Our Peace, Their War escrita por somedayrobsten


Capítulo 9
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

Olá meninocas da minha vidinha! Não estou respondendo seus comentários pelo ritmo rápido com que estou tentando escrever, porém, assim que eu tiver um tempo livre mesmo, estarei respondendo vocês.
A música do capítulo é “Este Corazón” do RBD!!!!! Quem se lembra deles? Passei a gostar depois que cresci um bocado, porque brigava com um amiguinho na escola quando era meninota de tudo, numa disputa... FLORIBELLAXRBD! Mas ambos são incríveis, e a música deles para esse capítulo foi um achado completamente inusitado! Meu celular tem 500 e tantas músicas (não ouço nem a metade), mas aí eu comecei a ouvir e então, a frase soou como perfeição para o capítulo. Espero que vocês leiam os capítulos ouvindo suas respectivas músicas! =D
Esse capítulo está cheio de Edward arrasado, Isabella retraída, e Irina maléfica. Pois é, muita Irina no nosso encalço. Tem a Esme também, compensando com doçura.
O capítulo tem menos palavras que de costume, porque nesse era importante focar no que Irina vai fazer. Enfim, já me prolonguei o suficiente.
Façam uma boa leitura e não esqueçam-se de comentar. No próximo tem uma açucarada surpresa!
E alguém aqui já comeu apfelstrudel? Eu estou morrendo de vontade de comer!



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Capítulo IX

“Como poder reconquistar seu amor? Como tirar a tristeza do meu coração?”
(RBD)

Isabella não interagia com ninguém. Já havia se passado um mês inteiro e ela não falava nem mesmo com Victoria. Nada além de bom dia.

Com isso, todos estavam machucados. Victoria tentava se aproximar, embora soubesse que Isabella só precisava de tempo. Mas não pensou que “tempo”, fosse acabar em um mês inteiro sem trocar conversas. Já Edward, estava perturbado com as coisas que tinha que fazer no campo de concentração e ferido pelas atitudes hostis de Isabella toda vez que ele tentava explicar-se mais uma vez.

Ele não dormia, deixava boa parte da comida no prato, e sentia uma inflamação pegar fogo em seu peito – e não era aquele fogo gostoso e prazeroso de se sentir. Não era aquele que você pede por mais e mais e mais, como se fosse um elixir essencial à sua vida. Era uma inflamação amarga.

Alice e Jasper haviam se afastado da casa, após uma discussão com Edward, que irremediavelmente fez com que os dois resolvessem que era melhor viverem suas vidas longe de um nazista impiedoso e sem amor como ele.

Mas o que não sabiam era que ele tinha amor. Muito amor, por sinal.

E tudo para Isabella.

Após Irina se auto-convidar para um jantar na casa de Edward, ele não pôde dizer mais nada para a determinação e persuasão de Irina, além do que sim. E tendo a certeza de que Isabella jamais o veria com os mesmos olhos, ele largou mão.

Na mesma manhã, desceu até o porão e sentou-se na beirada da cama de Bella para novamente tentar convencê-la de que ele a amava, que nunca havia feito nada para magoá-la.

E novamente, sua atitude foi hostil.

– Isabella, me escute. – Edward depositou a mão nos joelhos da garota. - Por favor, só ouça.

Ela puxou os joelhos de debaixo da mão dele e os trouxe ao peito.

– Eu ouvi tudo o que você tinha a dizer com Irina.

– Você ouviu apenas o que você quis. – ele fitou os olhos chocolate dela, que não olhavam para ele nem por um segundo.

– Não. Eu ouvi o que ouvi. Vá, Edward. Não vou embora. Vou ficar, mas sou sua empregada. Nada mais. Judia e sua empregada. Hora que você cansar, você me manda embora.

– Ainda há alguma maneira de eu poder ter seu amor de volta? – ele perguntou.

– Você nunca o perdeu, nem em cinco anos, só acho que não o merece. Vá, vá embora.

Ele se levantou, cumprindo o que ela havia pedido. Olhou-a mais uma vez deitada na cama, os joelhos ainda colados ao peito. Ele pensou ver lágrimas brilhando nos olhos dela, mas antes de ter certeza, já estava subindo as escadas.

A dor terrível ainda presente e constante.

Na hora do jantar, Victoria colocou mais um prato e talheres na mesa contra a sua vontade. Não acreditava que mesmo sabendo que Isabella estava ferida, ele ainda deixaria aquela mulher louca e maníaca pôr os pés na casa dele. Para ela, Irina era como um tapa-buraco para Edward.

No entanto, a verdade era que Irina era uma pessoa chata e intolerante. Não sabia aceitar nãos e não sabia lidar normalmente com quem não gostasse dela ou não a convidasse para encontros casuais e sociais, essas coisas.

Por isso chegou de supetão no fatídico dia em que tudo entre Isabella e Edward foi por água abaixo.

Isabella tirou o vinho preferido de Edward do armário, preparou o jantar e ficou contente ao ouvir a voz melodiosa de Esme atravessar a cozinha.

– O que temos aqui? – ela perguntou. – Ah, é Elza, não é? – olhou Isabella, perguntando docemente. Como ela não sabia se podia contar quem era, apenas respondeu que sim.

– Sim. Hm... aqui é um apfelstrudel e aqui um Käsespätzle. – Bella disse e sorriu.

– Oh, tudo parece delicioso! – Esme exclamou. – Queria que você fosse alemã, parece a companhia perfeita para Edward. E ele já está sem companhia há tanto tempo! – lamentou pelo filho. – Bom, vou para sala. Tudo está lindo, Elza.

Esme afagou as costas de Isabella e saiu.

Após uma boa inquisição de Edward, Esme, em lágrimas, finalmente confessou que Carlisle a agredia. E foi assim que Edward levou a mãe para a própria casa. Esme sentira medo por anos ao lado de Carlisle, mas nunca disse nada para não causar a reação que Edward estava tendo.

Ela suportaria qualquer coisa para não ter que ver pai e filho em conflito, e ela suportou. Ameaças, pancadas, queimaduras. Edward tirara Esme do mesmo teto que Carlisle e estava tão furioso – por força das circunstâncias: Isabella deixando-o arrasado, trabalhar nos campos, Alice e Jasper terem ido embora... – que não mediu esforços. Sabia que ali, Esme estaria segura.

Quinze minutos depois, Irina chegou, causando tremendo desgosto e desconforto em todas as outras três mulheres na casa.

Irina era prepotente, arrogante, uma leoa selvagem pronta para atacar. Atacar Edward. Isabella tentava convencer a si mesma que tudo acabara com as palavras finais dela. Ele era livre para qualquer uma que o quisesse.

Mas doía muito ter que aceitar.

– Você parece perturbado nos últimos dias, Edward. – comentou, voltando-se para encarar Isabella colocar a mesa.

– Não, Irina. Eu estou ótimo. – afirmou, tentando chamar a atenção dela para que esquecesse de encarar a garota.

– Hum, bem, se você diz. – deu de ombros e seus olhos azuis como o mar encontraram-se com uma imensidão verde sólida.

O jantar transcorreu como todos os dias, com a diferença de que Irina era a única a falar e falar e falar o tempo inteiro durante a refeição.

– Você sabia que haverá um filme sobre a vida de batalhas e frustrações de um nazista até chegar onde ele chegou? – perguntou Irina.

– Hm, eu ouvi falar. – ele respondeu.

– Achei que pudéssemos ir juntos. – ela encolheu os ombros, fazendo-se de vítima para conseguir atrair a atenção do homem que queria.

– Eu... creio que não será possível. – ele falou, desconfortável.

– Ah, sim. Tudo bem. – Esme continuava calada, apenas fitando o rosto cínico e cheio de malícia de Irina.

Após o jantar, a contragosto Esme se despediu de Edward e Irina e subiu para o quarto. Colocou seu pijama e pegou um livro, mas não encontrava seus óculos de leitura. Todas as gavetas e nem sinal dos óculos.

Desceu as escadas, e encontrou Edward sentado no sofá se afastando de Irina enquanto ela tentava se aproximar para beijá-lo.

– Edward! – Esme falou alto. – Edward, meu filho. – Correu até o sofá. – Não consigo achar os meus óculos de leitura. Já olhei em todos os lugares. Acho que o perdi. Me ajude a tentar encontrar? – ela pediu.

– Claro, mãe. – rápido levantou-se e subiu as escadas com Esme. – Obrigada por me livrar daquela situação. – ele disse, procurando o óculos de Esme na gaveta da penteadeira.

– Não há de quê. Mas ainda preciso dos meus óculos. – ela começava a entrar em pânico.

– Antes... eu preciso conversar com você, mãe. – ele falou, empurrando a mãe pelos braços com cuidado, até coloca-la sentada na cama.

– Pode falar, Edward.

– Mãe, você se lembra de Isabella? – ele perguntou. – A nossa vizinha, filha de Charlie Swan.

– Mas é claro que eu lembro. Charlie foi tão generoso e cuidadoso quando soube que eu estava esperando mais um bebê... – ela respondeu, um sorriso lindo em seus lábios.

A dor de perder seu filho já não era mais tão intensa como no primeiro ano. E tanto ela quanto Alice, ficaram indignadas quando ouviram Carlisle dizer a Edward que a culpa era de Charlie, embora não pudessem fazer nada, Esme cogitou contar a ele o real motivo. E ao comunicar isso a Carlisle, apanhou três vezes mais.

– Ela é... a moça judia da cozinha. – ele falou. Esme o fitou intensamente, seus olhos brilhavam com alegria. – Eu a amo, mãe. Mas cometi um erro. – o semblante de Esme ficou perturbado.

– Edward, o que você fez? – ela inqueriu.

– Falei coisas que eu não deveria ter falado quando Irina veio aqui... Isso a magoou, embora eu houvesse explicado para Isabella que havia dito as coisas horríveis que disse pra protege-la. – ele falou. Os ombros encolheram, a expressão ficou dura de pavor. – E agora ela não fala mais comigo. Não aceita-me mais.

– Edward. – ela segurou as mãos do filho. – O amor aceita desaforos até o momento em que já não pode mais suportar a dor. O amor dói, Edward. E em certo ponto, um simples desaforo pode destruí-lo. Vocês estão em guerra lá fora, querido. O amor é sobre amar intensamente e saber a exata dose de dor que você pode causar a alguém. O amor não é só flores, ele tem seus altos e os seus baixos. – levou a mão aos cabelos do filho, trazendo-o ao peito por um abraço. – É assim que funcionam as coisas. O amor não pode ser desperdiçado, filho, pois é difícil encontra-lo.

No andar debaixo, Irina, percebendo a atitude estranha de Isabella, resolveu que era a hora perfeita para que ela mesma resolvesse a situação. Entrou sorrateira na cozinha enquanto Bella guardava os pratos e cantarolava baixinho. Victoria estava lavando roupas no quintal dos fundos, concentrada.

– Você se chama Isabella, estou certa? – ela indagou, fazendo Isabella levar um susto. – Opa! Não precisa assustar-se assim, querida. Até parece que viu uma assombração. – sorriu de lado.

– Eu estou bem. Precisa de alguma coisa, senhora? – Isabella virou-se de frente para ela, abaixando a cabeça.

– Bem, é evidente que preciso. – ela disse. – E o que eu preciso vai ser bom para todos nós. – tocou o rosto de Isabella, que sentiu-se arrepiar todos os pelos do corpo.

Ela andou de um lado para o outro na cozinha grande e bem arrumada de Edward.

Parou e agarrou o rosto de Isabella.

– Eu quero que você pare de confundir a cabeça de Edward! – ela trincou os dentes. – Você é uma judiazinha imunda! Abra espaço na cabeça dele para mulheres como eu. Não fale com ele, não cruze com ele, não olhe para ele. Edward só acha que me engana, e a dó dele por vê-la aqui é ridícula e tremendamente inexplicável. Ele poderia acabar sofrendo punições por isso.

Isabella sentiu a ira subir pelo seu sangue.

– E se eu não abrir este espaço que você tanto quer? – desafiou.

Irina fez um ‘tec’ com a língua e entrelaçou os dedos de suas mãos.

– Então sua pobre e sofrida mãe sofrerá as consequências, indo para uma sala cheia de um gás tóxico que a matará em minutos. E tudo porque a ratinha imunda dela não respeitou uma ordem. – ela disse, levantando o queixo de Isabella. – Você não quer isso, quer? Porque sua mãe está bem esforçada no trabalho dela, e com uma saúde perfeita. No momento não seria vantajoso mata-la. A não ser que você queira assim.

– Não. Eu não quero. – o medo percorreu cada centímetro do corpo da garota.

– Então ótimo. Era isso que eu queria. Saia da porra da mente de Edward Cullen! – ela falou, mais próxima de Isabella, que podia sentir seu hálito doce.

Deu as costas à Isabella e saiu da cozinha, voltando-se a sentar no sofá espaçoso de Edward. Seu dever estava cumprido, Edward seria só dela.

No entanto, Isabella havia feito mais uma descoberta.

O medo e o amor são como facas afiadas apontadas em direção ao seu coração. São armas que matam rapidamente, como a bala de uma espingarda ao se apertar o gatilho. O amor é forte, mas quando machuca, é tão doloroso quanto uma queimadura de terceiro grau.

O medo? O medo é como uma forca. Seu pescoço está amarrado à uma corda, seus pés depositados sobre uma caixa de madeira, e no instante em que alguém puxa essa caixa – que representa suas fraquezas – você já está morto.

E o medo e o amor agora eram companheiros da vida de Isabella e Edward. De formas diferentes, mas eram facas e forcas para ambos.


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Notas finais do capítulo

E aí gente? O que vocês acharam? Agora a história começa a pegar fogo! Irina ameaçou, mas o que será que Carlisle vai fazer? Hm... muitos mistérios.
Só gostaria de esclarecer que não, Irina e Carlisle não armaram nada juntos. O que motivou Irina foi sua ambição para ter Edward... E vocês acham que ela vai conseguir?
O que acharam da aparição de Esme? Tão generosa! E aceitando Bella tão facilmente...!
Nessa história mesmo, os vilões são os nazistas Irina e Carlisle, porque até 5 nazistas na história não prejudicariam e não causariam tanta tristeza em nossa Bella!
E aí?
Galera, vamos comentar, recomendar, espalhar a história! OPTW está carente de mais alguns comentários, o que vocês acham? Fantasminhas, saiam das suas tocas! Apareçam! Eu não mordo, pelo contrário, só dou beijinho rsrsrs! Odeio cobrar reviews gente, mas acho que nesse período em que vou ficar fora, é adequado que vocês comentem mais, para que eu possa voltar animadérrima!
Enfim. Beijocas, e espero que vocês estejam gostando
PS: Não sei quando vou ficar sem internet ou sem luz, mas todo caso, estarei escrevendo com fúria e coragem e postando enquanto tiver internet. Tudo o que eu puder deixar com a Eddie também vou deixar. Espero que hora que eu me for, possa voltar bem rapidinho! Mesmo que eu fique sem luz, estarei escrevendo até nas paredes se necessário for! HAHHAHAHAH
Beijocas mil! Até o próximo.



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