Don't be fear of the darkness escrita por ABNiterói


Capítulo 10
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Feliz Pascoa! E aqui vai um capítulo novinho de presente!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/449754/chapter/10

No último capítulo...

– Nós também te amamos Mione. – diz Jean, e ambos beijam minha cabeça – agora vá deitar, você tem que acordar cedo amanha para esperar sua professora.

E assim fiz, dormindo imediatamente após tomar minha poção, sem ter oportunidade alguma de pensar em tudo o que eu havia descoberto.

Capítulo 8

POV Hermione Granger

Como de costume, acordei bem cedo no dia seguinte. Enchi a banheira e peguei um livro trouxa para ler. Eu sabia que assim que parasse, meu cérebro começaria a trabalhar em tudo o que descobri ontem, e eu ainda não estava pronta para que isso acontecesse.

Deitada em baixo da água, fiquei lendo até que meu despertador tocasse, anunciando que estava quase na hora de Minerva chegar. Arrumei-me rapidamente aproveitando o calor (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=113258724&.locale=pt-br). Quando desci para tomar café da manha, meus pais já estavam na mesa.

– Bom dia Mione! Como passou a noite? – perguntou Paul beijando minha testa depois que cumprimentei Jean.

– Tranquila na verdade. Dormi logo que deitei, e até agora não tive oportunidade de pensar em tudo o que vocês me contaram, então estou bem.

Não demorou muito, e a professora McGonagall chegou. Ela subiu no meu quarto e encolheu minha mala com as coisas de Hogwarts. Despedi-me rapidamente de meus pais, prometendo que iria lhes mandar cartas.

Minerva me entregou um pedaço de pergaminho onde estava escrito “A sede da Ordem da Fênix encontra-se no largo Grimmauld, número doze, Londres” e então fomos com pó de Flu até a Mansão Black. Depois que a Sra. Weasley fez seu conhecido discurso de “você está muito magra!”, levei minhas coisas para o quarto que dividiria com Gina, e voltei para a sala.

Não imaginava que veria Sirius, e ele se pôs a contar tudo o que tinha acontecido desde a volta daquele que não deve ser nomeado e sobre a Ordem da Fênix. Infelizmente, a Sra. Weasley nos ouviu conversando, e me chamou para ajuda-la com o almoço, impedindo que Sirius me contasse qualquer coisa a mais.

Mais tarde no mesmo dia, fiquei indignada quando soube que Harry não sabia de nada sobre a Ordem, e que estávamos proibidos de enviar-lhe cartas, ou de sair daquela casa. Eu não era a única totalmente entediada. Os gêmeos eram – como sempre – os únicos que conseguiam se divertir naquela casa mal assombrada.

A primeira noticia que tive de Harry não foi das melhores, o Sr Weasley chegou do Ministério uma tarde dizendo que Harry havia sido intimado por usar magia na frente de um trouxa. Algo haver com dementadores, mas mesmo assim fomos impedidos de fazer qualquer coisa. Felizmente Sirius conseguiu convencer Molly a deixa-lo mandar um recado para Harry.

Durante a noite, enquanto todos dormiam, eu fiquei observando o céu. Pela primeira vez eu não queria tomar a poção de sonho sem sonhos, pela primeira vez eu queria entender tudo o que meus pais trouxas haviam me contado.

Decidi sentar-me em frente à lareira da sala para pensar. Nada melhor do que observar o fogo e deixar a mente voar por todos os pensamentos escondidos na mente. Estava prestes a me sentar em um sofá, quando percebi que não estava sozinha. Um vulto estava escorado a parede, vendo a quietude da rua.

– Herms... – a voz de Sirius ecoou pela sala.

– Sirius – respondi hesitante – Desculpe, não imaginei que alguém fosse estar acordado há essa hora... Vou voltar para o quarto...

– Fique – ele disse quando eu estava me virando para sair – Se você está acordada, é porque, como acontece comigo, algo te está perturbando.

– Você está certo. – sorri e me sentei próxima ao fogo. Depois de alguns segundos de silêncio completei – Você sabe que Harry vai ficar bem, não? Quer dizer, ele só pode ter um imã para atrair tantos problemas, mas milagrosamente ele sempre sai vivo.

Ele riu/latiu brevemente, e então se juntou a mim no sofá.

– Você está certa, mas não posso evitar ficar preocupado. Desde que James morreu... Eu sinto como se Harry fosse minha responsabilidade, e não poder ajuda-lo é frustrante.

– Ele vai ficar bem... – era a única coisa que eu poderia dizer.

Senti o calor do fogo, e não pude me impedir de admira-lo. As chamas dançavam levemente agora, baixas e em breve se extinguiriam, mas ainda eram belas. Algumas mechas de meu cabelo caíram sobre meu rosto formando uma leve cortina, mas deixei que elas ficassem lá. Eu estava divagando completamente, sem saber ao certo sobre o que estava pensando, provavelmente tudo e nada ao mesmo tempo, quando senti uma mão de Sirius puxando a mecha de cabelo para longe do meu rosto.

Com o pequeno susto que levei pelo contato inesperado, olhei para cima apenas para encontrar Sirius me encarando. Ele parecia completamente perdido em lembranças e pensamentos.

– Sirius? – Pedi um tanto incomodada com o olhar fixo.

– Você me lembra alguém... – ele disse me pegando completamente desprevenida. – Mas por que você está acordada? Duvido que esteja tão preocupada com meu afilhado...

Sorri sem ter certeza do que responder, mas algo me dizia que eu podia confiar nele, e eu não queria guardar esse segredo de todos.

– Se eu te contar algo, promete que você nunca vai dizer nada sobre isso a ninguém?

Ele inclinou a cabeça para o lado, e levou um braço para trás do pescoço alongando-se.

– Esse será o nosso segredo – ele disse olhando em meus olhos.

Por um segundo, eu não sabia por onde começar, mas quando me dei conta, eu já estava falando tudo, sobre meus pesadelos e meu medo do escuro, sobre quando descobri que era bruxa e o primeiro ano quando pensei que nunca teria amigos e sobre o ano passado, até que enfim disse sobre o que meus pais haviam me contado dias atrás, e eu não ter certeza se era bom ou ruim ser adotada, ou o medo de descobrir quem eram meus verdadeiros pais... Enfim, disse tudo, até o que eu não sabia que me afligia. Quando terminei, ficamos nos encarando. Ele novamente começou a mexer no meu cabelo.

– Como eu disse, você me lembra alguém. Não agora, mas quando eu era mais novo, antes de ir para Hogwarts... o seu cabelo...

– Você acha que poderia ser minha mãe? – pergunto metade temendo a resposta, e metade irritada por ele ter invocado com meu cabelo. – Quem é ela?

– Não sei, talvez. Eu não sei quem ela é. Apenas quando olho para você, é como se já tivesse te visto em outra pessoa, mas não consigo lembrar quem... Pode ser uma impressão, tanto tempo em Azkaban não pode ter me deixado completamente são, mas prometo que se lembrar de qualquer coisa vou te dizer imediatamente.

– Obrigada Sirius. – respondi grata duas vezes, primeiro por não guardar mais aquele segredo, e depois por finalmente ter conseguido encarar toda aquela informação sobre meu passado.

– Mas apenas me esclareça uma coisa: Snape está fazendo poções para você? Assim, tão tranquilamente, sem ameaças nem nada?

Ri de verdade com o comentário, afinal, eu conhecia muito bem o ódio dos marotos por Severus.

– Não fale assim – o defendi inconscientemente – A única vez que falei com ele foi quando pedi a poção, depois daquele dia, não precisei mais me preocupar com isso.

– Tome cuidado Herms... Nunca se sabe o que o seboso pode querer em troca.

– Sirius! – ralhei – Apesar de todo o seu ódio por ele, eu confio completamente em Severus – ele me encarou totalmente estranho, e então completei meio sem jeito – Quer dizer, ele poderia ter feito qualquer coisa com as minhas poções, mas eu estou aqui, não estou?

– Certo – ele disse não totalmente convencido.

Conversamos sobre outros assuntos bem mais tranquilos depois disso, até que eu não aguentava mais permanecer em pé. Despedi-me de Sirius e subi arrastando os pés escada a cima, tomei minha poção, e praticamente desmaiei em seguida.

Eu estava completamente ansiosa, já que Harry chegaria a qualquer minuto. Eu e Ron estávamos presos em um quarto para não ouvirmos nada da reunião da Ordem. Quando a porta finalmente se abriu e Harry passou por ela, praticamente me joguei em cima dele. Eu estava super preocupada com ele, e pensei que ele estaria aliviado por finalmente se encontrar com a gente. Ao contrário. Ele surtou e começou a gritar um monte de besteira, e aquilo me magoou muito. Depois daquele dia, Harry e Ron estavam escondendo algo de mim. Eles não perceberam que eu vi, mas diversas vezes eles ficavam sussurrando coisas e paravam quando eu chagava perto. Às vezes Gina os gêmeos estavam junto.

Como eu sei quando não sou bem vinda, deixei de lado e passei a ajudar a Sra. Weasley em algumas coisas na casa, ou ficava conversando com Sirius que sempre deixava alguma coisa sobre a Ordem ‘escapar’.

A audiência de Harry passou e ele foi inocentado. Poucos dias depois as cartas de Hogwarts chegaram. Eu fiquei extremamente feliz, pois fui nomeada Monitora. Eu e Ron, na verdade. A Sra. Weasley ficou tão feliz que depois de voltar do Beco Diagonal com nossos materiais, fez uma “mini festa” para comemorarmos.

Mandei uma pequena carta aos meus pais contando a novidade, e disse também que não havia contado a ninguém – alem de Sirius – sobre eu ser adotada, e que contava que eles mantivessem aquele segredo.

Eu havia gostado do Largo Grimmauld numero 12. Era um lugar até que legal, e devia ser muito bonito quando arrumado e cuidado. Certo dia, passei algumas horas analisando a arvore genealógica da família. Eu sempre gostei do aspecto das famílias puro sangue que mantinham suas tradições através dos séculos. Era incrível ver como tudo era tão próximo e fechado. Eu apenas tinha raiva deles manterem muito conhecimento fechado para si. Era um desperdício imaginar as bibliotecas que todas aquelas mansões deviam ter.

A única coisa que não deixaria saudades naquela casa era o retrato da Sra. Black. Ela era completamente irritante gritando sempre que podia coisas como símbolos da desonra, mestiços sórdidos, traidores do próprio sangue, e coisas assim. Estranhamente ela nunca me chamou de sangue-ruim. Vai entender!

Setembro chegou e finalmente embarcamos para escola. Fiquei presa em uma reunião de monitores até depois do meio dia, indignada por Parkinson ter conseguido o cargo também. Quer dizer, eu podia entender o Malfoy, afinal, ele é inteligente, mas Pansy? Essa garota não tem nada na cabeça alem de sexo! Não que isso seja um defeito... ou talvez sim. O fato é que ela é uma puta.

No trem conheci Luna Lovegood. Ela é totalmente estranha, mas sendo filha do editor do O Pasquim, o que mais poderia ser? Chegando a Hogwarts percebemos que Hagrid não estava esperando os alunos do primeiro ano como sempre. A professora Grubbly-Plank estava no lugar dele. Já no salão, Dumbledore anunciou a nova professora de DCAT, Dolores Umbridge... a sapa cor de rosa. Depois do seu discurso uma coisa ficou clara: o Ministério estava interferindo em Hogwarts.

Mal chagamos no salão comunal e Ron e Lilá já estavam se agarrando. Por Merlin! Parecia que eles não se viam há anos! Era grude demais para o meu gosto, e pelo visto o resto dos alunos concordava, pois logo os dois foram puxados para longe um do outro.

Este ano estávamos nos preparando para os N.O.M.s, mas era certo que não conseguiríamos aprender nada em DCAT com aquela bruxa nos ensinando. Na primeira aula ela nos fez dizer “Boa tarde professora Umbridge!” até ela achar que era animado o suficiente, e em seguida nos fez copiar os “Objetivos do Curso” que não incluíam o uso de magia. Ninguém gostava verdadeiramente dela. Os sonserinos fingiam gostar para se manterem fora do radar e ganhar pontos positivos, e era claro que até mesmo o professor Snape não a suportava.

Outra pessoa que estava me dando dor de cabeça era Harry. Toda a escola estava em duvida se ele e Dumbledore estavam dizendo a verdade sobre a volta ‘daquele que não deve ser nomeado’ e da morte de Cedrico. Resumidamente as pessoas irritavam Harry por duvidarem dele, e então ele descontava sua raiva em mim.

Fora isso ainda havia os gêmeos testando suas gemialidades nos alunos mais novos. Como monitora eu tinha que para-los, mas quem disse que isso era possível? Fred, George e Lino estavam infestando a escola com seu comercio ilegal de logros.

Logo Harry ganhou uma detenção de Umbridge, que consistia em escrever não devo contar mentiras com seu próprio sangue. Ele achava que eu não sabia, mas era impossível não ver a cicatriz nas costas de sua mão. Ron conseguiu entrar no time de Quadribol como goleiro. Eu estava feliz por ele, mas isso não mudava nada em minha vida.

Não foi difícil perceber que não aprenderíamos nada com a sapa rosa, então sugeri que Harry desse aulas de DCAT para Ron, eu e mais alguns alunos que estavam interessados. No começo ele relutou bastante, mas no fim acabou em concordar.

Era sexta-feira antes do fim de semana de visita a Hogsmead. Estávamos ansiosos porque amanha nos encontraríamos com os alunos que estavam interessados em participar das aulas. Harry e Ron falavam alguma coisa sobre quadribol ao meu lado na mesa de café da manha enquanto eu lia um livro de história de magia e comia distraidamente.

– Mione – chamou Ron, e quando levantei a cabeça para olhar para ele, ele apontou para o meu lado onde uma grande coruja negra me encarava.

Estava tão concentrada no livro que nem havia percebido o correio chegar, mas estranhei aquela coruja tão diferente ali. Assim que peguei a carta ela piou e voou para fora do salão.

Imediatamente abri a carta, tentando descobrir de quem era, mas não havia nenhuma assinatura e eu não reconheci a letra.

“Hermione,

Realmente não sei como dizer isso, então vou ser direta: fiquei sabendo que durante suas últimas férias você descobriu ser adotada. Imagino que tenha sido um grande choque, e você pode não acreditar em mim, mas eu sou sua mãe.

Você não sabe como sinto por não poder ficar com você quando você era pequena. Eu queria que tudo fosse diferente, mas ocorreram imprevistos... Eu apenas sabia que os Granger te encontrariam naquela noite, e que eles cuidariam de você como se fosse filha deles.

Posso entender se você tiver muita raiva minha e de seu pai, mas se você estiver disposta a nos conhecer... Encontre-me amanha às 14 horas na Casa dos Gritos.

Apenas peço que vá sozinha. Prometo que apenas eu estarei lá.

Espero muito te ver lá. Com todo o meu amor,

Mamãe”.

– De quem é a carta Mione? – perguntou Harry quando finalmente olhei para cima depois de ler aquelas palavras três vezes.

– Minha mãe. – Respondi inconscientemente, mas por sorte os meninos não perguntaram mais nada.

Guardei a carta dentro do livro, e segui para a primeira aula, deixando os dois para trás. Eu não conseguia acreditar. Minha mãe havia me escrito. Minha verdadeira mãe! Mas uma duvida me bateu... como ela soube que apenas nessas férias eu descobri ser adotada? As únicas pessoas que sabiam eram meus pais trouxas e Sirius, mas se qualquer um deles tivesse descoberto que meus verdadeiros pais são, eles teriam me avisado antes.

Mais uma vez eu estava completamente distraída. Não percebi que cheguei à sala de poções até que bati contra uma das carteiras. Com o barulho alto que se formou, senti os olhos do professor Snape em mim antes de sentir a dor pela pancada. Com o rosto totalmente vermelho de vergonha, olhei para baixo e segui até meu lugar habitual.

– Está tudo bem? – Severus perguntou. Eu olhei para os lados, tendo certeza de que estávamos sozinhos antes de entender que a pergunta era direcionada a mim.

– Sim, eu... – então uma vontade absurda de contar tudo a ele me dominou. Eu queria mostrar-lhe a carta e perguntar se ele achava seguro ir encontrar aquela mulher que dizia ser minha mãe. Sacudi a cabeça tentando espantar aquela ideia maluca. Aquele era Severus Snape. Ele nunca se importaria comigo. – Eu estou bem – disse finalmente, mas encontrando seus olhos eu pude sentir que ele sabia que eu estava mentindo. – Obrigada professor, – disse antes que pudesse me conter – não apenas por perguntar, mas principalmente pelas poções. Acho que nunca tive a chance de agradecer devidamente, e o senhor não imagina o quanto elas me ajudam todas as noites.

Por um momento pensei que ele fosse dizer algo, mas então vozes começaram a se aproximar. Eu consegui ver o resquício de um sorriso em seu rosto antes dele voltar ao pergaminho que lia, e os outros alunos passaram a entrar na sala.

O dia nunca pareceu tão longo. Eu sabia que era culpa da minha ansiosidade, mas cada minuto parecia levar horas para passar, e o dia se arrastou eternamente.

Quando finalmente deitei em minha cama a noite, eu havia me decidido: eu iria até o encontro com Harry, Ron e os outros alunos, e depois daria uma desculpa para encontrar com a minha mãe.

Fechei os olhos tentando imaginar quem ela seria. Duvidei apenas por um momento da veracidade daquela carta, mas a ideia me parecia tão absurda que rapidamente a apaguei de minha mente. Sirius havia dito que meu cabelo lembrava-lhe de alguém. Será mesmo que era minha mãe? Será que tínhamos alguma coisa em comum? E meu pai? Por que ele não estaria lá com ela? Ele havia morrido? Quem...

Tomei minha poção, mas nem ela foi capaz de me acalmar o suficiente. Cogitei beber mais um frasco, mas se fizesse isso eu sabia que ficaria uma noite sem a poção, então fiz o passível para me acalmar, e finalmente o sono me levou.

Acordei, mas ao contrário da noite anterior, eu não estava ansiosa, e sim nervosa. Eu não sabia o que pensar; o que esperar. Decidi afastar os pensamentos da minha vida pessoal e me concentrar em Harry e seus problemas.

Mesmo tentando não pensar, automaticamente comecei a me arrumar mais do que eu faria normalmente para um passeio ao vilarejo. Olhei no espelho, e gostando do que vi, (http://www.polyvore.com/hogsmead/set?id=115406235) corri para encontrar os meninos.

Chegando a Hogsmead, levei os dois até Cabeça de Javali, onde havia combinado de encontrar os outros. O lugar era mal arrumado e estava cheio de pó, mas ao menos estava praticamente vazio. Pedi três cervejas amanteigadas e então pegamos uma mesa mais afastada. Não demorou muito para as pessoas começarem a chegar. Primeiro vieram Neville, Dino e Lilá – que imediatamente se jogou em Ron. Poucos segundos depois as gêmeas Patil vieram, seguidas por Luna Lovegood, Katie Bell, Alicia Spinnet, Angelina Johnson, os irmãos Creevey, Ernesto Macmillan, Justino Finch-Fletchley, Ana Abbott, Antonio Goldstein, Miguel Corner, Terêncio Boot, Lino, Gina, Fred, George e mais algumas pessoas da Lufa-Lufa e Corvinal.

Ao todo éramos 28 pessoas, e Harry não parecia nem um pouco feliz com tanta gente. No começo todos ficaram meio inseguros com a ideia, e queriam saber sobre Voldemort. Harry meio que surtou, mas então uma menina, Susana, perguntou se era verdade que Harry podia conjurar um Patrono e todos ficaram interessados.

Quando todos concordaram com as aulas, olhei de relance para o relógio que estava em uma das paredes e percebi que já era meio dia. Tentei apressar um pouco as coisas, tentando definir um dia para nos encontrarmos, mas então Angelina falou algo sobre quadribol e todos passaram a concordar que os treinos eram mais importantes que aprender DCAT.

Em seguida Lovegood veio com uma estória besta sobre Fudge ter um exercito de heliopatas, e por um momento eu quis voar no pescoço dela... Enfim decidimos passar uma lista com o nome de todos que estavam lá e participariam das aulas para que assim que decidíssemos a frequência e onde treinaríamos, eu pudesse avisar a todos.

Aos poucos todos deixaram o bar. Por último saímos eu, Harry e Ron. Paramos em uma loja para eu comprar uma pena nova, e depois acompanhei os garotos até o Três Vassouras, pois os dois estavam morrendo de fome. Novidade.

Eu não consegui comer nada. A ansiosidade estava voltando, e eu não podia deixar de encarar o relógio. Quando faltavam cinco minutos para as 14 horas, disse aos meninos que queria ir à livraria. Imediatamente eles falaram para eu ficar a vontade. Combinamos de nos encontrar no castelo. Despedi-me rapidamente e sai do bar andando o mais tranquilo possível.

Parei um momento do lado de fora da Casa dos Gritos. Um instante de duvida bateu em mim, e sem perceber eu peguei minha varinha. Entrei na casa, fechei a porta atrás de mim, e comecei a percorrer os cômodos. Por um momento pensei estar sozinha, mas quando olhei dentro de uma sala, vi a sombra de alguém.

Ela deve ter ouvido meus passos, pois assim que parei do lado de fora da porta, a mulher virou-se para vim e veio em minha direção.

Então eu congelei. Eu havia visto aquele rosto nos jornais. Tremendo, automaticamente apontei minha varinha para ela.

– Bellatrix.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Alguns comentários importantes:
— Nessa fic, a Hermione pode não se dar muito bem com seus pais trouxas, mas isso não significa que ela não os ame e respeite. Na minha visão, ela é racional demais para surtar ao descobrir ser adotada. Ele vai continuar falando e vendo as pessoas que a criaram, apenas terá um casal de pais a mais.
— Resolvi apressar um pouco a parte em que Hermione descobre sobre seus pais, para poder juntar ela e Sev o mais rápido possível. Por isso vocês vão perceber que nos próximos capítulos o tempo vai passar rápido.
— Sei que a fuga em massa de Azkaban só acontece depois do Natal, mas como aqui Bellatrix é casada com o Lord das Trevas, acho que a primeira coisa que ele faria depois de voltar a vida, era tirar sua amada esposa da prisão.
XOXO