Aimable Prisonnier escrita por Ismalia


Capítulo 1
Peur et Haine


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde ou boa noite. Bem, eu finalmente postar a fanfic escrita para tentar acabar com um writer's block intenso, o resultado é esse.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/451612/chapter/1

Piper segurou firme o corrimão, tentou se passar por durona por muito tempo dentro do acampamento, mas estava aterrorizada com a ideia da guerra iminente entre gregos e romanos, seu maior medo seria o qual ela não fazia nenhuma ideia do poder dos romanos, e isso a assustava como se tivesse voltado a ser uma criança. Sua pernas fraquejavam e ela teve de pausar sua descida até o porão, Clarisse lhe dissera que tinham capturado um romano, a mesma também disse que não queria por nada nesse mundo ter de ser a pessoa responsável a não deixar que ele morresse, todos os outros disseram coisas parecidas, até a responsabilidade cair nos ombros de Piper, usaram, claramente, a desculpa de que ela sabia usar o Charme muito bem e conseguiria o convencer o romano a contar tudo que eles queriam saber. Mas a garota McLean sabia muito bem que eles só queriam colocar alguém para garantir que o romano não morresse. Ela estava muito curiosa sobre uma coisa, já havia três dias que ele estava ali, mas todos o chamavam de O Romano, se perguntava se alguém já tinha perguntado seu nome, de quem ele era filho e se ele era importante para o outro acampamento.

A filha de Afrodite chegou a conclusão de que não perguntaram essas coisas para ele, na verdade ninguém perguntou porque pareciam querer esquecer que ele estava lá, tanto que, antes de descer Clarisse segurara a porta para o porão esperando que ela prometesse nunca comentar do garoto para as outras pessoas, a menos que fosse sobre informações importantes. A morena sentiu em sua pele que informações importantes não contariam como o nome dele, já que ninguém fez questão de saber isso antes. De certa forma ela estava frustrada com tudo aquilo, provavelmente o garoto era apenas um azarado que acabou se encontrando com o time de Clarisse e pronto, aqui ele está, na Casa Grande, preso num porão o qual faria parte dos pesadelos de Piper se ele tivesse no acampamento desde criança como Annabeth e alguns outros campistas.

— Você pode, por gentileza, terminar de descer essas escadas?

Piper não admitiria isso tão facilmente, mas a manifestação do garota quase a fez cair da escada com o pulo de surpresa que dera. Ela respirou fundo, se xingando mentalmente por suas reações completamente ridículas e terminou de descer as escadas. Ao encarar o garoto resolveu repensar suas palavras. Se ele era um azarado, era um azarado muito lindo, ela não podia negar. Ela não deixou de notar a tatuagem em seu braço e aquilo pregou a atenção de Piper por um momento, até se recompor novamente e se sentar num banco de madeira um pouco distante do romano.

— O que significa a tatuagem? — Ela perguntou cruzando as pernas e tentando ao máximo manter seu calcanhar no chão para não começar a mexer a perna nervosamente.

— O que significam as contas? — Ele inquiriu num tom que pegara a McLean de supresa.

— Não é você quem faz as perguntas.

— Não ligo.

Piper bufou claramente irritada com o garoto, quem ele achava que era para falar com ela desse jeito? Era ele quem estava preso, como ele coneguia ser tão prepotente a esse ponto.

— Seus amigos, eles querem que você descubra os nossos segredos, não é?

— É. Mas não é isso que eu quero agora.

— E o que você quer agora?

— Saber quem é você, já que ninguém que de certa forma encontrou você se importou em saber isso, mas bem, aposto que eles foram educados como mamutes em fuga, então… Sou Piper McLean, filha de Afrodite, conselheira-chefe do chalé Dez. — Ela disse casualmente, como se estivesse conversando com um grego novo, que não estava preso pelos pulsos e tornozelos, ele sorriu de uma forma tão superior e falsa que fez Piper acreditar que ganharia uma resposta ao menos boa.

— Jason Grace.

— Grace?

— Sim, Grace.

— Não.

— Por que eu mentiria?

— Eu conheço uma grega de sobrenome Grace.

— Esse não é um sobrenome muito exclusivo, sabe? — Ele disse dando de ombros e encarou a garota pela primeira vez desde que ela ficara em seu campo de visão, de alguma forma isso deixou a McLean nervosa de certa forma. — Você não parece uma pessoa muito perigosa, ou que pudesse me torturar, por que te mandaram aqui.

— Eu sou uma garota perigosa. — Ela retrucou rapidamente, logo se arrependendo de suas palavras.

— Tá, nisso eu acredito. — Ele disse lotado de sarcasmo em sua voz.

— Não vou te torturar, não sou dessas coisas, mas você bem que merece. — Ela disse fazendo os dois caírem em um silêncio completamente desconfortável.

Piper foi a primeira a desistir daquele silêncio, também não aguentou pensar que Jason Grace estava sem comida nem água a três dias, mas o desgraçado continuava a agir como se ele fosse o dono do mundo, a atitude dele estava deixando Piper no seu pior humor, mas mesmo assim não queria ser uma pessoa cruel, se os romanos deixavam seus prisioneiros passando fome sede e dor, Piper não iria querer que os gregos fizessem o mesmo, mal sabia como seus inimigos lidaria se tivessem um dos gregos como prisioneiros, mas ela sabia que pelo menos ela não queria ser uma carcerária de verdade, então aquela foi a motivação que a fez sair de seu lugar, subir as escadas e pegar algumas coisas que ninguém daria falta na cozinha da Casa Grande, para dar para Jason.

Ao descer novamente as escadas teve de ouvir um comentário de Jason dizendo que ela era não era uma torturadora decente, que teria que ser substituída, isso fez com que Piper quisesse jogar o prato que segurava com uma mão na testa do romano, mas ela não o fez, não iria fazer.

— Como pode ver, Piper McLean, eu não conseguiria me alimentar sozinho.

— Se vira, já fiz demais em conseguir comida para você.

— Quanta rebeldia, deveria ser expulsa da sua posição de conselheira-chefe.— Afirmara novamente com a boca cheia de sarcasmo e recebeu um olhar irritado da morena.

— Cale a boca. — Ela disse finalmente fazendo uso do Charme, o qual, felizmente, funcionou muito bem.

Chamem-na de mente fraca, mas se viu obrigada a alimentar o Grace, por sorte ele não fez nenhum comentário prepotente, nem lançou olhares superiores, talvez ele tivesse se tocado que ele estava preso e Piper livre para ir e voltar quando bem entendesse. Ou era o poder do Charme fazendo efeito ainda, é, provavelmente era o Charme. Ela deixou o prato de lado quando ele terminou de comer e pegou o copo, agradecendo aos deuses por ter pego canudinhos. Aquilo facilitara um pouco sua tarefa de não deixar o romano passar fome.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, se leram, o próximo capítulo não tem data de publicação prevista (porque, por um acaso do writer's block, eu não o escrevi).
Me digam se odiaram, ficarei grata com críticas construtivas.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aimable Prisonnier" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.