Entre Otakus escrita por Van Vet


Capítulo 25
Harry


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Momento propaganda aqui...
Postei uma short antiga minha, sobre uma situação bem íntima entre Ron e Hermione.
Os fãs do casal provavelmente gostaram, então aqui está o link:
http://fanfiction.com.br/historia/511559/Ha_Muito_te_Quero/

Se vocês puderem comentar também, seria um máximo!



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A ideia surgiu espontaneamente. Nem ele sabia de onde havia nascido só que estava lá e que era uma vontade que precisa ser suprida.

Harry saiu do escritório no período do almoço e dirigiu para casa do amigo. Encontrou quem queria sem nem precisar entrar na casa para se esquivar de Rony caso o rapaz achasse muito curiosa a atitude dele. Gina travava uma briga com a fechadura da porta de casa.

— Entrando ou saindo? — perguntou ao estacionar e abaixar o vidro da janela.

Gina levou um susto. Soube disso porque ela sempre arregalava aqueles marcantes olhos azuis quando se assustava.

— Harry... Tá perdido? — abandonou a chave na fechadura e aproximou-se do carro — O meu irmão está trabalhando hoje.

— Eu não quero falar com ele. É que estou a caminho do centro comercial para almoçar e pensei em te convidar. Sua mãe ainda tá na casa da sua tia, não é?

— É. Foi almoçar no fim de semana e acabou esticando mais alguns dias.

— Então... Vamos ou vai ficar com o macarrão instantâneo?

— Eu sei cozinhar, sabia?! — mostrou-lhe a língua. — E não tenho grana pra almoçar no centro comercial.

— É um convite garota, eu pago!

Gina voltou para fechar a porta e ele fitou-a atentamente. Seus cabelos volumosos perdendo-se até a cintura, estavam radiantes a luz pálida do sol. Havia algo nela desde que ele retornara dos Estados Unidos que vinha lhe incomodando. Porque essa resistência diante da sua presença? Antigamente, não tão antigamente assim (apenas alguns meses), Harry estalaria o dedo e a “pirralha” correria pra dentro do carro sem tantas perguntas hesitantes pelo caminho.

Era como se ele estivesse implorando pela companhia de uma garota de dezoito anos.

Se pudesse voltar atrás passaria longe da casa dos Weasley com ideia tão estúpida. A ruiva que comece comida requentada e assistisse noticiários baratos na frente da TV com sua solidão. Mas, que droga, custava aceitar meu pedido sem tanta firula?

— Pronto. — ela entrou e colocou o cinto. — Tá me olhando com essa cara por quê?

— Nada. É só minha cara.

***

Encontraram uma mesa de frente para o parapeito envidraçado de um bom restaurante. Os pratos lá eram razoavelmente caros, mas nada que Harry não pudesse pagar uma vez por mês.

Convenceu-se de que estava desperdiçando seu dinheiro, porque poderia usar o local para impressionar alguma das lindas estagiárias do escritório, não para trazer Gina. A garota petulantemente pedira um refrigerante, quando havia uma carta de vinhos suaves maravilhosos para se degustar.

Ele pediu água com gás para si.

— Que graça tem isso? — a viu apontando para seu copo.

— Dá mais paladar para refeição.

Ela riu debochadamente.

— Harry! Você come pizza com coca cola lá em casa... — comentou risonha.

— Mas durante semana eu gosto de ser um pouco mais civilizado. — ele retrucou esnobemente.

— Meu irmão é das cavernas, eu sei, mas não precisa ofender.

— Como ele tá, aliás?

— Ah, sei lá. Ele se tranca no quarto, e isso é uma reação normal nele, então não dá pra avaliar.

— Eu disse que ele tem de encontrar algo melhor pra fazer.

— Você, minha mãe, meu pai, meus irmãos. Acho que se alguém dizer alguma coisa mais uma vez Rony vai dar um tiro no infeliz!

Riram.

— Mas fala de você. E aquela aulinha de dança que anda fazendo?

— Aulinha? — Gina mirou-o cinicamente.

Ele ficou momentaneamente sem jeito, e recuperou-se no segundo seguinte.

— A aula é do que então?

— Dizer o nome no diminutivo denota deboche. — reclamou. — E obrigada por perguntar, porque está excelente. O professor é maravilhoso. Não vejo a hora da nossa próxima aula.

— É individual? — perguntou num tom alerta.

— A dança?

— A aula.

— Claro que não. É eu e mais algumas garotas.

— Bonitas?

— Tá me irritando, Potter! — fez cara feia. Ele gargalhou.

Os pratos chegaram e a dupla começou a comer. Ao vê-la impressionada com o arranjo da refeição no prato, sentiu-se orgulhoso. Taí algo que ela nunca fora apresentada: o requinte do dinheiro. Pensou em quantas formas mais poderia trazer isso a ruiva, afinal gostou da sensação no rosto da moça.

Quando os pratos estavam vazios ele acenou para o garçom e solicitou as sobremesas. Enquanto esperavam papeando sobre as possibilidades dela para ingressar no curso de medicina, uma moça aproximou-se à mesa.

— Potter!

Os dois viram uma linda loira num terninho charmoso. Era sorridente, esbelta e alta.

— Alice!

Ver uma colega de escritório o desconcertou. Ainda mais a madura e competente Alice. Estupenda também. E ao lado dele apenas Gina com seu jeans, suas botas de couro sintético e uma jaqueta de frio.

— Almoçando? — ele questionou-a. A garganta ficara seca repentinamente.

Alice olhou rapidamente para a ruiva e voltou-se para ele.

— Sim. Estou com alguns empresários na ala do bar.

— Legal... — disse com a voz falha.

— E ela? Sua namorada? — a loira sondou-o curiosa.

Parecia que Gina ia abrir a boca. A maldita boca para dizer alguma asneira, Harry tinha absoluta certeza. Por isso adiantou-se na sua resposta, falando numa entonação elevada e detestável sonoramente.

— Não! Não. Ela é irmãzinha do meu amigo de infância. A mãe não está em casa essa semana então me prontifiquei a livrá-la de comida de geladeira. É só um favor para meu amigo.

A jovem sardenta ficou vermelha. Alice notou. Harry também. Inteligentemente a mulher do escritório se afastou com acenos rápidos e ele tentou evitar que a bomba estourasse na sua cara.

— Gina... Ela é...

— Uma colega do escritório que você sonha em comer. — completou desaforadamente.

A agressividade o chocou.

— Fique sonhando aí! Valeu pela caridade, grande empresário!

A Weasley caçula saiu da mesa com um tranco. A cadeira de vime que a amparava tombou para o lado e um garçom próximo se prontificou em erguê-la. Harry (mais meio restaurante) ficou observando a moça ruiva deixar o local num rompante de raiva.

Não a seguiu. Sua ira ficou contida no olhar, completamente estupefato por todo aquele plano ridículo de trazê-la para um mundo sofisticado. Era uma criança, uma truculenta zero a esquerda, uma Weasley. Se houvesse próxima vez, o que ele garantiria que não, a levaria para um obscuro e espartano pub. Onde sua falta de educação não fosse singular como era ali.


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Notas finais do capítulo

Acharam o Harry tão egoísta como Gina achou?
O que concluíram desse comportamento dele?
Suposições e Opiniões maravilhosamente bem vindas!
Beijos!



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