Don't be fear of the darkness escrita por ABNiterói


Capítulo 3
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora para postar esse capitulo, mas é realmente muito desanimador ter recebido apenas um comentário no último capitulo, sendo que varias pessoas acompanham a estoria e muitas mais visualizaram a fic.
Obrigada a Caçadora de Sombras pelo review, e espero que as outras pessoas comentem alguma coisa, nem que seja para me xingar por estar reclamando, ou para dizer que a estoria é uma merda.



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No último capitulo...

Bellatrix estava grávida, estava carregando o herdeiro de todo o reinado das trevas. Tom não podia estar mais feliz. Extasiado com a notícia ele tomou os lábios de Bella e penetrou a língua em sua boca, começando um beijo de fogo cheio de amor.

Em segundos o vestido negro de Bella estava no chão, e Tom acariciava seus seios enquanto sua boca torturava o pescoço da mais nova. Entre todo o prazer que nublava sua mente, Bellatrix conseguiu tirar a roupa do marido.

Eles nem sabiam onde estavam. A única coisa que queriam era comemorar a grande noticia, e que modo melhor de fazer isso – para dois ninfomaníacos – do que com sexo?

O último pensamento que passou por ambas as mentes foi que, se os 10 dias da lua de mel passaram tão rápido, os nove meses seguintes seriam os mais lentos de suas vidas.


Capitulo 2

POV Autora

Realmente Bellatrix e Tom Riddle não se enganaram. Os meses seguintes a descoberta da gravidez foram os mais longos de suas vidas.

Os únicos que sabiam sobre o futuro herdeiro das trevas eram os Malfoy – agora parte da família; a medibruxa Camill Cortez – que cuidava de Bellatrix e do bebe; e Severus – responsável por produzir qualquer poção que a futura mamãe precisasse.

Se Tom já temia por Bella quando esta era apenas sua esposa, agora toda proteção era pouca, e quanto menos pessoas soubessem sobre seu filho, mais seguro para eles.

Bellatrix ficou extremamente surpresa e aliviada com o amor que Tom sentia pela criança em seu ventre. Ela sabia que aquele homem, apesar de frio e calculista, era capaz de amar, afinal ele a amava, mas logo que soube que estava grávida Bella temeu que o Lorde não aprovasse. Feliz engano. Aquela seria a criança mais amada e mimada da face da Terra.

A espera agora havia acabado. Bellatrix estava trancada em um quarto com Camill e Narcisa há mais de duas horas em trabalho de parto. Tom esperava ansioso na biblioteca, acompanhado por uma garrafa de whisky de fogo.

Para ele pareceu uma eternidade até que um elfo aparatou a sua frente dizendo que a Sra. Bellatrix havia dado a luz.

Tom subiu as escadas que o levariam até o seu quarto o mais rápido que pode. Ao entrar no quarto, a medibruxa já havia ido, e Narcisa fechava as cortinas para que a irmã pudesse descansar.

No centro da cama de casal, Bellatrix repousava ninando em seus braços a criança recém-nascida.

– Vou procurar Severus para pedir algumas poções fortalecedoras – Narcisa diz indo em direção à porta e deixando a família só.

Assim que a porta fechou-se, Tom sentou ao lado da esposa. Ela sorriu cansada, mas feliz, e entregou-lhe o pequeno embrulho que dormia tranquilamente.

– É uma menina. – sussurrou a mamãe acariciando levemente a cabeça com poucos cabelos da filha.

A felicidade que Tom sentiu ao aninhar a filha era incomparável. O sorriso estampado em seu rosto não sumiria tão cedo.

– Como vamos chamá-la? – ele perguntou o mais baixo que pode, temendo acordar a bebe.

– Eu pensei em Hermione.

– Hermione Black Riddle, a princesa das trevas – disse Tom beijando a cabecinha da filha e em seguida os lábios da esposa.

Quando Hermione completou 10 dias de vida, Bellatrix decidiu que estava na hora da menina conhecer o tio, por isso Tom chamou Lucius, Narcisa e Severus para um almoço em homenagem a filha, que seria realizado durante um ataque dos comensais a uma vila trouxa, de modo que ninguém poderia surpreendê-los e ver a criança.

Os homens bebiam e conversavam na biblioteca aguardando as mulheres que estavam no andar de cima, tentando decidir o que a princesinha deveria vestir.

Severus foi o primeiro a olhar para a entrada da biblioteca, não por ouvir a porta abrindo, mas sim por sentir um cheiro maravilhoso que o enfeitiçou. Ele não via as duas mulheres que traziam a bebe. Seus olhos estavam presos na pequena menina que estava acordada em silêncio nos braços da mãe.

Se não fosse por Lucius, ninguém teria percebido, mas assim que o Malfoy virou em direção à esposa, ele pode ver os olhos do amigo que estavam completamente dilatados e cercados por uma aura vermelha.

– Severus – chamou Lucius preocupado, atraindo a atenção de todos para si, menos a de quem ele queria. Severus não se mexeu, apenas continuou a encarar a pequena que era 19 anos mais nova que ele.

Tom, que havia sentido a preocupação na voz de Lucius, desviou sua atenção para seu servo, e imediatamente percebeu o que estava acontecendo. No segundo seguinte ele estava na frente de seus tesouros, quebrando finalmente o olhar de Severus.

– Maya! – chamou Lord Voldemort, e uma elfa apareceu – Leve Hermione para o quarto e fique com ela até eu chamar.

– Sim My Lord. – disse obediente, recebendo nos bracinhos a bebe. Bellatrix não fazia ideia do que estava acontecendo, mas pelo tom de voz do marido, sabia que não devia discutir.

– Agora Severus, conte-me porque eu nunca soube disso – disse Tom servindo-se de mais uma dose de whisky.

– My Lord? – perguntou Severus ainda tentando entender o que estava lhe aconteceu quando viu a pequena criança – Eu temo não saber sobre o que o senhor está falando.

– Sua herança – disse Lucius percebendo que o amigo ainda não havia chego a conclusão do que lhe aconteceu – seus olhos estavam dilatados e cercados por uma aura vermelha durante o tempo que Hermione ficou na sala.

Finalmente entendendo, Severus largou-se em uma poltrona completamente abismado.

– Você disse que sua herança havia acabado – acusou Lucius ao mesmo tempo em que sua esposa perguntou o que estava acontecendo.

Mesmo sabendo que era algo que ele não podia controlar, Severus temeu a reação de seu mestre, que o encarava esperando uma explicação.

Respondendo a pergunta de Narcisa, Tom disse – Severus é um Bakant.

– O que é um Bakant? Nunca ouvi esse nome – perguntou Bellatrix.

– Os Bakant são os parentes mais próximos das Veelas – começou Severus saindo de seu transe – Ao contrario das Veelas, que enfeitiçam os homens com sua beleza e transformam-se em Harpias, os Bakant têm um nível de poder muito maior que qualquer bruxo e transformam-se em feras aladas, que é como uma pantera negra de quase 1,5 metros de altura com asas de morcego. O motivo de vocês nunca terem ouvido falar sobre os Bakant é porque esta é considerada uma espécie extinta. Até a pouco eu também pensava isso, mas parece que minha herança foi ativada – vendo a expressão de duvida de Bellatrix e Narcisa, Severus esclareceu – A família Prince é a última que se tem registro de possuir a herança Bakant, mas a herança é passada apenas ao primogênito se este for homem. Eu sou o primeiro que se enquadra nesses dois requisitos em gerações, por isso imaginava que a herança havia se extinguido. Vejo que me enganei.

– Então você é uma fera alada? – perguntou Narcisa em duvida.

– Parece que sim.

– E o que isso tem haver com a minha filha? – pediu Bellatrix – Vocês começaram com essa estoria depois que Severus viu minha bebe. O que Hermione tem haver com essa estoria?

– Assim como as Veelas, os Bakant também têm uma companheira, e dependem dela para viver – respondeu Severus simplesmente.

Por um minuto a sala ficou em completo silêncio, até que a fixa caiu e Bellatrix entendeu o que Severus deixou subentendido em sua frase.

– O QUE? A MINHA FILHA NÃO! – gritou Bella raivosamente, apontando a varinha para Severus, que nem se mexeu – Nem sonhe em encostar-se à minha filha Snape. Ela é uma criança! Nem isso! É completamente inocente, e você chega dizendo que ela é sua companheira! NUNCA!

– Calma Bella! – pediu Tom finalmente tirando a varinha das mãos da esposa antes que ela fizesse algum mal a Snape – Você realmente não sabia Severus?

– Não, eu juro My Lord. Depois de tantos anos... eu nunca imaginei...

– O Bakant não vai apenas morrer se não tiver contato com a sua companheira como acontece com as Veelas, ele vai a cada dia perder um pouco de seu poder, definhando até a morte, estou certo? – disse Tom pensando em uma solução.

– Exatamente senhor – respondeu Severus começando a temer ser destino.

– Você pode desenvolver alguma poção, ou qualquer outra coisa que torne possível você viver sem marcar ou tocar minha filha até que ela atinja a maioridade?

– Tenho a impressão de já ter lido algo assim... Se não me engano é um amuleto usado em casos como esse. Vou ter que procurar exatamente o que é e como funciona na biblioteca de casa.

– Se existe algo assim, porque terá que durar apenas até que Hermione atinja a maioridade? Porque não pode ser algo permanente? – perguntou uma Bellatrix completamente estressada.

– Simplesmente por que quando Hermione for de maior, ela e Severus vão se casar.

– TOM RIDDLE! Você está louco? Minha filha acabou de nascer e você já está pensando em casa-la?!

– Uma hora teríamos que começar a escolher um futuro marido, e nunca é cedo demais para começar. Eu digo que Severus é o melhor pretendente que poderíamos achar, não apenas pela pessoa que é, mas também pelo fato de os Bakant serem as criaturas mais protetoras que existem. Hermione crescerá conhecendo Severus; e ele cuidará e protegerá a ela, e quando ela for mais velha, ela não poderá arrumar amante melhor, até que eles se casem e formem sua família. E eu te garanto Bella, que nossa filha não poderá ser mais feliz.

Severus podia facilmente visualizar o destino que seu mestre estava pintando. A fera dentro dele ronronava de prazer com o pensamento, e mesmo estando chocado com a descoberta de outra parte de si, o lado humano dele apreciava muito a ideia, mesmo estando sob o olhar raivoso de sua – provavelmente – futura sogra.

– Ouça o que seu marido está dizendo – disse Lucius tentando amenizar o clima pesado que havia se instalado.

– Você não vai encostar em um fio de cabelo dela até a noite de núpcias – disse Bellatrix a contra gosto.

– Desculpe Bella, mas mesmo o mais inocente dos toques alimentará a fome e o desejo da fera. Ela ainda é uma criança... você não precisa se preocupar tanto, mas quando ela for uma moça... a única coisa que posso fazer é prometer esperar até que ela me procure – respondeu Severus arrancando uma risada seca de Narcisa e olhares desagradáveis de Tom e Bellatrix.

– Prometa ao menos esperar até o casamento para marca-la – pediu Bella derrotada, mas começando a entender que esse seria o futuro mais seguro que ela poderia oferecer a sua filha.

– Prometo fazer o possível.

Hermione já havia completado um mês quando Snape finalmente conseguiu preparar a joia que o permitiria ficar longe de sua companheira sem morrer. Depois daquele primeiro rápido e distante olhar, Severus não viu mais a menina; e ele já se sentia muito mais fraco que o normal. Para sua sorte ele precisava dos dois últimos ingredientes, e para consegui-los ele teria que ver a pequena Riddle.

Chegando a Mansão Riddle, Severus explicou a Voldemort o que precisava, e em minutos ele já estava à frente de um caldeirão, esperando que Bellatrix trouxesse sua filha. Tom apenas observava tudo de um canto, pronto para interferir quando fosse preciso.

– O que você precisa Severus? – pediu Bella apertando a filha que observava tudo em seus braços com curiosidade.

– Primeiro, uma mecha de cabelo.

Bella usou a varinha para cortar delicadamente uma pequena mecha do cabelo castanho de sua bebe, e entregou-o a Snape que guardou os fios dentro de um anel ornado com um camafeu com o escudo da família Prince.

Deixando o anel de lado por um momento, Severus despejou no caldeirão a complicada poção que ele havia terminado há exatas duas horas.

– Me de Hermione – pediu olhando para a bebê que o encarava.

– Nem pensar Snape. Diga-me o que você precisa – falou Bella que ainda não aceitava completamente o fato de que iria perder sua menininha para o Snape.

Severus olhou para Voldemort pedindo sem palavras a sua ajuda.

– Bella, entregue Hermione a Severus. Ele é o único que pode fazer isso sem machuca-la.

Mesmo não querendo, Bella entregou a filha ao pocionista. Já Severus se deleitava por tocar seu bem mais precioso pela primeira vez. Mantendo a pequena segura contra o seu peito, ele voltou até o caldeirão dizendo de forma tranquilizante:

– Olá pequena! Eu estou aqui para protegê-la, ok? Confie em mim carinho, eu nunca seria capaz de feri-la. – E com essas palavras ele cortou a mão esquerda de Hermione, que parecia não estar sentindo a dor do corte.

Tom teve que segurar sua esposa para que esta não atacasse Snape. Os dois viram juntos o sangue de sua filha cair e se misturar com a poção, até que o corte se fechou e Severus levou a menina de volta para os pais, beijando levemente sua testa antes de entrega-la.

– O corte formará uma cicatriz – avisou e voltou à poção, mexendo algumas vezes para então colocar o anel na mistura e começar um longo feitiço sem varinha que fez com que o anel absorvesse todo o conteúdo do caldeirão – Está feito. – disse encaixando o anel em seu dedo e apenas então voltando seu olhar para os três Riddle.

– Deixe-me pedir uma última coisa Severus, e então deixarei que descanse. Sei que esse feitiço roubou grande parte de suas energias.

– O que o senhor quiser.

– Quero fazer um voto perpétuo. Uma segurança a mais para a proteção de minha filha. Bella será nossa avalista.

Severus confirmou. Ele já esperava por isso. Os dois homens uniram as mãos direitas e Bella tocou o ponto de união das mãos com a ponta da varinha.

– Você, Severus Prince Snape, cuidará da minha filha Hermione por toda a sua vida?

– Até o dia de nossas mortes.

Uma fina língua de fogo vivo saiu da varinha e envolveu as mãos.

– E fará todo o passível para protegê-la?

– Farei o impossível se for necessário.

Uma segunda língua, dessa vez de água, saiu da varinha e se juntou a primeira enlaçando as mãos mais uma vez.

– E estará ao seu lado sempre que ela precisar, guiando seu caminho?

– Estarei – jurou Snape e a terceira língua, agora formada pelo ar, se juntou as outras duas selando para sempre o destino daquele homem, mas ele não se importava. Mesmo sem voto algum ele cumpriria aquelas promessas. Era o mínimo que um Bakant podia fazer por sua companheira.


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