Don't be fear of the darkness escrita por ABNiterói


Capítulo 9
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo!
Mil desculpas pela demora, esse capítulo não queria sair... ainda não estou 100% feliz com o final, mas espero que gostem!



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No último capítulo...

Nosso último dia em Hogwarts chegou, e estávamos todos esperando para embarcarmos no expresso. A delegação de Beauxbatons foi a primeira a ir embora depois de terem se despedido. Eu, Harry e Ron estávamos quase indo para uma carruagem quando vi Viktor se aproximando, e ele pediu para falar comigo.

Despedimos-nos em um canto mais isolado, e ele me convidou para visitá-lo durante as férias, o que aceitei prontamente e combinamos como nos encontraríamos. Rocei levemente meus lábios nos seus e sem mais nenhuma palavra voltei para onde os meninos esperavam.

Mais uma vez fizemos a viagem até Londres, imersos em pensamentos sobre o ano que passou, e secretamente desejando que o próximo fosse pelo menos mais tranquilo que esse.

Capitulo 7

POV Hermione Granger

Essas estavam sendo as melhores férias desde que comecei Hogwarts.

Logo que cheguei em casa, Jean fez um interrogatório completo sobre Viktor, e tudo o que aconteceu entre nós. Apesar de inicialmente estar morrendo de vergonha, contei tudo a minha mãe, inclusive os detalhes de cada noite que passamos juntos. Ela perguntou se estávamos namorando, e eu imediatamente neguei. O que eu tinha com Viktor era algo mais... físico. E fora isso ele também era um amigo. Quando contei que ele me convidou para visita-lo durante as férias, Jean rapidamente convenceu Paul a me deixar ir. Ela estava super feliz por mim.

Passei a última semana de julho com Viktor, e posso dizer que aproveitamos muito aquele tempo sozinhos. Viktor estava aproveitando também para descansar, já que voltaria a treinar no mês seguinte, dessa vez se dedicando inteiramente ao quadribol, sem precisar se preocupar com os estudos.

Quando nos despedimos, prometemos manter contato, e quem sabe nos encontraríamos em breve...

Agora, começo de agosto, recebi uma carta da professora McGonagall dizendo que por causa da volta daquele que não deve ser nomeado, professor Dumbledore havia reaberto a Ordem da Fênix, e para minha segurança eu deveria passar o resto das férias com os Weasley na Mansão Black. Ela virá me buscar amanha, já que a casa é protegida pelo feitiço Fidelius, fazendo com que eu não possa chegar lá sozinha por enquanto.

– Mãe, pai – chamo enquanto estou descendo as escadas.

– Na sala, querida! – Ouço a voz de Paul e vou até lá – Está tudo bem Mione?

– Sim, mas ou menos, na verdade – falo ignorando o apelido. Sento e me preparo para finalmente contar a eles o que tem acontecido no mundo mágico. – Preciso contar umas coisinhas a vocês. Lembram que eu contei sobre um bruxo das trevas que aterrorizou o mundo bruxo anos atrás, e que sumiu quando tentou matar meu amigo, o Harry?

– Sim – disseram os dois.

– Bem, ano passado houve o torneio tribruxo, que já falei a vocês, o que eu não disse é que durante a última prova, um dos servos desse bruxo o trouxe de volta.

– Isso significa que ele irá atrás do seu amigo, não? – perguntou meu pai, já entendendo mais ou menos onde eu queria chegar com essa conversa.

– Exatamente. Eu acabei de receber uma carta de Minerva, e ela e o professor Dumbledore acham que por eu ser a melhor amiga do Harry, os Comensais da morte podem tentar vir até aqui. Por esse motivo amanha cedo Minerva virá aqui para me levar até a Ordem, onde estarei mais protegida, e ela também colocará feitiços de proteção ao redor da casa para que nada aconteça a vocês dois, e para que ninguém que vocês não convidem possa entrar aqui.

– Mas você ficará bem? Não seria melhor te transferir para outra escola, para um lugar mais seguro? – Perguntou Jean preocupada.

– Não mãe. Harry é meu melhor amigo. Eu não vou abandona-lo, ainda mais agora que ele precisará de toda ajuda possível.

– Eu só quero que você fique bem.

– Eu sei, e prometo que farei o meu melhor para sair viva da guerra que está vindo. – disse com determinação.

– Talvez esse não seja o melhor momento – disse Paul depois de um breve silêncio –, mas eu e sua mãe temos algo para te contar.

Os dois trocaram um olhar, como se estivessem conversando sem palavras, e Jean acenou, permitindo-o falar.

– Minha filha... você já vai fazer 16 anos. Nunca te contamos isso por que sempre a achamos muito nova. E então descobrimos que você era uma bruxa, e você começou a ir para Hogwarts, e o tempo foi passando... Espero que você não fique brava conosco por mantermos isso de você por tantos anos.

– Não se preocupe pai. Vocês são minha família. Nada pode mudar isso.

Jean sorriu tristemente e apertou a mão de meu pai. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, e esse mistério estava me deixando mais do que curiosa.

– Eu não podia ter filhos – começou minha mãe – foi uma péssima noticia para mim e seu pai quando descobrimos isso. Ficamos abalados. Nós queríamos tanto uma criança...

– Então há 14 anos – continuou Paul – quando eu e sua mãe estávamos voltando a pé do consultório uma noite, nós encontramos uma pequena garotinha perdida nessa rua. Sabíamos que ela não era de nenhum de nossos vizinhos, pois nenhum deles tinha filhos pequenos...

– Nós perguntamos a menininha qual era o seu nome. Hermione ela disse. – Disse Jean delicadamente, e uma lagrima caiu de meus olhos. – Perguntamos então onde seus pais estavam. Ela disse que não sabia. Que ela estava com um amigo de seus pais quando tudo ficou escuro e ele mandou que ela fugisse.

– Te trouxemos para casa – disse meu pai – e no dia seguinte fomos até um cartório, mas você não conseguia lembrar-se de quase nada de sua antiga família. Uma psicóloga disse que era por conta do trauma que você sofreu ao perder seus pais. Procuramos então por registros de nascimento, mas não havia nada sobre uma menina nascida há dois anos chamada Hermione. Como você estava sozinha quando te encontramos, decidimos que você não poderia ter nascido em outra cidade.

– Eles queriam leva-la para um orfanato – passou a dizer Jean – mas eu e seu pai já havíamos conversado, e tínhamos decidido que se não achássemos seus verdadeiros pais, ficaríamos com você. Antes que pudessem preencher os papeis para leva-la, eu disse que não podia ter filhos, e que queríamos adota-la. Não foi difícil conseguir sua guarda. De todo modo, passamos mais um ano tentando achar a sua verdadeira família, mas você era muito pequena, e a cada dia que passava as lembranças iam acabando, até que paramos.

– Isso quer dizer que... que vocês me adotaram... – disse tentando absorver aquela noticia inesperada – Quantos anos eu tinha?

– Dois. Você nos disse o dia de seu aniversário. Isso restringiu ainda mais a busca por seus pais – disse Paul.

– Se não há nenhum registro de nascimento meu, isso quer dizer que meus pais são bruxos. – falei.

– Sim. Foi o que pensamos quando sua professora veio até aqui nos contar sobre seu mundo.

– Porque vocês não contaram a ela? Professora McGonagall poderia ter procurado por minha família no mundo bruxo. – disse um pouco revoltada.

– Por um segundo pensamos em fazê-lo – disse Paul – mas achamos que seria um impacto muito grande se você descobrisse daquela forma, e não tivemos oportunidade de falar a sós com McGonagall. Decidimos então que te contaríamos quando você estivesse um pouco maior, e então você poderia decidir sozinha o que quer fazer.

Mesmo querendo, eu não conseguia sentir raiva de Jean e Paul. Sim, eles deviam ter me contado antes, e sim, eu estava completamente chocada, mas eu não conseguia odia-los por não o terem feito. No fundo eu sabia que eles me amavam, e que fizeram o melhor para mim. Foi então que algo clicou em minha mente.

– Hum... se vocês me acharam quando eu tinha dois anos, o pesadelo que tenho pode realmente ser uma lembrança, não? E eu ter medo do escuro deve ser consequência de algo que aconteceu na noite que vocês me acharam, já que vocês disseram que um amigo dos meus pais me mandou fugir, deve ser porque aconteceu alguma coisa...

– É o que pensamos. – disse minha mãe. – achávamos que você logo superaria esse medo, e os pesadelos ficariam para trás, mas com o passar dos anos, acabamos chegando à conclusão que algo aconteceu naquela noite, algo que te marcou para sempre, por isso esses temores.

– Sim... agora faz um pouco mais de sentido. No pesadelo está escuro, por isso meu medo do escuro; e eu chamo por alguém. Essa pessoa deve ser o amigo dos meus pais. Mas então, no pesadelo, eu sinto que estou sozinha. A pessoa que estava comigo deve ter ativado uma chave de portal, ou usado algum outro meio mágico para me mandar para longe. Foi quando vocês me acharam.

– Isso explica porque você se sentia tão perdida. – disso Paul, e depois de uma pausa, continuou – Seus pesadelos pararam? Sei que você ainda tem medo do escuro, mas desde que você começou a ir para Hogwarts, não me lembro de você acordar durante a noite...

– Pararam mais ou menos... No meu primeiro ano, pedi ao professor de poções para me fazer uma poção chamada sonho sem sonhos. Ela faz com que a pessoa durma tranquilamente, e impede que a mente funcione, produzindo qualquer tipo de sonho ou pesadelo. Desde aquele dia o professor Snape tem enviado para meu quarto em Hogwarts uma dose dessa poção toda a noite, e antes de todas as férias, ele me manda poção suficiente para até eu voltar à escola.

– Acho que precisamos agradecer a esse professor então, por estar cuidando tão bem de nossa menina – disse Paul me fazendo rir incontroladamente. – Qual é a graça?

– Eu estava imaginando a cena... O professor Snape não é muito querido pela maioria dos alunos. Seria extremamente cômico ver você agradecendo-o por cuidar de mim... Ele provavelmente mataria alguém.

Ficamos em silêncio, e encaro meus pais. Eles estão preocupados e um tanto tristes.

Vou até eles e abraço-os.

– Não importa que vocês não sejam meus pais biológicos. Foram vocês que me criaram; vocês que me ensinaram tudo o que sei. Eu amo vocês, e mesmo que eu conheça meus verdadeiros pais, esse sentimento nunca vai mudar, e eu sempre serei sua filha.

– Nós também te amamos Mione. – diz Jean, e ambos beijam minha cabeça – agora vá deitar, você tem que acordar cedo amanha para esperar sua professora.

E assim fiz, dormindo imediatamente após tomar minha poção, sem ter oportunidade alguma de pensar em tudo o que eu havia descoberto.


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