Don't be fear of the darkness escrita por ABNiterói


Capítulo 8
Bônus 1




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AVISO!!!

Como sei que não são todos que leem as notas, estou colocando este aviso aqui, por favor, leiam!

Outro dia recebi um comentário (em outra fic) dizendo que minha estória não tinha sentido e que a Hermione nunca faria algumas coisas que ela fez.

Vamos deixar bem claro que isso aqui é uma fanfiction,ou seja, eu tenho total liberdade para fazer o que eu quiser com os personagens.

Se você for continuar a ler essa estória, saiba de algumas coisas básicas:

1- Não gosto do Ron, então qualquer coisa de ruim pode acontecer com ele sem motivo aparente.

2- Severus será um tanto OOC.

3- A minha Hermione fará escolhas que a Hermione original, de JK Rowling, provavelmente nunca faria - afinal, aqui ela é filha do Lord das Trevas.

Se você for continuar a ler, mantenha isso em mente. Se você espera uma fic onde os integrantes do trio de ouro são melhores amigos, ou que Harry Potter e Albus Dumbledore sairão vivos, pare de ler imediatamente.

Desculpem pelo desabafo, mas esse comentário que recebi me deixou com muita raiva, e espero que a situação não se repita.

Para os que forem continuar a ler, bom capítulo!

Bônus 1

POV Severus Snape

Os primeiros dias foram com certeza os piores. Tanto eu como meu lado Bakant não podíamos quase nos impedir de irmos atrás de nossa companheira. O anel funcionou bem o suficiente para me impedir de definhar até a morte, mas eu sentia sua falta a cada segundo.

Com o tempo, meu Bakant adormeceu. Era como se ele estivesse em um sono profundo, hibernando, apenas a espera de nossa pequena.

Depois de anos de espera, agora eu contava os segundos para rever minha pequena companheira. Fui ao jantar de boas vindas mal contendo minha alegria, mas parece que o destino não gosta de mim, já que quando os primeiranistas chegaram, eu não pude senti-la. Primeiro pensei que fosse o anel/amuleto que me impedia de reconhecê-la, mas conforme todos foram selecionados e seu nome não foi chamado, me desesperei.

Eu não estava errado. Ela completaria 11 anos em alguns dias. Ela deveria estar aqui!

Mil coisas passavam por minha cabeça, e a única que me acalmava era a certeza de que ela estava viva.

Todos no castelo perceberam meu mau humor, que estava consideravelmente pior no decorrer daquele ano. Pensei seriamente em me demitir, mas algo me impediu. Graças a Merlin!

Agora, um ano havia passado, e eu novamente ia em direção ao jantar de boas vindas. Estava quase chegando à porta de entrada dos professores quando aquele cheiro me atingiu com completa força. A fera que hibernava em mim despertou. Seu cheiro estava me deixando alucinado, e o que eu mais queria era correr até ela e prende-la em meus braços, certificando-me que ela estava bem, viva, segura.

Fiz o possível para me controlar, e então esperei ansiosamente para vê-la sendo selecionada. Eu sabia que era ela no segundo que ela sentou naquela banquetinha e o chapéu a selecionou para Griffindor. Griffindor! Mas era impossível não reconhecê-la, ainda mais com aqueles cabelos tão parecidos com os de Bellatrix.

Durante a noite não pude dormir. Nem na primeira noite, nem na seguinte, nem na próxima. A fera em mim queria se libertar. Queria correr até ela e marca-la de uma vez, para que enfim pudéssemos ficar juntos. No fundo eu queria o mesmo, mas sabia que não podia.

Ela – e todos no castelo – acreditava ser uma nascida-trouxa. Eu não podia assusta-la.

Na primeira aula que dei a minha companheira, mal pude esconder o orgulho e a admiração ao vê-la querendo responder as perguntas que eu fazia, e mais tarde preparando a poção muitíssimo bem. Era irritante não poder elogia-la e dizer-lhe como ela era inteligente.

Então uma semana depois ela estava ali. Minha pequena Hermione estava ali, na minha frente, confiando em mim e pedindo a minha ajuda. Assustei-me e fiquei muitíssimo preocupado em saber de seus pesadelos e a intensidade deles, mas feliz por ela confiar em mim, mesmo depois de não ter tratado-a tão bem como eu queria.

O Bakant ronronava de felicidade. Assim que tive um período livre naquele dia, passei a preparar a poção de sonho sem sonhos, acrescentando alguns ingredientes a mais para deixar minha pequena mais tranquila durante a noite.

Maya entregava as poções todas as noites, e certificava-se de que Hermione estava dormindo tranquilamente antes de sair do quarto.

Eu pude ver seu progresso ao passar dos dias. Sua magia se mostrando tão grande e poderosa como a dos pais. Meu único desgosto foi vê-la passara a andar com o Potter e os Weasley, mas infelizmente não havia nada o que fazer.

O fim do ano letivo estava próximo. Eu havia preparado poção o suficiente para seu tempo de férias. Eu não queria que julho chegasse. O Bakant era a favor de a raptarmos, ou então de segui-la e vigia-la durante as férias, mas eu sabia que nada daquilo poderia acontecer.

Então eu fiquei desesperado. Dumbledore pediu que eu fosse até a ala hospitalar, ajudar Pomfrey a cuidar dela, do Potter e do Weasley. Com o passar dos anos, eu havia conquistado completamente a confiança do velho, então ele me contou o que havia acontecido com os três, em sua busca pela pedra filosofal.

Eu estava dividido entre a vontade de dar-lhe um belo castigo por ter se metido onde não devia e corrido perigo desnecessário, e inchado de orgulho por saber que ela havia desvendado minha charada perfeitamente. Ao mesmo tempo estava ressentido por Quirell não ter conseguido completar a sua tarefa e trazer o Lord de volta a vida. Isso mostraria a verdade a todos, então eu não precisaria mais ser o espião, e Hermione saberia a verdade.

As aulas acabaram, e eu vi minha menina ir embora, mas dessa vez eu sabia que ela voltaria.

No ano seguinte, seu segundo ano, eu não podia estar mais preocupado. Apesar de Hermione ser sangue puro, todos acreditavam que ela era trouxa, e apesar do Basilisco não poder mata-la, podia petrifica-la. E foi o que aconteceu.

Antes da minha companheira virar pedra, vi quando ela roubou alguns de meus ingredientes, e Maya contou que ela estava preparando uma poção no banheiro da Murta. Preocupado com o que podia lhe acontecer, fui até lá sem que ninguém percebesse, e de certa forma me surpreendi em ver a poção polissuco sendo preparada perfeitamente. Acompanhei o processo de longe, pronto para interferir a qualquer instante, mas não foi necessário.

Não cheguei a saber para que ela usou a poção, mas suspeito que algo deu errado, já que ela se transformou em uma linda meia-gata.

Enfim. Logo que as mandrágoras de Sprout estavam prontas, preparei o antídoto para os alunos que viraram pedra. Não é preciso dizer que o Bakant quase se jogou em Hermione quando ela acordou...

Mais uma vez Potter impediu que o Lorde das Trevas retornasse. Mais uma vez ela foi embora sem saber a verdade.

Novamente eu estava preocupado. Dessa vez porque aquele velho caduco havia contratado um lobisomem para lecionar. Imediatamente me ofereci para preparar a poção mata-cão, assim eu teria certeza que Lupin não poderia fazer mal a minha pequena companheira. Talvez fosse egoísmo me preocupar tanto com o lobisomem, sendo que eu mesmo abrigava uma fera dentro de mim, mas eu tenho controle sobre o Bakant, e também tenho certeza de que ele nunca machucaria Hermione.

Fiquei orgulhoso quando no começo do ano todos os professores foram informados que a Srta Granger estaria usando um vira-tempo durante o ano para acompanhar todas as matérias. Eu já sabia que ela era inteligente, mas não imaginei que fosse se aventurar em cursar tantas disciplinas novas.

O ano passou relativamente tranquilo. Quando tive que substituir Lupin em uma aula de DCAT no terceiro ano e falei sobre lobisomens, tive certeza que Hermione havia ligado os pontos. Já era final do ano letivo quando senti um medo que não vinha de mim. O anel continuava em meu dedo, mas eu sabia que aquela sensação ruim estava vindo de Hermione.

Deixei que o Bakant tomasse praticamente todo o controle sobre o meu corpo, e ele me levou até a Casa dos Gritos, onde minha menina estava acompanhada por Potter, Weasley, Lupin e Black.

Eu sabia que Black era "inocente", mas isso não mudava em nada minha raiva para com ele, e nós – eu e o Bakant – não gostávamos de vê-lo tão perto de Hermione. Fui estuporado, e quando acordei Lupin havia se transformado. Em um ato impulsivo me joguei na frente da minha pequena, para protegê-la do animal, e felizmente todos saímos inteiros.

Mais tarde Dumbledore disse que Hermione havia usado o vira-tempo para libertar Bicuço e Black da morte. Nem tudo poderia ser perfeito.

Antes dos alunos voltarem para casa, Hermione devolveu o vira-tempo a McGonagall dizendo que já havia mexido muito com o tempo para a vida toda.

O quarto ano então começou, e com ele o torneio tribruxo. Acompanhei de longe sua interação com Krum. Maya me contou que eles eram amigos, e que passavam tempo conversando pelo castelo.

Eu sentia por só vê-la durante as aulas e refeições. Queria poder falar com ela a sós novamente, mas não podia fazer isso sem levantar suspeitas.

Eu não podia manter contato com nenhum Comensal para não levantar suspeita, então era mais difícil saber sobre o Lorde das Trevas, mas eu podia sentir que algo estava mudando. Karkarof foi toda a confirmação que eu precisava.

O baile de inverno chegou. Da mesa dos professores eu a vi entrar nos braços daquele búlgaro. Ela estava linda. Ela não era mais uma criança.

Era torturante como o tempo estava passando rápido desde que a reencontrei. Agora ela já estava com 15 anos. Eu nunca quis que dois anos passassem tão rápido.

Depois de vê-la dançar com o búlgaro, sai do salão. Tão errado quanto possa parecer, eu a desejava. Meu último contato sexual havia sido antes de ver Hermione pela primeira vez, há 15 anos. Não era como se eu desejasse outras mulheres, mas isso apenas aumentava minha vontade de tê-la. Não sei quem estava mais estressado por vê-la com outro homem: eu ou o Bakant.

Tive uma discussão com Karkarof no jardim, e estava quase chegando aos meus aposentos quando senti uma dor totalmente diferente de tudo o que eu já havia sentido. Eu sabia que era Hermione. A pontada de dor passou um segundo depois, e eu não pude sentir mais nada, então deixei de lado qualquer preocupação, mas naquela noite não fui capaz de dormir. Era como se algo dentro de mim tivesse quebrado.

Na manha seguinte tudo havia voltado ao normal. Eu me esforcei ao máximo para não pensar no que havia sentido na noite anterior. Algo me dizia que eu não poderia controlar minha fera se eu soubesse o que causou aquela dor.

Até o fim do torneio, eu pude ver Hermione crescer cada vez mais perto do búlgaro, e uma parte bem grande de mim, torcia para que ele morresse durante torneio, o que infelizmente não aconteceu.

Dessa vez o ano terminou com chave de ouro. Potter não conseguiu impedir que Voldemort retornasse. Eu senti novamente o prazer de minha marca queimando em meu braço esquerdo. E quando o ano terminou, eu tinha certeza que as coisas começariam a acontecer agora, e que logo eu teria minha pequena em meus braços.


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