Entre Otakus escrita por Van Vet


Capítulo 37
Rony


Notas iniciais do capítulo

OI, meu lindos! Tão tristes porque o Brasil perdeu? Fiquem não, agora vamos torcer pra Argentina..kkkkk
Capítulo do Rony pra animar os desanimados.
Já, já respondo os comentários passados, fiquem tranquilos.
;)
Beijos!



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Enquanto Rony analisava o sujeito a sua frente, vinha em sua mente aqueles documentários dos canais da tv a cabo sobre a vida dos animais selvagens. Os espécimes machos se digladiavam pelas fêmeas e vencia o mais audacioso ou o que tivesse atributos melhores.

O tal Córmaco transpirava uma vivacidade alfa que ele não via em si no espelho. As expressões faciais eram extremamente confiantes, e o desgraçado entrava no grupo dos que ganhavam atração das mulheres (qualquer mulher) instantaneamente. Para ajudar, possuía a habilidade de não precisar se preocupar com sua carteira. A garota bêbada de cabelos coloridos ficava todo momento dizendo da riqueza dele. Nesse ponto, ao menos, Rony tinha a leve impressão (porque não podia botar a mão do fogo por quem não conhecia mais profundamente) de que Hermione não fora arrebatada. A morena transparecia independência demais para parecer estar presa àquele tipo por dinheiro.

De resto, ele estava tendo quase um infarto. E uma vontade enorme de socar Harry de jeito. Agora entendia melhor o significado da fúria da irmã.

Por que ele fez o desagradável comentário que deu a ideia de que estavam paquerando as duas loiras?

Carrie, a Estranha o havia esquecido num segundo, provando a falta de química entre eles e que nada tinha relação com a dificuldade de Rony em se entregar. Ela dialogava animadamente com o rapaz chamado Neville.

Córmaco então virou-se para ele e começou a travar um assunto porque ficara um buraco entre seus assentos e a conversa geral, quando Hermione e a amiga saíram da mesa.

— Conta mais sobre esse papo de mangá. — ele iniciou com simpatia. — Minha noiva ama isso. Não entendo muito bem, mas quero interagir mais. Preciso impressioná-la com um presente assim, ela merece.

Ele era uma aberração de um poser, então?! Rony semicerrou os olhos odiosamente. Queria tomar algumas informações preciosas sem esforço pessoal e se exibir injustamente para ela.

O ruivo quis dizer, e realmente a vontade chegou na língua e se enrolou, que conhecia todos os gostos de Hermione acerca do assunto. Poderia pensar em mil títulos assertivos, um quinhão de formas de encantá-la por esse caminho, entretanto não lhe entregaria nenhuma.

Por outro lado, e isso o chateou fundo, era só até aí que ele sabia sobre a morena. Família, lembranças, desejos antigos ou outras manias, eram um campo às cegas para ele. Uma assombrosa desvantagem. Nem a data de aniversário dela Rony tivera a perspicácia de conhecer.

— Na verdade eu tô me desligando um pouco disso. Cansei. — ele mentiu para encerrar o assunto pela raiz.

Córmaco iria insistir no papinho furado, porque começou a abrir a boca outra vez, mas Hermione chegou do banheiro e sentou no seu assento como um furacão.

— Perdi alguma coisa? Do que falavam? — ela questionou o seu noivo, aparvalhada e sem fôlego.

Rony deu uma risadinha de canto de boca pelo desespero dela. Sabia que o comportamento se dera por medo dele ter contado algo.

Ele jamais faria alguma canalhice do tipo para prejudicá-la, o que mostrava o quanto a mesma não o conhecia nada. Se tivessem mais tempo para passearem e jogarem assunto fora, quem sabe.

— Nada demais. Foi rápida. — observou Córmaco.

— É. Tudo lotado. — ela disse evasivamente.

Córmaco aproximou-se e beijou-a na bochecha com paixão, ao que Rony virou a cabeça para o salão achando a cena bem desagradável de se contemplar. Contraditoriamente, sentiu vontade de voltar no tempo e não recusar a oferta de Hermione.

Mas se o tempo voltasse, ele faria muito mais coisas diferentes.

***

Por um milagre, Harry desgrudou a bunda do assento e foi para o banheiro. O ruivo viu sua deixa ali, acompanhando-o. Precisava lhe colocar a par do problema o quanto antes e evitar outros furos grotescos.

— Rony, não precisa ficar me seguindo pro banheiro toda hora. Vai pegar mal. — ralhou Harry vendo-o na sua cola.

— É importante. — e fez um sinal frenético no pescoço, do tipo “sujou”.

— O que foi? — Harry ficou alarmado.

— A noiva tá na mesa. A Hermione.

— Quê?! — os olhos de Harry se esbugalharam e os óculos quase caíram da cara.

— Calma. — Rony teve que pedir.

— Calma? Que é isso? Que é isso? O noivo dela te reconheceu?

— Eu não conheço o cara. Só ela me identificou.

— Seria estranho senão... O que quer fazer?

— Sumir dali, obviamente.

— Relembrar os velhos tempos com Marvin tá tão bom. Faz tempo que não reencontrava um amigo da época da escola — lamentou saudoso.

— Não quero te atrapalhar. Vou embora de ônibus.

Harry ficou pensativo, então propôs:

— Aguenta mais uns quarenta minutos? Parei de beber pra poder dirigir e a Theresa parece impaciente. Só quero conversar um pouco mais com uma velha amiga.

Rony suspirou. Estava com uma preguiça danada de enfrentar o transporte público numa noite de sábado também. Por fim, passar alguns minutos encarando sua bebida e evitando olhar para o casal não o mataria.

— Eu espero.


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