Aimable Prisonnier escrita por Ismalia


Capítulo 3
La Torture es Interdite


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, sou a autora que ao invés de terminar o capítulo no dia prometido, resolve que nada está bom e o reescreve por inteiro, desculpem o atraso.



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Piper tinha acordado um pouco cedo demais, aproveitando seus minutos extras enquanto seus irmãos e irmãs dormiam para tomar um banho, a movimentação dentro do chalé era um tanto quanto caótica durante a manhã, uma vez cometera o erro de sugerir aos outros tomarem um banho depois do café da manhã, foi encarada pela maior parte das pessoas ali como se ela fosse completamente louca por vir com uma ideia dessas. Drew até mesmo ironizou dizendo que a próxima gafe da McLean seria sugerir que eles tomassem banhos no banheiro comunitário, não aquilo nem tinha passado na cabeça da garota até o momento que ouviu tais palavras. A mesma só estivera naquele banheiro uma vez desde que chegara no acampamento, e não era um lugar muito agradável de se estar, preferia o caos diário que seu chalé ficava na hora de tomar banho, pelo menos em algo acertara, tirar o espelho de dentro do banheiro, não que todos os filhos de Afrodite tivessem um sério caso de narcisismo, mas sem espelho evitava que as garotas, em maioria, resolvessem se maquiar lá dentro também e arrumar o próprio cabelo lá também, então cada uma cuidava de se arrumar da maneira que viesse em mente na sua própria cama, usando de seu próprio espelho.

Agora, tomar banho sem ninguém batendo em sua porta para te apressar, sabendo que não vai ter ninguém querendo te matar por tomar alguns minutos a mais do que o normal era algo maravilhoso para Piper, ao mesmo tempo inusitado, o único lugar que tinha uma privacidade desse tipo era na casa de seu pai, mas desde que colocara seus pés no Acampamento só saiu de lá para fazer algumas missões, mas não estava lá a tanto tempo, depois que voltara de uma missão em seu primeiro ano se sentiu ousada o suficiente para enfrentar Drew Tanaka, a antiga conselheira-chefe, numa luta pelo cargo, mas a outra desistiu antes da luta começar, então fora uma vitória muito fácil para a McLean, não admitia isso com frequência, mas no fundo de sua alma, ela queria no mínimo causar algum ferimento na Barbie japonesa, mas era algo muito não digno de se ficar dizendo por aí então a única pessoa que sabia disso era Leo Valdez, já que o garoto era o melhor amigo dela antes mesmo de chegarem lá.

Ao sair do banho, vestiu-se com o que tinha separado, shorts jeans, a camiseta laranja do acampamento e a jaqueta de snowboard, a garota já estava tão acostumada em vestí-la que os dias tinham de estar muito quentes para ela decidir que não a vestiria, uma vez uma de sua irmãs afirmara-a que aquilo tudo era falta de confiança e que ela se escondia dentro da jaqueta, talvez fosse aquilo, mas, vejamos bem, esconder-se era algo que a garota não fazia, já que simplesmente não tinha um jeito de se esconder mesmo, pelo menos não dentro do acampamento, já no mundo mortal era bem simples se esconder, já que ela não era conhecida por nada no mundo real, por sorte não a reconheciam como a filha de Tristan McLean, por sorte não aparecia em muitas fotos do seu pai, e nesse três últimos anos foi quando menos apareceu, primeiro passou o ano letivo num colégio interno em Nevada, os três meses de verão seu pai passara trabalhando, antes do Natal foi para o Acampamento Meio Sangue acompanhada de Leo e treinador Hedge, um sátiro com sérias tendências violentas. Desse dia em diante só vira seu pai algumas vezes em videoconferências autorizadas, claramente, por Quíron. Não era muito tempo de conversa, mas era o suficiente para seu pai se certificar que ela estava bem.

Ela decidiu por fim sair do chalé enquanto os outros acordavam, iria esperar o caos matinal do chalé dez acabar andando pelas proximidades do lugar. Até que uma pessoa lhe chamara atenção, Clarisse La Rue fazia o caminho de volta para seu próprio chalé, ambas mãos fechadas num punho, o cabelo parecia que ela tinha levado um choque e a roupa estava levemente chamuscada, Piper pensara que ela tinha se eletrocutado sem querer com aquele lança vermelha que ganhara do pai, Ares, o deus da guerra, mas até que algo lhe chamou a atenção mais ainda, além do fato de ela não estar andando com a lança, ambos seus punhos estavam ensaguentados, ela não parecia ferida, tirando o provável choque é claro, mas ela com certeza vinha da Casa Grande. A mente de Piper parecia ter dado um estalo, quando associou tudo aquilo com Jason, ela não conseguiu nem mesmo pensar em perguntar a Clarisse o que havia acontecido, suas pernas se mexeram por si mesmas e quando notou já estava correndo o máximo que podia em direção à grande construção no acampamento, entrando no lugar sem cerimônias, e desceu as escadas arriscando um belo tombo, mas não se importou.

Seus olhar repousou-se sobre a figura mal iluminada de Jason Grace, as correntes que o prendiam à parede estavam frageis e danificicadas, seu rosto tinha alguns ferimentos, mas o desgraçado exibia um belo sorriso vitorioso. E quando olhou para a garota parecia que mais uma vez que era ele quem estava livre e ela presa. Ela se amaldiçoou por ter se preocupado com ele, já que o mesmo não o fazia por merecer. Ela voltou a subir as escadas, indo buscar um kit de primeiros socorros e desceu novamente.

— Então, o que houve aqui? — Ela perguntou abrindo aquela caixa branca com cuidado, decidindo-se o que usaria pelo menos para limpar os machucados.

— Nada demais.

— Não é o que parece. — Ela comentou enquanto se aproximava do garoto, cuidando de um corte próximo a sua sobrancelha. — Eu sei que apanhou de uma garota. — Ela completou com um sorriso de canto.

— Aquilo era uma garota?

— Filha de Ares. — Ela respondeu enquanto o loiro fazia uma careta por Piper ter jogado o antiséptico na ferida sem muita cautela. — Você até que não está tão mal.

— Isso é um elogio?

— Não, o que aconteceu?

— Além do que você já sabe? — Ele perguntou observando a garota com cuidado enquanto o sorriso vitorioso voltava a seu rosto. — Eu a eletrocutei. — Piper congelara, deixando cair a gaze e o antiséptico no chão e o encarou em completo espanto. — Eu faço essas coisas.

— C-como? — Jason estranhou o quão nervosa ela estava, talvez só estivesse com medo que ele parasse de responder. Ou talvez ela tivesse notado que ele tinha uma forma de fugir agora que recuperou os poderes.

— Sou filho de Júpiter. — Ele disse calmamente, se divertindo com o espanto de Piper. — Algum problema com isso? — Ele perguntou e a garota rapidamente pegou o que havia deixado cair de suas mãos.

Piper encarou o chão completamente pensativa, o sobrenome era o mesmo, os mesmo olhos azuis, praticamente o mesmo pai, mas em forma diferente — um grego, o outro romano. Será que aquele tal de Jason Grace poderia ser parente da Caçadora de Ártemis, a qual Piper encontrara umas três vezes nos últimos anos? Tinha uma grande chance, mas Thalia nunca comentara de um irmão nas conversas das duas garotas, não que elas conversassem tanto. Talvez tudo aquilo fosse uma grande coincidência, era mais fácil do que a possibilidade de um deus ter mais de um filho com a mesma mulher.

— Não, só pensei numa pessoa conhecida. — Ela respondeu guardando o antiséptico.

— A grega com mesmo sobrenome que eu?

— Sim. — Piper respondeu se afastando dele e dirigindo-se a escada.

— Eu tenho uma irmã, ou tinha, pois não sei se ela está viva. — Jason disse sem pensar, mas aquilo chamara a atenção de Piper muito bem. — Thalia Grace é o nome dela.


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Notas finais do capítulo

Bem, não sei quando sai o próximo, ou antes do dia 8 ou depois do dia 13, dessa vez não comecei o quarto capítulo então não tenho uma previsão de data.



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