Are You Mine? escrita por Clove Flor


Capítulo 2
Capítulo 1.


Notas iniciais do capítulo

LEIAM!
Hey pessoas lindas que leram :) Gostei do review de vocês duas, obrigada!
Então, esse capítulo ficou grandinho, eu pretendo fazer desses tamanhos, pelo menos mais de 1.000 palavras. O começo é comprido e chatinho porque eu precisava dar essa informação para vocês, ok? Mas prometo que o resto é mais legal.

Comentem, por favor, me façam feliz! Postei bem rapidinho só para vocês, então me deem esse reconhecimento. Fiquei uns dias escrevendo este capítulo.

Um beijo, boa leitura c:



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ŸCapítulo UmŸ

Point of View – Katniss.

Capitol, cidade onde moramos, é dividida em treze tipos de bairros organizados por riqueza. O Distrito 1, que é mais ao norte, onde se encontra todas as lojas caras de roupas de grife.

O Distrito 2, que também era muito bom com o dinheiro. Ótimo, pra falar a verdade, mas mesmo assim, ele tinha só 90% da riqueza que o 1 possui. De qualquer modo, nele se produzem os artesanais. Eles têm muitas armas, porque é nele que é onde se formam os Pacificadores, como chamamos nossos policiais. Sempre disse que acho as pessoas que vivem lá muito violentas.

O 3, onde têm as melhores faculdades de todo nosso país, Panem. Essa parte da cidade eu sempre achei ser mais desenvolvida, envolta de tecnologia.

O Distrito 4. Ele é muito rico também, e é a parte que mais gosto da Capitol. Não é muito longe do meu bairro, o 12; eu posso ir andando, mesmo que demore duas horas, mas vale a pena. Nele tem um vasto litoral, clubes gigantes e lagos em todos os lugares. Nadar no mar da praia, relaxar em uma piscina, é a melhor coisa que você pode fazer depois de um dia estressante no lugar onde moro;

Por aí vai. Uns não tão ricos quantos outros, os pobres e os decadentes. Há o 7, do qual também me agrada, mas não é tão perto quanto o 4. Não é muito rico, acredite. Na verdade, é sempre desmatado, mesmo replantando todas as árvores, nunca será igual novamente. Mas a madeira produzida lá é a que é feita a minha casa. E eu adoro o modo rústico.

E então tem o meu. O bairro 12 é naturalmente pobre. A energia, muitas vezes da parte em que minha casa foi feita, é péssima. Muitas vezes as luzes se apagam durante o dia, ou em momentos muito decadentes precisamos pegar água nos lagos do 4. Não que eu não tenha nenhuma moeda em meu bolso, não, eu tenho. Mas não vai ser eu quem poderá te emprestar dinheiro pro lanche da escola, ou te dar caronas, dicas de roupas e tudo mais.

Meu bairro é praticamente divido em dois. O meu, que denominam Costura, e o outro lado que seria o mais bem desenvolvido, com lojinhas e coisas para nossa sobrevivência.

E, por fim, o Distrito 13. Esse sim, não poderia ser considerado parte da Capitol. Por quê?

Porque ele não existe, praticamente. São apenas ruínas de lembranças passadas de uma guerra sem fim. De pessoas que perderam casas, ou as destruíram; que perderam a família, ou se mataram; que não tiveram onde viver.

Foi a parte mais tensa na história de nosso país. Capitol é uma das cidades mais antigas e grandes.

XxXx

O dia amanheceu com a fria de inverno, o vento urrando nas janelas, as ruas cobertas por uma fina camada de névoa e gelo e as respirações esfumaçadas. Mas mesmo assim, não deixamos de nos encontrar no vale entre as duas colinas do Distrito 11, que por acaso é o mais pobre, porém com uma fantástica agricultura, com seus campos de frutas quilométricos.

O nós, quero dizer, eu e Gale.

Eu estava usando uma touca de lã feita por minha mãe, um casaco de couro marrom que era de meu pai, calças quentes e botas compridas. Gale estava com um cachecol por dentro de sua blusa de moletom, luvas que pareciam confortáveis em suas mãos e bem... Nosso traje de inverno.

Ele se sentou com suas pernas afastadas, e então me acomodei ali mesmo, seus joelhos na direção de minha cintura. Seu braço abraçava-me e, na primeira vez da semana, senti que finalmente estaria salva de tudo.

Gale possui os olhos cinzas, iguais aos meus. Os cabelos curtos, também igualmente castanhos, a pele cor de oliva, a estatura alta e os músculos saltados em seu braço devido ao trabalho pós escola... Nós poderíamos ser irmãos, é o que todo mundo diz. É o que eu penso, e é como nós nos tratamos.

─Catnip, está tudo bem? – a preocupação era evidente em seu tom de voz. Aconcheguei-me um pouco mais em seu corpo, sentindo frio de repente. Não que eu não confiasse em Gale, Deus, eu confio demais. Mas não queria que tudo voltasse à tona. Os pensamentos também machucariam ele, já que nossos pais eram da mesma equipe de trabalho... da qual houve o acidente.

Yeah, claro. – dei uma risada, vagando nas lembranças do pesadelo.

─Não, não está. ─ ele me contradiz, passando o polegar por minha bochecha. ─Você sempre mente mordendo o interior de sua boca, Catnip. Acho que devia treinar mais.

Soltei um muxoxo, sentindo meu rosto esquentar através do comentário. Eu não havia percebido até que meus dentes deixaram a carne de minha boca; Quanto tempo será que ele havia gastado apenas para me notar?

─São pesadelos, Gay. – eu lhe respondi de uma vez, usando uma parte da pronuncia de seu nome para o atormentar.

─Já te disse – era quase um rosnado. ─que o som do “a” é mais fechado, como um “ê” oco, Catnip.

Segurei o riso.

─E como seria um “ê” oco, Gale?

─Seria a pronuncia do “a”! – ele realmente parecia bravo.

Não resisti, as gargalhadas saíram como bolhas de ar debaixo d’água, sem parar.

Depois disso, ficamos um tempo em silêncio, olhando ao redor, os pensamentos fluindo. O vale é tão lindo, com as flores de diversas cores como um tapete enorme cobrindo o chão.

Os braços de Gale me apertaram com mais força e então pendi minha cabeça para trás, na curvatura que liga seu ombro ao pescoço. Ele é o único que me faz sentir assim, livre e feliz.

─Obrigada. – murmurei. Ele já sabia que eu agradecia nossa amizade.

Sempre que tínhamos esse tempo a sós, eu agradecia.

Ele virou o rosto, beijando minha bochecha.

─Não há de quê.

Não é constrangedor. Digo, essa nossa amizade. É tão pura porque eu não tenho ninguém, e Gale tem todos. Tudo bem, tenho Prim, Clove e talvez a Annie; Mas ninguém que eu possa tratar como trato ele.

Não sentimos nenhuma atração amorosa, o que não dificulta em nada. Podemos conversar normalmente, dar risadas e contar sobre nossas vidas e dias; Compartilhar segredos e também as mentiras.

Menos na escola.

Gale não é arrogante nem nada, eu juro. Mas, ele sabe que se passar todo o tempo comigo, sua reputação irá cair até o inferno. E sua... bem, “ficante”, Madge, ficaria morta de ciúmes.

Madge.

Katniss? – uma voz suave me chamou por trás de mim. Me virei, observando a crista loira de uma garotinha de olhos azuis e pele branca, quase pálida. Estava com um vestido rosa até os joelhos, uma fita colorida puxava os fios de sua cabeça para trás. Aos onze anos, eu mal pensava em vestido.

Eu nem tinha um.

Sim? – lhe respondi em uma pergunta, pensando em como ela sabia meu nome. Ajeitei minha blusa verde, tentando esconder o rasgo na lateral da mesma.

Eu me chamo Madge. Mas algumas pessoas me chamam de Mad ou Maggie.

Assenti desconfortável.

Eu soube do seu pai. continuou.

Como se mãos a tivessem envolvido, minha garganta se fechou. Eu não conseguia mais dizer nada, meus olhos marejaram. Engoli em seco, tentando ter forças para falar.

Só fazia uma semana que meu pai se fora.

Ah. – saiu esganiçado.

Eu sinto muito mesmo. Não posso dizer que sei como se sente, porque eu tenho os dois pais vivos e... ativos, se me entende. Mas eu realmente...

Olha aqui, Mad, - comecei, tentando soar corajosa. Quem era ela para dizer todas essas coisas? eu não me importo se você tem os dois pais vivos e “ativos”! Minha mãe acabou de perder o marido, acha que ela devia estar fazendo o quê?! Saltitando por aí, dando comida na boca da Primrose ou algo do tipo?!

Seu corpo se retesou e minha respiração ficou entrecortada por – finalmente ter jogado tudo para fora. Todas as conversas que os parentes ridículos tiveram comigo e com Rose, que, meu Deus, tinha oito anos e como poderia lidar com isso?, foram respondidas naquele simples ato.

Não foi isso que eu quis dizer, Katniss. – ela deu um passo para trás.

Não? Que pena, acho que eu sempre entendi as coisas erradas mesmo. ironizei com desprezo, dando meia volta. Olhando para o chão, mal percebi que um garoto estava na minha frente. Ele devia ter treze ou catorze anos, seus braços estavam cruzados sobre o peito, seu rosto, bonito devo dizer, estava sombrio.

Catnip – o garoto disse, os lábios trêmulos. , acertei?

Não. Meu nome é Katniss. respondi nervosa, querendo chegar o mais rápido em casa para poder ver Prim e minha mãe. Katniss, que provém da planta esbranquiçada que cresce perto do Vale do bairro 11. K-A-T-N-I-S-S.

Ele deu risada.

Meu nome é Gale. Mas o significado é algo como tempestade, revolução, o que eu acho que não é meu forte;

É? Bacana. – e corri, tentando despistá-lo até parar perto das árvores que rodeavam a Costura. Eu precisava de paz. E eu havia conseguido tirá-lo de meu caminho.

Mas me enganei ao sentir uma mão segurando meu braço.

Sei que está sendo difícil. Meu pai também se foi junto. ele deu uma tossida ao terminar de falar.

O olhei. Ele não parecia nada frágil. Na verdade, estava muito bem, com uma aparência impecável, enquanto meu rosto era inchado de choro e os olhos rodeados por auréolas vermelhas.

Ér, uh... Olha, eu acho que você deveria pegar mais leve com a Maggie. Ela não é boa com consolos e tudo mais, porém tem um coração bom. Só tente... ser agradável.

Minha boca caiu.

Eu sou agradável!

Ele balançou a cabeça.

Tudo, menos isso.

Então nos olhamos durante um longo tempo, sua mão ainda me segurando e os pensamentos se levando. Soltei um pequeno riso, em muito tempo. Pensei, naquele momento, que nossa amizade seria engraçada. E que eu queria ser amiga dele.

Está bem. eu disse, balançando a cabeça. Você tem razão.”

Me remexi diante a lembrança. Nunca havia gostado de Madge, mas ao conhecê-la, encontrei Gale. E agora, Gale tinha ela. Isso é tão confuso...

─Querida, acho melhor voltarmos. Nossa aula começa exatamente em... uma hora. – o garoto por trás de mim colocou as mãos sobre meus ombros, me afastando, porém como se quisesse me acordar de pensamentos.

─Uma hora? – perguntei meio grogue. O sopro do vento passou por meu rosto, fazendo com que os arrepios percorressem até meu pescoço. Tremi diante o frio, mas me levantei de qualquer modo, passando minhas mãos pela garganta, tentando esquentá-la. ─Temos que correr, então.

Ao estar de pé, Gale parou em minha frente. Ele sempre foi alto, mas naquele momento parecia mais. Meu rosto estava na altura de seu ombro, e tive que levantar o olhar para poder encará-lo.

Seus dedos hábeis desataram o nó de seu cachecol, retirando-o. Pude ver bem de leve sua pele se arrepiar com o frio que nos envolvia, mas mesmo assim, Gale enrolou o tecido por volta de meu pescoço.

Soltei um suspiro ao sentir a lã ainda quente devido ele.

─Tem certeza? – perguntei ao vê-lo se pondo ao meu lado enquanto começamos a andar para fora do 11. Aqui na Capitol só há uma escola, e ela fica no bairro 3 por ter mais tecnologia e desenvolvimento, como já dito; E, ainda bem, tem um metrô que liga todos os Distritos e é o transporte público mais rápido existente.

Mas até chegar nele é longe, por isso tivemos que sair adiantados.

─É claro. – ele sorriu e olhou para mim durante a caminhada. ─Não seja desagradável, Catnip.

Eu dei uma risada.

Finalmente, finalmente eu estava feliz.

XxXx

─Calem a maldita boca. Agora. ─Clove disse com uma voz pesada, suas mãos puxando os cabelos com força. Sua cabeça estava abaixada na mesa, como se estivesse com sono.

─Não é minha culpa que ontem você se fudeu. Literalmente. ─ Annie deu um sorriso amargurado, mas eu sabia que só estava tirando uma com a morena de um metro e sessenta.

─Bem, - eu disse, tentando descontrair. ─ você deveria tomar mais cuidado.

─Fique quieta, sua idiota. –e realmente me senti magoada. ─Eu juro pela minha merda de vida que se vocês não pararem de falar, eu acabo com a sua. ─rosnou, e virou para Annie. ─ E a sua também. ─os olhos castanhos esverdeados da pequena fumegaram ao olhar diretamente para Cresta, mas logo parecia arrependida ao voltar a sua posição. ─Que dor de cabeça!

─Como foi a noite de vocês? – surgiu em nosso campo de vista Cato Overwhill com sua bandeja de almoço em mãos. Ele é alto e com músculos definidos pelo corpo. Não que eu já tenha visto!

Sinônimo de beleza, faz parte do time do futebol americano, como atacante ou sei lá o quê. Os cabelos loiros espetados destacavam-se na pele branca e os olhos azuis brilhantes reluziam como o céu.

Olhei para Clove que, ao ouvir a voz dele, se retesou, mas relaxou ao levantar o olhar com um sorriso malicioso:

─Altas putarias. E a sua?

Cato pigarreou ao sentar-se do meu lado, visivelmente desconfortável.

─Passei estudando para as provas do mês que vem. Uh, Katniss? Annie?

─Quase tive o pé esfaqueado, mas estou legal. – suspirou a ruiva;

Soltei uma tossida.

─Normal, eu dormi. Por que vocês não fazem isso também? – resmunguei, desviando o olhar. Nesse momento, encontrei do outro lado do refeitório o meu amigo escorando a Madge em um dos pilares de mármore distribuídos pela escola, como se sustentasse o teto, para logo atacar os lábios da loira.

Corei subitamente ao perceber que eu havia bufado, fazendo uma carranca.

─Oh, vejo que alguém está com... ciúmes, eh? – Clove deu risada, suas mãos ainda segurando os cabelos, mas cortou o riso devido sua dor de cabeça, resmungando algo como “ressaca da porra”.

Ciúmes? Eu? Por favor! Somos apenas amigos. Só é desconfortável vê-lo assim, apenas isso. Caramba.

Limitei-me a sorrir quando Cato, impedindo que eu respondesse, perguntou com um ar meio preocupado, meio hesitante, curvando seu rosto para que ficasse próximo de meu ouvido.

Mesmo assim, todos ouviram o sussurro:

─O que ela tem?

Sorri maliciosa ao responder.

─Ah, Cato, nada. A garota só esqueceu que não precisa estar bêbada para transar com um gostosão. Não é mesmo?

Virei-me para ele ao dizer, mas com o canto dos olhos, vi que a morena estava soltando faíscas.

─Clove, uh... Bebeu? Quero dizer... hm, de novo? – e eu quase senti pena ao ver seus ombros caindo levemente.

A baixinha já teve problemas com o álcool e, se eu não me engano, durante uma das conversas enquanto os dois ainda estavam... quase juntos, ela o prometera deixar de ter isso.

Dei gole em minha caixinha de suco, sorrindo.

─Eu não sei como ainda existe um fígado nessa garota.

Senti uma presença ao meu lado direito, onde era a ponta do longo banco de madeira. Ergui meu olhar com o canudo do suco ainda na boca, e logo o soltei ao ver quem era.

Argh.

Peeta Mellark.

Não que eu o odiasse, na verdade, eu mal o conhecia. Mas de algum modo, apenas de ver seu sorrisinho ao passar nos corredores, os cabelos dourados jogados para trás e esses olhinhos azuis de bebês piscando com os longos cílios me irritava. Devo saber de sua existência a mais tempo do que a de Prim, já que ele e seu pai –ambos moradores do bairro doze, porém na parte mais rica─, desde pequenos, davam-me de presente bolachas que os mesmos faziam na padaria em que trabalhavam. Claro, naquela época, Peeta apenas ajudava a decorar ou coisa assim.

Vi que as maçãs de seu rosto ficaram em tom corado ao olhar para mim:

─Hey, Katniss.

Segurei minha vontade de revirar os olhos. Por que eu não gosto desse jeitinho meigo?

Um pensamento, ou mais uma desculpa, respondeu para mim: é porque ele age assim com todo mundo.

─Oi, Peeta Mellark. ─lhe disse com o tom de voz um pouco mais emburrado do que eu normalmente usaria e até eu mesma consegui ouvir o meu sotaque um pouco mais visível ao pronunciar o “ark”.

Que patético.

Seu sorrisinho desabou um pouco. O loiro cumprimento todos os integrantes da mesa, mas eu estava ocupada demais evitando olhá-lo.

─Peeeeeeet! – uma menina gritou do outro lado do refeitório, o som agudo chamando atenção de pessoas mais próximas. Reconheci a voz de longe: Delly. A garota tinha os cabelos amarelos caindo em cachos sobre os ombros, a pele bem pálida, sendo possível ver uma veia azulada perto de sua mandíbula. Os olhos não chegavam a ser azuis, estava mais para um verde prateado. Havia dias que pareciam brancos.

Ele abriu ainda mais o seu sorriso e, se despedindo com um olhar demorado para mim, foi de encontro com ela.

Peeta e Delly são amigos desde... desde sempre. Todos nós já dissemos que eles logo assumiriam para o mundo o relacionamento secreto, mas eles não tem um. São apenas melhores amigos.

Que casal sem graça.

E você e Gale, sua idiota?

Ele tem namorada. Outro caso.

─Kat? – Annie me chama a atenção, e olho para ela automaticamente, que parece estar com os pensamentos distantes. ─Não pense que nos esquecemos de amanhã.

Amanhã?

Ah.

─Ah. ─ resmunguei meu pensamento. Eles riram, menos Clove, que continuava reclamando da sua maldita dor de cabeça, mas parecia uma desculpa para não prestar atenção em Cato.

─Dezessete, uh? Precisamos de uma comemoração. ─ Cato ri, pegando seu celular do bolso da calça jeans e digitando algo nele.

─Por favor, não. ─ Eu realmente não queria uma festa ou qualquer coisa do tipo. Não conseguia aguentar nenhuma balada ou boate que Clove me arrastava, nem me divertir. Passava o tempo todo arranjando estratégias de fuga, porque eu simplesmente me sentia deslocada, sozinha mesmo no meio de uma multidão.

Não sou alguém muito legal.

─Nós só havíamos esquecido de como você é careta, Katniss. ─ Cato provocou, um canto de seus lábios se ergueram.

Acho que nesse ano, eu e esse loiro nos aproximamos mais. Porém sei que nunca posso contar com ele, para nada.

Menos quando o assunto envolve garotas, noitadas e bebidas.

─Que tal... Hm, conheço o TFH. É uma boa... – a pequena disse, as palavras um pouco lentas.

Arregalei os olhos diante a proposta.

─Está louca? Torment From Hell é a boate que tem a pior das reputações! ─ minha voz saiu esganiçada.

─Confirmado. ─ disse Cato, ainda mexendo no celular. Seus cabelos estavam caindo levemente por sua testa nesse ato, e uma mão tentou o mantê-lo em pé. ─Amanhã às 19h todos da TFH.

No mesmo momento que ele olhou para todos nós, celulares apitaram ao nosso redor.

Senti meu sangue subir, o coração começando a bater mais forte contra meu peito.

─O quê?!

─Ei ei ei, calma aí. É só uma fest...inha. ─ Clove deu risada.

Suspirei pesadamente.

Você é uma merda, Katniss.


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Notas finais do capítulo

Próximo têm P.O.V. Annie e Clove.
Ansiosos para conhecerem nosso Odair?



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