Don't be fear of the darkness escrita por ABNiterói


Capítulo 32
Bônus 5


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está o último capítulo bônus dessa fanfic! Obrigada a todos pelo apoio no último capítulo (apesar de eu achar curioso receber mais comentários quando posto um aviso que quando finalmente atualizo com um capítulo hahahah), fico feliz por terem gostado!



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Bônus 5

POV Autora

 

 

Harry Potter não sabia o que havia dado errado. Dumbledore, antes de ser morto pelo traidor Snape, tinha lhe dado uma missão: destruir as Horcruxes de Voldemort. Devia ser algo simples. Devia acabar rápido. Mas então a sabe-tudo Granger – a menina que tinha como única tarefa pensar por ele e Ron – apareceu com a Marca Negra no braço. Ele não conseguia entender como isso tinha acontecido. E, depois disso, tudo foi um desastre após o outro.

Comensais invadiram o casamento de Gui e Fleur (mesmo com as tragédias de poucos dias atrás eles decidiram continuar com a festa, querendo trazer um pouco de luz e felicidade para as trevas que os cercavam) – com certeza ela deu a data e localização – e Harry e Ron tiveram que aparatar rapidamente, quase splinching no caminho, pois cada um pensou em um lugar diferente. Kings foi quem os salvou mais uma vez ao enviar um patrono avisando que o Ministério havia caído – outra coisa que entrava na lista “Culpa da Sabe-Tudo” – e que os Comensais conseguiram desativar as proteções da Toca. No fim, os dois meninos acabaram no Largo Grimmauld, número 12.

A única coisa boa que veio disso foi que Harry descobriu quem era R.A.B e, depois de chamar Monstro (e uma busca por Dunga) ficou sabendo o que aconteceu com o verdadeiro medalhão. Levaram algumas tentativas, mas com a ajuda de Dobby, Harry finalmente conseguiu que o elfo roubasse o medalhão de Umbridge. Só que isso não foi bom por tanto tempo. Nenhum dos dois fazia ideia de como destruir uma Horcrux e nenhum feitiço que tentavam parecia funcionar. Não querendo arriscar deixar a joia solta em algum lugar e ela acabar sumindo – ou sendo roubada –, Harry e Ron começaram a se revezar para usá-la. Logo depois os sussurros começaram.

Quando 1º de setembro chegou, Comensais se revezaram por todo o dia na frente da casa. Infelizmente, naquele mesmo dia a comida havia acabado e Harry teve que sair tentar vender algumas coisas da casa para comprar comida – ele e seu amigo ruivo nunca pensaram que precisariam de dinheiro, então Gringotts ficou longe de seus planos antes da transferência do mais novo.  Apesar de um pouco mais difícil do que ele havia imaginado, Harry conseguiu comida suficiente para alguns dias e mais dinheiro para o futuro. Ele só não pensou que poderia se desequilibrar ao aparatar com tudo isso na mão tão perto da fronteira do feitiço de proteção, fazendo com que os Comensais o vissem e um deles conseguisse agarrar sua jaqueta enquanto ele passava pelo fidelius.

Por fração de segundos Harry não conseguiu correr para dentro da casa, agarrar o amigo, vestir sua capa de invisibilidade e fugir antes que os dois Comensais invadissem a casa. Sem ter para onde ir, Ron decidiu que eles podiam voltar para Toca e pegar a cabana de seu pai, a mesma que os meninos usaram anos antes para acampar durante a copa mundial de quadribol. Não é preciso dizer que ambos quase foram pegos pela segunda vez quando chegaram na Toca, mais uma vez conseguindo fugir segundos antes de serem acertados pelos feitiços que vinham em sua direção – mas com a cabana!

Sem muito o que fazer em seguida, os dois se tornaram fugitivos, revezando vigias para que o outro pudesse dormir e procurando florestas cada vez mais densas, torcendo para que ninguém, trouxa ou bruxo, os achasse. Eles não queriam arriscar chamar nenhum dos elfos com medo que eles pudessem ser rastreados e, assim, em pouco tempo a comida novamente acabou, deixando-os a mercê do que podiam achar na floresta ou pescar nos lagos. Cozinhar não trazia boas memórias à Harry, mas devido a incompetência do Weasley, ele teve que se comprometer a isso também. E os sussurros se tornavam cada vez mais frequentes e sinceros.

Ron não parava de dizer que era tudo culpa de Hermione: se ela não tivesse, por algum motivo que mesmo depois de meses eles não conseguiram descobrir qual, traído eles, eles teriam a herança que Dumbledore deixou para ela e poderiam achar e destruir as Horcruxes de uma vez. Ao contrário, eles estavam presos com um pomo de ouro – e sem vassouras, então nem adiantava tentar jogar quadribol – e um desiluminador que não servia para nada além de acender e apagar as luzes.

Em meados de novembro a cabana foi invadida por uma luz brilhante. Inicialmente os meninos pensaram estar alucinando – com a privação de comida, sono e a mente manipulada pelos sussurros do medalhão, não seria a primeira vez. Felizmente, para eles, a luz se transformou em um patrono transportando a voz de Ginny Weasley “Eu não sei o que vocês estão pensando em fazer, mas façam rápido. A escola está impossível, nós somos torturados quase todo dia e Hermione age como se fosse a rainha, até na mesa dos professores ela está sentando! E semana passada Você-Sabe-Quem em pessoa veio até aqui. Harry, ele estava normal. Mais velho que quando o conheci no diário, mas ainda assim... humano. Enfim. Eu, Luna e Neville conseguimos pegar a espada de Griffindor para você. Estamos servindo semanas de detenção por isso, mas ela está segura com Dobby. Chame ele assim que puder. E não demorem para acabar com o ex-cara de cobra”

Excitado, Harry chamou o elfo na hora e logo ele estava em posse da espada. Demorou apenas um exasperado Ronald tentar atacar o medalhão para eles descobrirem como destruir uma Horcrux. E então os sussurros se foram.

A sensação de vitória não durou. Dias depois, sem mais nada o que fazer além de continuar a fugir pelo país, roubando comida e roupas para sobreviver, o tédio e o medo anteriores voltaram a assombrar Potter e Weasley. Com o mês avançando cada vez mais e então a chegada de dezembro – não que eles tivessem qualquer noção de calendário – o frio passou a perturbá-los, cada vez mais impossibilitando que os dois arriscassem ficar fora da cabana.

Cada dia mais Harry se convencia de que devia ir para Godric’s Hollow. Mesmo não gostando muito da ideia, como não havia mais nada para fazer, Ron concordou. Eles vestiram todas as roupas que possuíam em uma vã tentativa de manter longe o frio e a neve por tanto tempo quanto fosse possível. Chegando no vilarejo, eles foram direto até o cemitério em busca do túmulo dos Potter. Apenas quando estavam saindo de lá foi que perceberam uma senhora que os encarava pelo portão. Estando mais próximo a ela, Harry foi o único a ouvir o sussurro pedindo que ele a acompanhasse, pois Dumbledore havia lhe deixado algo.

Sem um segundo pensamento, Harry avisou a Ron e os dois correram para alcançar a senhora. Ao chegarem na casa – a primeira casa em que os meninos entravam em meses, a casa quente e abafada, com um cheiro estranho, mas ainda assim uma casa – eles se jogaram no sofá próximo a lareira que possuía apenas cinzas antigas e a senhora abriu a boca. A cicatriz na testa de Harry começou a arder. Ao invés do som esperado, algo começou a mover por sua garganta abrindo caminho até que uma cobra gigante começou a deslizar para fora do corpo da mulher e avançar em direção a Harry. O menino de cabelos pretos tropeçou no pé do sofá ao levantar apontando a varinha e começando a lançar feitiços em direção a cobra, mas ela parecia sempre conseguir desviá-los. Ronald, apesar de seu medo inicial, conseguiu se recuperar por tempo suficiente para alcançar a espada amarrada junto com a cabana em suas costas e, com um movimento rápido e preciso – que o surpreendeu mais que qualquer coisa – cortou a cabeça da cobra fora, agarrando o braço de seu amigo e aparatando-os para longe.

Ofegantes, os dois pararam no terreno em frente a Toca sem nem perceberem onde estavam.

— Que merda foi aquela? – perguntou Ronald ainda segurando a espada ensanguentada.

Harry olhou para ele e começou a rir histericamente. – Magia Negra. Mas quem se importa? Você acabou de destruir mais um pedaço da alma de Voldemort!

Percebendo o que havia feito, o ruivo também começou a rir. Nenhum deles ouviu o som de aparatação e os passos. Pelo menos não até serem estuporados.


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Notas finais do capítulo

E é isso por enquanto, pessoal!
O próximo deve demorar um pouquinho mais para ficar pronto, mas assim que possível vou atualizar aqui.
Beijos