Entre Otakus escrita por Van Vet
Notas iniciais do capítulo
Pessoal, o que houve?
Porque absolutamente ninguém comentou no capítulo passado?
Não tá bom?
Gostaram do encontro dos dois?
:'(
Hermione saltitou até o sofá e se jogou ao lado da mãe. Jane Granger assistia a um programa matinal e bocejava quando olhou para sua filha com curiosidade.
— Vai sair é?
Fazia uma manhã linda, ensolarada, e os termômetros finalmente subiam um pouco, assim a garota vestia uma blusa solta e shorts com tênis esportivos.
— Não.
— Então qual é o motivo?
— O motivo do quê? — Hermione continuava com um sorriso bobinho no rosto, fingindo prestar atenção no programa da tevê.
Entretanto, ela sabia que a mãe tinha noção de que estava sendo cercada.
— Eu e seu pai estamos aflitos com você. Ou melhor, confusos. Esperamos lágrimas, greve de fome, solidão e um pouco de depressão, mas, sinceramente filha, nem parece que você acabou de terminar uma relação de anos.
— Agora eu sou culpada por não estar cortando meus pulsos? — se fez de dramática.
— Culpada não, só suspeita. — Jane lhe lançou um olhar cheio de desconfiança.
— O que?
— Desembucha!
Hermione respirou fundo e a comunicou:
— Estou esperando um amigo. Vamos dar uma volta no quarteirão.
— Um amigo...
— Estamos ficando.
Jane a encarou com espanto, e ainda que fosse sua mãe, a moça acabou corando absurdamente. Tudo novo, de novo!
— Você trocou o Córmaco?
— Obrigada.
— Filha... Cadê minha Hermione?
— Que Hermione?
— A moça que não dá um passo sem pensar, nem toma uma atitude imprudente? A que briga com a mãe que não tem uma vida regrada?
A morena não pôde ficar séria diante daqueles “elogios”.
— Ela tá tirando férias. — disse por fim.
Jane encostou a cabeça na almofada e suspirou musicalmente.
— Coração de mãe é uma coisa esquisita mesmo. Quando era filha, achava clichê e exagerado toda vez que sua avó dizia me conhecer. Ainda que ela sempre me desse prova e me surpreendesse, eu desconfiava. Então virei mãe e não é que esse negócio de intuição aguda existe mesmo? Há meses percebo a luz nos seus olhos quando olhava para aquele rapaz, se apagando.
— Não sei mais o que sinto pelo Córmaco, além de carinho. — refletiu.
— E esse amigo?
— É o rapaz dos mangás.
— Hum... Interessante.
— Ei, ei! Nada de sair contando pro papai, ok? Estamos só começando um lance que nem sei se vai dar em algum lugar.
— Minha boca é um tumulo. — riu Jane.
***
Meia hora depois, o momento de Rony encontrá-la estava se aproximando. Hermione foi para a porta e sentou nos degraus, observando a passividade da rua no dia de domingo. De repente alguém abriu o portão no vizinho e saiu.
Ela prendeu um pouco a respiração ao ver quem era. Vitor trancou o portão novamente. Vestia calças largas de exercício, uma regata branca e tênis de corrida. Seu corpo estava cada vez mais musculoso.
— Oi. — ela acenou sem jeito.
O rapaz veio de encontro a ela e a beijou suavemente na bochecha. Um contato inédito desde a separação deles.
— Como vai? — Vitor sorriu-lhe e perguntou.
A jovem percebeu um jeito diferente no seu vizinho. Provavelmente a fofoca do pai para os vizinhos novamente sobre o rompimento dela com Córmaco.
— Tudo certinho. Vai correr?
— Isso. — ele anuiu. Usava a cabeça raspada nos últimos anos, totalmente diferente de sua cabeleira negra que preservava em outrora.
— E seu pai?
— Bem também. — Vitor ficou girando sua garrafinha de água na mão. Inquieto.
Hermione procurou uma pedrinha, qualquer coisa, no chão para fingir se distrair e evitar o clima de constrangimento. Acabou desamarrando os cadarços do tênis e amarrando-os novamente.
— Calorzinho bom tá fazendo hoje, né? — ele insistiu.
— É sim. Faz semanas que tá esse tempo medonho, mas hoje o sol foi um pouco caridoso conosco.
— É. — coçou a barba — As vezes até desanima treinar no frio.
— Mas não podemos parar quando temos um objetivo.
— Pois é, cada dia que abdicamos a preguiça vai se instalando.
— Acho que isso não acontece com você. — ele a olhou com interesse — Digo, seu físico reflete isso.
Hermione quis se esmagar entre dois ônibus. Seu físico reflete isso? Tá o chamando de gostoso ou o que?!
— Eu estou com bastante determinação. — Vitor respondeu orgulhoso pelo elogio.
O barulho de um motor esportivo cortou o silêncio da rua. Ambos tiveram sua atenção chamada para o fim da rua, de onde uma Lamborguini se aproximava. Em menos de dez segundos, sem dar tempo de Hermione pensar em nada (nem de correr para dentro de casa e se trancar pela próxima eternidade), Córmaco McLaggen estacionava diante deles.
Imediatamente a jovem identificou no ex-noivo uma expressão diferente, alarmante. Nada do sorriso simpático. O pior, ele não olhava para ela, mas para Vitor. O vizinho, que poderia aproveitar a oportunidade para ir embora, não saiu do lugar.
Hermione levantou começando a ficar em pânico, mas já era tarde demais para evitar o tsunami que afogaria todos em breve.
— Então é você mesmo que está infernizando minha noiva? — berrou Córmaco contornando o carro e indo na direção de Vitor.
— Que foi, playboy? Tá falando comigo? — o moreno musculoso estufou o peito.
— Córmaco, espera... — a garota levantou a mão.
O loiro parecia que não a tinha visto.
— Estou sim, desgraçado! DEIXA ELA EM PAZ!
— Ela deve estar mesmo sem você e seu dinheiro de merda!
A distância entre os corpos dos dois foi diminuindo.
— Ahh... parem já com isso! — ela tentou falar firme. Continuou sendo ignorada.
— Acha que vai tomar ela de mim? — deu um pequeno empurrão nele — Já teve sua oportunidade e acabou com ela na ocasião! — McLaggen pegou Krum e o empurrou mais forte pelos ombros.
Embora fosse alto e possuísse músculos definidos, Córmaco não tinha toda a estrutura avantajada de Vitor. Assim, o primeiro soco que recebeu de seu oponente o desequilibrou na sarjeta e fez até Hermione fechar os olhos. Quando os abriu outra vez, viu somente um bolo de mãos e pernas rolando pela calçada.
Os cachorros da vizinhança se agitaram e se puseram a latir por cima dos palavrões e troca de socos que acontecia na frente da casa.
A morena olhou para os lados com urgência, pensando no que faria. Logo, logo seu ex-noivo estaria esmagado no chão feito um pudim de carne. Foi quando reconheceu reluzentes cabelos ruivos chegando para perto da casa.
Rony vinha pedalando serenamente, mas pareceu alarmado ao ver a cena de violência, paralisando do outro lado da rua montado na bicicleta. Hermione fez a única coisa que achou prudente naquele momento, fez sinais frenéticos para que ele fosse embora.
Ele tinha de ir imediatamente!
O ruivo entendeu, saindo do local num semblante entre o choque e a confusão.
Ela voltou a atenção para os aspirantes a Rocky Balboa e teve uma vontade alucinada de entrar em casa e deixá-los sozinhos como dois cachorros de rua brigões.
Para a sorte de todos, alguns vizinhos curiosos saíram de suas casas e foram descobrir do que se tratava a confusão. Rapidamente os homens vieram separá-los.
Hermione bufou irada em resposta ao “espetáculo”.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bateu vontade de ler alguma coisa diferente, mas ainda dentro dos personagens de Harry Potter? Convido todo mundo a acompanhar minha nova fanfic de ficção científica, com direito a Ron capitão de espaçonave e tudo.
Espero vocês lá! :D
http://fanfiction.com.br/historia/530078/Os_Magistrados/