Made Of Honor escrita por Jupiter rousse


Capítulo 8
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"Senhoras e Senhores, peço que desliguem todos os aparelhos eletrônicos e dentro de instantes estaremos decolando."

Rose fechou os olhos, a cabeça repousada contra a janela fria do avião. Apesar de ter ouvido os comandos do piloto, ela não conseguia se mover, aliás ela não queria se mover. Desde que tinha saído da cama naquela manhã estava com uma sensação estranha, seu peito pesava e a ruiva sentia vontade de chorar.

Isso é tão estúpido, eu estou indo para Escócia. Por que eu não estou pulando de alegria? Qual é o meu problema?

Suspirando fundo ela se abaixou para pegar a bolsa. A ruiva sorriu antes de desligar o celular, uma foto dela e do Scorpius estava no protetor de tela. O loiro saiu com uma careta e com o braço esticado, já que era ele que tirara a foto, enquanto Rose mordia sua bochecha. Por algum motivo, ela adorava aquela foto.

Por falar em Scorpius, foi inevitável pensar em alguns dias atrás, quando Rose contara que iria viajar.

Era um domingo e como sempre os dois passariam o dia juntos. Logo de manhã cedo, o loiro passara na casa dela (não que ele tenha tirado ela da cama com facilidade) e tomaram café juntos, depois fizeram hora passeando pela cidade no porsche até o almoço. Como era tradição, foram na mesma padaria de sempre.

– Rocambole de doce de leite?

– Hum… Não estou a fim de massa hoje. Banana com chocolate e canela?

– Nah, nada de fruta pra mim hoje, ruiva. Sorvete de morango com canudinhos recheados?

– Tentador, mas não. Cookie de baunilha com gotinhas de chocolate?

– ISSO! Droga… Que tal… Mousse de limão com aqueles pedacinhos de bis branco?

– Loiro, já temos nossa sobremesa.

Decidiram que levariam para viagem, dessa forma eles podiam caminhar pelo Central Park (apenas algumas quadras de onde estavam) enquanto desfrutavam a sobremesa.

– New York Knicks vão jogar semana que vem contra o Oklahoma Thunders no Madison Square Garden, vai ser um puta jogo, o que você acha de nós dois irmos?

Os olhos de Rose brilharam, Scorpius era viciado em basquete e a convivência com ele, tornou a ruiva uma viciada.* Eles adoravam assistir aos jogos juntos, seja pela TV ou na própria arena. Mas sua felicidade foi embora tão rápido quanto veio, ela não estaria aqui semana que vem. Rose tinha evitado mencionar o assunto a manhã toda, mas sabia que não podia fugir para sempre, era hora de contar.

– Scorp, tem algo que eu preciso te falar.

O loiro a encarou, sua expressão limpa de qualquer expressão, o rosto simplesmente sereno.

– O que foi ruiva?

Os dois estavam em cima de uma pequena ponte sobre um rio, embaixo Rose podia ver os patinhos nadando tranquilamente, mas a frente um casal de velhinhos jogava comida para eles. Algumas crianças corriam do outro lado, mas fora isso os dois estavam praticamente sozinhos.

– Eu recebi uma proposta de trabalho - Rose se apoiou na parede da ponte, olhando seu próprio reflexo na água translúcida - Me chamaram para fazer trabalhos de restauração em uma antiga casa no interior da Escócia.

– Rose, isso é ótimo! - ele a tocou gentilmente no braço, sorrindo - Por quanto tempo?

Ela virou para encará-lo.

– Seis semanas **.

O sorriso do loiro murchou na hora, ele tirou a mão do braço dela, levando para trás do pescoço.

– Uau… Seis semanas - passou a mão pelos cabelos - É muito tempo.

– Eu sei - Rose deu um sorriso triste. - Mas é uma ótima oportunidade, eu…

– Quando você vai? - interrompeu-a.

Scorpius podia estar sendo egoísta, mas ele não pode deixar de esperar que ela dissesse que não iria, que ficaria em Nova Iorque.

– Daqui quatro dias.

O loiro colocou as mãos no bolso da frente da calça jeans, de repente seus sapatos tinha ficado muito interessantes. Ele franziu as sobrancelhas..

– Seis domingos…

– É… Seis domingos.

Rose esperava ansiosamente que ele disse alguma coisa, qualquer coisa. Scorpius tirou uma das mãos do bolso, apertando de leve a bochecha dela.

– Estou feliz por você, ruiva.

E soube que tinha feito a coisa certa quando Rose abriu o sorriso mais lindo do mundo e o abraçou. Com prazer, ele colocou as mãos nas costas dela, apertando-a de leve, quase como se tivesse medo que Rose fosse desaparecer a qualquer minuto.

– Meu deus, o que vou fazer seis domingos sem você?

Ela deu risada, Scorpius passou o braços pelos ombros dela e foram caminhando lado a lado até o final da ponte, aliás até o final do parque.

Rose limpou uma única lágrima que escorreu pela sua bochecha, revirou os olhos em seguida. Lembranças de momentos como aqueles, momentos que a maioria das pessoas ignoravam, eram os que ela mais gostava.

A ruiva deslizou seus olhos pela primeira linha do seu livro quando o avião decolou, seria um longo voo.

[…]

De fato, não se lembrava de ter adormecido, no entanto quando abriu os olhos estava atordoada, a visão claramente desfocada. Se ajeitou na poltrona, levando a mão ao pescoço segundos depois pela dor que sentira.

Ótimo, tudo que eu precisava um torcicolo.

Sabia que se Scorpius estivesse ali teria dito que ela era muito dramática, Rose sorriu com isso. Seu livro estava em aberto em seu colo e quando olhou para os lados se surpreendeu ao ver o avião quase vazio, com apenas algumas pessoas saindo.

Rapidamente ela juntou suas coisas e se encaminhou para fora, indo diretamente para sessão de bagagens, já que não queria pegar fila na imigração. Enquanto andava em passos largos, escutando o barulho ritmado de suas botas no chão, Rose tentava segurar seu casaco e bolsa em uma mão e com a outra desbloqueava o telefone.

– Hey ruiva, como foi o voo?

Por algum motivo, sorriu com o som da voz dele.

– Cansativo, só queria avisar que eu cheguei.

– Já chegou na casa em que vai ficar?

– Na verdade, eu ainda estou no aeroporto.

– Hey você sabe que...

– Scorp, sinto muito, mas eu não posso falar agora... Tenho que ir.

– Ah - a voz dele pareceu decepcionada - Eu te ligo mais tarde.

Mas Rose já tinha desligado o telefone, já que sua mala acabara de passar na esteira.

[…]

Ela estava, completamente, sem palavras. Depois de pegar a bagagem e passar por toda burocracia da imigração, Rose tinha entrado no primeiro taxi que aparecera. A ruiva ficou fascinada com a cidade, mesmo que tenham ficado pouco por ali, já que a casa ou devia dizer mansão dos McMurray era no campo.

Já fazia meia hora que tinham passado pelos grandes e elegantes portões vermelhos com um M *** no meio e ela ainda não tinha chegado na casa. Ao invés disso, ela via uma extensão enorme de terras com uma incrível quantidade de videiras e quando achava que estavam próximos mais terra via.

E foi ai que todo ar saiu de seus pulmões. A construção lembrava um castelo da época medieval, começava com uma base quadrada e extensa e subia com altas torres redondas, até onde ela pode ver tinham algumas sacadas, muitas janelas e diversos vitrais. Porém o mais bonito de tudo era a vista, de um lado rodeada por uma água de azul cristalino e do outro por uma grama de verde vibrante. Aquele lugar parecia ter saído de um conto de fadas.

Ela pagou o taxi que gentilmente a ajudou com a bagagem, uma criada veio até ela.

– Imagino que seja a Senhorita Weasley, Madame McMurray pede suas sinceras desculpas por não estar presente para recebe-la, mas pediu que eu lhe mostrasse a mansão e os aposentos onde fará seu trabalho.

– Ah por favor, me chame de Rose.

Assim que Rose passou pela grande porta de carvalho, estacou no lugar. Se por fora tudo era lindo, por dentro era ainda mais. A decoração era clássica com um toque de modernismo, havia diversas pinturas espalhadas pelas paredes, a sala era espaçosa com uma mesa de oito lugares, lustres de cristal e cortinas de seda.

– Essa é a sala principal, agora por favor, me acompanhe - ela deu um sorriso simpático - Alguém virá buscar suas malas e leva-las para os seus aposentos.

Os corredores eram extensos e largos, cobertos por quadros variados (o que deixou Rose maravilhada) e por incrível que pareça o chão tinha, de fato, aqueles longos tapetes vermelhos.

A sala de jantar era incrível, com uma linda e comprida mesa no centro, com uma sacada com vista para o lago, enfeitada por quadros e cabeça de animais entalhadas (Rose teve que reprimir a careta de desaprovação).

O salão das Artes era o lugar mais fascinante que Rose já havia colocado seus pés, o lugar era enorme e cada centímetro da parede coberta por uma pintura diferente, no centro um piano preto muitíssimo elegante.

A biblioteca era o sonho de consumo de qualquer amante de livros, as paredes eram cobertas por estantes de mogno que iam do teto ao chão, entupidas dos mais variados livros. Em um canto, havia uma lareira perto de alguns sofás, um local de leitura que Rose usaria sempre que pudesse.

Finalmente, a adorável criada (que Rose descobriu, chamar-se Loren) levou-a até o seu lugar de trabalho nas próximas semanas. Todo material era novo e estava perfeitamente guardado em uma estante pregada na parede, a sala tinha uma janela comprida (o que era bom, pois assim ficava bem iluminado) e a ruiva percebeu, alguns quadros separados no outro canto da sala.

A última parada era seu quarto, ou como Loren insistia dizer seu aposento. Os tons da parede eram claros e suaves, as cortinas da janela eram rosa claro combinando com a colcha da cama. Perto do armário, uma linda penteadeira branca toda trabalhada a mão com um espelho no centro e na outra parede uma porta, onde Rose imaginou que fosse o banheiro.

– O jantar será servido em uma hora, tem algo mais que eu possa fazer pela Senhorita?

Rose se virou para Loren.

– Ah… Não, está tudo ótimo.

Loren sorriu.

– Eu venho buscá-la, sei como é difícil se perder no castelo.

E fazendo uma pequena reverencia, Loren saiu fechando a porta atrás de si. Rose se jogou na cama.

Vão ser longas seis semanas.

[...]


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Notas finais do capítulo

Olá amores *-* Demorei um pouco dessa vez, né? Desculpem, mas o importante é que estou de voltaaa. E aqui está o capítulo que todos esperavam, Rose foi para Escócia (só de pensar neles tão distantes, meu coração dói).

* Então, a viciada em basquete sou eu *-* Acompanho todos os jogos da NBA, conheço muitos jogadores e gosto de alguns times, mas sou torcedora fiel do Miami Heat (LET'S GO HEAT) hahaha.

** Para quem é leitor novo (seja bem vindo) pode ignorar isso, porque eu já mudei no cap, mas só pra avisar quem é leitor antigo: eu tinha colocado que a Rose ia viajar por três semanas (mesmo sabendo que no filme eram seis), veja bem não queria que ela ficasse tanto tempo longe e tal. Mas ai eu pensei que ela vai voltar noiva e três semanas é mt pouco tempo para noivar (apesar que eu acho seis semanas pouco tempo também)... Enfim, só para avisar.

*** Mais alguém ai lembrou de outro portão (talvez verde com prata) que também tenha a letra "M"? *____*

Quem já viu "Made of Honor" sabe que eu fiz algumas mudanças em relação a viagem, a Hannah (personagem do filme equivalente a Rose) não fica hospedada na Casa dos McMurray e na verdade nem trabalha para eles, ela conhece o Colin quando ele resgata ela na tempestade. Mas aqui as coisas vão ser um pouco diferente.

Já disse e repito, vocês são os melhores leitores do mundo *w* Amei todos os comentários (como sempre). Whatever, estou fazendo maratona de Heroes, alguém ai gosta? *_____* Até o próximo amores.