Hello, Goodbye escrita por Vitor Matheus


Capítulo 5
1x05 - Some Nights


Notas iniciais do capítulo

Aposto que vocês estão bem doidos pra saber sobre Ryder & Marley - e claro, como vão as coisas com Finn e Rachel.

Mas tenham muita calma nessa hora. Hoje tem um capítulo cheio de emoções e surpresas. (P.S.: Hoje tem Finchel! ALELUIA!)

Aproveitem e boa leitura :) A propósito, escutem a canção "Some Nights" na versão de Glee enquanto lê o capítulo. Vai ajudar na compreensão!



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POV Marley

Eu já estava quase entrando no elevador quando Ryder puxou meu braço. Ele parecia assustado até com a própria ação, então tudo que fiz foi perguntar:

– Porque você fez isso, Ryder?

– Só quero que você saiba que... Eu te amo e sempre te amei. Desde que eu me entendo por gente. Espero que sejamos felizes em tudo que fizermos... Como nisso. - Ryder me puxou mais ainda, e já estávamos colados um ao outro. Eu já tinha noção do que ele queria fazer, e eu simplesmente deixei. Pude sentir sua respiração bem próxima de mim, e aí... Bom, aí aconteceu o que eu já sabia. Nos beijamos. Não impedi, porque eu sabia que aquilo uma hora aconteceria. Mas foi tão bom, sabe... O melhor da minha vida. Intenso, apaixonante... Com certeza. Nos beijamos até o ar se fazer necessário, e então nos separamos.

– Bom... - Eu iria começar a dizer algo formulado na minha mente, e ele me interrompeu.

– Acho que eu te devo desculpas por isso. - Ryder pediu desculpas. Desnecessárias, claro.

– Não precisa, Ryder. Eu também quis.

– Sério? - Ele parecia animado de cara, mas aí ficou sério. - Quer dizer, mesmo?

– É. Bom... - me toquei de que estava tarde e eu precisava acordar cedo no dia seguinte. - Eu preciso ir. Está tarde, sabe, e eu não quero levar um puxão de orelha do Artie.

– Ah, claro. Até amanhã, Marley. - Ryder se despediu e eu fui caminhando até o elevador novamente.

Fiquei pensando naquele beijo. Será que mais uma vez era o destino preparando meu futuro? E, por incrível que pareça, com o Ryder? Pensei muito nisso, e quando o elevador parou no térreo, corri para alcançar um táxi que estava quase indo embora. Consegui entrar no mesmo, cheguei no meu apartamento e me joguei na cama. Fiquei martelando aquelas palavras que ele disse, antes de me beijar.

“Só quero que você saiba que eu te amo e sempre te amei”. “Espero que sejamos felizes...”

POV Finn

Eu me senti na obrigação de pedir desculpas à Rachel. Até porque eu que comecei tudo, eu errei as falas de propósito – só não admiti a ninguém ainda. Então, antes que ela fosse embora naquela hora, criei coragem e disse todas aquelas palavras que fazem parte de um breve clichê para que nossas diferenças fossem, ao menos, amenizadas. E consegui. Entreguei a caixa de chocolates para ela, e em seguida levei a Marley pro encontro dela com o Ryder. Falando nisso, como será que foi o encontro desses dois? Sempre pensei que aquele relacionamento tinha tudo pra dar certo, apoio muito esse casal.

Voltando à minha vida real, cheguei no estúdio em plena quarta-feira para gravar minhas cenas normalmente. Evitei qualquer contato com a Rachel, mas era inevitável. Sempre que eu a via, ou vice-versa, sempre disse um breve “Oi, tudo bem?” e ela respondia o mesmo. Cooperei em tudo, não errei nada justamente para não ser demitido e nem pra deixar de ver a Rachel. Espera, o que foi que eu disse agora? Pensamentos embaralhados... Nem me liguei que o diretor Artie estava me chamando.

– Alô? Finn Hudson, preciso que você volte de Nárnia agora. Dá pra ser ou tá difícil?

– Ah, oi. Só estava pensando alto. Algum problema?

– Aquela briga que você teve com a Rachel Berry não pegou muito bem na imprensa. Então eu preciso que vocês façam uma atuação para os flashes.

– Pra ser franco, não sei aonde você quer chegar.

– Preciso que vocês saiam juntos. Tipo, podem fazer compras, ir ao cinema...

– Como melhores amigos? - Deduzi de cara. Descobri o resto do plano em 1 segundo.

– Tipo isso. Será que você pode dizer isso pra Berry?

– Posso, sim. Se eu conseguir te aviso. - Brinquei, já sabendo do temperamento complicado da atriz.

– Então, até amanhã! - Artie se despediu e logo eu fui direto ao camarim da Rachel. Não estava trancado, então ela ainda estava lá. Abri a porta, e depois bati (costume feio que eu tenho de fazer isso).

– Senhora Berry?

– É “senhorita”, Hudson. - Ela me reconheceu e veio me atender. Pude entrar naquele belo camarim. Todo enfeitado e com uma cama de solteiro ao lado. Vai entender...

– É que o Artie pediu para que a gente faça um favor pra ele.

– Depende. Envolve você?

– Você fala como se eu fosse abominável. E sim, é comigo.

– Então, eu tô fora. - Ela já ia me expulsando dali.

– Não vai deixar nem eu terminar a frase? - Me segurei firme na porta, e depois continuei. - Enfim, ele pediu para nós sermos melhores amigos diante da imprensa. Tipo, teremos de sair juntos.

– Olha aqui, esta seria a última coisa que eu faria na minha vida, e olhe lá!

Rachel Berry não tem jeito. Eu teria de ameaçar.

– É isso ou ser demitida do filme. - Pude ver os olhos dela arregalando, e a cara de surpresa se formando no lindo rosto dela. Vem cá, eu tô falando coisa com coisa hoje? Acho que não.

– Então eu não tenho escolha. Tá livre hoje? - Ela simplesmente disse. Me surpreendeu. Agora é a minha vez de ficar surpreso.

– Já? Pensei que você quisesse me evitar. - Tirei onda de início, mas vi a seriedade naqueles olhos brilhantes (?) e respondi sério. - Só estou livre agora. Gostaria de vir comigo?

– No meu carro. E eu dirijo. Anda logo antes que eu me arrependa. - Rachel respondeu, simples assim. Então dei espaço para que ela saísse dali primeiro e logo a segui até o carro.

POV Rachel

Só aceitei aquele convite por causa do Artie. Se foi ele mesmo quem pediu para que nós bancássemos os 'melhores amigos' diante da imprensa, então não tinha como eu recusar. Fomos até o meu carro e depois seguimos até um cinema próximo.

– Tem uma bela diversidade de filmes aqui. Qual você escolhe? - Finn falou ao ver a lista.

– Que tal “Casamento Por Contrato”? Parece legal...

– Não, é muito... romântico. Que tal “O Impossível”? - Ele apontou para um cartaz.

– Não, é muito... dramático.

– Mas é história real, você queria o quê? Comédia? - Irônico, como sempre. Igual a mim.

– Tá, vamos ver esse. - Acabei cedendo, compramos os ingressos e entramos na sala.

O filme já começou com um tsunami. Fiquei com medo no primeiro segundo. Quando apareceu uma cena da perna da mulher, em carne viva, não aguentei e me segurei bem forte nos braços do Finn. Senti logo seus músculos, e apertei cada vez mais. Ainda não entendo o porquê de eu ter feito isso, mas ele parecia não se incomodar.

– Quer ir embora? Parece que você não está gostando do filme.

– Não, tudo bem. Dá pra aguentar.

– Sério? Você está quase decepando meu braço e ainda diz que dá pra aguentar?

– Se eu disse que aguento, eu aguento. Chega de papo.

Depois daquele filme sofrido e quase amedrontador, a primeira coisa que fiz foi ir ao banheiro feminino vomitar no vaso sanitário. Finn ficou me esperando do lado de fora. Quando saí, ele percebeu que eu não estava em condições normais e me abraçou.

– Não precisa, Finn... - Tentei me afastar, mas ele só apertou mais.

– Você precisa, Rachel. Não vai conseguir dormir tão cedo hoje, não é?

– Eu acho que não. E você precisa ir a um hospital, já que eu causei cicatrizes bem feias no seu braço. - Falei, e enquanto caminhávamos rumo à praça de alimentação, ele começou a rir. Olhei pra cara do Finn e ele estava com um sorriso tão torto e engraçado que o riso me contagiou. Logo, estávamos na fila da lanchonete só rindo do nada, e todo mundo olhava pra gente como se fôssemos loucos.

– Vem cá, por que estamos rindo? - Ele tentou parar de rir. Lógico que era impossível.

– Por que você começou a rir, Finn. E aí me contagiou.

– Então se afasta, tô doente. - Só pude rir ainda mais.

Compramos nosso lanche e comemos no carro mesmo. Durante a viagem de volta para o estúdio (já que Finn havia deixado sua motocicleta lá), Finn ficava contando coisas sobre o filme que sempre me deixavam arrepiada em pleno volante. Teve uma vez que eu dei um freio no carro que a cabeça do coitado foi bater no vidro da frente. Hilário. Soltei uma gargalhada que o fez rir ainda mais. Parecia que ele estava bêbado, de tanto rir.

Chegamos no estúdio, desliguei o carro e saí do mesmo junto com Finn.

– Eu pensei que esta seria uma péssima noite. Mas foi legal. Muito legal. - Eu comecei.

– Ah, claro, não foi você que teve seus ossos do braço apertados por uma mão forte!

– Me diga onde estão seus ossos, porque eu só senti músculos aí. - Retruquei.

– Tipo estes, que vão te apertar do mesmo jeito que você fez comigo? - Finn me segurou pelo braço e me apertou. Acho que vou ter de colocar gelo quando voltar pra casa. Sério, ele me apertou demais. E aí ele me puxou pra mais perto.

– Vem cá, por que você fez isso? - Óbvio que eu tinha de perguntar.

– Eu sei que eu não estou bêbado. Estou na minha mais completa sanidade. Mas eu preciso, e muito, fazer isso desde que te vi quando entrei naquela sala de reunião.

E então Finn se aproximou mais de mim e nossos lábios se tocaram pela primeira vez. Claro que não era o meu primeiro beijo, mas parecia ser. Foi tão inédito, intenso, apaixonante, e vindo do Finn era melhor do que tudo... Espera, o que foi que eu acabei de dizer? Não sei. Deixei meus problemas do cérebro de lado e respondi à intenção do Finn. Ele pediu passagem com a língua e euzinha aqui deixei. Ficamos nos beijando por um bom tempo até o bendito ar das nossas vidas se fazer necessário.

– E então, foi bom? - Ele perguntou quando nos separamos.

– Se foi bom, eu não sei. Mas eu quero repetir a dose. - OK, a última frase foi formulada por uma parte oculta do meu cérebro, por que eu nem lembrava disso de primeira.

E de repente já estávamos nos beijando de novo, ali mesmo no estacionamento. Mas tenham calma, não aconteceu nada além do que estão pensando. Foram só beijos. Que futuramente seriam todos os dias, eternos, duradouros e com a mesma intensidade do primeiro.


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Notas finais do capítulo

Admitam, este foi o melhor capítulo até agora :D

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Não percam o próximo capítulo em 24 de Janeiro! :)