Don't be fear of the darkness escrita por ABNiterói


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Vocês não imaginam a minha felicidade quando vim postar esse capítulo e vi que recebi uma recomendação! MUITO OBRIGADA a Angel Greek pela primeira recomendação, amei! Esse capitulo é em sua homenagem!
Até as notas finais...



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No último capítulo...

– Tchau Sr e Sra. Granger. Hermione, até Hogwarts – Professora McGonagall estava quase saindo pela porta quando se lembrou de alguma coisa – Hermione, me prometa que não fará nenhuma magia até você entrar em Hogwarts.

– Desculpe professora, mas não vou prometer algo que sei que não vou cumprir – disse sinceramente.

Ela me olhou seria, mas então sorriu.

– Por enquanto o Ministério verá qualquer magia que você fizer como um ato de magia espontânea, mas assim que você pisar em Hogwarts seu rastreador começará a funcionar, e então até completar 17 anos, você só poderá fazer magia dentro da escola. Aproveite o tempo que você tem – ela piscou e antes que eu pudesse responder, ela já tinha ido embora.

E eu não podia estar mais feliz.

Capitulo 5

POV Hermione Granger

Finalmente! Acordei totalmente animada, afinal hoje eu estaria indo para Hogwarts. Depois de um ano inteirinho eu estava prestes a embarcar no Expresso de Hogwarts.

Despedi-me de Jean e Paul com um rápido beijo corri para achar uma cabine vazia no trem. Eu estava completamente ansiosa, e mesmo tendo praticamente decorado todos os meus livros, eu temia não ser inteligente o bastante.

Já estávamos no meio da viajem quando um garoto também do primeiro ano, Neville Longbottom, entrou no meu compartimento perguntando se eu tinha visto seu sapo. Respondi que não, mas fiquei com dó do garoto e resolvi ajuda-lo a procurar pelo bicho. Infelizmente apenas o achamos quando estávamos prestes a entrar no castelo.

Hogwarts era lindo, muito mais que nas imagens animadas dos meus livros, e eu podia ver facilmente esse sendo meu novo lar. Ao entrarmos no salão principal, fiquei abismada com o teto estrelado. Eu precisava aprender esse feitiço para fazer em casa no meu quarto, assim nunca seria totalmente escuro.

Depois de ouvirmos o chapéu seletor cantar, a professora McGonagall passou a chamar os alunos para serem selecionados. Esperei ansiosamente pela minha vez, e quando ouvi meu nome quase corri para o banquinho.

Hum...Que mente mais interessante! – divagou o chapéu em meus pensamentos – Primeiramente eu pensaria em Corvinal, mas não há nada que essa casa possa te ensinar... hum... Quem sabe voltar as suas raízes... sim, Sonserina seria uma ótima escolha...

“O que?” pensei “Eu não posso ir para a Sonserina! Sou nascida trouxa!”

– Ah sim! Eu vejo! Que seja então... GRIFINÓRIA!

Minerva sorriu para mim enquanto tirava o chapéu da minha cabeça, e eu corri para a mesa vermelho e dourado.

Muito mais tarde, quando finalmente terminamos de comer, o monitor, Percy Weasley, nos levou até o nosso salão comunal e eu fui para o quarto que dividiria com Brown, Patil e Perks.

Eu estava completamente feliz com meu dia e achava que nada podia estraga-lo, mas quando eu e as outras meninas nos preparamos para dormir, e eu acendi a minha varinha, as garotas ficaram reclamando da luz até que eu a paguei e consequentemente não pude dormir; na verdade, eu consegui descansar um pouco apenas quando o sol começou a nascer, iluminando o quarto.

Na semana que se passou percebi que eu era a mais inteligente de todos na minha turma, e a única que podia fazer todos os feitiços de primeira. Todos os professores me elogiavam, e eu amava isso. Todos menos o professor Snape.

Severus Snape era, sem sombra de duvida, o melhor professor – não deixe Minerva me ouvir dizendo isso – e o que eu mais queria era receber um elogio dele. As meninas do meu quarto diziam que isso nunca acontecerá, porque eu sou filha de trouxas e grifinória, e Snape sempre protege os sonserinos, mas eu prometi a mim mesma que faria de tudo para impressiona-lo.

Na verdade, tenho essa vontade de fazê-lo orgulhoso de mim por algo que aconteceu na minha primeira aula de poções: quando todos estavam extremamente concentrados em suas poções-base, eu percebi que o professor Snape me encarava profundamente, mas não era com nojo ou ódio, e sim com duvida e algo que eu pensava ser reconhecimento.

Foi esse olhar que aguçou minha vontade de impressiona-lo.

Mas agora, uma semana desde o inicio das aulas já havia passado, uma semana composta pelas piores noites da minha vida. Como as meninas não permitiam que eu acendesse as luzes para dormir, eu passava grande parte da noite em claro, e quando conseguia dormir era inundada por pesadelos, o mesmo pesadelo de sempre: eu na completa escuridão, gritando e chamando por alguém. E o pior era quando eu acordava gritando, fazendo com que as outras garotas acordassem.

Na primeira noite, elas até ficaram preocupadas, mas com a ocorrência frequente de pesadelos e gritos, elas passaram a se irritar comigo. Por esse motivo que nesse momento eu contava os segundos para a aula de poções acabar. Apesar da fama do professor Snape, eu preferia encara-lo a ir para a ala hospitalar.

Quando todos os alunos já haviam saído – o que foi bem rápido depois que Snape nos liberou – fui até a mesa do professor, segurando fortemente a minha bolsa cheia de livros, e esperei que ele mostrasse algum sinal de reconhecimento, o que não aconteceu, então decidi falar.

– Com licença, professor – pedi, mas mesmo assim ele não desviou os olhos dos pergaminhos que lia – O senhor poderia me dar alguns frascos da poção de sonho sem sonhos? Eu estava lendo dobre ela em um livro avançado de poções, e cheguei à conclusão que esta seria a melhor poção para bloquear pesadelos. Sabe, eu tenho tido o mesmo pesadelo todas as noites desde que cheguei aqui... bem, não exatamente só desde que cheguei aqui, mas enfim... – comecei a tagarelar como sempre fazia quando nervosa.

– Já chega! – exclamou Snape finalmente me olhando – Não é da minha conta os pesadelos dos meus alunos, ou se eles não aguentam ficar longe dos pais. Tenho muito que fazer aqui, então saia!

– Desculpe professor. Realmente, não é da sua conta. Mas eu não sairei daqui – ele me encarou, mas como não disse nada resolvi continuar – não até conseguir o que quero. Agora, o senhor não sabe o que é passar toda a sua vida temendo o escuro e tendo pesadelos praticamente toda a noite. Pesadelos esses que parecem mais uma lembrança, mas que seus pais afirmam nunca ter acontecido. Você não sabe o que é gritar desesperadamente por alguém que você não sabe quem é, nem por que você está gritando, mas saber que apenas esse desconhecido pode te ajudar, te salvar. – respirei um pouco já que estava a ponto de gritar – Por favor, professor. A única coisa que te peço é a poção.

Ele olhou dentro dos meus olhos, e eu podia esperar tudo, menos o que veio a seguir.

– Me dê a sua mão esquerda – estranhei tanto o pedido quanto o tom calmo que ele usou ao fazê-lo, mas algo me fez obedecê-lo.

Estendi o braço esquerdo por cima da mesa e senti um arrepio estranho de reconhecimento quando Snape segurou delicadamente minha mão, virando-a com a palma para cima, e traçou a longa e branca cicatriz que sempre tive no meio da mão com o polegar.

– Como você conseguiu essa cicatriz? – perguntou sem soltar minha mão.

– Não lembro. Acho que sempre a tive. É uma das coisas que meus pais não sabem explicar sobre mim.

– E esses pesadelos? O que você vê neles?

– Nada. É tudo escuro. É por isso também que tenho medo do escuro. Nos pesadelos eu não consigo ver nada, mas sei que tem alguém comigo. E eu grito por essa pessoa, mas nunca sei por quem estou chamando. É basicamente isso, mas ver, passar por isso toda a noite, é muito mais horrível que falar.

Seus olhos estavam mais negro do que nunca quando ele soltou a minha mão.

– Porque você não foi até a ala hospitalar? Madame Ponfrey pode te ajudar muito bem.

– Eu sei disso, mas se eu fosse até lá teria que responder muitas perguntas que nem sei a resposta. E também, se tratando de poções, confio muito mais no senhor que em qualquer outra pessoa.

– Ok. Você terá um frasco com a medida necessária da poção de sono sem sonhos todas as noites ao lado da sua cama até seu último dia no seu sétimo ano. Agora vá, ou perderá seu almoço.

POV Severus Snape

Eu não podia estar mais feliz. Desde que a elfa Maya havia aparecido na minha casa há dez anos, dizendo que Hermione estava segura e que eu não devia de modo algum tentar encontra-la até que ela visse a mim, eu esperava esse momento.

Meu consolo quando o velho me ofereceu um emprego como professor foi que se eu ainda não a tivesse reencontrado, eu a veria quando ela viesse para Hogwarts estudar.

Eu a esperei no ano passado, mas quando os primeiros-anos chegaram, não pude sentir nada, e fiquei desapontado e desesperado. Eu sabia que ela estava viva, podia senti-la no fundo de minha alma, mas o anel me impedia de realizar uma conexão mais forte, e eu não podia arriscar tira-lo.

Então quando os alunos chegaram esse ano, a fera que hibernava em mim despertou. Eu sabia que era ela, no segundo que ela sentou naquela banquetinha e o chapéu a selecionou para Griffindor. Griffindor! Mas era impossível não reconhecê-la, ainda mais com aqueles cabelos tão parecidos com os de Bellatrix.

A pior parte foi não poder fazer nada. Não poder demonstrar.

E agora, quando ficamos sozinhos pela primeira vez, eu tive que me controlar. Muito. Tentei ignora-la, mas isso apenas despertou seu gênio que lembrava muito o do lorde das trevas. Quando ela contou sobre sua dor quase não pude impedir que o Bakant tomasse o controle e a agarrasse, tentando consola-la.

Foi um alivio poder enfim segurar sua mão, e quando vi a fina cicatriz formada pelo ritual que criou meu amuleto, qualquer duvida que ainda restasse em mim evaporou. Ela estava ali. Minha pequena Hermione estava ali, na minha frente, confiando em mim e pedindo a minha ajuda.

Fiquei assustado com seu desespero ao descrever o pesadelo que a atormentava, e espiei sua mente, apenas para me deparar com a noite que nos vimos pela última vez. Ela não podia lembrar, afinal era muito pequena e estava muito assustada com tudo, mas eu facilmente reconheci nossos últimos momentos juntos.

Disse que lhe daria a poção e mandei que saísse. Se ela ficasse mais um minuto naquela sala, eu não responderia por meus atos.

– Maya! – chamei a elfa depois de trancar a sala impedindo que qualquer um ouvisse o que se passava lá dentro.

– Senhor Snape! Já faz tanto tempo! Em que Maya pode ajudar? – pediu a criatura.

Da última vez que a vi, anos atrás, ela disse que eu podia chama-la a qualquer momento, mas nunca havia precisado que um elfo até agora.

– Falei com Hermione há pouco.

– Senhorita Hermione? Ela está bem? Como Maya senta falta de seus senhores! – disse a elfa pulando de felicidade. Eu não podia culpa-la. Também estava feliz.

– Sim, ela está bem. Mas preciso que faça algo por mim. Deixarei um frasco de poção separado em meus aposentos toda noite, e você irá leva-lo até o quarto de Hermione. Você pode acha-lo?

– Sim senhor. Maya vai achar.

– Ótimo. Também quero que você mantenha sua atenção em Hermione. Tudo o que acontecer a ela você vai me dizer, mas não deixe que ela a veja, entendeu?

– Sim senhor Snape. Não se preocupar. Maya vai fazer tudo o que o senhor disse.

– Agora vá.

Pop! Ela havia desaparecido, e eu estava muito mais tranquilo. Agora eu poderia garantir que minha Hermione estaria sempre segura.

POV Hermione Granger

Feliz por ter conseguido o que queria, e com o pensamento de que conseguiria dormir essa noite, corri para o Salão Principal, torcendo para conseguir comer rapidamente e passar na biblioteca antes da próxima aula.

Eu tinha pensado que conseguindo dormir sem pesadelos, as meninas voltariam a falar normalmente comigo. Claro que não foi o que aconteceu. Elas já me achavam estranha, e nada mudaria sua opinião.

Vim a Hogwarts pensando que teria diversos amigos, pois todos nós seriamos iguais, mas parecia que eu sempre seria “a estranha” aos olhos dos outros.

Apenas no Halloween foi que ganhei os amigos mais inesperados: Harry Potter e Ron Weasley. E mais inesperado ainda foi termos nos tornado amigos por conta de um trasgo.

Nós três descobrimos que a pedra filosofal estava escondida no castelo, e que alguém estava tentando rouba-la. Os meninos achavam que era o professor Snape, mas para mim poderia ser qualquer um, menos ele. Acabamos descobrindo que Hagrid, o guarda-caça, estava tentando criar um dragão na cabana dele. Por sorte, um dos irmãos de Ron trabalha com dragões, e acabou que amigos dele levaram Norberto. Descobrimos que alguém estava tomando sangue de unicórnio.

No final do ano letivo, eu e os meninos passamos por Fofo, o cão de três cabeças de Hagrid; uma cama de visgo do diabo; uma sala cheia de chaves voadoras, sendo que só uma delas abria a porta; um jogo gigante de xadrez bruxo, onde Ron ficou machucado; um trasgo, que já estava derrotado então apenas passamos direto por ele; e, por fim, um enigma de lógica do professor Snape.

Voltei para levar Ron a enfermaria e avisar alguém sobre o que tinha acontecido enquanto Harry passou para a próxima sala, onde encontrou Quirrell, o verdadeiro ladrão da pedra filosofal, que levava Voldemort na cabeça, escondido por seu turbante.

No final ficamos todos bem, a pedra foi destruída, e Griffindor ganhou a taça das casas pela primeira vez em anos.

Enfim! O primeiro ano passou muito rápido. Agora, no trem de volta para casa, o que eu mais queria era que as férias acabassem logo, assim eu voltaria mais uma vez para Hogwarts.

Depois do longo período de férias, onde eu passei tediosamente revendo a matéria do primeiro ano; estudando a matéria do segundo ano; e lendo alguns livros avançados, eu mal pude conter minha felicidade quando a lista de materiais do segundo ano chegou.

Jean e Paul me levaram ao Beco Diagonal para comprar tudo o que eu precisava, e mais uma vez eles ficaram maravilhados com tudo que a magia podia fazer. Durante as compras, encontramos Harry e os Weasley, e quando estávamos na livraria conhecemos Gilderoy Lockhart. Alem dos livros pedidos para aquele ano, comprei novamente outros livros que achei interessante, e logo voltei para casa com meus pais, esperar até que eu finalmente fosse para Hogwarts novamente.

Não achei Harry e Ron no trem, então passei a viajem até o castelo lendo em uma cabine vazia. Gina, a irmã mais nova de Ron, foi selecionada para Grifinória, como todos os Weasley. No dia seguinte Harry contou que ele e Ron vieram para a escola no carro voador do Sr Weasley, e cobre Dobby, o elfo domestico. Infelizmente eles perderam controle co carro, e caíram no salgueiro lutador, onde Ron quebrou a varinha.

Draco Malfoy me chamou de sangue-ruim, e Ron tentou “defender-me”, mas acabou cuspindo lesmas por um bom tempo. Não que eu me importasse com o xingamento. Aquilo não me atingiu de forma alguma, mas fiquei com pena de Ron. Não deve ser legal ter lesmas saindo por sua boca.

Fomos à festa de aniversario de morte de Sir Nicolas, o fantasma, o que foi uma experiência única e totalmente desagradável.

Então, para a surpresa de todos, fomos atormentados pelo herdeiro de Slytherin que abriu novamente a câmara secreta e passou a petrificar as pessoas. Eu fiz uma poção polissuco perfeita. Queria que o professor Snape pudesse vê-la... impossível que isso não fosse impressiona-lo, mas como eu tive que roubar alguns ingredientes de seu estoque pessoal, nada feito. De todo modo; usei o que pensei ser um fio de cabelo de Millicent, uma sonserina, na minha poção, mas na verdade era pelo de gato. Como a poção polissuco é feita apenas para transformações humanas, tive que ir para a ala hospitalar, e inventar uma estória horrível sobre uma poção que deu errado. Felizmente, Harry e Ron foram mais sortudos, e conseguiram entrar no salão comunal de Slytherin.

Algum tempo depois, quando descobri sobre o basilisco e como ele se locomovia pelos encanamentos, fui petrificada. Só sei que em um momento eu estava na biblioteca e no outro eu acordava meses depois.

Contaram-me então que o herdeiro de Slytherin estava usando Gina para abrir a câmera secreta, e estava sugando sua energia, fazendo com que ela quase morresse. Harry e Ron, milagrosamente, conseguiram resolver o mistério, com ajuda de Hagrid e foram até a câmera, onde Harry derrotou o basilisco coma espada de Griffindor.

Por Merlin, Minerva conseguiu convencer os outros professores que eu não precisava repetir o ano por causa dos meses que passei desacordada. Apenas fiz algumas provas para provar que sabia tudo que os alunos aprendem durante o segundo ano, e o ano escolar terminou novamente, mais rápido do que da última vez.


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Notas finais do capítulo

Os primeiros anos de Hermione serão praticamente os mesmos dos livros, claro com algumas diferenças já que a estoria é do ponto de vista dela. No próximo capitulo vocês lerão sobre o terceiro e o quarto anos... e terão uma surpresinha xD
Agora, uma coisa não tão feliz: Sei que não é desculpa, mas estou completamente cheia de coisas para fazer, o que fará com que eu demore mais para postar. Prometo tentar atualizar até o carnaval, ok?
Ah! Antes que esqueça! A personalidade da Hermione será muito parecida com a Hermione dos livros/filmes por enquanto, pois lembrando, ela foi criada pelos Granger e não lembra de seu passado.
Espero que tenham gostado!
Kisses