Gotas de Vinho – Reescrita escrita por Babs Toffolli


Capítulo 2
Edward - Um Perfeito Infeliz


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo completamente original. E vai continuar assim até o meio da história. Por aqui não houve muito o que modificar.



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Nunca fui muito bom no termo "Bom garoto". Sempre tive uma mente maliciosa e, as vezes, um pouco deprimente. Não me surpreendo de ter ficado mais de um século da minha vida - ou quase vida - sem ter alguém que gostaria de compartilhar meu estilo de vida meio sádico.

Sempre tenho esses pensamentos quando estou caçando. Uma forma estupida para me distrair de minha presa e pensar nessa minha quase-vida medíocre, cercada por sangue de pessoas que eu mesmo cacei e matei. Humanos que tinham famílias e uma vida inteira pela frente.

Mas nunca me importei muito com isso. Isso não é problema meu, e os humanos que se virem. Minha natureza grita mais alto do que minha civilidade e nunca tive nem um pouco de piedade quando me pedem para que eu pare. E por que eu pararia, afinal? Depois que abandonei a minha família - um bando de vampiros que vivem na imaginação de não caçar pessoas, numa tentativa inútil de serem salvos -, eu venho dando atenção apenas ao meu instinto: caçando quando tenho sede ou torturando quando tenho vontade.

Ah, é, sim, eu sou uma espécie de torturador. Minha habilidade de ler mentes vem sendo-me muito útil esses anos todos que decidi seguir uma vida sozinho. Ela me ajuda a ver o que exatamente a presa está sentindo além de sua expressão facial. As expressões dos humanos as vezes podem enganar, eles podem muito bem estar fingindo que não estão sentindo nenhuma dor. Mas se não fosse por esse meu sentido extra que vem me ajudando a décadas, eu não poderia levar este meu estilo de vida exótico.

Há muitos anos não vejo minha família - ou pelo menos o clã que havia me "ajudado" a entrar para essa vida. Meu criador se chama Carlisle, um médico muito bem sucedido na pequena cidade de Forks. Ele é casado com uma outra vampira criada por ele, Esme, que há anos atrás eu a considerava uma mãe.

Meus pais de verdade morreram há muitos anos atrás, e virei um filho agregado da família Cullen. Eu não só tinha um pai e uma mãe adotivos, como também tinha meus irmãos, o que era uma parte do meu motivo de ter ido embora de casa. Todos aqueles casais felizes a minha volta era muito inquietante. Eu realmente os inveja por terem a sorte de ter conseguido uma pessoa especial. Eu nunca cheguei nem perto de me apaixonar. Talvez eu seja o único vampiro que tem problemas em socializar-me até com os de minha própria espécie.

O vento mudou e eu parei de pensar em todas essas coisas. Desliguei meus sentidos e segui meu instinto. Eu estava atrás de um grande abeto antigo um pouco afastado da trilha, onde montanhistas, e garotas desavisadas que saem para caminhar no começo da manhã e nos fim de tarde. Essa ultima era a hora que eu gostava. Uma parte do dia em que eu podia ser eu mesmo sem ter que me esconder tanto, quanto seria em uma hora mais clara do dia: A hora do crepúsculo.

Comecei a ouvir passos. Passos leves e ritmados. Uma lenta corrida de uma garota que estava, provavelmente, voltando para casa. Era esse o cheiro que senti quando o vento soprou. Era esse cheiro que depois desta noite, deixaria de ser sentido por qualquer criatura na Terra.

Esperei ela passar perto de meu esconderijo. Ela não estava muito longe, 10 metros no máximo. Quando percebo o vento soprando mais uma vez e mais forte, o cheiro bate intenso em minhas narinas e a sede grita em minha garganta. Quando ela passou, corri até a lateral do seu corpo, agarrei em sua cintura e senti o calor sobre a fina blusa de malha preta, depois de quase uma hora correndo. Ela gritou em resposta. Mas não havia mais saída para aquela alma, ela estava em minhas mãos, de onde não sairiam até que eu acabasse de fazer meu trabalho naquele corpo frágil, macio e quente. Imprensei- a contra uma árvore a frente enquanto dizia:

– Olá. - Eu disse na minha voz mais sedutora que sempre guardo para momentos assim. - Você está longe de casa, linda?

Ela não respondeu, mas sua mente gritava, pedindo para que eu a soltasse, Por favor, me deixe ir, por favor!. Coitada, ela não sabe com quem realmente estava lidando. Eu nunca a soltaria. E por que faria? Se tivesse piedade de cada humano que me pede para viver, hoje não estaria em minha boa forma e nem forte para pensar em fazer o que estava planejando para ela.

– Calma queridinha - Disse à ela na minha mesma voz sedutora. - Eu juro que quando eu acabar você vai ficar feliz pra onde quer que vá.

– Por favor! - Ela berrou de volta - Não me machuque, me deixe ir embora!

– Ah, mas por que eu faria isso? - Perguntei - Seu cheiro é bom demais para deixar passar.

Em resposta ela me mandou um olhar de puro desespero, mas também uma pontada de confusão. Cheiro? Como assim cheiro? Do que ele está falando?.

O vento soprou mais uma vez e seu cheiro me dominou novamente. Decidi que se eu queria fazer o serviço completo, deveria começar agora enquanto ainda me sobrasse controle para fazer-lo.

Agarrei-na pelos cabelos longos e louros e arremessei-a no chão com tanta força que é muito provável algumas fraturas nas costelas. O som de ossos se quebrando confirmou minha suspeita e eu sorri em resposta. Ela gritava de dor e em sua mente não havia palavras que descrevessem o quanto de desespero ela estava. Eu costumava ser mais cruel antigamente, ma hoje estou com muita sede e minha garganta pode ser comparada com um vulcão em erupção. Mas aproveitei o pouco de controle que me restava e com um pisão em seu joelho esquerdo, quebrei sua perna ao meio. Agarrei sua garganta e comecei a estrangula-la até que seus olhos ficaram inexpressivos e sua boca começou a jorrar sangue. O cheiro me atingiu mais intensamente e me perdi totalmente e seu aroma, enterrando meus entes no lado direito de sua garganta - aproveitando q seu coração se preparava para suas ultimas batidas -,sugando a vida da garota. Mellany.


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Notas finais do capítulo

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