A semideusa e o Deus escrita por Sayuri Hyuga


Capítulo 14
Nuvens e Pijamas


Notas iniciais do capítulo

Oe!
Então, as minhas férias estão sendo uma loucura, agora estou em um vilarejo em Uruguaiana-RS, e dependo do vizinho bondoso para emprestar o wi-fi, mas ainda estou escrevendo para vocês seus lindos.

Agradeço á:Saraby, Ladu Dreams of Love, Valerine, isy123, isabela, Isabela Valdez, Almofadinhas, Cher, Sherlocked, Larissa Toledo, Chate Herondale Verlac Zhang, IsabellaCullenSwanMalik, LucyMusics2.



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~Beth~

O treino foi bem simples na verdade, uma luta de duplas, e eu acabei lutando com Cindy, foi bem idiota, e a resposta é porque nós nos nocauteamos ao mesmo tempo e caímos no chão dando gargalhadas. Quiron até que tentou ficar serio e bravo conosco, mas não conseguiu. Fomos para o chalé e tomamos um banho, antes de ir para o jantar.

Colocamos vestidos soltos floridos, e fomos para o jantar.

Sentamos em nossa mesa, e descobrimos que no jantar ia ser um cachorro quente, eu não queria então acabei não comendo nada, Cindy e Jules amavam cachorro quente e eu ria a cada mordida que elas davam, porque faziam umas caretas bem estranhas na verdade, Jules e Cindy já estavam no segundo cachorro quente quando eu pedi para sair do jantar para Quiron. Eram quase oito horas e eu tinha um encontro com Apolo.

Passei em meu chalé mais uma vez, olhei para a sacola onde estava a minha fantasia e a lingerie que tinha comprado, fiquei tentada a colocar agora, mas sabia que ia ser uma surpresa maior se usasse amanhã debaixo da fantasia.

Coloquei uma blusa laranja simples e um short branco, usei sandálias douradas, e fui esperar nos fundos do chalé. Apolo ainda não havia chegado, então eu olhei ao meu redor e acabei vendo umas rosas mortas em um vaso no canto, já que não tinha nada para fazer resolvi reconstruí-las, eu via que o sol parecia quase se por, já eram quase oito e quinze e Apolo não chegava, comecei a me perguntar se ele viria, talvez tivesse encontrado um monstro ou só desistido de mim...

Estava quase chorando com o ultimo pensamento quando o vi chegando em meu lado, ele usava uma calça jeans azul clara e uma blusa vermelha que deixava ele...perfeitamente lindo. Ele veio em minha direção e me abraçou de lado e me virou para um selinho bem demorado.

– Então o que vamos fazer hoje?

–É uma surpresa, feche os olhos e não vale espiar.

Eu franzi o cenho mas acabei cedendo, eu fui guiada por um curto espaço até conseguir ver, mesmo de olhos fechados, que tínhamos sido transportados para outro lugar. A curiosidade quase me matava.

–Olha o degrau.

Eu levantei o meu pé com cuidado. Degrau? Onde diabos estamos para ter um degrau?

Ele me largou em um certo ponto e falou.

–Pode abrir os olhos.

Eu abri um por um, e não consegui não me lembrar do dia que ele me levou para o seu templo, sorri ao relembrar, mas logo percebi que tinha algo mais importante para sorrir agora.

Estávamos na carruagem de Apolo, em algum lugar não identificado, parecia uma espécie de Antártida tinha neve e mais neve, mas não sentia frio, achei isso meio bizarro, mas ok. Olhei para Apolo, que sorria com aquele sorriso de “Tente não ter um ataque cardíaco”, eu olhei boquiaberta para ele.

–Não vamos...

–Sim nos vamos, eu vou perseguir o sol com você.

Tínhamos uma aula no acampamento onde aprendíamos como os instrumentos dos deuses funcionavam, nunca consegui entender como a carruagem funcionava, sempre me fazia perguntas como: “Como você sabe onde começar com a carruagem?”.

Naquele momento eu podia reclamar, fazer birra e dizer que não ia, mas apenas sorri com aquele comentário romântico que ele fez.

–Então, se você quiser parar de pensar o quanto eu sou romântico, eu poderia explicar?

Eu corei, parecia que ele tinha lido os meus pensamentos, eu assenti e ele começou a explicar.

–Já ouviu falar no sol da meia-noite?

–Sim.

–Bom, é aqui que tudo começa, estamos no Ártico. Vamos naquela direção.

Ele apontou para o lado onde estava o sol. No inicio fiquei meio preocupada de me queimar, mas ai percebi que essa idéia era meio idiota. Eu achei que ia ter muitas perguntas, mas não tive muitas para minha própria surpresa.

–Anh isso não era para ser um carro?

Ele riu.

–Sim, mas considerando a pessoa que levo, penso que a carruagem ia ser mais romântica.

–Sim, isso é bem romântico.

Eu olhava para ele como uma boba, meu comentário tinha sido bem tosco, mas não tinha tempo nem vontade de pensar em outra melhor. Ele riu e foi em direção da ponta, onde tecnicamente deveriam estar os cavalos. Só ai eu tive tempo de olhar a carruagem de verdade.

A carruagem não era uma carruagem na verdade, ela parecia um daqueles carros de corrida romana, era bege e com as bordas pintados de dourado, desconfiava que era de ouro, o mais estranho da carruagem era que bem em uma ponta havia uma espécie de mesa de vidro transparente, Apolo estava indo em direção aquela mesa, e colocou uma mão sobre o vidro que acendeu sem espécies de luzes, eu cheguei mais perto e pude ver uma grande imagem do sol, muitas distancias e Km.

(n/a: Eu não sei como explicar direito, então pensem como um instrumento do Tony Stark rs)

Apolo mexia em várias teclas rapidamente, eu não conseguia acompanhar então apenas fiquei olhando para ele, observei ele dos pés a cabeça, acho que pela primeira eu notei que ele usava All Stars brancos, fiquei todo o tempo que ele mexia nas teclas o encarando, até que ele terminou e ainda olhando para frente ele falou.

–Eu realmente gostaria de não atrasar o por do sol, da ultima vez que o fiz, houve um pequeno incêndio em um planeta distante, que por sua vez explodiu e um meteoro extinguiu os dinossauros, o seu olhar me distrai completamente, Beth.

Eu levantei uma sobrancelha para ele, que me puxou para mais um selinho, ele se afastou e foi para um canto mais distante da carruagem, ele levou as mãos as costas que agora tinham um arco e nenhuma flecha. Acho que o arco funcionava como o arco das Caçadoras de Artemis, e só aparecia quando era preciso, Ele pegou o arco e o pendurou nos seus braços, com um rápido movimento ele juntou as mãos como se fosse rezar e as afastou, e entre as duas mãos surgiu uma flecha de luz, ele a colocou no arco e a atirou para lugar nenhum? Notei depois de alguns segundos que a flecha parecia ser um cavalo daquela carruagem, ela guiava a carruagem que começou a se mover.

Com o moimento repentino eu me agarrei as bordas da carruagem, e vi Apolo olhando em minha direção e de braços abertos como se me chamasse para um abraço. Eu fui em sua direção e senti ele envolver os braços em meu corpo, não consegui impedir um suspiro. Pude ver que a carruagem não tinha levantado vôo ainda, Apolo caminhou comigo em seus braços até a mesa de vidro onde apenas me abraçou e encostou a cabeça em meus cabelos. Eu o agarrei com força quando senti que a carruagem levantava vôo. Ele afagou os meus cabelos, e eu tomei coragem de abrir os olhos.

Realmente estávamos muito alto, passávamos pelas nuvens com muita velocidade, e eu conseguia ver as luzes de todas as cidades do planeta. Eu arfei e Apolo me soltou lentamente.

A principio fiquei preocupada com o vento, mas do mesmo jeito que a carruagem inibia o frio do Ártico, o vento chegava como uma leve brisa, vi que uma nuvem grande e negra chegava cada vez mais perto da nossa direção, eu cheguei mais perto de Apolo que moveu uma mão para o lado, desviando a carruagem da nuvem e voltando ao seu rumo depois, eu ganhei um pouco mais de coragem quando vi um ponto onde as nuvens eram brancas e pareciam amigáveis, eu fui até a beirada e estiquei a minha mão senti imediatamente a minha mão ficando molhada e a recolhi com um beicinho, eu encarei Apolo que me olhava entretido.

–É meio idiota, mas eu imaginava que ia ser como algodão.

–Então você pensou?

Ele deu um meio sorriso para mim, e eu me lembrei de um pensamento que tive no ônibus para Nova York, tinha sonhado em ...bem, fazer coisas pervertidas com ele nas nuvens. Eu corei com o pensamento e mordi o lábio inferior. A carruagem se movia muito rápido, nem era possível ver o anoitecer de tão rápido, depois de alguns minutos, eu senti a carruagem desacelerar e com mais um sinal de mão de Apolo, ele aterrissou em lugar que podia dizer que era o mesmo da partida. Apolo me encarava.

–O que achou?

Eu estava sem palavras e consciente da minha cara idiota.

–Eu achei, incrível, perfeito, e... deviam criar uma palavra para descrever essa viagem.

Ele sorriu amplamente e veio na minha direção.

–Isso é bom, venha vamos para outro lugar

–Hum, outro lugar, nem venha me dizer que é surpresa.

–Vamos para qualquer lugar mais reservado.

–Podemos ir para a clareira? Eu gostaria de tirar a impressão que tive com você de lá.

Eu me lembrei do ataque da fúria, e estremeci, olhei para ele que acho que entendeu que eu não estava afim daquilo.

Ele nos levou para a clareira eu fui de mãos dadas com ele até o lugar que eu costumo ficar deitada e me abaixei colocando a minha mão no chão e deixando um pequeno circulo sem flores onde nos deitamos, ficamos alguns momentos olhando para o céu, onde víamos as estrelas perfeitamente, eu dei um suspiro e quebrei o silencio.

–Eu sinto que há um relógio dentro de mim, um relógio que diz Tick Tock Tick Tock, que diz para eu me apressar, e que isso vai terminar logo.

Apolo franziu o cenho e me encarou.

–Terminar?

–Nunca tive muitas felicidades na minha vida, e sempre que uma aparece, ela é tirada de mim. É como se eu esperasse e aproveitasse o melhor possível, sabendo que vai acabar.

Ele se virou e acariciou a minha bochecha.

–Não vai acabar, eu não vou deixar.

Eu olhei para ele, segurando as lágrimas e me esforcei para sorrir. Me lembrei de Thelmina, talvez ele tivesse dito isso para ela, e mesmo assim ela estava morta. Não podia exigir isso dele, ele não tinha que me proteger, não tinha que impedir.

Carpe Diem, Apolo. Por isso eu vivo cada dia como se fosse o ultimo.

Ele colocou uma mão ao meu redor, e eu me aconcheguei no seu colo.

–Desde quando você não come?

Eu levantei uma sobrancelha para ele, e me olhei por um instante, devia estar uns dois quilos mais magra, mas não estava anoréxica.

–Desde...o almoço na verdade.

Ele franziu u cenho para mim, ele e deu medo naquele momento.

–Porque não jantou?

–Não gosto de cachorro quente e não estava com fome.

Eu fechei os meus punhos e gemi de dor quando me lembrei do machucado da queda do Grafiti, fiquei meio brava então me sentei de pernas cruzadas e tirei o curativo que cobria os pontos.

O Machucado parecia bom, não sangrava e estava totalmente curado, com uma simples cicatriz, mas ainda me doía. Coloquei o curativo no bolso e me deitei de novo, olhando para Apolo.

–Deveria comer, Beth.

Eu revirei os olhos e o encarei.

–Eu estou bem, não é como se você pudesse fazer algo a respeito.

Ele arqueou uma sobrancelha e me agarrou com mais força.

–Eu podia te forçar.

–Não teria coragem.

–Quer apostar?

Não ia apostar, sabia que ele podia fazer isso mesmo, imaginei a cena de Apolo me dando comida na boca gritando “Olha o aviãozinho!” comecei a ter um ataque de riso, mas parei quando ouvi um barulho vindo da floresta além da barreira de Thalia.

Ele me abraçou e nos levantamos devagar, pude ver um coelho saindo de um arbusto qualquer e sorri.

–Acho que devemos ir, antes que alguma coisa maior que um coelho apareça.

Apolo assentiu e nos levou para dentro do meu chalé em um instante. Jules e Cindy não estavam.

Quando chegamos eu me senti muito cansada e acabei me jogando na cama, Apolo se sentou ao meu lado e perguntou.

–Onde fica os seus pijamas?

Eu estava já de olhos fechados e abri um quando ouvi aquela pergunta.

–Nunca pensei que ia escutar Apolo falando essa frase, eles ficam na segunda gaveta do armário.

Apolo se levantou e foi até o armário, acabei fechando os meus olhos vendo que ele tinha pego a camisola vermelha, a que usamos na primeira noite, ele tirou os meus sapatos e meias, e começou a tirar a minha calça e depois a minha blusa, eu sorri.

–Assim você não me deixa dormir.

–Porque faria isso? Boa noite, Beth.

Podia sentir o sorriso dele quando me deu um selinho e desapareceu, me deixando sozinha no quarto.

Tive um sonho estranho naquela noite, tinha nuvens, coelhos, e eu e Apolo rodeando a Torre Eifell em sua carruagem.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?