Our Peace, Their War escrita por somedayrobsten


Capítulo 10
Capítulo X FLASHBACK


Notas iniciais do capítulo

Meninas, é um milagre!
Olha quem está por aqui, quem está voltando gradativamente, lutando bravamente e com fúria uterina com o 3G? Sim, euzinha!
O cara que criou o Roteador Wi-fi no celular, ele é um puta dum gênio! Obrigada!
Sem mais delongas, é um capítulo flashback, a convivência de Beward bem antes da guerra!
Aproveitem!
E quem comentar, sexta tem mais um capítulo pra vocês, bem triste aliás!
Sem mais delongas...
Go ahead!



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Capítulo X

CAPÍTULO FLASHBACK

“Ambos com medo de dizer que estamos muito longe de estarmos unidos desde o começo. Tentamos conversar sobre isso mas as palavras não saem. Estamos perdidos dentro desse jogo solitário que jogamos”
(The Carpenters)

Isabella estava encarando a grande piscina do clube onde costumava nadar. Só que naquele dia era a confraternização da cidade. Edward nunca frequentava as aulas de natação, achava uma grande bobagem. Mas ao ficar sabendo da festa, não pôde negar fogo.

Primeiro, Bella sentou-se na borda da piscina. Não queria entrar lá dentro com Edward mergulhado lá.

– Nós podemos apostar corrida, a não ser que você seja um maricas... – Edward falou para um colega da aula de Isabella, que a encarou do jeito ‘esse cara é louco?’

Hans não respondeu nada. Ficou encarando Bella por um longo tempo e aquilo a fez furiosa. Não queria que Edward a visse com um maiô e tampouco queria que ele a puxasse para dentro da piscina, afinal, ela conhecia o melhor amigo.

– Oh, Bella! Você está aí! – nadando cachorrinho até a borda, Edward alcançou Bella. Ela rapidamente fuzilou Hans e deixou Edward sem resposta. – Venha! – ele agarrou a mão de Bella.

– Edward, pare! – ela sussurrou alarmada. – Eu não quero ir.

– Ah, Isabella! Para disso, vem! – ele novamente puxou um pouco a mão dela, que se agarrou na borda.

Ele soltou.

– Se não vem por bem, vem por mal então. – ele se aproximou dela e a agarrou pela cintura, puxando-a para dentro d’água, ela caiu da cabeça aos pés dentro da piscina. – Foi tão ruim assim? – indagou, depois de a menina já estar de olhos abertos e os cabelos jogados para trás.

– Foi péssimo! – ela falou, fitando-o com raiva.

– Tá brava agora, é?

– Estou furiosa. – ela respondeu, mergulhando para se afastar dele.

Ela realmente estava brava. Não queria ir à piscina e não queria brincar. Deveria ter uns 13 para 14 anos na época. Estava crescendo e não achava que era mais tempo para brincar como antes.

A menina já tinha até um diário! Não era mais menina, era moça. Queria ser vista assim.

Edward correu atrás dela na água, desengonçado por não saber nadar muito bem e correr o risco de se afogar caso tentasse.

– Hey, Bellinha! Vamos apostar corrida, vai. – ele pediu, fazendo sua melhor cara de ‘tenha piedade’.

– Edward, eu sempre ganho, você sabe disso. – ela rebateu.

– Não dessa vez, boneca. – ele piscou para ela. – Vamos, vai!?

Depois de muito pensar, a garota aceitou. Eles teriam que sair da piscina, correr todo o entorno da mesma, e mergulhar. Bella fez tudo com maestria, já Edward, na hora de mergulhar, quase se afogou. Isabella ria até as bochechas ficarem doloridas enquanto tentava puxar o amigo para fora da água.

– Quando eu digo que eu sempre ganho... – ela comentou, sarcástica.

– É, você sempre ganha. Mas nós ainda vamos achar algo em que eu possa ganhar! – ele falou.

Depois de uma descontraída tarde entre mergulhar, salvar Edward e se divertir com Hanna, sua melhor amiga na natação, Bella e Edward foram tomar um chocolate na casa dos Cullen.

Carlisle era advogado, então passava muito pouco tempo em casa com a família. Já Esme, fazia lindas costuras e bordados para vender, e se dedicava ao seu lar como nenhuma outra mulher.

Ao atravessar as portas cor de caramelo da casa de Edward, Isabella sentiu-se confortável e acolhida. Na sala, havia uma poltrona de canto, dois sofás e uma mesinha de centro. No corredor de entrada, havia um móvel na altura da cintura de Isabella que continha fotos de Edward quando pequeno. Fotos de família, ele sozinho, com Alice...

– O que está olhando aí, Bella? – ele perguntou, já acomodado no sofá encostado na parede.

– Hm... – ela mordeu o lábio inferior. – Só estou olhando as fotografias. Você está muito fofo nessa aqui, - ela apontou a fotografia – em que tenta montar seu trenzinho.

– Ah, essa não é a melhor. – ele caminhou até onde Bella estava, as mãos dentro do bolso do casaco. – Mãe, onde estão as minhas fotos antigas? – ele caminhou até a cozinha, onde Esme esquentava o leite.

– Lá em cima, no lugar de sempre. – ela falou, sorrindo ternamente para seu garoto.

Para Esme, Edward crescia rápido demais.

– Obrigada, mãe. – ele piscou para Esme, que sorriu de volta, mais largo. – Venha, Bella.

Abriu uma caixa acima do armário de seu quarto, tirando um livro com acabamento em couro marrom. Na capa estava escrito, em dourado “Minha História”.

– Venha, sente aqui. – ele começou a folhear o álbum. Ela se sentou, dobrando as pernas. – Estes são Carlisle e Esme quando se casaram. Mamãe era muito jovem, tinha no máximo 18 anos. – Bella olhou a foto com carinho. Esme tinha o cabelo preso em um coque, o véu preso à uma espécie de chapéu de renda. Com mangas longas e fechado no busto, o vestido de Esme era bem comprido na cauda.

Na fotografia, Carlisle estava sentado em uma poltrona, e Esme estava apoiada com os cotovelos no encosto, exibindo um sorriso tão caloroso quanto o de agora. Os lábios pintados em vermelho, provavelmente, eram realçados pelo preto-e-branco das fotografias. Eles pareciam realmente felizes.

– Esme está tão linda e feliz, Edward.

– É. Acho que, depois dessa foto, outra em que ela está tão feliz quanto na de seu casamento é a foto do meu nascimento, olhe. – ele virou as páginas apontando uma Esme um pouco amassada e cansada, carregando um pequeno Edward nos braços.

Depois de passar umas boas páginas Edward chega em uma em que ele está todo enlameado, da cabeça aos pés. Sentado na poça, três dedos dentro da boca e rindo para a câmera. Deveria ter por volta de uns três anos de idade.

– Essa foto está tão engraçada. Minha mãe costuma dizer que comi lama pelo nariz, até. – eles riram.

– A foto é hilária, Edward. E, quer ouvir uma opinião sincera? – ela perguntou.

– Pode falar.

– Isso é bem a sua cara, não acha? – ela riu e deu de ombros, graciosa.

– Talvez. Eu não sei se comeria lama agora ou faria qualquer coisa estúpida como isso. – ele apontou a fotografia e a risada de Isabella foi musical.

Naquela época, Edward e Bella já conheciam o florescer da juventude. Eram adolescentes, estavam ambos apaixonados pela ideia de se apaixonar – e foram se apaixonar logo um pelo outro. Com receio de que a correspondência não fosse certa, nenhum dos dois nunca falou nada.

Edward vivia dizendo para ela ‘você sabe que eu te amo’, durante suas brincadeiras, e Bella respondia ‘se me amasse não faria as bobagens que faz. Mas tudo bem, eu também amo você.’

Nenhum dos dois nunca levou o outro a sério, e então veio a guerra para destruir qualquer coisa que pudesse nascer dali.

Há algo ou alguém que diz que todas as coisas presas em nossas gargantas, todos os nós, todas as coisas, têm de ser postas para fora. E era certo que se não houvesse guerra, hora ou outra, eles iam acabar dizendo aquilo que era inevitável.

Não viver o amor naquela época pode ter sido bom. Nenhum dos dois precisou sofrer a dor dilacerante do amor ao serem separados. Eram amigos. Doeu por um bom tempo, mas a ferida se fechou para cinco anos depois abrir-se novamente.

– Bella, Edward! Desçam! O leite já está quente. – Esme gritou do andar debaixo e Edward desceu puxando a mão de Isabella.

– Você era muito aprontão, Edward. Qualquer piscada que Esme desse, você provavelmente estaria se lambuzando em alguma coisa nojenta como lama. – Isabella disse.

– Oh, Edward era uma criança maravilhosa. Mas eu não podia desgrudar os olhos dele nem por dois segundos. Ele contou a você sobre quando cortou o cabelo de Alice enquanto ela dormia?

– Não! – Bella abriu a boca no formato de um “O”. – Não acredito que você fez isso com Alice, Edward. Você é cruel.

– O que posso fazer? Cortei o primeiro pedaço e achei interessante que o cabelo inteiro saía que não parei mais. Alice quase ficou careca, e quase me matou também. – eles riram.

– Quando Edward era bem criança, nós tínhamos um lindo cachorro. – Esme continuou a falar da infância do filho. – Mas a combinação cães e filhos é de deixar qualquer mãe louca... E então, em uma manhã nublada após um dia inteiro de chuva torrencial, Edward mergulhou o cachorro na lama, e o trouxe para dentro de casa. Logo que acordei, olhei toda a sujeira feita pelo cachorro, e um mini Edward sentado no meio da sala rindo das graças do cão. – Isabella olhou indignada para Edward. – O meu tapete ficou em petição de miséria, é claro. Edward ficou dois meses de castigo.

– Já percebi que o histórico de Edward com lama é bem longo... – Bella murmurou.

– Longo? É quilométrico. Não sei quantas histórias enlameadas posso te contar dele, pois até eu já perdi as contas de quantas vezes ele voltou todo marrom para casa, exceto pelos olhos verdes – concordou Esme, rindo.

Esme dividiu três barras de chocolate, um pedaço para cada. Bella ficou meio perdida, afinal, em sua casa, Renée derretia o chocolate junto ao leite.

– Oh, Bella. É assim que se faz. – Edward mergulhou sua barra no leite fervendo, e Bella viu o chocolate começar a derreter. – Quando fica bem molinho, com a colher você vai mexendo e apertando, até tudo ficar bem dissolvido.

Depois de uma série de conversas de infância, eles acabaram por descobrir algo em que Edward era melhor que Bella.

– Xeque-mate. – disse Edward, pela terceira vez desde que começaram a jogar xadrez.

– Eu desisto. – ela bagunçou todas as peças do jogo e apoiou a cabeça na mesinha de centro, para levantar em seguida. – Acho que é minha hora, Ed. – olhou o relógio na parede, que marcava sete horas da noite.

– Tudo bem, vamos então. – Edward levantou-se do tapete e ajudou Bella em seguida.

– Tchau, Sra. Esme. – Isabella falou, dando um beijo na bochecha da mãe de seu melhor amigo que tricotava um lindo casaco amarelo.

– Mas já? – Esme fez um muxoxo. Gostava de passar tempo com a amiga de Edward e gostava de não ter que ver Carlisle. Isabella assentiu.

Caminharam até a porta, e então Esme se despediu.

– Adeus, querida. Volte sempre, por favor. – A linda e jovem mãe de Edward Cullen acenou para eles enquanto saíam.

– Sua mãe é muito generosa, Edward. – Bella comentou enquanto andavam lado-a-lado na calçada.

– Sim, ela é. Anda um pouco estranha esses dias, dispersa. Acho que algo entre ela e papai não tem ido muito bem, mas logo melhora. Até o Natal vamos estar todos prontos para uma linda foto em família. – ele disse, sorrindo falsamente. – Eu odeio fotos em família.

– Entendo. Papai e mamãe vivem discutindo. Quem vai pegar o jornal todo dia de manhã, quem vai levar Ephraim para passear, quem vai esquentar o leite para o café... Mas no fim, tudo fica bem. – ela comentou, olhando para frente.

– É... Mas e então, como se sente após termos descoberto algo em que eu sou bom e você não? – ele riu, olhando para ela, que torceu o nariz.

– Eu me sinto péssima. Ou talvez xadrez não seja minha coisa, por enquanto. Você sabe, a prática leva à perfeição. – eles riram e suas mãos, que estavam ao lado do corpo se esbarraram de leve.

– Tudo bem se eu pegar a sua mão? – ele perguntou para ela, um pouco envergonhado. Não era possível ver o rosado de suas bochechas, a rua estava muito escura, para sua sorte.

– Claro, eu acho. Somos amigos. – Bella entrelaçou os dedos nos do amigo, feliz e apreciando aquele contato. Para ela era especial e para ele também, mas eles jamais confessariam aquilo em voz alta.

Todo momento com Edward parecia muito pouco, muito rápido e, àquela altura, ainda não tinha prazo de validade. Mas estava para ter.

Quando chegaram na casa de Bella, Edward, com a mão ainda entrelaçada na dela, deu um terno beijo no elo entre seus dedos.

– Adeus, Bella. – ele colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e esfregou o dedo no lábio inferior dela.

Uma tensão percorreu entre eles, e então, Edward se afastou, andando de costas e acenando. Bella acenou de volta, e enquanto acenava, viu que Edward ia ter uma queda feia!

– E-E-Edward! – ela gritou para alertá-lo, mas o estrondo foi alto, lixeiras rolaram pela rua e ele passava a mão na cabeça com força, tentando espantar a dor. Bella correu até ele, estirado no chão. – Ah, meu Deus! Você está bem?

Ele ergueu o tronco um pouco, ficando com o rosto a centímetros do de Isabella. Ela sentiu o hálito dele, mentolado com fundo doce banhar seu rosto. Sua respiração ficou ofegante. Quando deram em si, estavam rindo.

– Eu... acho que vou ficar. – Edward levantou-se e abraçou Isabella bem apertado, dando-lhe um beijo na testa. – Agora é sério, tchau.

– Tchau, Edward. – Bella cantarolou, voltando para casa.

Naquela noite, nenhum dos dois conseguiu dormir de imediato. Bella repassava a cena da piscina em sua cabeça várias vezes e o momento da queda de Edward, quando seus rostos estavam bem próximos, também.

Na cabeça de Edward, a risada melodiosa de Isabella reboava, as mãos entrelaçadas enquanto caminhavam na rua e o momento em que ela tentava desafoga-lo na piscina do clube.

Aqueles eram momentos felizes que, após entrar no exército, Edward foi obrigado a esquecer. Mas tudo havia sido marcado a ferro e fogo nas memórias de Isabella. Mesmo que o tempo e as circunstâncias viessem a afastá-los, ela sabia, com toda convicção, que o único amor de sua vida era o garoto mais desastrado que ela já havia conhecido.

E o mais perdedor também.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam do climinha? Eles eram tão fofos juntos! Ah, como a guerra pôde acabar com isso de maneira tão cruel?
Mas vem coisa pior por aí, e nós sabemos disso!
Enfim, primeiro de tudo, não estou apta a voltar sempre, como estava fazendo. Estou usando o 3G, roteando com minha irmã e mãe. Ou seja, pra entrar no navegador... LEVA UM SÉCULO. Passa a minha adolescência inteira e hora que carrega, trava pro que quero fazer.
Enfim!
O que vocês acham que vai acontecer com a história daqui pra frente? Já tenho mais 5 capítulos entre 1000 a 3000 palavras! Espero que gostem!
Vai ter tanta surpresa pra vocês que oh... espero que vocês sobrevivam, porque eu estou tentando arduamente.
Para finalizar, estarei divulgando o capítulo através dos grupos no facebook pelo celular!
Aproveitem pra participar do grupo "Fics da Lets"!!!!!!!
Por hoje é só pessoal, comentem, recomendem, deixem sua crítica e me ajudem a divulgar a história.
Obrigada pelos 88 comentários e 115 leitoras, isso significa muito para mim! Vamos fazer OPTW crescer muito e lindamente!