–-Como se sente, grego?

–-Um pouco romano demais...

Percy sentava desconfortável no trono de pretor. Não estava acostumado ser proclamado líder, só em simplesmente liderar. Ver todos aqueles semideuses esperando que ele fosse um líder forte, bravo, e guerreiro não o fazia se sentir melhor.

–-Você é filho de Netuno, um dos Três Grandes, deveria estar acostumado a grandeza.—disse Reyna, sentando no trono ao lado.

–-Isso é apenas um titulo.

–-Um titulo que te faz o semideus mais poderoso deste lado dos Estados Unidos, como o de pretor. Não é nada muito diferente.

–-Ok, eu me rendo.

Reyna sorriu, deu um soco de leve no seu ombro e piscou, para que ficasse mais tranquilo:

–-Vai ficar tudo bem, você tem o poder, só falta descobri-lo.

Ele estava vestindo a armadura dos pretores romanos, como a de Reyna, que tinha sido feito sob medida para ele por alguns dos filhos de Vulcano, além de usar a toga roxa de senador. Ele se sentia como um plebeu do lado de uma rainha, que não apenas aceitara, mas também pedira para tê-lo no governo ao seu lado.

–-Eu não sei se tenho este poder, Reyna. Os romanos são dominadores, e não os gregos. Nossa influencia não é desta forma. Nós dominamos com cultura, não a força.

–-Quer algo melhor que um dominador e um influenciador juntos? Seremos imbatíveis! Nem Octavian poderá nós impedir em nossas decisões! Nem com Jason tínhamos tanto poder!

Reyna levantou-se entusiasmada, e foi para frente do trono de Percy, colocando as duas mãos nos braços do trono, debruçando-se sobre Percy, olhando fundo em seus olhos (que não estava tão distantes...).

–-Você pode tudo, Jackson. Você tem poder para fazer qualquer coisa aqui.

Percy teve a impressão novamente de que ela estava deixando aquela frase ter qualquer significado, como se ela estivesse dando a ele o poder sobre ela mesma.

–-Reyna, eu...

–-Calado Jackson.

Reyna o beijou. Beijo forte, profundo, possessivo, no qual Percy não pode evitar corresponder. Coisa que ele também podia fazer, mas que por algum motivo não queria para-la.