Coincidências - Fremione escrita por Calíope


Capítulo 16
Décimo Sexto


Notas iniciais do capítulo

Dedicando o capítulo à: Representante Weasley, Weasley Yoo Player, Mary Anne e Letícia Palmieri que favoritaram a fic, e principalmente à Mari Weasley que recomendou, divamente e gostosamente



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POV Hermione

Eu fiquei ali, jogada no chão até decidir que devia ir à enfermaria. Me levantei com dificuldade e desci as escadas, lentamente. Atravessei o Salão Comunal usando meu cabelo para tampar o corte que certamente havia em meu lábio. Quando me aproximei da passagem, pude ouvir duas vozes alteradas.

Eu não acredito que você fez isso, Ginny. Pelo que me disse, ela é sua melhor amiga!

–Mas como ela pôde falar da minha família?!

–Olha, ela não tem sangue de barata! Vai me dizer que nunca disse algo sem pensar!

Pude ouvir o silêncio constrangedor pairando entre as duas garotas. Bom, que uma era Ginny, eu não tinha dúvidas, mas a outra voz não me era conhecida.

Ginevra, fugir dos seus problemas não vai adiantar!

Apenas ouvi passos se afastando e o silêncio reinou novamente. Abri a passagem e me deparei com uma garota que nunca havia visto antes. Seus cabelos loiros e levemente anelados, caíam como uma cascata em suas costas. Seus olhos, que eram de um azul celeste, pareciam distantes. O uniforme que usava, não era como o meu. As cores, eram da Ravenclaw.

Ela me olhou e abriu um sorriso.

–Hermione, não? Muito prazer, eu sou Luna.

Ela estendia a mão para mim com uma formalidade que não esperava, nem em meus sonhos, ver na escola. A cumprimentei apertando sua mão.

–O prazer é meu. Desculpe pela indelicadeza mas... Como me conhece?

–Eu sou amiga de Ginny, e quero apenas deixar claro que eu não te julgo pelo que disse sobre... Você sabe.

Assenti. Ela fixou seu olhar em minha boca, e percebi que, nervosa, coloquei o cabelo atrás da orelha, deixando à mostra meu lábio machucado.

–Caramba, isso está feio. Vem, vou te levar à enfermaria.

Ela pegou em minha mão como se me conhecesse há anos. Aquilo me reconfortou, melhorando levemente a sensação de solidão.

Caminhamos em um silêncio, não constrangedor, mas confortável.

Quando chegamos, posso dizer que Madame Pomfrey esperava ver qualquer aluno ali, menos eu.

–Querida, o que aconteceu?

–Eu... Bati numa porta.

Me deu vontade de bater a cabeça na parede, de tão idiota que fui. Luna sufocava uma risada no canto da sala. Madame Promfrey murmurou um feitiço e o corte estava fechado em questão de segundos.

Sorri e agradeci.

Íamos saindo da enfermaria, quando Harry me parou.

–Hermione, nós te procuramos o dia inteiro! Onde estava? Se machucou? Por que estava na enfermaria?

Luna se enfiou na frente e respondeu o que eu, com certeza, não saberia explicar

–Ela estava comigo, mas tropeçou e acabou se machucando levemente. Nada de mais.

Ele suspirou aliviado.

–Bom, Hermione, Harry, eu tenho que ir. Tenho que procurar narguilés.

Assim que ela saiu, Harry me perguntou.

–Procurar o quê?!

–Narguilés.

–E o que é isso?

–Não faço a mínima ideia.

Nos entreolhamos e rimos. Logo Rony apareceu, e a sensação de solidão, desapareceu por completo.

–Caralho, Hermione. Eu e Harry te procuramos por toda a escola.

–Ah, que lindo. Sentiu minha falta?

Ele ficou da cor de seus cabelos, enquanto eu e Harry nos matávamos de rir

–Claro que não! Só estava preocupado, oras!

Caminhamos rindo até a torre da Grifinória.

–Harry, isso me lembra uma coisa. Você já desvendou a pista do ovo?

–An... Bem... Quanto a isso, eu estou quase lá.

–Tem certeza?

–Ei Hermione, dá uma folga pra ele, ainda temos muito tempo para isso.

Revirei os olhos. Rony era a má influência do trio e eu era a boa. Harry era apenas o influenciado.

Harry murmurou a senha e entramos para o Salão Comunal. Subitamente uma ruiva apareceu, quase me derrubando no chão.

–Ei, me desculpe. É que... Eu preciso falar com você.

Quando nos afastamos das pessoas, perguntei, receosa.

–Não vai me bater?

Ela riu.

–Por enquanto não. Ouça, eu quero que me desculpe por tudo. Eu não devia ter te batido nem dito aquilo para você. Eu sei que às vezes agimos sem pensar, e espero que entenda que eu também tenho esses momentos.

Como se Ginny parasse para pensar em algo que irá dizer, acrescentei mentalmente.

–Não se preocupe com isso. Eu mereci.

–Ah, que bom, porque mereceu mesmo.

Ela me abraçou enquanto em meu rosto, brotava um sorriso sincero.

–Ei, então você e Luna viraram amigas?

–Não diria isso, mas ela é bem legal. Apesar de eu não saber o que são narguilés.

–Não se preocupe, ninguém sabe.

Eu ri e ela me acompanhou.

–Ginny, posso te fazer uma pergunta?

–Além dessa? Diga.

–Você viu Vitor por aí?

–Não, por quê?

–É que ele terminou comigo.

–O QUÊ?

–Pois é. Mais tarde eu te explico. Eu também quero saber de outra pessoa...

–Quem?

–Fred. Como ele está?

–Hermione, não se preocupe com meu irmão. Ele está rindo por todos os lados. Ele é um idiota.

–Ele... Ele não se abalou nem um pouco pela nossa discussão?

–Acho que não. Pelo menos ele parece bem. Por que quer saber disso tudo, assim, do nada?

–Sei lá, é só curiosidade.

–Hermione, você não está gostando do meu irmão, está?

–Claro que não, Ginny! Eu acabei de terminar meu namoro com Vitor e já acha que estou apaixonada por outro?

Ela me olhou com desconfiança mas mudou de assunto.


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelo capítulo curto, é que cheguei de viagem agora e to cansada e.e