Don't be fear of the darkness escrita por ABNiterói


Capítulo 25
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

***LEIA***LEIA***LEIA***
Olá pessoas queridas do meu coração! Como estão sendo os últimos dias de 2014 de vocês?
Não sei se vocês se lembram, mas há algum tempo eu pedi para que vocês escolhesse como vocês queriam que está fic terminasse, e o resultado da votação foi 'ambos os finais'.
Agora começa o 3º Ato de Don't be fear of the darkness, e é onde os finais se dividem.
Aqui vou seguir postando os capítulos em que a Ordem descobre quem a Hermione é; e aqui http://fanfiction.com.br/historia/578648/Dont_be_fear_of_the_darkness_-_3_Ato_II/ está o outro final.
Espero que gostem!



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***LEIA AS NOTAS INICIAIS DO CAPÍTULO***


No último capítulo...

– RIDDLE!

Tudo pareceu estar em câmera lenta. Eu pude ver o raio de luz verde vindo diretamente em minha direção, mas eu estava tão cansada... Meu corpo parecia não responder aos estímulos enviados por meu cérebro. Tudo parecia se mover em câmera lenda, eu não conseguia me mover rápido o suficiente. O pavor tomou conta de mim e eu soube que não havia nada que eu pudesse fazer.

Eu quase pude sentir o feitiço tocar meu peito. Senti meu peito se aquecer, meus olhos se arregalarem e um grito começar a se formar em minha garganta, mas de alguma forma me vi estirada contra o chão a metros de distância. Gritei desesperada, perdida. Com a vista embaçada e o corpo em choque, apenas identifiquei olhos extremamente vermelhos a poucos centímetros de meu rosto. Então o resto de minha consciência se foi e tudo escureceu.

Capítulo 19

POV Hermione Riddle

Se aquilo era morrer, eu estava bem. Mais ou menos. Eu sentia meu corpo cansado e dolorido, e parecia que havia um trem dando voltas dentro de minha cabeça. Eu podia sentir que eu estava deitada sobre algo quente e macio. Imagens do que tinha acontecido passaram por meus olhos como em um filme. Eu estava morta? Eu lembrava-me da maldição vindo em minha direção, mas por algum motivo eu não tinha certeza se ela me acertou ou não. Cheiro de mofo invadiu meu nariz, fazendo-me espirrar.

Parece que eu não morri, ao menos que mortos também tenham alergia. Pensei ao espirrar novamente.

Senti algo se movendo ao meu lado e, assustada, abri os olhos. Tentei me levantar, mas fraca como eu estava, mal consegui me apoiar em meus braços e caí contra o que eu estava deitada. Um arquejo de dor saiu de minha boca, e em um instante um animal estava em cima de mim.

A pouca luz do lugar não era de muita ajuda, permitindo-me apenas identificar o que parecia ser um gato preto gigante de olhos vermelhos respirando pesadamente contra meu corpo. O animal rosnou e medo passou por minha coluna. Ainda com a mente um pouco nublada, tentei me afastar do bicho, mas a tentativa de me mover só serviu para aumentar meu nível de dor. Como se sentisse o pânico que começava a tomar conta de mim, o animal se afastou, permitindo que eu visse suas grandes asas negras. Bakant. Minha mente sussurrou e eu imediatamente me acalmei.

– Sev? – o chamado saiu inconscientemente. Minha voz estava rouca e minha garganta seca.

O Bakant piscou demoradamente e voltou a se aproximar de mim com calma, provavelmente temendo me assustar. Ele esfregou sua cabeça contra meu rosto. Tentei acariciá-lo, mas assim que toquei seu pelo macio ele saltou para longe de mim.

Apesar de minha visão restrita por conta da minha posição, pude assistir enquanto o animal voltava a tomar forma de homem.

Severus aproximou-se de mim sem nenhuma palavra e me ajudou a sentar. Agora eu podia ver que eu estava em um pequeno quarto desconhecido a mim, em uma cama de solteiro macia e cheia de almofadas.

– Júpiter! – Severus chamou e um elfo apareceu ao nosso lado – Traga uma jarra de água e tudo mais que a Srta. Riddle desejar. – o elfo respondeu um “sim, Sr Snape” e Sev virou-se para mim. – Este quarto fica ao lado do meu laboratório. Eu irei buscar algumas poções, se você precisar de algo é só gritar, mas tente não fazer esforço, seu corpo ainda está se recuperando.

Acenei em confirmação e o assisti sair da sala, deixando-me com Júpiter. Pedi que o elfo trouxesse apenas a água e ele me deixou sozinha por um segundo. Nunca senti tanto prazer em beber um copo de água como dessa vez. Minha garganta seca parecia absorver cada gota do liquido. Concentrei-me na tarefa de não derrubar o copo, mas minhas mãos trêmulas não eram de grande ajuda.

Pouco depois Severus voltou dando ordens a outro elfo que aparatou assim que seu mestre terminou de falar.

– A senhorita não foi atingida por nenhum feitiço, apesar daquela maldição da morte ter quase acertado seu peito. Sua dor é proveniente do desgaste físico, por isso quero que você beba essa poção – peguei o frasco que ele me oferecia e bebi o seu conteúdo que quase me fez vomitar, mas na mesma hora me senti melhor. – Esta aqui é para repor suas energias e esta para a dor de cabeça.

Bebi os outros dois frascos que Sev me entregou, sabendo que apesar de necessárias, estas poções eram uma forma de adiar o assunto principal.

Finalmente Severus pediu para que o elfo nos deixasse a sós e se afastou o máximo possível da cama, ficando encostado contra a parede ao lado da porta.

Enfim estávamos sozinhos. Não precisei que ele me explicasse o que estava acontecendo. No momento em que reconheci Severus na forma de seu Bakant, eu soube. Tornou-se óbvio que eu era sua companheira. Olhando para trás eu tentava entender como eu não havia percebido antes. Meu coração batia acelerado com a descoberta, quase saindo de meu peito para se encontrar com seu dono, sua outra metade. E agora eu não sabia se eu estava feliz ou com raiva. Sim, é claro que eu estava feliz, mas nada conseguia tirar de minha mente que Severus e meus pais não me contaram a verdade antes. Ou que eu fui cega o suficiente para não enxergá-la por mim mesma.

From underneath the trees, we watch the sky/ Debaixo das árvores, nós vemos o céu

Confusing stars for satellites/ Confundindo estrelas com satélites

I never dreamed that you'd be mine/ Eu nunca sonhei que você seria minha

But here we are, we're here tonight/ Mas aqui estamos, estamos aqui esta noite

Singing Amen, I'm alive/ Cantando Amém, eu estou vivo

Singing Amen, I'm alive/ Cantando Amém, eu estou vivo

A poucos metros de distância, Sev estava escorado em uma parede, encarando-me. Qualquer um que o conhecesse menos que eu não seria capaz de ver os traços de ansiosidade claros a mim em sua postura, em seu olhar vago. E ele também me conhecia bem para saber que eu estava juntando os pontos.

Parecia incrível como em um segundo todos os meus maiores sonhos se tornaram reais. Todos os anos desejando-o secretamente agora teriam um final feliz. Severus me encarava fixamente, esperando minha reação.

Em um segundo todo o nervosismo e todo o stress que eu estava sentindo desde o ataque há algumas horas tomaram conta de meu corpo. A raiva por ter sido mantida da verdade explodiu, e eu senti meu poder começar a sair de controle.

Se antes eu estava confusa, sem saber o que pensar ou fazer, agora eu tinha certeza do que eu queria, do que eu precisava. Meus olhos estavam travados nos seus. A vontade pulsando por meu corpo. Concentrei todo o poder que tentava escapar de mim até senti-lo correr sobre minha pele, em minhas mãos. Sem hesitar, saí da cama e avancei até Severus. Antes que ele pudesse entender o que eu iria fazer, levantei minha mão, que a essa altura coçava pela quantidade de magia impregnada a ela, e dei-lhe um tapa.

Depois do estalo que repercutiu com o encontro de minha mão com seu rosto, o tempo pareceu parar. Minha mão ardia e eu conseguia ver levemente o vermelho que começava a surgir em sua pele. A raiva e o ódio e a compreensão criavam uma forte aura em torno de nós e preenchiam o quarto. Seus olhos brilhavam vermelhos, o que agora eu podia me lembrar, do livro que Crookshanks achou, que significava que o Bakant lutava por controle.

Eu queria gritar minha raiva, mas um pouco de medo começava a tomar conta de mim. Eu havia batido em Severus Snape. Eu sofreria as consequências.

Eu teria esperado tudo, menos o que aconteceu em seguida.

De alguma forma não era mais o seu, mas sim o meu corpo que estava prensado contra a parede. A última coisa que eu vi foi o brilho avermelhado de seus olhos, então sua boca estava sobre a minha, faminta, e todo o meu fôlego havia sumido, não que eu me importasse. Eu não tinha mais controle de mim e de meu corpo. Eu estava agindo totalmente fora de mim, a intuição e o instinto dominando. Sua boca quente pressionada sobre a minha, sua respiração batendo em meu rosto. Nossas línguas brigando em uma guerra sem fim. Com um impulso minhas pernas estavam entrelaçadas em sua cintura, o desejo de finalmente me unir a Severus cada vez mais forte e impossível de controlar.

– Sev! – ronronei quando nossas bocas se separaram e a dele deslizou por meu pescoço, produzindo um arrepio em meu corpo. Era impossível não sentir a ereção sob sua calça, empurrando contra meu centro. A raiva anterior foi esquecida, totalmente deixada para trás.

If everyone cared and nobody cried/ Se todos se preocupassem e ninguém chorasse

If everyone loved and nobody lied/ Se todos amassem e ninguém mentisse

If everyone shared and swallowed their pride/ Se todos compartilhassem e engolissem o orgulho

We'd see the day when nobody died/ Nós veríamos o dia que ninguém morreria

And I'm singing/ E eu estou cantando

Amen I, I'm alive/ Amém, eu estou vivo

Amen I, I'm alive/ Amém, eu estou vivo

Consegui arrumar concentração o suficiente para, com um feitiço mudo e sem varinha, banir sua camisa. Sentir o calor de sua pele deixou-me ainda mais perdida no que acontecia. Nossas respirações falhas, mãos em todo lugar. Desesperados. Arranhei suas costas em consequência à mordida que recebi na base de meu pescoço e enterrei uma de minhas mãos em seu cabelo, puxando sua boca de volta a minha. Em algum momento minha capa caiu ao chão e seus dedos agora penetravam pelas frestas na cintura de minha calça. Nossos corpos ainda mais próximos. Desejando por mais.

– Se você quiser parar, fale agora. – Sev disse rouco contra meu ouvido – Nós não conseguiremos nos conter se permanecermos tão próximos a ti.

Puxei novamente seu rosto para cima e beijei levemente seus lábios.

– Você não sabe há quanto tempo eu espero por isso. Não vamos parar, não agora.

Severus voltou a me beijar por um momento, dessa vez com um pouco mais de calma e então me ajudou a ficar de pé, separando-se totalmente de meu corpo. Olhei interrogatoriamente para ele.

– Nós merecemos um pouco mais de conforto – ele respondeu e estendeu uma mão, a qual eu aceitei prontamente.

Deixei-me ser guiada enquanto eu me acalmava. Impressionante como a dor, a raiva e o medo de momentos antes haviam sumido apenas com a promessa não dita do que aconteceria em seguida. Talvez as poções também tivessem uma parte nisso...

Aproximei-me tanto quanto eu podia de seu corpo, sendo abraçada de lado enquanto nossas mãos ainda permaneciam unidas.

Chegava a ser surreal vivenciar essa situação. Minha imaginação voava solta, mal prestando atenção a minha volta, apenas criando cenários do que poderia acontecer em breve. Nós andávamos em silêncio, lado a lado, cercados pelo desejo e pela expectativa.

Eu ainda queria ouvir uma explicação, um motivo. Queria ouvir sair por sua boca as palavras que confirmariam o que eu já sabia, mas por agora isso podia esperar.

– Onde estamos? – pedi sem me afastar de seu corpo.

– Minha casa, a Mansão Prince. – apenas aí percebi que o ambiente desconhecido clareava conforme andávamos. Paramos em frente a uma porta de aparência pesada que era ornada com incríveis desenhos antigos. – Te mostrarei o resto amanhã. – entramos no quarto que, resumindo, poderia pertencer à realeza – Agora, tudo o que você precisa fazer é me deixar tirar sua roupa, deitar em nossa cama e aproveitar enquanto eu adoro cada centímetro de você.

– Como você desejar, Severus – respondi novamente ofegante apenas por suas palavras e sentindo o centro de minhas pernas ficar ainda mais úmido em antecipação.

Deixei que Sev aproveitasse de mim como ele queria. Tudo estava acontecendo com calma, ao contrario de nosso beijo no outro quarto. Seus olhos inicialmente estavam presos aos meus. Quando ele percorreu meu tronco com os dedos, levantei meus braços para permitir que ele tirasse minha blusa e meu sutiã.

Ao contrario da minha falta de pudor quando me entreguei a Viktor e a Draco, ao me ver apenas semi vestida em frente a Severus, senti uma vontade incontrolável de me esconder de seu olhar. Levantei meus braços com o intuito de cruzá-los contra meu peito, mas fui impedida por sua mão que os manteve para baixo.

– Não. Deixe-me admirá-la. Você não tem o que esconder de mim.

– Isso não me impede de sentir vergonha. Apenas seu olhar é... – parei corando com minha linha de pensamentos.

– Você não deve sentir vergonha, Carinho. Você ainda não compreende inteiramente o que você significa para mim, mas conversaremos sobre isso mais tarde. Apenas lembre-se que eu te amo Hermione. Amo todas as suas qualidades e todos os seus defeitos. Você é perfeita para mim. O Bakant não te escolheu aleatoriamente minha pequena. Você é nossa vida.

And in the air the fireflies/ E no ar, os vaga-lumes

Our only light in paradise/ Nossa única luz no paraíso

We'll show the world they were wrong/ Nós mostraremos ao mundo que eles estavam errados

And teach them all to sing along/ E ensinaremos a todos eles como cantarem juntos

Singing Amen, I'm alive/ Cantando Amém, eu estou vivo

Singing Amen, I'm alive/ Cantando Amém, eu estou vivo

Não podia ser mais perfeito, mais certo. Ouvi-lo dizer que me ama acabou com todas as minhas duvidas. As consequências, o depois, nada importava. Eu seria sua, ali e para sempre. Enquanto nós estivéssemos juntos, nada mais importava. Nesse momento, o mundo era nosso.

Deixei que meu corpo caísse pesadamente na cama. Eu arfava e estava coberta de suor. Nunca antes eu havia me sentido tão cansada e satisfeita. Precisei de alguns minutos para me recuperar minimamente antes que eu conseguisse virar meu corpo e olhar para Severus, que no momento parecia tão ou mais cansado que eu.

– Vai parecer clichê o que vou dizer, mas nunca me senti tão bem em toda a minha vida.

Sev puxou-me de forma que eu deitasse em cima de seu peito. Eu nunca havia visto seu rosto tão expressivo, tão feliz. Seus olhos ainda estavam dilatados e cercados por vermelho, mostrando que o Bakant estava presente, observando-me.

– Você não é a única a se sentir assim. É bom ter algum alivio depois de 17 anos.

Olhei curiosa perante sua afirmação.

– Eu era um pouco mais velho que você é agora quando te conheci. Antes, quando estava em Hogwarts, eu e Lucius tivemos nossas aventuras, mas então ele se casou com sua tia. Depois disso a guerra começou a cobrar mais de mim e você nasceu. A partir do momento que te vi pela primeira vez, quando o Bakant despertou, minha vida mudou de rumo, minha única prioridade, minha única vontade passou a ser você.

Corei com a adoração e a intensidade que ele colocava nas palavras.

– Parece que eu tenho 17 anos para recuperar então – afirmei e beijei-o novamente.

– Nós teremos tempo para isso. Você não está cansada? – me afastei voltando a encarar seu rosto.

– Um pouco, mas minha vontade de você é maior. – seus olhos voltaram a ficar vermelhos e ele nos virou ficando por cima de mim. Sev pareceu perdido em seus pensamentos por algum tempo.

– Eu gostaria de poder conversar, te explicar melhor tudo isso antes, mas a cada segundo eu fico mais perto de perder o controle. – Sev voltou a se sentar ao meu lado, suas costas contra a cabeceira da cama, e puxou-me para sentar de frente para si, entre suas pernas, de forma que nossos peitos se encontrassem conforme respirávamos e meus pés ficassem esticados ao lado de seu quadril. Sua mão acariciou meu rosto e penteou meu cabelo. – O que você sabe sobre a marca de um Bakant?

Seu dedo escorregou leve como uma pena até meu seio esquerdo. Senti, hipnotizada, ele esfregar meu mamilo.

– Hermione?

Minha resposta inicial foi um gemido, mas assim que ele ameaçou parar o movimento contra meu peito, forcei-me a lembrar da pergunta que havia sido feita.

– Eu sei que para completar a ligação com sua companheira o Bakant deve deixar sua marca acima do coração dela. Assim eles estarão unidos em corpo, mente e alma. Nada nem ninguém poderá separá-los.

– Exatamente – Sev beijou meu ombro, deixando um rastro molhado até minha orelha. – Você é nossa companheira Carinho. – o dedo em meu seio foi substituído por sua mão, massageando e apertando, voltando a me deixar tão excitada quanto eu estava enquanto transavamos pela primeira vez. – Você nos deixará marcá-la como nossa?

– Por favor! – pedi sem muita consciência do que eu estava fazendo. – Eu quero ser sua Sev. De todas as formas possíveis. Marque-me!

If everyone cared and nobody cried/ Se todos se preocupassem e ninguém chorasse

If everyone loved and nobody lied/ Se todos amassem e ninguém mentisse

If everyone shared and swallowed their pride/ Se todos compartilhassem e engolissem o orgulho

We'd see the day when nobody died/ Nós veríamos o dia que ninguém morreria

If everyone cared and nobody cried/ Se todos se preocupassem e ninguém chorasse

If everyone loved and nobody lied/ Se todos amassem e ninguém mentisse

If everyone shared and swallowed their pride/ Se todos compartilhassem e engolissem o orgulho

We'd see the day when nobody died/ Nós veríamos o dia que ninguém morreria

Nenhuma outra palavra foi necessária. Aproveitando nossa posição e o toque constante e tentador de sua mão em meu peito, aproximei-me ainda mais de Severus deslizando, com sua ajuda, seu eixo para dentro de mim. Deixei que minha cabeça caísse contra seu peito por um minuto enquanto eu apreciava nossa conexão e seu calor pulsante.

Afastei meu rosto, apoiei meus braços em seus ombros, em busca de algum apoio, e comecei a me movimentar, assistindo com atenção enquanto ele entrava e saia de mim.

Quando finalmente encontrei os olhos de Severus pude ver o Bakant dominando-o. Seus olhos estavam completamente dilatados e vermelhos. Sinto uma picada em meu seio: suas mãos se tornaram algo entre o humano e o animal, com garras longas e afiadas que percorrem minha pele deixando um rastro de desejo.

Da melhor maneira que posso, sem que eu tenha que me separar de Sev, mudo de posição, sentando em seu colo, aproximando ainda mais nossos corpos e conseguindo mais impulso para me mover.

Você será minha para sempre, Companheira? – a voz que chega ao meu cérebro é muito parecida com a de Severus, mas ao voltar a encarar seu rosto, sei que foi o Bakant quem falou comigo.

– Sempre! – digo contra seu ouvido, incutindo todos os meus sentimentos na palavra.

Assim que fecho minha boca, um arrepio incrível passa por meu corpo, acendendo-me com ainda mais desejo e satisfação. É impossível não ofegar perante o que estou sentindo. Severus inclina meu corpo para trás, deixando meu peito totalmente exposto em sua linha de alcance. Sua boca desce imediatamente tomando meu mamilo, trazendo-me ainda mais rápido para perto do abismo de prazer ao qual quero me entregar.

– Isso Sev! Por favor!

Perco o contato de sua boca por um milésimo. Não sou capaz de pensar, apenas sinto seus dentes, ou melhor, presas, se enterrarem em minha pele. Eu imediatamente explodo, gritando e chamando seu nome.

Algo sussurra em minha mente que a boca de Severus ainda está lá, sobre meu peito, bebendo meu sangue. De alguma forma, ainda sinto as ondas de prazer assolar meu corpo. Trêmula, consigo levar minha mão até sua cabeça, e o puxo-o para mais perto de mim, desejando que o que eu estou sentindo nunca acabe.

Termina apenas momentos depois, quando sinto Severus se derramar dentro de mim e quando sua boca deixa meu corpo. Nesse momento não tenho força para nada além de fechar meus olhos e cair contra meu amante.

And as we lie beneath the stars/ E enquanto estávamos deitados embaixo das estrelas

We realize how small we are/ Percebemos quão pequenos nós somos

If they could love like you and me/ Se eles pudessem amar como você e eu

Imagine what the world could be/ Imagine o que o mundo poderia ser

Sei que quando acordo não se passou muito tempo. Sinto meu corpo ainda suado, cansado e levemente ofegante. Levanto com o pensamento de achar um banheiro e tomar um longo banho, mas desisto ao ver o Bakant deitado ao meu lado na cama, assistindo meus movimentos.

– Deite Companheira. – escuto sua voz mais uma vez, mas agora resoando dentro de minha cabeça – Você precisa descansar enquanto seu corpo se acostuma com minha presença. Toque sua marca. – minha mão vai automaticamente em direção à marca que agora carrego sobre o peito. É uma pequena cicatriz vermelha e me lembra uma pena. Ao tocá-la é como se eu segurasse um fio que me liga a Severus e ao Bakant. – Sempre que você tocar sua marca eu poderei te achar. Agora deite ao meu lado.

Obedeci. Com a cabeça no travesseiro estendi minha mão até que eu finalmente pudesse tocar o Bakant. Ele se aproximou e deitou ao meu lado, lembrando-me de Crookshanks quando dormia em meu colo.

– É a segunda vez que você me compara com um gato.

– Você pode ouvir meus pensamentos? – desconfio.

– Não seus pensamentos, mas suas emoções. Não é difícil traduzir emoções em imagens, então posso ver o que você está pensando. Durma agora Hermione. Responderemos todas as suas perguntas mais tarde.

Mais uma vez obedeço. Fecho meus olhos e, sentindo o Bakant ao meu lado, deixo-me perder na desconhecida terra dos sonhos. Depois de tantos anos temendo o que eu veria ao fechar os olhos, consigo dormir sem a ajuda de nenhuma poção, e sei que não terei pesadelos, pois com Severus ao meu lado, estou segura.

We'd see the day, we'd see the day/ Nós veríamos o dia, nós veríamos o dia

When nobody died/ Que ninguém morreria

We'd see the day, we'd see the day/ Nós veríamos o dia, nós veríamos o dia

When nobody died/ Que ninguém morreria

We'd see the day when nobody died/ Nós veríamos o dia que ninguém morreria


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu pessoalmente amei a última cena, em que o Bakant fala com Hermione, fofo de mais, não?
Espero encontrar vocês no outro final também!
Kisses e um Feliz Ano Novo!