Leo estava trancado na sua cabine a muito mais tempo do que conseguia se lembrar. Até a Piper já tinha ido choramingar na sua porta, pedindo para que ele saísse de lá.

Mas Leo não queria sair.

Ele estava construindo um maquina que retirava a imagem da pessoa que você mais amava da sua mente e a reproduzia em um holograma do tamanho real.

Ele queria vê-la de novo.

Leo grudou um monte de ventosas (como as de exames) em sua cabeça e no seu peitoral para ligar a maquina e faze-la funcionar (de forma que não explodisse como...as ultimas trinta e sete).A maquina fez um chiado estranho e estridente (o que Levou Leo a tentar se esconder de novo), mas ao invés de explodir, ele reproduziu a linda imagem da Calipso sorrindo.

Era um holograma perfeito, que faria a Annabeth cair de joelhos, mas mesmo assim não era o suficiente. Não se comparava a Calipso que ele conhecera, com aquele cheiro perfeito de canela, e aquela voz melodiosa, e aquele sorriso que o tirava da razão.

–-Olá.--Leo falou ao holograma

Ela sorriu.

–-Eu já estou trabalhando no sextante. Eu vou voltar para você, Calipso.

Ela sorriu.

–-Penso em você o tempo inteiro.

Ela sorriu.

Leo suspirou, tocando em seus lábios e se lembrando do seu primeiro beijo. Ela não iria se movimentar, não sairia daquela plataforma que ele havia criado. Ela não era, e nunca chegaria aos pés da Calipso que ele conheceu, e por quem tinha se apaixonado.

Leo encaixou um pen drive na maquina (hoje a única coisa que não tem entrada USB são as pessoas, Leo costumava pensar), e salvou a imagem dela. Porem, o semideus estava tão decepcionado que deixou o pen drive quando abriu a porta.

–-Eu te amo, Calipso.

Ela sorriu.

Ele saiu.

Porem a maquina tinha sim um defeito. Leo não sabia, mas tinha configurado a maquina de forma errada. A maquina também lia os desejos profundos das pessoas, e mostrava isso no holograma assim que tivesse terminado esta leitura mais detalhada.

Ela sorriu.

–-Eu também te amo, Leo.