Are You Mine? escrita por Clove Flor


Capítulo 13
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

PARABÉNS PRA MIIIM NESSA DATA QUERIDAAA MUITAS FELICIDADES MUITOS ANOS DE NYAAAH!
AHEEOO GENTE, ADIVINHA QUEM TA FAZENDO NIVER DO FANFICTION? EU! 3 ANOS COM A CONTA ATIVA! Socorro, parece que foi ontem que a minha melhor amiga *homenageando a Maitê, oi Mah* me ligou pedindo para eu entrar nesse site. Ela com 10 anos e eu com 11. Credo. UASHUASSAHAS
Eu já estava com o capítulo pronto ontem, mas decidi esperar para comemorar a data de hoje. Galera, sei que eu dei uma sumida, mas aconteceu realmente uns problema que eu precisava resolver: era coisa de escola, de família, de adaptação. Agora eu preciso achar um jeito de me livrar do psicólogo da escola UHASUHAHUASHUASHUS
CLARAWR:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::; sei que ainda não li seus capítulos postados. Prometo colocar a leitura em dia essa semana!
GENTE ESSE CAPÍTULO É TIPO, FOFÃO E TENSÃO (não tesão gente, leiam direito). Mas não sei se vocês vão conseguir entender bem o encontro Finn x Annie, porque eu quis criar algo mais íntimo, só eles mesmo, então talvez tenha ficado meio "anh?"
PRÓXIMO CAPÍTULO (QUE >JÁ ESTÁ QUASE TERMINADO< TERÁ UMA GRANDE SURPRESA



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/451064/chapter/13

Point of View – Annie

Finnick havia me mandado uma mensagem poucos minutos depois que acordei. Dizia “para onde você quer ir hoje?” e eu não sabia o que responder. Bem, não era ele que deveria me falar? Eu já o convidei, ele que faça o resto!

Olhei para o relógio, engoli meus dois comprimidos matinais e digitei no celular:

“Eu não sei. Tem alguma ideia?”

Finn não demorou para responder:

“Quer vir aqui em casa?”

Hesitei. O que esse mané está sugerindo? Quando, nervosa, comecei a escrever uma mensagem muito mal educada para esse serzinho tarado, recebi outra:

“Não seja tão maliciosa, Anabelle Cresta”

Revirei os olhos, mesmo que eu estivesse sim, por um momento, pensando besteira. Também, sem me esperar responder, enviou:

“Venha umas 17h, pode ser?”

Senti algo estranho dentro de mim, como se tivessem retirados todos os meus órgãos internos e me deixado vazia por dento, gelada. Tudo bem, está tudo completamente bem, é só o Finnick, não tem problema eu ir na casa dele! Nós vamos só conversar... Talvez, quem sabe, ele vai chamar mais algumas pessoas! É, não tem problema...

“Pode, Odair.”

E, sem querer admitir, não parava de pensar que em algumas horas eu estaria junto dele novamente.

[...]

Point of View – Clove

Eram onze horas e eu não conseguia levantar da cama. O dia amanheceu extremamente frio, o que parecia absurdo sabendo que semana passada estava 25°C.

Como eu, hilariamente, não tenho porta, não conseguia voltar a dormir com tanto barulho que minha mãe fazia lá embaixo, conversando com um cara – provavelmente nosso vizinho...

Mas... A casa ao lado está vazia, e na outra mora uma única mulher...

Levantei com cuidado, jogando o lençol para os lados. Sem fazer barulho, envolvi meu corpo arrepiado pelo frio com o cobertor, tentando não tropeçar nele enquanto o arrastava pelo chão.

Pela primeira vez, agradeci mentalmente por não ter uma porta – o som de rangido poderia me dedurar. Me aproximei do parapeito que cerca a área aberta do segundo piso de minha casa e olhei para baixo.

Eu o via parcialmente: seus cabelos grisalhos, sua camiseta velha e eu podia jurar sentir o cheiro do seu bafo de álcool. Snow.

Recuei alguns passos, querendo voltar para o meu quarto e pegar meu celular – assim eu poderia ligar para a polícia. O que ele estaria fazendo aqui em casa? Eu e minha mãe havíamos trocado as fechaduras. Ela teria aberto a porta pra ele? Mas porque, se ela sabe mais do que eu o quão canalha Snow é?

Ouvi uma porta batendo. Voltei silenciosamente, com o coração martelando no peito, observando o andar debaixo. Ele havia ido embora. Não houve gritos, choro, sangue... O que está acontecendo aqui?

Quando percebi que minha mãe subia as escadas, corri para o meu quarto, dessa vez tropeçando no cobertor – e por sorte, caindo em cima da cama, a qual eu me ajeitei e fingi continuar a dormir.

─ Clove, acorde, por favor. Está tarde.

Com os olhos bem fechados, me revirei na cama. Está acontecendo alguma coisa. Estão me escondendo alguma coisa.

─ Só mais cinco minutinhos, mãe. – resmunguei, tentando parecer sonolenta.

O que está acontecendo? O que está acontecendo?

Eu não sei se quero saber.

[...]

Point of View - Annie

Apesar de Finnick morar algumas quadras da minha casa, pedi para minha mãe me levar. Ela se lembrava do endereço, claro – depois de mais de 30 vezes estando no local, duvido que um dia se esqueceria de me levar e buscar junto de... Johanna.

Quando estacionou o carro, sua mão se fechou ao redor do meu punho, impedindo com que eu saia. Encarei-a confusa e percebi que seus olhos se encheram de lágrimas.

─ Annie, eu... eu só queria dizer que - que acho que você fez bem em perdoá-lo.

Eu não queria que ela chorasse, não por isso. Então sorri para garantir que estava tudo bem, que eu estou bem. Seus braços magros envolveram meus ombros, me apertando contra ela:

─ Eu tenho tanto orgulho de você, querida!

Podia sentir suas lágrimas molhando minha roupa e, após um abraço que não deixei demorar muito, a afastei delicadamente, soltando um riso fraco.

─ Ok, ok, mãe. Agora eu estou indo. – Ela assentiu e mandou eu ir logo mesmo.

Meu coração martelava no peito quando toquei a campainha. Tentei esconder a tremedeira dos meus dedos os fechando com força. Ouvi ele gritar algo como “está aberta!” e acenei para minha mãe no carro, meio que dizendo que ela já podia ir embora.

Segui sua voz até a sala de televisão. Apesar de minha casa ser bem confortável, eu percebia um pouco da diferença de rendas dos nossos pais. Sem me tocar, meus pés se lembravam de cada cômodo, piso, cheiro. Não havia mudado quase nada desde a última vez que estive aqui – talvez alguns móveis mais modernos substituíam os velhos.

Encontrei Finnick sentado no carpete, observando um monte de DVD’s espalhados. Notei que ele forrou uma parte do chão, bem em frente da televisão grande (que eu nunca havia visto) com travesseiros e almofadas e os cobertos com edredons. Também afastou um pouco o sofá. Parecia um piquenique macio. Então, não mais que de repente, percebi o porque do local escolhido: não havia mais ninguém além de nós. Nenhum barulho além dos nossos, nenhum movimento além dos nossos... Aqui e agora, o mundo era nosso.

Sentei sobre os joelhos ao seu lado, meu ombro roçando seu braço. Observei os títulos.

─ Fiquei em dúvida e peguei vários – ele disse e virou seu rosto em minha direção, sorrindo. Seus cabelos estavam penteados e usava moletom e jeans, assim como eu - o que me fez rir um pouco. Ele se aproximou e deu um beijo estalado em minha bochecha, fazendo com que eu sentisse um calor subir por meu pescoço, se espalhando pelo rosto. ─ Qual você prefere?

─ Hm... – murmurei, indecisa ao observar os títulos. ─ Podíamos fazer uma maratona. Esse aqui me parece bom – apontei para uma capa intitulada de “O Doador de Memórias”.

Finnick sorriu e assentiu.

─ Ok, Ann. Podemos ver este outro depois – ele me mostrou outro chamado de “A Beira do Abismo”, de gênero policial que eu já havia visto o trailer.

Enquanto eu colocava o cd no DVD player e tentava entender os mecanismos da televisão, as luzes do cômodo se apagaram. O susto fez com que eu derrubasse o controle no carpete, e me atrapalhei toda para encontrá-lo novamente, com os dedos tremendo ao agarrá-lo com força. Apenas a luminosa tela transmitia luz no local, fazendo com que meu coração revirasse no peito, rápido, forte, dolorido.

─ Finn? – chamei, procurando por ele.

Um toque em meu ombro fez com que eu desequilibrasse dos meus joelhos e caísse de lado, tentando enxergar a figura com a mão estendida.

─ Calma, Annie. – ele deu risada. Mas não era engraçado. Eu estava assustada –não do escuro, de tudo, dele principalmente. De como eu reagia quando Finnick estava por perto, e isso não é certo! Depois de tanto tempo expulsando ele do meu coração, das minhas lembranças, lá estávamos nós... ─ Annie?

Quando dei por mim, meus olhos continuavam arregalados ao encarar o garoto bronzeado, ofegando. Me recompus, morrendo de vergonha.

─ Desculpa, desculpa.

Finnick pegou o controle de minha mão, colocando o filme para rodar. Sentamos no confortável espaço feito de travesseiros lado a lado. Finnick havia trazido pipoca, pacotes de Fini e chocolate quente. Percebi que não ligara o aquecedor e eu, mesmo usando roupas grossas e confortáveis, continuava com frio.

O filme começou – e fiquei impressionada como eu tinha bom gosto para escolher. Esquentei meus dedos gelados com o vapor que saía da xícara fumegante de chocolate, mas, quando Finnick percebe meu ato, envolve suas mãos nas minhas. Pisquei, sentindo o calor de sua pele aquecendo a minha, em um gesto tão confortante...

“Memórias não são apenas sobre o nosso passado. Elas determinam o nosso futuro. Você pode mudar as coisas e fazer tudo melhor.”

Meu coração falhou uma batida quando ouvi a fala de um dos personagens. Tem razão, é verdade, eu posso e devo mudar. Por ele, por Johanna.

Fazer tudo melhor.

Encolhi minhas pernas e aconcheguei-me mais em Finnick, descansando minha cabeça em seu ombro. Rocei a ponta do meu nariz em seu pescoço, tentando aquecê-lo também, respirando o cheiro do perfume que usava. Não posso mais esconder.

─ A-annie... – ele murmurou, mas ignorei. Se eu o desse ouvidos, talvez não continuasse. Talvez recuasse, e eu queria, pelo menos uma vez na vida, seguir meu coração. Não posso mais me esconder.

O moreno me olhou, um pouco assustado e surpreso. Primeiro encontro e já está quase beijando o garoto, Annie?

Bem, não é como se eu não o conhecesse.

Seu braço, sob o edredom, acariciou minha cintura coberta pelo moletom pesado, e todo o frio que eu sentia pareceu se dissipar com seu toque. Não conseguíamos mais prestar atenção no filme, as luzes da tela sendo nossa única forma de iluminação. Por estar perto dele, parcialmente deitada sobre, sentia seu pulso. Estava acelerado, igual o meu.

─ Ann, é melhor nós pararmos... – mas como, se nem ele ouvia o que dizia?

Eu não queria pensar: se fizesse, iria me culpar pelo resto da vida. Mas, entorpecida ao olhar em seus olhos verdes, envolvi sua bochecha com uma mão (sentindo sua pele antes fria se tornar quente) e puxei seu rosto em minha direção. Meus olhos se fecharam com tanta força que quase chegou a ser dolorido, mas não doía – não realmente. Nada mais era doloroso com Finnick.

─ Tudo bem agora? – sussurrou. Eu podia sentir seus lábios roçarem contra os meus, poucos milímetros os separando. Respirei fundo.

─ Tudo.

Então estávamos nos beijando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai? Deixem seus comentários



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Are You Mine?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.