Hello, Goodbye escrita por Vitor Matheus


Capítulo 9
1x09 - Call Me Maybe


Notas iniciais do capítulo

Enfim, leiam as notas finais. É importante :D

Aproveitem e boa leitura! A propósito, ouçam a música "Call Me Maybe" enquanto leem o capítulo. Facilita muitíssimo!



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POV Artie

Confesso que depois de todas aquelas reclamações que Finn Hudson fez antes de se demitir do meu filme foram bombásticas pra mim de início. Mas refleti, pensei e realmente tinha que dar a razão pra ele. O filme estava uma droga. Uma história completamente sem sentido, com falas pouco profissionais e outros problemas que nem merecem ser citados de tão ruim que são.

A verdade é que a partir daquele momento resolvi mudar. Mudar o filme, mudar minha vida e mudar todas as perspectivas sobre esse teatro enorme e realista chamado “vida”. Passei os cuidados do roteiro para o Finn, pois ele realmente merece reescrever do jeito que quer. E até pensei em arranjar alguém para amar. Estou precisando (e como estou precisando) ser feliz com alguém.

Bom, até descobri que a Kitty Wilde está gostando de mim, o que significa que eu não sou tão abominável assim. Como a Rachel já tinha seus próprios problemas (ou seja, Santana Lopez), Finn decidiu me ajudar nisso. Assim que terminamos aquele papo em trio, ele saiu correndo comigo pelos corredores à procura de Kitty. Não resisti e perguntei:

– Pra quê você quer falar com ela agora? Nem eu sei se gosto dela mesmo!

– Mas eu tenho certeza que um dia você vai se apaixonar, cedo ou tarde. - Ele parou de correr e voltou a falar, se dirigindo à minha frente. - Talvez vocês possam ter uma primeira conversa. Lembre-se: comece com um “oi, tudo bem” na hora. Sabe fazer isso, não é?

– É difícil, mas não impossível. Acho que consigo.

– Certo. E depois fale da sua incrível mudança. Ela vai perceber que você mudou seu comportamento e tal. E só no final dê seu número de telefone. - Finn girou 360º e encontrou Kitty saindo de seu camarim com uma bolsa nas costas. Ele então me puxou pelo braço, e chegamos até ela em menos de 10 segundos. Antes de se virar e me deixar sozinho com ela, ele sussurrou: - É a sua vez. Você consegue.

– Tá... - Eu afirmei, e estava claro que eu sentia medo só pela voz. Assim que a vi, forcei um sorriso alegre e segui os passos de Finn.

– Oi, diretor Artie.

– O-oi, tudo bem? - Gaguejei de início. - E por favor, me chame só de 'Artie'. Me sinto mais à vontade.

– Nossa, cadê aquele diretor marrento que todos nós conhecíamos?

– Sumiu quando o verdadeiro Artie Abrams acordou pra vida e percebeu o quão marrento era.

– Jura?

– Resolvi mudar. O filme, as minhas perspectivas sobre a vida, enfim... Me sinto muito mais leve.

– E isso é bom! Quando uma pessoa muda, praticamente estampa na cara a frase “Eu mudei, algum problema?”!

Não pude me conter e soltei uma risada. Ela riu junto, e 5 segundos depois eu jurava estar tendo um ataque cardíaco de tanto rir. E depois que ficamos sérios, aconteceu o que eu menos esperava: me apaixonei pela Kitty Wilde. Bom, já que segundo pesquisas levam 0,2 segundos para se apaixonar, então eu já havia feito isso. Fiquei ali, parado, observando ela até que a mesma colocou sua mão fria na minha testa.

– Você tá bem, Artie? Teve uma paralisia cerebral pra ficar parado na minha frente?

– Ah, não, eu tô bem. Obrigado por perguntar. - Me desliguei do “Modo Viagem” e voltei à Terra em questão de segundos.

E como o Finn sugeriu, fiz o que tinha que ser feito. Peguei uma folha de papel do meu bolso, uma caneta do meu outro bolso, anotei meu número e entreguei à Kitty.

– O que é isso, Artie?

– Meu número. Me liga, talvez.

– Então você mudou de verdade.

– Se ainda não acredita, não precisa ligar, Kitty.

– Verei o que posso fazer, Artie. - Ela arqueou as sobrancelhas e abriu um leve sorriso. - Então, até mais.

– Até mais.

Saí daquele papo saltitando por dentro. Assim, por qual motivo eu falei “saltitando”? Quem fala essa palavra hoje em dia? Consequências do amor...

POV Rachel

– É o seguinte: você tem que seguir à risca todos os conselhos que eu lhe dei, a não ser que queira ver o Jake passando por aquela porta sem te dar o número dele. Tá me entendendo, Santana? Ou ao menos me ouve?

Lá estava eu, batendo um papo secreto com a Santana no mesmo corredor onde Jake Puckerman estava, pronta para bancar o cupido desse futuro casal. Mas eu acho que a latina não tá nem me ouvindo.

– Alô, Terra chamando Santana Lopez!

– Ah, oi, o que estava dizendo? - Ela perguntou, atordoada e se virando pra olhar na minha cara. Daí ela voltou a falar. - Tá, eu vou seguir seus conselhos. Mas só que eu não consigo criar coragem pra ir lá falar um simples “oi” e começar todo o papo, sabe?

– Qual é, amiga! Você tem sangue latino nas veias, tem que ter uma atitude e é agora! Você já conversou tantas vezes com o Jake...

– Sobre a relação de amor e ódio entre Finn e você, né Rachel? Agora terei de falar sobre nós mesmos... - Ela afirmou, pondo as mãos na cabeça em sinal de preocupação.

– Santana, acorda! Você consegue, agora vai lá e manda brasa. - Eu terminei aquela conversa já a empurrando pra cima do Jake.

Deu pra perceber o estado de nervosismo da Santana só olhando seus movimentos bruscos. Batendo a mão na cara, tropeçando no carrinho de café, sapateando enquanto chegava perto dele, enfim... Vai saber o que ela tem dentro daquele coração acelerado, né? Enfim, eu não ia sair de perto nem a pau, então resolvi ficr de tocaia vendo se iria dar certo. E foi nos 45 minutos do segundo tempo que Santana finalmente conseguiu dizer...

– Oi, Jake. - O nervosismo se refletia até na voz dela.

– Oi, Santana! Tudo bem?

– Tudo ótimo, e você? - Ah não, esse papo tá ficando careta demais pro meu gosto.

– Soube que o Artie desistiu do roteiro inicial do filme? - Ela perguntou. Hã? Não foi esse o conselho que dei.

– Soube, sim. A Marley me contou.

– Claro, aquela ali é uma fofoqueira de plantão... - Jake não se segurou e começou a rir. Bom, o fato é que a risada contagiou a Santana, e logo eles pareciam dois doidos no corredor.

– Mas... Você veio até mim só pra dizer isso? - Tô chocada! Será que Jake teria algo a ver com essa paixão também?

– Não... - Ela ajeitou o cabelo atrás da orelha enquanto falava. - É que eu queria saber se...

– Se...

– Se você não queria ir comigo no bairro mais famoso de New York City, quem sabe ver uma peça na Broadway ou algo assim... - Essa é a Santana que eu conheço!

– Pode ser, já que teremos umas férias devido ao novo roteiro. Posso te dar meu número?

– Não precisa, Jake. - Ela tirou um papel do sutiã (também achei estranho, isso não era parte do plano) e entregou a ele. - Esse aqui é o número do meu apê e o do meu celular. Me liga... Talvez.

Não me segurei e tive que fazer uma “dancinha da vitória” no meu canto. Bom, eu fiquei me vangloriando até alguém me agarrar por trás e cobrir meus olhos. De início não dava pra saber quem era, mas logo descobri quando a tal pessoa disse:

– Uma dica: é o louco da sua vida.

– Finn, foi só uma brincadeira. Você não é louco. - Eu disse, tirando suas mãos dos meus olhos e me virando para um selinho. - Só não é normal.

– Ah, então eu venho aqui de boa vontade ver seu plano de cupido e sou recebido com um “você não é normal”? Nossa, que gratificante...

– Para com isso, Hudson. Você sabe que eu te amo. - Concluí, dando início a mais um longo beijo entre nós. Perfeito, como sempre. Após nos separarmos, continuei: - E as coisas com o Artie e a Kitty? Foram bem?

– Não vi todo o papo, só descobri que o Artie sabe dar risada. Milagres da vida. - Finn esbravejou, se limitando a um pequeno sorriso. Lindo, óbvio.

– E por aqui foi tudo perfeito. Acho que o Jake também gosta da Santana.

– Jura? Não percebi até agora...

– Parece que o amor finalmente vai reinar sobre esse estúdio. Eu e você, Artie e Kitty, Ryder e Marley, Santana e Jake...

– Falando nisso... - Ele disse, pegando o celular do bolso e discando o número do Ryder. - Vou ligar pro Ryder. Não o vi mais desde aquela discussão em que eu chorei nos braços dele.

– Me diga que isso não é verdade. - Falei com um sorriso risonho enorme no rosto.

– Foi um momento de fraqueza, tá? Não pensa alto, não, ele tem namorada e eu também...

– Ahã, sei... - Eu disse enquanto cruzava meus braços em seu pescoço.

– Faz um favor pra mim, Rach?

– Claro, amor.

– Procura a Kitty e pergunta o que aconteceu enquanto eu ligo pro Ryder.

– Tá, então. - Concluí, já indo embora, mas ele segurou meu braço antes.

– Te amo, Rachel Berry.

– Vai dizer isso quantas vezes? - Perguntei ironicamente.

– Até que a morte nos separe. - E aí ele me puxou pra um beijo longo e intenso.

Infelizmente fomos interrompidos pela estraga-prazeres da Santana, que parou bem no nosso meio e empurrou nossas cabeças pra longe.

– Até quando ficarei aturando a “Sessão Amor” de vocês?

– Deixa de ser ranzinza, Santana. Ah, e meus parabéns! Soube que vai sair com o Jake. - Finn disse, praticamente gritando pro mundo ouvir, mas não liguei.

– Não é bem sair... - Ela deu ênfase no “bem”. - Só vamos ter um encontro de amigos e tal.

– Ahã, tô sabendo... - Ironizei, dando início a uma longa risada.

– Rachel Berry, é bom correr pela sua vida. - Santana esbravejou.

Entendi o recado na hora e saí correndo atrás da Kitty, como Finn pediu; enquanto salvava a minha pele das garras de uma furiosa Santana Lopez.

POV Ryder

Marley já tinha ido embora da minha casa de táxi quando Finn me ligou.

– E aí, Ryder? Você sumiu!

– É, tive um encontro casual com a Marley aqui em casa.

– Então agora são oficialmente namorados? - Ele disse, já sabendo que eu a pediria em namoro.

– Ela aceitou. Acho que eu devia estar alegre agora.

– E tem de estar! Aliás, o amor reina aqui no estúdio também. Você perdeu a mudança de hábito do Artie Abrams. Ele até deu o número dele pra Kitty Wilde!

– Cara, como eu queria ter testemunhado isso.

– E parece que Santana e Jake vão ter seu primeiro encontro.

– Oi, oi, oi? - Repeti isso três vezes, não acreditando no que havia acabado de ouvir.

– Pois é! Tô te dizendo, dias melhores virão...

– Acredito em você desta vez, Finn.

– Ah, e outra coisa: como eu terei de reescrever todo o roteiro do filme, vou dar férias de 20 dias pra todo mundo. Assim cada um irá aproveitar a sua paixão.

– Tá falando da minha vida ou do seu novo rolo com a Rachel?

– Não é um rolo, Ryder. O que importa na minha relação com ela é o amor e mais nada. Agora se me dá licença, preciso desligar.

– Tá, então nos falamos depois!

– Até mais! - E então desliguei o telefone.

Se o Finn realmente estiver certo quanto à nova fase das nossas vidas, com certeza dias melhores virão por aí.


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Notas finais do capítulo

Bom, o que eu queria dizer é que depois do próximo capítulo a fanfic entrará em um breve hiatus. Porquê? Simples, as minhas aulas começaram cedo, e como consequência as provas estão chegando. Inclusive este capítulo foi programado porque é o meu último ano no Ensino Fundamental e eu preciso passar pra ir pro Instituto Federal aqui do meu estado, então é estudo que não acaba mais.

Mas não se preocupem, o próximo capítulo já foi escrito e vou programar a postagem, inclusive!