Our Peace, Their War escrita por somedayrobsten


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Olha quem está por aqui novamente! Estou trabalhando a todo vapor, meninas! Espero que gostem deste capítulo, o qual devo confessar que é um step para o próximo. No próximo vocês se arrepiarão com algumas cenas. E ficarão tristes com outras, afinal, Edward e Bella não estão fadados a ter um destino fácil! =(
Triste, né? Bom, façam boas leituras e espero vocês nos comentários.



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Capítulo VI

“Minha mente está confusa, mas meu coração é pesado, dá pra ver? Eu perco o caminho que me perde, então aqui vou eu” (James Blunt)

– Eu vou dar um jeito nisso, eu tenho que dar. – Edward falou, ainda no colo de Isabella.

Alguns minutos antes ela havia testado colocar seus dedos entre o cabelo ralo de Edward, fazendo carinho nele. Ele não disse nada, apenas fechou os olhos, apreciando o contato.

Sentira tanta falta dela e sabia que seu ódio havia sobreposto todos os momentos bons com ela, mas ele estava disposto a arrumar as coisas. Estava disposto a amá-la como ela merecia. E completamente indisposto a desistir do amor de sua vida.

Independente de guerra, de nazismo, de amor proibido que fosse.

Não só por ser Isabella, mas pelas palavras de Alice. Ele sabia que, se não corresse atrás de reparar os danos antigos, seria incapaz de reconhecer o amor, exatamente como Alice dissera. Ela era a única no mundo que conseguia contornar uma situação com Edward. Fazê-lo sábio, fazê-lo pensar, e até mesmo dava alguns bons chacoalhões em Edward, no intuito de fazê-lo ver as coisas claramente.

– Ér... Edward, eu preciso começar a preparar o jantar com Victoria. – Isabella protestou.

Ainda se sentia tremendamente amedrontada por ele, medo de que, magicamente, em algum estranho momento, ele mudasse de ideia e tentasse feri-la. Não apenas fisicamente, mas também emocionalmente.

Desde o dia em que dançara na mesa dele e depois, quando engraxou seu sapato, ela estava muito fragilizada.

O medo era seu maior companheiro quando estava perto dele.

– Não, você não precisa. Hoje você é minha. – ele falou, virando a cabeça para encontrar os olhos de Bella. – Me conte como foram seus últimos cinco anos, por favor. Você não sabe como eu senti sua falta...

– Minhas cartas... Elas nunca chegaram até você? – ela perguntou, interrompendo-o.

– Sempre chegaram. Eu nunca as li, até que você parou de mandar. Você podia fazer isso comigo, não acha? – ele perguntou, sorrindo um fraco sorriso. Ele percebia que Bella estava acuada, com medo, e ele estava apertando o espaço dela.

– Parei de mandar porque eu nunca recebi uma resposta sequer.

Ele sabia que ela precisava de tempo. O coração de ambos estava tão pesado, mas ao mesmo tempo, pela primeira vez, eles se sentiam leves. Ele até mais do que ela.

– Você não abriria comigo todas as que mandou ao longo do tempo? – ele perguntou, saindo do colo dela e se sentando.

Ele achava aquilo importante, queria compartilhar com ela um primeiro momento, agora que podiam estar juntos novamente. Mas ela não parecia à vontade.

– Eu sei tudo o que escrevi naquelas cartas. Não preciso sentir a dor de lembrar como eu tinha uma família feliz, Edward. Isso tem doído. Muito. No fundo de minha alma. Cada momento que eu me lembro de minha vida antes dessa guerra... Abre em mim um buraco enorme. – os olhos marejados dela estavam prestes a derramar lágrimas quentes em sequência.

Ela limpou o rosto.

– Eu não sei o que te dizer, Bella. – ele falou. – Eu não a reconheci quando os soldados da SS e eu entramos em sua casa aquele dia. Você não me era desconhecida, mas eu havia apagado você da minha mente. Para que eu não sofresse mais. – ele falou. Estendeu a mão para pegar a dela, que estava entre as pernas, cruzadas como índio. – Mas se eu soubesse que tudo era mentira... Eu... não teria odiado você tanto. Eu não acredito no que meu pai fez! – ele trincou os dentes, abaixando a cabeça e chacoalhando de um lado para o outro.

– Eu o reconheci no minuto em que você entrou. Eu estava tão assustada. – ela lentamente balançou a cabeça de um lado para o outro. – Mas eu não tenho culpa de ser o que sou, Edward. Eu perdi você uma vez, e então, perdi meus pais. Eu não vou poder vê-los tão cedo... talvez nunca mais. – ela sussurrou.

– Eu não tenho como pedir desculpas, Bella. Eu não sei o que fazer para ter o seu perdão. Para ter você, a minha Bella. – ele beijou a testa de Isabella, e sentia os olhos marejados de novo. Apertou-os na intenção de conter as lágrimas. Quando abriu os olhos de novo, elas vieram em cascatas.

Isabella nutriu-se de uma coragem inumana de tocá-lo, e o abraçou. Edward chorou com vontade, dando pequenos soluços entre suas tomadas de ar, ensopando o ombro de Isabella com suas lágrimas.

Uma vida inteira segurando toda a tristeza para convertê-la em raiva em seguida, mas agora, com Isabella ali, em seus braços, ele só sentia vontade de chorar. Havia jurado que minutos antes, era a primeira e última vez que chorava em sua vida.

Mas ali estava Isabella novamente mudando seus planos.

– O jantar está pronto, Sr. Cullen. – Victoria desceu as escadas e sorriu ao ver os dois abraçados.

– Ér... Hm, sim. Eu já estou indo. – Victoria voltou à cozinha, e Edward soltou Isabella do abraço. Ela limpou lágrima por lágrima dele, e em seguida, ele deu um leve e suave beijo em seus lábios que formigaram com a presença dos dele.

Ele a beijou com carinho, proteção. E Isabella, naquele instante, estava certa de que ele lembrava-se dela.

Na manhã seguinte, Bella estava lavando um grande cesto de roupas, incluindo a camisa onde Edward deixara cair alguns pingos de café na mesma manhã, meia hora mais cedo.

Ele saiu depois de beijar a testa dela na cozinha, enquanto ela tirava a mesa, e nada dizer.

Se dirigia ao escritório de Carlisle, e ele estava pronto para ter uma briga feia com o próprio pai. Usaria até de violência se necessário fosse, porque depois do que ele havia feito, perdão não era um sentimento que Carlisle teria o privilégio de conhecer.

– Olá, Edward. Veio ver seu pai? – Carmen perguntou com um sorriso grande no rosto. Ela era esposa de Eleazar, trabalhava em prol da unidade da SS da região.

Ele não respondeu. Estava tomado pelo ódio por seu pai. Irrompeu as portas escuras de madeira, entrando na sala de Carlisle, fazendo-o dar um pulo.

– Você batia. Na minha. Mãe. – ele disse nervosamente, andando de um lado para o outro. Carlisle estava em uma ligação e congelou-se quando ouviu as palavras afirmativas saírem da boca de seu filho.

– Eu... ligo mais tarde, Sargento. Ótimo. Obrigada por verificar tudo. Até. – ele olhou para Edward. – Do que você está falando?

– Você, seu desgraçado, batia em Esme. – ele ficou entre as duas cadeiras do outro lado da mesa de Carlisle. Apoiou as mãos, jogando todo o peso do seu corpo. – Quanto tempo você achou que ia sustentar uma mentira como essa, hein, Carlisle?

– Você está falando coisas de que não sabe, Edward.

– Eu sei sim, porra! Você batia em minha mãe. Você a fez perder a criança que ela carregava no ventre. – ele falou, olhando para Carlisle, mortalmente. Socou a mesa com raiva. – Você culpou o pai de Isabella, que era um médico dedicado em seu trabalho! Você o culpou e me fez sofrer durante anos, por ter que encobrir suas mentiras. Quando você me contaria? Quanto tempo você achou que eu viveria sem descobrir?

– Sente-se, vamos conversar. Como você sabe dessas coisas, Edward? – Carlisle disse se sentando. A cara de cinismo e deboche na face e seu pai, foi o estopim para sua ira ser liberada. Com o punho cerrado de tal forma que deixava sua mão já branca, ele arremessou um soco na cara de seu pai, fazendo o nariz de Carlisle sangrar.

Carlisle viu o sangue na mão, e então, deu a volta em sua mesa e agarrou o pescoço de Edward, o levando de encontro à parede de sua sala, impedindo-o de respirar. Puxou a cabeça dele para frente e voltou com força para trás. Em seguida lhe socou o estômago.

Mas Edward não estava nem um pouco inclinado a desistir. Quando Carlisle virou as costas, Edward se reergueu e puxou o pai para trás, encostando a cabeça ele em seu peito. Socou Carlisle novamente, e depois o encurralou na parede ao lado de uma pasta-arquivo.

– Eu espero que você não ouse tocar um dedo em minha mãe novamente, se não for para fazer carinho. – falou entredentes.

– Deixe de frescura e meninice, Edward. – Carlisle falou, meio entorpecido. O sangue agora escorrido de seu nariz para seu pescoço e sua farda. – Sua mãe está viva. E quem se importa? Ela é só uma mulherzinha!

As palavras de Carlisle levantaram uma ira ainda maior em Edward. Ele levantou o joelho e chutou a virilha de Carlisle que caiu no chão. Riu de deboche.

– Você mentiu para mim. Mentiu sobre minha mãe e mentiu sobre Isabella. – Edward manteve o pai preso à parede. – Você era o meu exemplo. Agora é tudo que eu mais abomino no mundo.

Soltou o pai e saiu, batendo a porta atrás de si. Carmen estava com os olhos arregalados, provavelmente por escutar a discussão.

Naquele dia, Edward recusou-se a ter que ir ao campo de concentração. Agora que estava mais perto de Isabella, ir ao campo o faria sentir um peso emocional ao qual ele já não estava preparado para aguentar.

Estacionou o jipe atrás da casa, e entrou pela porta da área de serviço. Assim que botou os pés dentro da cozinha, viu Isabella preparando uma sopa e cantarolando uma música que Edward não fazia ideia de qual era. Ele a abraçou por trás, dando um bom susto nela.

– Oh, Deus! Você me assustou! – ela passou a parte de trás da mão na testa.

– Me desculpe, querida. – ele sentiu a calma que emanava de Isabella entrar por seus poros e o fazer relaxar. – O que você está fazendo?

– Hm... uma sopa. – ela falou, voltando a se concentrar na sua panela.

– Para quem?

– Alice. Ela disse que está se sentindo um pouco mal, um pouco cansada. Resolvi fazer uma sopa “cura-tudo” – ela disse e virou-se para ele, um sorriso nos lábios enquanto tocava seu rosto. – Acho melhor você ir vê-la.

Ele abaixou-se e pousou um beijo carinhoso nos lábios bem modelados de Isabella.

– Já estou indo.

Ele subiu as escadas e entrou no quarto, agora, de Alice.

– O que você tem, irmã? – ele perguntou, o cenho franzido em preocupação.

– Certa indisposição. Mas estou bem. Onde você esteve? – ela sorriu para ele.

Estava contente por ele ter falado com Isabella. E por ele saber da verdade, saber quem era o pai que ele realmente amava e adorava.

– Hm... estive com Carlisle. – o semblante de Alice iluminou-se.

– Muito ruim? – Edward assentiu, fazendo careta. Mostrou um corte pequeno em suas mãos, e uma ferida em sua têmpora esquerda.

– Eu lhe disse Edward. Carlisle mentiu para você a vida toda, apenas para lhe tirar as melhores coisas da vida. O amor, os amigos, a família...

– Agora eu sei, Alice. – ele se deitou na cama da irmã, pensando. – Eu acho que... a minha imagem de Carlisle, agora é só um borrão. Não sei onde me perdi idolatrando-o. Por que você nunca me contou, Alice?

– O que? – ela perguntou, olhando para ele interrogativamente.

– Que Carlisle batia em nossa mãe. Que ele mentira sobre o pai de Isabella. Sobre tudo. Por que não me contou? – ele voltou a sentar.

– Eu ia...Mas ele me ameaçou, Edward. E eu fiquei com medo. Medo por ele me prejudicar e medo de você ver a mim como a vilã, e não ele. – ela disse, depois deu de ombros. – Na verdade, acho que era algo que você deveria descobrir sozinho.

Ele assentiu.

Alice e Edward continuaram no quarto, rindo e falando sobre planos. Alice sentia como se Edward, seu Edward, estivesse voltando à vida depois de tanto tempo. E ela era extremamente grata à Isabella por isso.

Alice tinha um segredo, e aquela era a hora perfeita para compartilhá-lo com Edward.

– E família, Edward? Hein, o que acha? – ela deu um sorrisinho malicioso. – Já pensou um bebê seu e de Isabella?

Ele divagou.

– Não quero falar sobre isso. Por enquanto. – ele falou. – Mas meu filho seria a coisa mais linda do mundo, uma mistura minha e de Isabella. Olhos chocolate, cabelos bronze e bochechas grandes e rosadas...

Ela o interrompeu. Era a hora.

– Edward. – tocou os ombros do irmão. – Eu estou grávida.

Os olhos de Edward se arregalaram tanto que Alice pensou que fossem sair de suas órbitas.

– Por favor, diga-me que você não está em choque!

– Alice! Isso é maravilhoso! – ele abraçou a irmã tão apertado que Alice sentiu os pulmões se contraírem. - Oh, Deus! É muita alegria para um tio só! – ele deu um tempo e caiu em si. – Meu deus, Alice! Eu vou ser tio!

– Sim, você vai! – ela riu.

Alguns minutos depois, Isabella entrou no quarto trazendo a sopa de Alice. Lançou uma piscadela à ela, que sorriu feliz.

– Já sabe da nova, Bella? – ele perguntou. – Eu vou ser tio!

Levantou da cama e trouxe Isabella para um beijo apaixonado. Suas línguas se acariciavam, enquanto ele procurava a profundidade do ser de Isabella. Estava tão feliz e a abraçava tão forte, que ela logo pensou que podiam fundir-se em um ser só.

– Lindos! – Alice disse, limpando as lágrimas de alegria que saíam em jatos de seus olhos.

A noite passou serena, Edward e Alice jantaram junto com Rosalie e Emmett, seus amigos. Rosalie era amiga de Alice, trabalhavam juntas no hospital, e Emmett era um jornalista que estava temporariamente desempregado.

E eles também odiavam que a Segunda Guerra Mundial existisse.

Na cozinha, Victoria e Isabella conversavam e riam como sempre. Victoria estivera o dia fora, cuidando de fazer compras e Isabella estava contando tudo que acontecera.

– Parece que seu dia foi bem agitado hoje hein, liebes mädchen. – Victoria falou para Isabella. – Eu falei para você, não foi? O amor é maior e ultrapassa barreiras.

– Eu sei, Vic. Muito obrigada. – Bella abraçou Victoria.

A noite teve seu início. Victoria dormia tranquilamente e Isabella estava com um sono leve, mas agradável. Edward levantou-se no meio da noite, descendo ao porão para ficar com Isabella.

Tentou descer cada degrau sutilmente, sem ranger a madeira.

Rangeu uma.

Duas.

Na terceira, respirou fundo e foi. Um longo rangido que durou segundos. Isabella e Victoria suspiraram, e então, Edward continuou a descer os últimos degraus. Ele tinha consigo um cobertor grosso, e então, entrando no quarto de Isabella e Victoria, ele deitou-se atrás de Isabella, que estava virada para a parede.

– Durma, linda menina. – ele cochichou, enquanto cobria a ele mesmo e Isabella. Ela abriu os olhos e acordou de um susto quando viu que ele estava lá.

– O que está fazendo? – sussurrou.

– Vim dormir com você. – ele passou o braço pela cintura de Isabella, trazendo-a para mais perto. Encostou os lábios em sua testa. – Diga-me, Isabella, do que você sente falta?

Aquela pergunta embaralhou o cérebro de Isabella, entorpecido pelo sono.

– Eu sinto falta de minha mãe. – ele não respondeu nada.

Passados alguns minutos, Bella, que já estava acordada novamente, virou-se e perguntou:

– Há como eu ver a minha mãe, Edward? – ele sabia que a resposta era não, mas por ela, estava disposto a fazer qualquer coisa. Ele daria um jeito.

– Eu posso tentar, Bella.

– E você pode trazê-la comigo? – ela perguntou logo em seguida.

– Não creio muito nisso, Bella. Por favor, fique calma. Durma. Amanhã eu resolverei isso para você. Acredite em mim. – ele beijou a testa dela novamente, e começou a cantarolar suavemente em seu ouvido.

Alguns minutos mais tarde, Isabella já estava dormindo, sonhando com o momento em que encontraria sua mãe a quem amava tanto.

Edward estava preocupado em dar-lhe tantas esperanças. Mas por ela, ele faria tudo. Lutaria tudo. Sabia que Carlisle voltaria com sede de arrancar Isabella de suas mãos, mas ele não deixaria. Ele estava perdido e confuso, e mesmo sem saber que caminho tomar, ele sabia que o caminho principal, era o amor e o perdão.

O perdão de sua amada Isabella. E aquela era a chance de ele obter justamente o que queria.


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Notas finais do capítulo

Haaaa! O que acharam? A briga entre Edward e Carlisle foi feia, né? Mas ainda vem muito mais por aí... Vish, Carlisle e Irina serão os maiores empecilhos para a felicidade de nossos queridinhos Bella e Edward!
Meninas, esse pode ser o penúltimo ou último capítulo que estarei postando. Pode ser também só mais um no meio de tantos que podem vir a seguir. Independente disso, espero que vocês continuem comigo atrás de não importando tempo e espaço. Indiquem a fanfic para suas amigas, comentem, recomendem, façam a festa! Estou muito contente com OPTW, e com certeza, no meu período sem internet, teremos grandes avanços!!!!!
E AÍ? FAÇAM SUAS APOSTAS! O QUE SERÁ QUE VAI TER NO CAPÍTULO SETE? NHAM NNHAMMM!
Beijocas e espero por vocês!



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