ficava no pé. A pivete que inflava o ego dele. Me humilhei e não me orgulho disso.

A honestidade nos olhos dela o comoveu. Erik tentou imaginar que tipo de sujeito, em sã consciência, menosprezaria uma mulher daquelas. Confiantemente, aproximou a mão do rosto dela e colocou a insistente mecha ruiva atrás da orelha pequena da moça.

— Se valeu pra você, não foi humilhação. Se foi verdadeiro, não tem como ter sido humilhação.

— Estou parando pra pensar nesses últimos dias e só consigo sentir vergonha. Agi pateticamente e foram centenas de vezes. Acho que até meus familiares me veem como uma coitada. Me sinto meio estigmatizada pela sombra dele.

— Sabe que as coisas que está falando não tem o mínimo sentido, não é?

— Quem vai saber? — deu de ombros.

— Eu. Me diz onde está a inferiorizada, a humilhada, a pirralha? Nesse carro que não. Só encontrei uma moça espirituosa até agora.

Ela sorriu, agora, sem amargura.

— Você sempre me diz coisas galantes. Acho que vou gravar suas palavras de incentivo e escutar quando os momentos depressão aparecerem.

Erik passou os dedos de leve no ombro dela. Percebeu que a moça se arrepiou.

— Se é apaixonada incondicionalmente por esse tal Harry, me diz como consegui sair e usufruir da sua presença?

— Isso não será lisonjeiro. — advertiu-o.

— Estou preparado.

— Porque te achei um gato. Simples assim. Não foi sua sinceridade, nem seus olhos luminosos ou seu rebolado.

— Ai, essa doeu! — levou a mão no peito como se tivesse sido atingido por um disparo. No fundo, gostou das intenções dela.

— E também porque não aguento mais essa paixonite pelo Harry. Quero dar chances para outras coisas. Uma hora a gente se olha no espelho, não tem os dentes de leite e está fazendo poeminhas comparando sapinhos com garotos de olhos verdes. Quando se olha novamente já é mulher feita, os hormônios controlam seu humor vinte e quatro horas por dia e ainda pensa no rapaz dos olhos verdes, que segue a vida muito bem sem você.

— Adoro essa sua personalidade. Muito. Se eu te disser que as mulheres cinco, dez anos mais velhas que você, com quem já me relacionei nunca passaram a maturidade e autenticidade que enxergo nas suas palavras, acreditaria em mim?

— Harry disse que está tentando me conquistar porque adora ninfetinhas. Quer tirar uma casquinha. — objetivou.

Ele riu da cara de pau do cidadão. Cada vez gostava menos desse amigo do irmão. Além de rejeitá-la, ainda a desejava secretamente.

— Calúnia pelas minhas costas. Esse Harry tem atitudes interessantes, hein!

— Desculpe, eu não penso assim. — segurou no ombro dele, achando que tivesse se preocupado realmente com a opinião daquele coitado.

— Eu quero você sim. Estou muito atraído sim. — olhou-a no rosto — E por dezenas de motivos, mas não por ser nove anos mais nova que eu.

— Quer me beijar? — ela o questionou sem pestanejar. Seus lábios bem modelados o encararam exalando igual mistério ao semblante desafiador.

Erik coçou o queixo. Gina era fascínio puro!

— Só ainda não o fiz porque tenho medo de levar um tapa na cara e perder a comissão de uma mensalidade no curso de dança.

Somente um risinho escapou no canto da boca dela, antecipando sua seriedade acompanhada da ordem:

— Vem me beijar logo.

Ele mal pensou duas vezes e já estava abraçando-a pelos ombros e envolvendo-a para si. Ela o tocou nos lábios com avidez e quase o sufocou num gole de sensualidade avassaladora.

Harry, seja quem fosse, a havia perdido! Perdido!


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