Entre Otakus escrita por Van Vet


Capítulo 48
Vitor


Notas iniciais do capítulo

Queridos, desculpe! Falhei na postagem de segunda, porque não tive tempo para entrar no computador, postar e responder comentários. Como estou com uns dias livres o resto da semana tentarei agendar, mas não prometo.
Vamos para um capítulo do Vitor?
Tentar entender as intenções do búlgaro?
Espero que gostem.



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De frente para o espelho do banheiro e sem camisa, o moreno musculoso constatava que, de fato, o mauricinho de uma figa teve garra suficiente para machucá-lo. Um hematoma se erguia no abdômen e estava dolorido, fora ali que levara o golpe do soco.

Ele vestiu a camiseta novamente e foi para o seu quarto, onde se sentou na cama de solteiro rangente e dura, pensando no que havia sido aquele episódio inesperado de minutos atrás.

O dia todo desde a hora em que acordara, tinha conspirado estranhamente para um leque de sentimentos dentro dele. Começou radiante, com a notícia fresquinha que o pai de Hermione passara para o Sr. Wilson, que por sua vez chegara aos ouvidos do seu próprio pai, de que ela estava gloriosamente livre e desimpedida. O búlgaro ficou animado de imediato, embora sua relação com aquela garota já não existisse ao que parecia ser séculos.

Conforme as horas avançavam e Vitor maquinava sobre formas de conquistar a atenção da bela morena novamente, apenas o suficiente para que pudessem conversar como antes, sem esperanças explícitas ao seu coração para uma segunda chance, a empolgação ia triplicando.

Córmaco entrara na vida dela de um jeito bem perturbador para Vitor, como alguém que a colocou numa redoma empolada, da qual ele não conseguia transpor para alcançá-la. Toda aquela riqueza o assustava e o fez preferir se acumular nas sombras por inferioridade.

Agora finalmente o riquinho vinha liberando espaço, porque provavelmente não lidara com Hermione do modo correto. Falhara na tarefa estonteante de fazê-la feliz, como ele mesmo falhara. Estavam ambos, pelo menos nesse quesito, de igual para igual agora: sabiam que a jovem morena não era qualquer uma e que os caminhos fáceis para se chegar ao seu coração jamais funcionavam.

Bem humorado, Vitor vestiu sua roupa de corrida e saiu de casa. Pelo surpreendente acaso do destino a encontrara sentada em frente à porta, rosto sereno, observando a rua. Seu humor foi se esvaindo quando ficou claro que Hermione estava incomodada por ter de trocar meia dúzia de papo furado.

E então a confusão. Aquele carinha petulante estacionando seu carrinho de brinquedo com arrogância e partindo para cima dele, vindo cheio de acusações. A provocação ele aguentou, um empurrão também, mas dois foi demais. Só se soltaram quando os vizinhos vieram os separar, contudo ficou satisfeito, muito contente, por ter deixado o desgraçado machucado.

Agora, enquanto o músculo doía a cada respiração pesada, percebeu que sua vitória não fora absoluta. Não porque fora golpeado astutamente, mas porque ela, Hermione, devia estar decepcionada com a atitude violenta dele. Nem chegou a lhe conquistar outra vez e já a desapontara...

Levantou da cama e tomou a decisão de ir falar com ela imediatamente, já que acabara de ouvir a Lamborguini do seu ex rasgando a rua num ronco violento. Seu pai entrou no quarto conduzindo a cadeira de rodas, antes que ele abrisse a porta.

— Vai aonde, filho? — encarou-o com aquele olhar que despia suas intenções.

— Vou falar com a Hermione.

— Não. — retorquiu cansado.

Vitor revirou os olhos.

— Pai, não é o momento, tá legal?

— Exatamente. Não é mesmo. — Iavor cruzou as mãos sobre a barriga. — Sente aí.

A contragosto, ele obedeceu e jogou-se na cama outra vez.

— Manda brasa. — resmungou.

— Tá muito machucado? — o pai quis saber.

— Claro que não. Você viu aquele mauricinho? — riu ironicamente.

— Bom, — Iavor suspirou — por via das dúvidas, tem pomada anti-inflamatória na gaveta do criado-mudo, ao lado da minha cama.

— Vai, pai, desembucha. — disse impaciente.

— Não vou nem perguntar como isso aconteceu porque desconfio que tenha sido uma triste coincidência. Infelizmente, você puxou meu gênio quando tinha sua idade, e caiu fácil em algum tipo de provocação.

— Um cara não encosta em mim e me acusa de algo que não fiz e sai barato!

— Tudo bem, bonitão! — a voz de Iavor sobrepôs a de Vitor — Agora prometa pra mim que vai ignorar esse rapaz numa próxima vez.

— Se a Hermione o colocou no lugar dele, não terá próxima vez. — sorriu com ironia outra vez.

— Vitor, você não vai falar com Hermione. — o rapaz não protestou, apenas abaixou a cabeça, apoiou os cotovelos nos joelhos e escutou — Ela deve estar de cabeça quente, naturalmente. Ir até lá agora vai parecer desespero. Esse desespero que você guarda há anos dentro de você, e que ela, por ser mulher, percebe desde aquela época. Espere alguns dias, amanhã quem sabe, então você aparece casualmente na porta dela e diz o quanto lamenta. Quem sabe até não acontece o contrário, educadinha como ela sempre foi.

— Acho que o senhor está certo. — concordou com relutância.

— Claro que sim, filho. Sou seu pai. Agora vá correr, porque não podemos perder o foco jamais! — deu-lhe um tapinha carinhoso no joelho.


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Notas finais do capítulo

E então? Será que Ron e Hermione ainda não alcançarão o paraíso? kkk
Ah, logo depois desse já tem o capítulo 49 postado.
Não esqueçam de comentar, vamos tentar chegar a 300 comentários. ;)



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