Como Destruir Damon Salvatore escrita por QuinnySalvatore


Capítulo 13
1x13 - Things we need to talk


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a todas as meninas que comentaram o capítulo interior, esse é pra vcs!! Desculpem a demora meus amoresss...



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― O que? ― Eu não sei porque mas de alguma forma, o modo que Katherine pronunciou essas palavras elas soaram realmente surpresas, como se ela não entendesse o que estava acontecendo.

Mas ela sabia, sabia muito bem. Talvez ainda não tivesse lhe caído a ficha que eu tinha descoberto e por isso ela não fosse capaz de aceitar o que estava diante dos seus olhos. No começo eu também não fui capaz de aceitar. Katherine não é a pessoa mais amável do mundo mas em algum lugar eu acreditava que ela ainda fosse a minha irmã. A outra metade de mim, a pequena Kat com um grande coração. Eu acreditava que isso fosse uma fachada para toda a popularidade e a atenção, não achava que ela fosse realmente capaz de fazer algo assim mas eu estava errada. Acho que a pior traição é sempre aquela que vem de quem nós menos esperamos e eles acabam sendo aqueles que amamos.
Ela estava ali, parada no meio do quarto. Paralisada, com medo de fazer o menor movimento. Quem poderia acreditar que aquela era a tão popular e poderosa Katherine?

― Se passando por mim para conseguir ficar com ele? ― Me levantei da cama, ficando na altura dela. ― Como eu ia imaginar não é? Ia morrer sem saber disso. ― Dei uma risada irônica.

Katherine não olhava para mim, ela simplesmente abaixou a cabeça e me escutou. Acho que ela simplesmente não sabia o que dizer, afinal, não havia nada que ela dissesse agora que ia mudar o que aconteceu.

― Elena. ― Ela começou a falar, levantando o rosto.

― Não! Agora não! Agora você vai me ouvir falar! ― Disse, a impedindo de continuar. ― Como você pode fazer isso? Você sabia o quanto eu gostava dele! ― Eu aumentei o meu tom de voz, junto com a minha raiva.

― Eu também gostava! ― Ela sussurrou com a voz falha.

― Ah, não me diga! Você gostava tanto dele, eu consegui ver isso ano após ano. Você nunca gostou dele, Katherine. Você só queria exibir ele por aí, mostrar o seu prêmio, como mais uma das suas conquistas. Queria provar para todo mundo que você era boa o suficiente para ficar com Damon Salvatore. ― Eu gritei.

― Pare de gritar, você precisa me escutar, da última vez... ― Ela tentou falar novamente, baixinho demais. Era estranho ouvir esse tom de voz em Katherine.

― Da última vez? Você ouviu o que você disse agora? Da última vez que você roubou o meu namorado? Você quer falar sobre isso agora? Como você pode ser tão egoísta, Katherine? Como você pode ser tão narcisista? Todos esses anos eu costumava dizer para mim mesma que eu não era boa o suficiente, que era por isso que você era popular e eu não, era por isso que você tinha todos esses amigos e eu não, era por isso que Damon havia escolhido você e não eu. Então agora eu paro e realizo, que tudo o que você é, é porque você roubou de mim! ― Eu continuei a gritar, tudo que eu queria era desabafar tudo aquilo que eu carreguei durante esses anos. Queria que Katherine se sentisse como eu costumava me sentir.

― Garotas? ― Ouvi a voz do meu pai chamar lá embaixo.

― Oh, olha só... papai está chamando. O que acha que ele vai dizer sobre você? Porque eu vou contar, vou contar tudo de ruim que você já fez. Não só para ele, vou contar para todos. Todas as coisas horríveis que você foi capaz de fazer simplesmente para ser o centro do mundo. E então, todo mundo vai saber o que você é: você é feia! Você é feia por dentro, você é podre, você é invejosa, egoísta e impossível de amar. Um tipo de feiura que maquiagem não pode cobrir e então você estará sozinha com quem você mais gosta, você mesma. E nem você será capaz de gostar de si mesma, porque você é uma pessoa horrível.

Katherine continuava parada, me assistindo cuspir toda a raiva em cima dela. Ela não perdia a realeza nem assim, o rosto continuava uma máscara de falta de sentimento mas as lágrimas, as lágrimas não deixavam de rolar e eram muitas delas.

― Elena? Katherine? O que está acontecendo? ― Meu pai apareceu na porta do quarto, assistindo a cena ainda confuso.

― Meninas? ― E então veio minha mãe, os dois parados na porta.

― Conte a eles, Katherine. ― Falei. ― Conte a eles o que você fez, conte a eles tudo o que você tem feito.

― O que está acontecendo? ― Meu pai insistiu.

― Você não vai contar? Então eu vou! Katherine se passou por mim, pai. Ela se passou por mim anos atrás e pegou a minha vida. Ela mentiu, ela manipulou, fez um monte de coisas ruins e escondeu de todos nós. Tudo para ser popular. Ela roubou o que era meu! ― Gritei.

― Elena, pare de gritar! ― Minha mãe falou, entrando no quarto.

― Eu não roubei nada de você. Eu não tenho culpa se você não foi capaz de viver essa vida. ― Katherine falou, com o nariz empinado. Me olhando nos olhos pela primeira vez.

Eu não consegui me controlar após isso, quando eu percebi eu já havia feito. O tapa já estava dado em seu rosto quando me dei conta que eu estava chorando e meu pai me segurava, me puxando para longe dela e fora do quarto.

Ninguém dormiu aquela noite, pelo menos não na nossa casa. Meus pais ficaram preocupados e tentaram de todo modo algum tipo de conversa entre nós duas. Não havia conversa naquele momento que pudesse mudar o que havia acontecido. Eu só estava com tanta raiva que

Katherine havia roubado tudo aquilo de mim e eu simplesmente não conseguia lidar com todos esses sentimentos de uma vez só. Eu ainda estava deitada na cama quando vi meu celular vibrar sobre o criado mudo ao lado da cama. Eu o peguei e meu coração disparou assim que eu vi o nome no identificar de chamadas.

― Damon! Oi! ― Empolgação demais. ― Oi. ― Empolgação de menos. ― Quer dizer, oi. Porque que eu não paro de falar oi? ― Ouvi a sua risada do outro lado da linha e de certo modo isso me acalmou.

― Oi. ― Ele disse. ― Como está indo?

― Drama de família, sabe como é. ― Falei, me sentando na cama, como se isso fosse me ajudar a parecer mais legal no telefone. Porque ele não mandou uma mensagem como qualquer pessoa normal faria?

― É, eu totalmente sei. ― Ele fez uma longa pausa. ― Então, eu estava pensando se eu poderia... passar por aí. Eu gostaria de falar com você, se você quiser, é claro. Posso te dar uma carona e podemos ir para a escola juntos.

― Eu... eu não acho que seja uma boa ideia você passar aqui agora. As coisas não estão muito bem, na verdade, nada bem. Então... ― Eu juro que ouvi ele praguejar. ― Mas eu posso passar ai. ― Me apressei a dizer. ― Podemos tomar um café e conversar.

― É. Parece ótimo para mim. ― Ele estava sorrindo, eu tenho certeza.

― Tudo bem, vejo você daqui a pouco. ― Eu também estava sorrindo, o que eu podia dizer?

Acho que posso dividir a minha vida em duas partes, a parte em que Katherine havia fodido com ela e a parte em que eu tomei o controle da situação. E tomando o controle da situação, eu finalmente podia ser melhor que ela. Pulei da cama, extremamente empolgada e correndo para o banheiro aos pulos.

Enquanto eu iniciava uma nova etapa da minha vida, se encerrava uma para Katherine. Ela passava uma noite em claro realizando todas as coisas que ela fez para chegar onde chegou, mesmo sabendo que no fim isso tudo um dia iria explodir e não iria ferir só a ela, mas também todos a sua volta. Ela estava acordada, bem acordada na verdade, ela só não queria sair para viver hoje.

Pela primeira vez eu me sentia bem com a minhas roupas, com o meu cabelo que infelizmente não conseguia formar cachos como os de Katherine e simplesmente ficava um ondulado ala eletro choque. Eu não precisava estar brigando com Damon para ele me notar, para as outras pessoas me notarem. Tudo que eu precisava era ser eu mesma e aproveitar.

Vesti as minhas roupas, usei o meu cabelo e sai do quarto. Foi impossível desviar da porta do quarto de Katherine já que ficava do lado do meu e eu tinha que passar por ali para descer as escadas mas a porta do quarto dela permanecia fechada e não se ouvia nenhum barulho vindo dali. Desci as escadas e fui até a cozinha, meu pai já havia acordado e estava sentado ali, comendo uma torrada, tomando café e lendo o jornal.

― Bom dia. ― Ele disse ao me ver ali. Não era um bom dia comum, para falar a verdade, nada estava comum hoje.

― Bom dia. ― Tentei retribuir da melhor maneira possível. ― Já levou a mamãe para o trabalho?

― Uhum. ― Respondeu, dando um gole na sua xícara de café.

― Tudo bem, então eu vou com o carro dela para a escola hoje, eu ainda preciso resolver algumas coisas na organização do baile e tem que ser ainda hoje já que é amanhã. Caroline não apareceu ontem então... ― Continuei falando sem parar, tentando evitar chegar ao assunto Katherine.

― Elena. ― Meu pai me interrompeu quando peguei a chave do carro. Parei o que estava fazendo e olhei para ele. ― Em algum momento terá que falar sobre isso.

― Sim, eu sei pai. Só não quero me preocupar com isso agora, já tenho coisas o suficiente acontecendo na minha vida. ― Me apressei em dizer, enquanto brincava com a chave, olhando para as minhas mãos para não olhar para ele. ― Eu estou indo, vejo você na quarta aula.

― Elena. ― Ele me chamou novamente quando virei as costas. ― Você está bem?

― Eu não poderia estar melhor, pai.

Ele acenou positivamente parar convencer a si mesmo e me deixou ir. Eu sentia muito pelos meus pais, eles não mereciam ficar entre a minha guerra e de Katherine, eles não podiam escolher lados e eles nem queriam. Conseguia imaginar o quão difícil era para eles mas simplesmente não havia como lidar com tudo agora.

Assim que sai de casa, meu pai deixou a cozinha e subiu para ver Katherine. Ele bateu na porta do seu quarto mas não houve resposta, então entre-abriu a mesma e viu que Katherine ainda estava deitada, enrolada nas cobertas até o pescoço, quando o viu na porta cobriu até a cabeça.

― Seria mais educado só dizer que não quer conversar. ― Ele disse, entrando no quarto.

― Eu não quero conversar. ― Ela disse por debaixo dos cobertores, sua voz saiu abafada.

― Tem certeza? ― Meu pai insistiu, se sentando ao seu lado na cama. Katherine esperou alguns segundos, então finalmente descobriu a cabeça.

Seu cabelo estava bagunçado, os olhos estavam inchados e com grande olheiras, ela parecia pálida, nada parecida com a convencional Katherine a que todos estavam acostumados.

― Deus, você está horrível. ― Meu pai disse fazendo uma careta.

― Obrigado, pai. Isso ajuda bastante. ― Ela disse irônica, fazendo ele rir.

― Você vai a escola?

― O que você acha? Eu pretendo ficar aqui até eu me tornar parte do colchão e desaparecer. ― Meu pai sorriu. ― Pai, por favor, eu realmente não posso com a escola hoje.

― Tudo bem. Hoje você não pode e quanto a amanhã?

― Também não. ― Ela revirou os olhos.

― É isso o que você vai fazer pelo resto da sua vida? Vai se esconder? Vai fugir dos problemas?

― Sim, o plano é esse. Ignorar até que ele simplesmente decida ir embora por vontade própria.

― Essa não se parece nenhum pouco com a Katherine.

― Eu estou perdida, pai! Você não entende? Eu sou perdida, eu perdi, eu não sei mais quem eu sou. O que você espera que eu faça? ― Katherine disse bruscamente com a voz carregada de choro, se sentando na cama.

― Eu espero que você levante dessa cama, se recomponha e concerte as coisas que você fez de errado. Olhe para você, Katherine. Você é jovem, é bonita, é carismática, não precisa se esforçar para que as pessoas gostem de você. Você é uma das pessoas com a personalidade mais forte que eu já conheci. E quando você se perde, você tem duas opções: achar a pessoa que você é dentro de você ou simplesmente desistir e perdê-la para sempre. Então vamos, me diga, qual vai ser a sua escolha hoje? Você vai levantar da cama ou vai simplesmente ficar aí e esperar que tudo desapareça?

Ela olhou para ele e deu um sorriso tristonho, mesmo assim o puxou para um abraço. Não havia colo agora melhor do que o do pai agora.

― Levante-se dessa cama. Encontre quem você é. Faça as pazes com a sua irmã, porque por mais diferentes que vocês sejam, como água e vinho, vocês não podem se esquecer nunca que as duas são uma parte de um só.

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Estacionei o carro na entrada da casa de Damon. Fui até a porta e bati uma vez só, não demorou questão de segundos e ela se abriu. Damon a abriu na verdade, ao me ver ali ele sorriu.

― Oi. ― Ele disse.

― Oi de volta. ― Sorri.

― Entra. ― Ele disse abrindo espaço na porta para eu passar.

Acenei positivamente e passei pela porta, seguindo ele até a sala. Nós sentamos no sofá e eu vi duas xícaras sobre a mesa de centro.

― Eu fiz café. ― Ele disse sem jeito, sem saber nada melhor para iniciar a conversa. ― Não é tão bom quanto o da sua mãe mas, acho que dá para beber. Na verdade, não é nada bom. É horrível, tem gosto de morte. ― Ele confessou, olhando para as xícaras. ― Acho melhor você nem beber isso, vai te dar uma ulcera. ― Damon afastou a caneca de perto de mim, me fazendo rir.

Nós dois sabíamos porque estávamos ali, nós dois sabíamos o que nós queríamos, acho que só nenhum dos dois sabia uma forma de começar a falar. Depois de todo esse tempo, era realmente muito difícil. Quando eu ia abrir a minha boca para falar novamente, alguém falou primeiro.

― Damon! ― Giuseppe apareceu na porta da sala e ficou surpreso ao me ver ali. ― Katherine, você está de volta.

Eu fiquei sem reação ao ouvir ele me chamar de Katherine e Damon me olhou como se o pai dele tivesse acabado de matar uma mosca na minha testa.

― Eu já sabia que você ia voltar. A propósito, Consuelo encontrou algumas calcinhas suas perdidas pela casa, elas estão na lavanderia. Se você as quiser de volta. ― Assim que ele disse, o meu queixo caiu e Damon escondeu o rosto entre as mãos. Acho que ele queria ser um avestruz agora, enfiar a cabeça no chão e ficar lá.

― Deus. ― Falei, sem saber outra coisa melhor para falar.

― Pai? ― Giuseppe olhou para Damon, esperando ele falar. ― Essa é Elena.

― Oh... ― Giuseppe ficou tão sem reação quanto, forcei um sorriso simpático e acenei positivamente para ele, fazendo joia.

― Acho que vou precisar desse café agora. ― Me estiquei no sofá para pegar a xícara de café de Damon, dei um logo gole. Deus, era realmente horrível e tinha gosto de morte. Cuspi tudo. ― Deus, é muito ruim. O que você colocou aqui? Você pode usar isso como veneno para matar ratos.

― Eu sei. ― Ele concordou com uma careta. ― É melhor você passar na enfermaria hoje.

― Com certeza. ― Falei, ainda cuspindo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? E aí? Acharam que Katherine mereceu as coisas que Elena falou para ela? O que vocês acham que vem por aí agora?
Obs: Alguém quer tomar um pouquinho do café do Damon? kkkkkkkkk bjjbjbj, não esqueçam de comentar.