Como Destruir Damon Salvatore escrita por QuinnySalvatore


Capítulo 16
1x16 - Let's not talk


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que eu disse que esse seria o capítulo do baile mas eu tive que deixar para o próximo porque se não ia ficar muito grande. Me desculpem mesmo, mas garanto que vou compensar vocês nesse capítulo com um momento Delena muito importante. Boa leituraaa meus amores!!



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― Eu deveria voltar lá e acabar com ele! ― Stefan cuspiu com raiva, dando um murro sobre o capô do seu carro.

Eu ainda apoiava Katherine de pé com meu braço em torno da sua cintura e o braço dela em torno dos meus ombros. Stefan estava com realmente muita raiva, nunca havia visto ele dessa forma antes, nem parecia o mesmo Stefan que eu conhecia. Olhei para Katherine e percebi que ela olhava surpresa para ele também, como se não esperasse essa reação dele.

― Relaxa, Rambo. ― Damon disse bem humorado. Tentando se aproximar dele e tocar em seu braço, mas Stefan se esquivou.

― Você não viu o que ele ia fazer? Como você pode estar rindo disso? ― Stefan olhou sério para Damon, sem acreditar no que ele havia acabado de dizer.

― Eu não estou rindo, eu não estou. Só acho que ela é esperta o suficiente para saber em qual cama se joga. ― Damon deu de ombros e olhou para Katherine.

― O que você quer dizer com isso? ― Ela se manifestou pela primeira vez, a voz ainda estava um pouco rouca pela falta de uso. Percebi a forma com que ela apertou os olhos para olhar para ele que isso não ia acabar bem, ela estava com aquele olhar mal no rosto.

Damon soltou uma risada irônica, como se tivesse contado uma piada que só ele era suficientemente inteligente para entender.

― Você sabe o que eu quero dizer. ― Damon falou irritado, olhando diretamente para Katherine, como se eu e Stefan nem estivéssemos ali.

― Não, eu não faço ideia do que você está insinuando. ― Katherine tirou seu braço dos meus ombros mas continuou se apoiando em mim pela cintura. ― Porque você não compartilha com todos nós o que você pensa?

Damon olhou para mim, esperando a minha aprovação para falar. Desviei meus olhos dos dele por um momento, esperando o que ele tinha para falar.

― Você vai se fazer de boba agora? Katherine, eu conheço você. Provavelmente melhor do que qualquer um aqui, eu sei do que você é capaz e posso colocar a minha mão no fogo e jurar que o que você fez hoje foi apenas para chamar a atenção. Como você faz com tudo... ― Ele fez uma pausa e apontou o dedo para ele. ― tudo tem que ser sobre você.

Katherine olhou para mim, esperando eu falar alguma coisa, defendê-la de alguma forma. Por mais que eu quisesse, eu sabia que Damon poderia estar certo. Katherine sabia como cuidar de si mesma, especialmente se tratando de violência física. Ela sabia defesa pessoal desde os quatorze anos.

― É claro! É claro! ― Katherine sorriu e olhou para mim em silêncio e depois para a expressão de Damon. ― Eu não sei porque achei que isso não ia realmente ter um preço, afinal, eu sou sempre o problema. A desajustada, a falsa, a mentirosa. É tudo sobre mim, eu sou a única que comete erros aqui.

― Você não comete erros, Katherine! Você fode com a vida de todo mundo! ― Damon gritou com ela.

Katherine ficou em silêncio, respirando fundo e olhando para Damon. Ela então se afastou de mim e cambaleou por um momento, eu tentei me aproximar mas ela não permitiu, colocando sua mão na frente.

― Katherine, vamos para a casa. ― Falei em tom baixo e calmo, olhando ela se afastar.

― Você está certo, sou esperta o suficiente para saber em qual cama eu me jogo. E a sua, foi a pior delas. Pode ficar com ele, Elena. Ele não vale nem metade disso mesmo. ― Katherine deu de ombros e olhou para mim. ― Apenas não faça com a minha irmã o que você fazia comigo. Ela não vai ser a sua idiota como eu fui.

Olhei para Damon sem entender o que Katherine queria dizer com isso e a expressão dele estava séria, como se ele não estivesse esperando que ela fosse dizer isso. Ele ter ficado em silêncio me deixou mais curiosa ainda.

― Stefan, você pode me levar para a casa? ― Katherine pediu a Stefan que se manteve quieto, apenas escutando.

Todos nós olhamos na direção de Stefan, esperando o que ele ia dizer a seguir. Eu sabia que mesmo ele estando bravo com Katherine, simplesmente não ia deixá-la ali ou conseguir dizer não a ela, especialmente depois do que havia acontecido. Parecia que todas as coisas que ela fazia nunca eram o suficiente para fazer Stefan deixar de gostar dela, parecido comigo e Damon.

Ele acenou positivamente para ela, assim que ele acenou Katherine saiu andando e entrou no carro dele. Stefan olhou para mim e para Damon uma última vez antes de sair dali e entrar no carro também. Katherine já havia colocado o cinto e estava com os braços cruzados, apenas o esperando para sair dali. Stefan também colocou o cinto e ligou o carro.

Coloque a música antes de continuar lendo.

― Você está bem? ― Ele perguntou ao sair com o carro dali.

― Eu estou chapada. Não bem. ― Ela respondeu dando um suspiro impaciente, fechou os olhos e encostou a cabeça no apoio do banco como se fosse dormir. ― Meus pais vão encher o meu saco. Pode perguntar o que você está morrendo para perguntar.

― Como você sabe que eu quero perguntar alguma coisa? Você está de olhos fechados. ― Stefan a olhou de lado para ter certeza que ela ainda estava de olhos fechados.

― Acha mesmo que eu preciso estar com os olhos abertos para saber o que você está pensando? ― Ela exibiu um sorriso maldoso. ― Pode mandar, não tem como meu dia ficar pior.

― Você faria aquilo? O que Damon disse? ― Stefan perguntou, desviando os olhos da rua para olhar a expressão dela.

A cada minuto ele parecia ficar cada vez mais convencido disso, especialmente porque Katherine parecia bem demais consigo mesma para o que havia acabado de acontecer. Mas quando é que ela não estava bem com ela mesma?

― Você acha que eu seria uma menina tão má assim? ― Ela abriu os olhos e olhou para ele, ainda com aquele sorriso incandescente no rosto.

Antes de eu e Damon irmos, liguei para o meu pai para avisar que aviamos encontrados Katherine e já estávamos indo para a casa. Ele falou um tempão sobre como nós deveríamos ter avisado ele, que eu estava sendo tão irresponsável quanto a minha irmã, que isso, que aquilo e blá-blá-blá. Inventei a história de que havia encontrado Katherine em um parque na cidade, dizer para ele o lugar que eu havia encontrado só ia deixar a situação pior e ele não ia desligar o telefone nunca.

Damon já estava dentro do carro me esperando quando entrei, apertando a direção com as duas mãos.

― Me desculpe. ― Ele disse assim que entrei. Seu rosto estava fechado e ele parecia realmente arrependido. ― Eu apenas fiquei com raiva. Me desculpe. Apenas não consigo assistir enquanto ela se faz de santa.

― Tudo bem. ― Acenei positivamente. ― Tudo bem, relaxa.

― Você sabe melhor do que ninguém do que ela é capaz. Sabe que ela pode cuidar de si mesma. ― Damon falou, balançando a cabeça negativamente e ainda apertando o volante.

― Eu sei, não se preocupe com ela. ― Puxei uma das mãos dele do volante e a segurei. ― Ela não é mais problema seu.

― Ela sempre encontra uma forma de ser. ― Ele deu um sorriso cansado, quase que como desistente. ― Vou te levar para a casa, já está ficando tarde.

― Posso fazer só mais uma pergunta? ― Pedi, olhando para a minha mão na dele, então a afastei. ― Sobre... Katherine.

Ele se virou para mim e sorriu.

― Manda ver! ― Disse enquanto saia com o carro.

― O que ela quis dizer aquela hora? Sobre não fazer comigo o que fez com ela?

― Bom, eu também te responderia essa se eu soubesse o que foi aquilo. ― Ele respondeu sincero. ― Ela só está tentando fazer intrigas como sempre.

― É, provavelmente. ― Acenei positivamente. ― Me desculpe por estragar a sua noite.

― Bom, eu preciso confessar que sua companhia é muito mais interessante do que a do meu Xbox. ― Ele falou me fazendo rir. ― Nós temos conversar mias interessantes também, elas são mais elaboradas.

― Idiota. ― Gargalhei e lhe dei um tapinha de leve no braço, fazendo ele rir também.

Stefan e Katherine chegaram primeiro a minha casa, nem meu pai havia chegado ainda. Ele parou o carro na frente de casa e tirou o cinto, Katherine fez o mesmo.

― Obrigado pela carona. A que horas você vem me pegar amanhã mesmo? ― Ela se virou no banco e olhou para ele, com um sorriso largo e confiante.

― Pegar você amanhã? ― Stefan olhou para ela sem entender.

― O baile, eu é quem está louca e você quem viaja?

― Oh, o baile! ― Stefan abriu a boca, não tenho certeza se surpreso por Katherine achar que ia ao baile com ele ou o fato de ele não poder porque já tinha outro par. ― Não posso, eu já tenho um par.

Katherine olhou para ele sem acreditar no que ele havia acabado de dizer, primeiro ela riu depois ela ficou séria e sem acreditar que havia acabado de ser chutada.

― Tudo bem, sem problemas, tudo numa boa. Sem problema nenhum! Se diverta com o seu par. ― Ela forçou um sorriso e se virou para sair do carro. Então simplesmente parou e se virou de volta. ― Posso saber quem é ao menos?

― Caroline.

― Caroline? Ok, Caroline. Caroline. ― Ela acenou positivamente. ― Caroline.

Ela saiu a porta do carro e saiu sem olhar para trás e ainda sem acreditar, se apoiou no carro ao sair e apertou os olhos quando veio o carro de Damon atrás, iluminando seu rosto com o farol e logo em seguida o do meu pai. Eu e Damon saímos do carro, Stefan e meus pais também.

― Katherine! ― Meus pais falaram juntos e correram na direção dela.

― Pai! Mãe! Como é bom ver vocês! ― Ela fingiu falso entusiasmo e abriu os braços para um abraço.

― Não veja com pai e mãe para cima de mim, você ainda está de castigo pelo resto da sua vida. ― Minha mãe falou enquanto dava um abraço esmagador nela, eu preciso confessar que eu quase ri disso.

― Nunca mais faça isso, entendeu? ― Meu pai falou sério, abraçando ela e minha mãe. ― Você nos deu um baita susto. E sim, está de castigo pela eternidade.

― Você está cheirando a cerveja? ― Minha mãe perguntou a cheirando.

Agora a coisa está começando a ficar boa. Meu pai se aproximou dela e a cheirou também.

― Não, é o meu novo shampoo. ― Ela disse e me fez rir.

― Você acha mesmo que pode mentir para alguém que serve cerveja o dia inteiro? ― Ela encolheu os ombros, querendo dizer que sim.

― Você está de castigo pelas próximas dez encarnações que você terá. ― Meu pai falou sério.

― Conte uma novidade. ― Ela deu um longo suspiro. ― Me desculpem, eu não quis deixar vocês preocupados. Eu apenas fiquei tão triste e sentida, eu simplesmente não consegui aceitar a ideia de que eu mal acabei de terminar com o meu namorado e minha irmã já está com ele.

Meu queixo caiu. Como ela poderia? Naja, venenosa, peçonhenta!

― Sua cobra mentirosa! ― Eu corri na direção, com o punho já apontado para o seu rosto. Damon correu atrás de mim e me segurou pela cintura com as duas mãos a tempo. ― Vou matar você! ― Gritei.

Damon envolveu os dois braços em torno da minha cintura para me segurar. Enquanto Katherine me olhava como se eu fosse um bicho raivoso.

― Você acaba de ganhar mas quinze encarnações por tentar jogar a culpa na sua irmã. ― Minha mãe disse séria para ela. ― Agora vá para cima e tome um banho, vamos conversar amanhã de manhã, quando você estiver bem sóbria e com a cabeça fervendo de ressaca.

― Não posso dizer que eu não tentei. ― Ela deu de ombros antes de subir e vi que Stefan estava sorrindo. Ela era tão descarada.

― O que eu vou fazer com vocês? ― Minha mãe olhou séria para mim. ― Vou ter que amarrar uma em cada lado da casa para não correr o risco de se atacarem?

― Deveria me deixar bater na cabeça dela, com a minha mão! ― Falei nervosa.

― Podemos mandar uma delas para a China. ― Meu pai falou. ― Ou simplesmente podemos mandar Damon.

― Obrigado professor. ― Damon deu um sorriso irônico para o meu pai.

― Vou matá-la enquanto ela estiver tomando banho, posso fazer parecer que foi um acidente. Eu sei que uma das coisas que ela mais tem medo é morrer pelada. ― Ameacei olhando para a luz da janela do banheiro se acender.

― Vamos parar de pensar em assassinatos por enquanto. ― Damon disse me segurando pelos ombros e massageando-os.

Meu pai deu um olhar sério para ele e ele tirou as mãos dos meus ombros, então fez um sinal com a mão para Damon se afastar e ele deu um passo para trás.

― Stefan, muito obrigado mesmo querido. Não sabe como estamos agradecidos. ― Minha mãe disse olhando para Stefan.

― Não foi por nada, fico feliz que ela esteja bem. ― Ele sorriu.

― Obrigado, Stefan. ― Meu pai lhe deu um tapinha no ombro.

― Você, vem comigo. Temos que planejar um castigo horrível para Katherine. ― Minha mãe disse puxando meu pai pela mão.

― Estamos esperando você também, Elena. Não você, Damon. Acho que vou precisar comprar uma arma para mantê-lo longe. ― Ele entrou reclamando atrás da minha mãe enquanto ela ria.

― Eu vou indo também, vejo vocês amanhã. ― Stefan disse para nós dois indo em direção ao carro.

― Hei Stefan, espera ai. ― Damon o chamou. ― Só um minuto. ― Ele disse antes de se afastar de mim e ir na direção de Stefan.

Stefan olhou para ele, esperando ele falar. Encostado no seu carro.

― Olha, me desculpe ali mais cedo, ok? Katherine apenas me tira do sério. ― Damon disse sincero, encolhendo os ombros.

― É, sei exatamente qual é o sentimento disso. ― Stefan sorriu.

― Você parece ser um cara realmente legal e merece a verdade, Elena me disse que você gosta da Katherine desde sei lá... sempre. Mas ela não é a mesma garota pela qual você se apaixonou quando era criança. Ela é má e egoísta e não mede esforços para ter o que quer, apenas não deixe ela acabar com você, não se engane pelo sorriso e as gracinhas, se tem algo que ela sabe fazer é mentir. Ela não tem conserto cara, ela só vai partir seu coração. ― Ele falou e Stefan acenou positivamente enquanto ouvia. ― Ela não muda, pare de esperar por algo que você sabe que não vai acontecer. Katherine não muda. Só descobre novas maneiras de mentir.

― Ela não precisa ser consertada, ela não está quebrada. Ela só tem medo de mostrar quem ela é de verdade, porque no fundo ela é insegura e acha que não será aceita. Ela constrói essa barreira de garota má mas ela não é assim, eu sei quem ela é. É muito difícil pra ela baixar a guarda, mas quando ela baixa, ela tem um coração maravilhoso. Você só precisa ser um pouco paciente para ver isso e colocar a culpa de tudo de errado que acontece em torno das nossas vidas em cima dela não vai ajudar. ― Stefan respondeu.

― Eu não estou colocando tudo de errado sobre ela, eu estou falando a verdade. Ela é errada, ela não é feliz e também não deixa os outros serem. Você é o melhor amiga da Elena, como pode pensar assim?

― Tudo bem, Katherine errou, é claro que errou mas você também. Se você estava tão apaixonado por Elena assim como não percebeu que não era ela?

― Cara, Katherine sabe mentir como ninguém.

― Você em algum momento pensou em falar com ela? Depois do que aconteceu, perguntar o porque ou sei lá... ― Stefan o questionou e Damon ficou em silêncio. ― Katherine é a principal culpada, ela é errada e faz muitas coisas erradas mas, as outras pessoas também erram e simplesmente decidem que é mais fácil jogar toda a culpa sobre ela do que enfrentar os seus problemas. E como você espera que ela reaja? Aceite e fique quieta? Ela tem uma personalidade forte, é claro que ela vai continuar fazendo essas coisas. Ela não está certa mas nenhum de nós está também.

Damon ficou em silêncio e Stefan entrou no carro e saiu dali. Ele esperou alguns instantes antes de simplesmente se virar e voltar até onde eu estava.

Coloque a música antes de continuar lendo.

― Tudo bem? ― Perguntei, olhando para a cara nada boa que ele voltou.

― Estou bem, apenas achando que Stefan não seja lá um cara tão legal assim. ― Ele deu um sorriso de canto.

― Não diga isso, ele é um cara incrível. Apenas se apaixonou pela garota errada. Mas acho que ela nunca vá gostar dele de volta. ― Confessei. Eu sentia muito por Stefan, ele gostava tanto dela e ela nunca parecia ao menos se importar verdadeiramente com ele, simplesmente se aproveitando disso para ter um cachorrinho. ― Stefan tem esperança e isso é raro. A maioria das pessoas teria desistido de Katherine com tanta facilidade mas ele simplesmente não desiste. Porque ele ama ela. Quando você ama alguém você simplesmente não pode deixar de amá-los, independente do que eles façam, não é? Nós não desistimos.

Damon estava com um sorriso no canto dos lábios e seus olhos azuis correndo por todo o meu rosto, me fazendo corar. Senti que ele se aproximou mais e mordeu seu lábio inferior.

― Ás vezes, acontecem coisas na vida de alguém e elas acabam desistindo mas não porque elas querem, porque eventualmente acontece... ― Ele fez uma pausa e se aproximou ainda mais, não havia um centímetro separando nossos corpos. Levantou suas mãos e a levou até meu rosto, segurando-o com as duas mãos e mantendo meus olhos nos dele. ― Mas saiba que as pessoas se arrependem disso todos os dias. ― Algo me dizia que não estávamos falando mais sobre Stefan e Katherine.

Seu toque em meu rosto era delicado e eu podia sentir a eletricidade do seu corpo se passando para o meu.

― Achei que não fossemos falar sobre sentimentos até amanhã. ― Falei um pouco tonta com seu toque e hipnotizada por seus olhos, toda essa proximidade, eu mal sabia onde eu terminava e ele começava.

― Você está certa, não vamos falar.

Aconteceu mais rápido do que eu tive tempo para pensar, Damon puxou meu rosto para mais perto com as duas mãos. Meus olhos se fecharam assim que o rosto dele veio de encontro ao meu. O toque macio de seus lábios contra os meus foi com um choque, meu lábio inferior se encaixou entre os deles. Passei tanto tempo fantasiando sobre isso nos últimos anos e agora não era nada como eu havia esperado, era ainda melhor. Não havia como explicar a sensação, a forma como nossos lábios se encaixavam e como ele segurava meu rosto contra dele, ou a forma com que somos corpos estavam próximos.

― Elena! ― Meu pai gritou meu nome da porta, como um reflexo eu e Damon nos afastamos.

Eu ainda demorei alguns segundos para abrir os meus olhos e ver que ele estava me olhando com aquele sorriso bobo de lado no rosto. Passei a língua sobre os lábios, apenas para ter mais um pouco dele em mim. Suas mãos ainda seguravam o meu rosto.

― Por favor, apenas diga alguma coisa. Não fique apenas me olhando como se fosse desmaiar. ― As suas sobrancelhas se arquearam.

― Bom, talvez eu realmente vá desmaiar agora. ― Falei ainda um pouco tonta com o beijo e sorrindo feito idiota.

― Elena, você está entrando e Damon está indo! ― Meu pai gritou novamente. ― Não me faça ir até aí!

― É melhor eu ir, antes que ele pegue a arma. ― Damon disse bem humorado.

― É, é melhor mesmo. ― Apertei os lábios, tentando parar de sorrir feito tonta.

― Boa noite. ― Ele aproximou seu rosto do meu novamente e beijou a minha bochecha, então se afastou.

Eu ainda estava desnorteada com o que tinha acabado de acontecer, espera, isso aconteceu mesmo? Damon me beijou? Acho que isso é literalmente quando as pessoas dizem: uma ação vale mais do que mil palavras. Nada mais precisava ser falado ali agora, já havia sido dito com aquele beijo.

O carro dele se afastou e eu ainda estava parada na frente da minha casa com cara de paisagem quando decidi voltar. Meu pai estava me esperando na porta com os braços cruzadas e a cara séria.

― De novo ele? O que ele tem de tão especial?

― Eu não sei também. ― Encolhi os ombros.

― Malditos olhos azuis! ― Meu pai reclamou, me fazendo rir.

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Kol chegou em casa tarde da noite, pensou que se não acendesse as luzes o irmão nem veria que ele chegou mas a real intenção era que ele não visse o seu rosto. Ele fechou a porta sem fazer barulho e estava pronto para andar na ponta dos pés até o seu quarto, quando a luz se acendeu e o irmão o pegou no pulo. Klaus estava parado de pé ao lado do interruptor, com os braços cruzados.

Coloque a música antes de continuar lendo.

― Eu pensei que uma das regras para morar comigo fosse chegar em casa cedo. ― Klaus disse sem perceber os machucados no seu rosto, foi então que viu. ― E que porra aconteceu com seu rosto?

Ele foi na direção do irmão com preocupação evidente, virando o rosto dele para luz para ver o roxo no olho, o corte na boca e o nariz sangrando.

― Não é da sua conta. ― Kol deu um tapa na mão dele, afastando para longe.

― Não é da minha conta? Você está morando na minha casa. Você acabou de chegar e já se meteu em problemas, Kol? Achei que ter vindo para cá era para acabar com isso. ― Klaus disse impaciente e nervoso.

― Eu não me meti em problemas, eu estou bem.

― Você estava com aquela garota, não é? Katherine, encontrei com o pai dela no Grill. ― Klaus olhou para o irmão sem acreditar. ― Fique fora de problemas Kol, fique longe daquela garota. Ela já é problema o suficiente sozinha.

― Eu fiquei longe dela, ela não ficou longe de mim. O que você quer que eu faça? ― Kol deu de ombros. ― Quero que fique fora de problemas ou vai voltar. ― Klaus o ameaçou.

― Oh, me desculpa papai. Porque você é um ótimo exemplo sobre ficar fora de problemas, não é? Sabe, eu fingi que não vi o que aconteceu aqui ontem mas isso pode mudar rapidamente.

Klaus ficou em silêncio e olhou o irmão com atenção, Kol abriu um sorriso largo.

― Não está mais tão mandão assim né? O que acha que as pessoas iriam dizer? O professor dormindo com a sua aluna que é menor de idade. O que ia ser pior? Ser preso ou nunca mais poder dar aula de novo? ― Kol se fingiu de pensativo. ― Mal posso esperar para ver, então, acho que não deveria se meter mais na minha vida. Só dizendo, eu tenho provas concretas de que ela esteve aqui, tipo, fotos.

― Você está mentindo.

― Você acha mesmo? ― Kol sorriu confiante. ― Quer me testar então? Vejo você no baile amanhã. ― Ele piscou para o irmão e saiu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Quem será que vai causar mais problemas no baile, Kol ou Katherine? Esperem porque vem muita coisa por aí. O capítulo do baile será muito importante hein. Para deixar com um gostinho de quero mais, vou contar algumas coisinhas que vão acontecer no próximo capítulo.

— Alguém vai fazer uma coisa muito ruim com Katherine.
— Um casal vai acabar nos lençóis, literalmente.
— Alguém terá o coração partido.
— Alguém terá uma crise de ciúmes.
— Stefan vai ter um final de noite muito interessante.
— Um personagem novo vai aparecer.

Enfim, é isso. Espero vocês no próximo capítulo, comentem! Bjsss