Coincidências - Fremione escrita por Calíope


Capítulo 25
Vigésimo Quinto


Notas iniciais do capítulo

E aí meus fofuchos, querem fazer um favor pra mim? Façam, por favor *-*
Dá uma passadinha na minha nova fic, só pra dar a opinião de vocês '3'
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POV Hermione

Fechei a porta do quarto de Ginny e me encostei na parede, ofegante.

–Qual o problema, Hermione?

Encarei as duas garotas sentadas na cama.

–Nada.

Elas me olharam desconfiadas, mas logo passou. Peguei uma roupa para vestir, e logo já estava limpa, como se nada tivesse acontecido. Confortável em meu jeans surrado, camiseta vermelha e chinelos, me deixei cair na cama, onde minhas amigas estavam.

–Mione, agora conta pra gente aqui. O que realmente aconteceu ontem?

–Nada, eu já disse!

–Ah, qual é, Hermione. A gente te deixou lá pra rolar alguma coisa!

Encarei as duas, boquiaberta.

–Como é?!

Ginny ia dizer alguma coisa, mas foi interrompida por Luna.

–Quando você vai admitir que o Fred mexe com você? Só está enganando a si mesma.

Olhei, espantada, para a loira.

–E você sabe mais dos meus sentimentos, do que eu mesma?

–Não, Hermione. Você sabe que gosta dele, só não admite.

Eu não sabia o que dizer. Em parte porque jamais imaginei a Luna dizendo aquelas coisas, em parte porque... Bom, porque eu sabia que era verdade.

Me levantei e fui até a minha mala. Quando a abri, um papel dourado apareceu.

–Ah é, esqueci de dizer. Feliz natal!

Eu tinha me esquecido que era natal. Meu Deus, como pude esquecer isso? Puxei a embalagem e abri.

–É um livro sobre narguilés. Me lembrei de que você não tinha achado nada na biblioteca.

O livro era pesado, de aparência antiga.

–Ah Luna, obrigada. Eu tenho um presente para você também.

Busquei em minha mala os presentes que havia trago. Joguei uma caixinha vermelha para Ginny e um pacote para Luna. Observei-as abrindo seus respectivos presentes. A ruiva se encantou com o colar que eu havia comprado, e a loira olhava, com especial interesse, a touca com estampa de rabanetes.

Caminhei em direção ao quarto de Rony, para lhe dar uma barra de chocolate da Dedos de Mel e uma caixa de sapos de chocolate, enquanto a Harry, dei um livro de Quadribol.

Faltavam apenas duas pessoas para dar os presentes. Caminhei ao quarto dos gêmeos, com o coração a mil. Bati na porta, e Fred abriu-a, sorridente. Como sabia quem era quem? Eu tinha aprendido a diferenciá-los. Além da atmosfera que Fred naturalmente trazia, George possuía duas pintas no lado direito do pescoço, que ele não tinha.

–Hm... Oi. Eu vim trazer os presentes.

Ele indicou o caminho, e adentrei no quarto. Sorri para George, que estava sentado em uma das camas. Lhe entreguei um envelope com alguns logros da Zonkos, ele me esmagou em um abraço.

–Valeu, Hermione.

Ajeitei os cabelos, rindo, e entreguei o presente de Fred. Ele me abraçou, sem jeito. O pouco do seu toque foi capaz de arrepiar até os cabelos da minha nuca, e espalhar um calor intenso pelo meu corpo. Eu podia sentir seu batimento acelerado contra meu peito, e tinha certeza de que do quarto de Ginny podiam ouvir meu coração, que teimava em se agitar. O ruivo abriu o pacote, e de lá tirou um kit com ferramentas de desenho. Ver seu sorriso me agitou novamente, e mesmo sem querer, sorri junto com ele.

George pigarreou.

–Eu vou... hãn... Escovar os... dentes. E posso demorar.

E com essa frase de efeito extremamente constrangedora, ele saiu do quarto com um sorriso cínico, trancando a porta.

–Ok, isso foi realmente constrangedor.

Nos encaramos e começamos a rir.

–Me desculpe por isso, de verdade.

–Não faz mal.

–Bom, se não se importar, vou estrear esse maravilhoso kit de desenho, dado pela garota mais legal que já conheci.

Senti minhas bochechas ruborizarem, e ele riu. Pegou a prancheta e prendeu uma folha de papel nela. Os traços firmes começaram a dar vida ao que antes era apenas uma folha em branco. Quando a imagem começou a tomar forma ele escondeu-a de mim.

–Ah, qual é, Fred.

Eu ria como nunca havia rido antes.

–Não. Só vai ver quando estiver pronto.

Revirei os olhos e me virei para a estante de livros que daria inveja em qualquer leitor.

–De quem são?

–George.

–Ele gosta de ler?

Olhei para o ruivo, espantada.

–Gosta. Não imagina o quanto ele sente ciúmes desses livros.

–Meu Deus, isso é tão... Eu.

Ele riu.

–Ok, está pronto.

Fred fez suspense para me mostrar o desenho, e eu arranquei a prancheta da sua mão, rindo. O desenho mostrava uma garota sentada, de olhos fechados. Algumas mechas do cabelo cheio caindo no rosto, e ela vestia uma blusa um tanto grande para seu tamanho, mas não vestia calça alguma.

–Você fica linda dormindo, não é?

Eu não sei o que deu em mim. Sinceramente, acho que fui possuída. Me aproximei de Fred, a ponto de sentir sua respiração quente em meu rosto, e finalmente perceber que estava enganada.

–Não tem cheiro de uva.

Ele me olhou confuso.

–O quê?

–Seu hálito. Não tem cheiro de uva.

Ele abriu a boca para falar, mas deteve-se no caminho. Pude sentir seu hálito quente, com cheiro de chocolate e canela, que me trazia, cada vez, mais para perto. Quando dei por mim, estava em seus braços, meus lábios se movendo suavemente com os seus. Sua língua travando uma guerra com a minha. Segurei seus cabelos ruivos, trazendo-o para mais perto. Ouvi a porta abrir, mas estava muito preocupada tentando entender minha atitude, os arrepios e pequenos choques que percorriam meu corpo.

–Finalmente!

Me separei de Fred, ofegante, em busca de oxigênio, e encarei George, que ria, divertido.


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Notas finais do capítulo

Ah, eu sei que vocês esperaram muito por esse momento. Hoje estou me sentindo boazinha :3