Aimable Prisonnier escrita por Ismalia


Capítulo 6
Stulta cupiditas


Notas iniciais do capítulo

Cinco dias, eu disse. Quase me atrasei, mas aqui estou com mais um capítulo.



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Os dias se arrastavam para passar, e cada vez mais Jason tentava convencer Piper a passar mais tempo fora daquele quarto. Ainda queria entender melhor porque insista em fazer aquilo, talvez, como Reyna comentara afiadamente outro dia, ele só esteja procurando uma desculpa para passar mais tempo com a grega. E para isso demorou uma semana e cerca de quatro discussões inúteis com a filha de Afrodite para entender que sua colega pretora estava certa. Era só uma desculpa para tirar Piper daquele quarto e passar mais tempo com ela.

— Jason, foco. — Reyna exigiu enquano Aurum e Argentum rosnavam, aqueles cães parecia sempre prontos para arrancarem o braço de alguém não importa o motivo, e isso não era nada reconfortante.

— Desculpe-me, o que estava dizendo?

— Eu estava dizendo que os gregos vão querer guerra, e que você tem que aproveitar e arrancar mais informações sobre isso com aquela grega. — Ela falou em um tom forçadamente calmo, como quem tenta explicar algo fácil a uma criança.

— Ela tem um nome. — Defendeu o loiro sem pensar e recebeu um arque de sobrancelhas.

— O que deu em você, Jason? Ela é uma filha de Vênus, será que ela está…

— Afrodite, Reyna, Piper é filha de Afrodite.

— Eu gostaria de concluir minhas frases.

— Mas eu já entendi o que você quis dizer. O charme não funciona se a pessoa sabe que ele será usado. — Jason disse calmo, para ser exata, controlado. Desde que se conhecia por gente ele era uma pessoa controlada, não deixava seu gênio influenciá-lo logo de cara, se bem que algumas atitudes não pensadas escapavam de vez em quando.

— Pode ser outra coisa. — Reyna concluiu.

— O que quer dizer com isso? — Perguntou franzindo o cenho.

— Nada, isso não vem ao caso. Só precisamos saber como aquele acampamento funciona, pode descobrir isso? — Reyna perguntou se sentando.

— Posso, mas... — Ele pausou fazendo o encarar esperando que ele continuasse. — Nós não precisamos de uma guerra, já não basta as baixas nas missões?

— Não vamos fazer nada, então. Mas se eles nos atacarem, iremos contra-atacar. Não está de acordo?

— Não.

— Então porque a trouxe para cá?

Ele não respondeu, levantou-se para sair da sala. Sabia que havia um jeito de isso não acabar com mais gente ferida, e ele, como pretor, iria atrás dessa forma, e sabia que assim que isso fosse provado que iria funcionar Reyna concordaria também, mas nesse momento ele sabia que ela não acreditava numa forma deles e os gregos se darem bem. Parecia difícil em teoria, mas não era impossível, era certo. Deixou a sala seguindo pelo corredor até o quarto em que Piper estava instalada, mas a mesma não estava por lá, a porta estava aberta e as janelas permaneciam fechadas, o lugar estava muito bem arrumado, só poderia adivinhar que uma pessoa ficava lá pelas roupas dobradas em cima da cama. Ele se virou fechando a porta e deixou o prédio, olhou pela principia, a maior parte dos campistas estavam realizando suas atividades diárias, não precisou de muito tempo para a encontrar na Via Principalis, observando serenamente o movimento de lá. Deveria ser a primeira vez que ela deixava o quarto por si mesma, sem ter Jason insistindo-a que o fizesse.

— Isso é algo inusitado. — Ele comentara alto o suficiente para que a garota o escutasse.

— Ah, Jason, estava entediada, resolvi sair. — Ela respondeu se virando para o loiro. — Bem, vou voltar agora, não tem nada aqui para mim. — Ela terminara, dando para notar um leve tom depressivo em sua voz.

— Você sente falta de lá.

— É a minha casa, Jason, você deve entender como é. — Ela pausou para o encarar com um sorriso de canto nascendo em seus lábios. — Me desculpe, eu não pude fazer tanto por você quando estava lá, pelo menos eu tentei.

Ele sorriu de volta para hora, notando a cor de seus olhos, jurava que eles eram de um tom de âmbar, mas agora que parara para prestar atenção neles de verdade via que os olhos da garota era uma explosão de belas cores, um caleidoscopio era o que havia nos olhos da garota. E poderia facilmente observá-los por um longo tempo agora que os notara.

— Não me encare desse jeito, é estranho, Jason. — Cortou-o ela, voltando à sua pose altiva.

— Te deixo nervosa.

— Não, não deixa.

— Eu não perguntei. — Ele terminara, com um sorriso no rosto calando a grega em sua negação.

Observara-a enquanto a mesma viravasse novamente de costas para ele, voltando o caminho até a pretoria, onde estava hospedada nesses dias. Ele resolveu que seria interessante a seguir como se não tivesse mais nada a fazer o dia todo, depois de alguns metros que a garota parecera que ele acompanhava, então virou-se andando mais devagar com um tom de chateação em sua face. Ele não se importara, continuou seguindo.

— Realmente, você é um pervertido. — Ela comentou, tirando-o de seu campo de visão e aumentou o ritmo de seus passos.

Jason pode apenas rir do comentário dela, continuando logo atrás dela até a mesma chegar em seu quarto e bater a porta com força antes que ele entrasse. Ele voltou a abrí-la e observou Piper, perguntando a si mesmo se tudo aquilo era necessário. Piper tinha os braços cruzados na frente do corpo e um olhar não tão entediado quanto antes, com os três primeiros dias lá. Ele entendia a frustração dela por estar lá, mas tinha que ser assim, pelo menos Jason fazia o seu melhor para que ela entendesse que eles não eram inimigos. Gestos disso eram melhores do que só palavras, principalmente contra aquela garota, que sabia usar de seu vocabulário muito melhor que o loiro. Pensou em entrar no quarto, mas não podia o fazer naquele momento, mesmo que essa ideia o atraísse facilmente. Mas antes mesmo que decidisse se iria conseguir deixar de hesitar uma luz estranha e completamente nova surgiu um pouco atrás da garota, tomando-lhe a atenção. O que era aquilo? Pensou certamente espantado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, sei que não é o melhor da fic, mas foi necessário, leve spoiler: Próximo capítulo contaremos com a maravilhosa presença de Leo Valdez.



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