Made Of Honor escrita por Jupiter rousse


Capítulo 5
Reunions


Notas iniciais do capítulo

Vejo vocês lá em baixo.



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Scorpius até mesmo estranhou quando amanheceu em sua própria casa, normalmente ele acabava adormecendo na casa das mulheres com quem dormia. Foi ai que se lembrou que não teve mulher nenhuma na noite passada, que ele tinha ido aquela porcaria de evento familiar.

Se levantou da cama preguiçosamente e foi tomar um banho para despertar, não que tivesse ajudado muito, já que mesmo depois de vestido o loiro parecia um zumbi de tanto sono*. Só começou a recobrar os sentidos quando tomou um gole no café quente e recém feito na sua cafeteira.

Estou passando tanto tempo com aquela ruiva que até peguei as manias dela, agora também estou viciado em café... pff... Por falar em ruiva ela tava bem estranha ontem na festa, deve ser TPM... ~ revirada de olhos mental, Mulheres...

[...]

– Olha só quem resolveu aparecer - Alvo o saudou com um bom tapa nas costas, daquele jeito bruto (que para eles é afetivo) que todos os homens se cumprimentam.

– Bom ver você também cara - Scorpius largou a bolsa com suas roupas na arquibancada.

– Scorpius - James sorriu para ele - Anda tão ocupado com as mulheres que resolveu nos abandonar?

– Nah, só a porra do trabalho mesmo.

O loiro sentia-se genuinamente feliz por estar de volta a quadra, com seus melhores amigos, aquele era o único momento que ele tinha para ficar livre das mulheres, tanto de Rose (que a ruiva não o escutasse falando isso) quanto das outras.

– E como vai a coleira, Luke? - ele não podia deixar de implicar com o amigo, James e Alvo riram.

– Vai se fuder Scorpius, você não sabe como é bom ter uma família

– É... Ele sabe como é dormir com uma mulher diferente toda noite - James provocou, a ironia escorrendo pela sua boca na segunda frase - Com certeza muito pior do que pirralhos te enchendo a paciência o dia todo.

– Família pode ser um pouco exaustiva sim - Luke fez uma careta lembrando - Mas ter um lar? Uma mulher que te ame? Estar com o seu filho quando ele aprende a falar, a andar, o primeiro dia da escola? Cara não tem preço em assistir uma criança descobrir as maravilhas do mundo.

– James acho melhor avisarmos a nossa irmã que o marido dela virou gay - Alvo riu, enquanto quicava uma bola de basquete, Scorpius dava um sorriso de canto e James se contorcia de tanto rir.

– É podem ficar me zoando - Luke avançou para cima de Alvo, tomando a bola dele - Mas um dia eu ainda vou ter o prazer de falar “eu te avisei”.

Scorpius começou a brincar com a bola, fazendo dribles.

– Por isso que eu tenho o melhor dos dois mundos, posso dormir com qualquer mulher que eu quiser, mas mesmo assim eu tenho a Rose.

Luke riu debochado.

– Isso pode ser o plano perfeito para você, mas duvido que ela esteja de bem com isso - Luke se esquivava de Alvo que tentava pegar a bola de volta.

– Por que? - o loiro franziu as sobrancelhas, confuso.

– Cara, ela é uma mulher - foi James que respondeu.

– E tem quase 30 - Alvo complementou.

– E mulheres com quase 30 só querem uma coisa, casar - Luke falou como se fosse óbvio - Tenho certeza que ficar esperando você voltar da sua transa, não é o que Rose quer pro resto da vida dela.

Scorpius parou de quicar a bola (claramente pensando no que Luke dissera) e rapidamente James a pegou dando mais alguns quiques, arremessando e fazendo uma linda cesta de três.

– Vamos parar de viadagem e vamos jogar? - Alvo reclamou irritado.

O loiro tentou não ficar com o que Luke dissera na cabeça, afinal na quadra, durante o jogo, pensamentos sobre mulheres eram inadmissíveis.

Então porque ainda estou pensando nisso? Argh, maldito Luke com malditas reflexões de gay.

[...]

– ROOOOOSE!

Toc. Toc. Toc.

A ruiva franziu o cenho ainda de olhos fechados, rolou pela cama e colocou o travesseiro em cima da cabeça, querendo abafar os barulhos.

– ROSEEEEEEEEEE

As batidas continuaram, irritada a ruiva tacou o travesseiro da parede e foi em passos pesados até a porta, ainda de olhos fechados, e destrancou a porta, deixando aquele ser barulhento entrar (que ela sabia muito bem quem era) e se tacou na cama novamente.

– Rose, faz séculos que você não me vê! - a outra ruiva reclamou indignada - E é assim que me recebe?

Rose enfiou a cara na cama e nos lençóis, querendo desesperadamente voltar a dormir. E por um segundo realmente achou que conseguiria, já que, por um milagre Lily havia calado a boca.

Mas então ela sentiu o travesseiro batendo contra sua cabeça, uma, duas, três, quat...

– JÁ CHEGA, LILY - revirando os olhos sentou na cama - Que droga não pode ter um pouco de paz nem no próprio apartamento.

– Eu estou fedendo por acaso? - Lily reclamou indignada, Rose a olhou como se um chifre tivesse nascido no meio da testa dela - Primeiro o meu marido me abandona em casa para jogar basquete, depois a minha mãe resolve aparecer lá em casa e os meus filhos esquecem da minha existência e ai eu venho visitar a minha melhor amiga que prefere dormir a ter minha companhia.

Ah deus... Lily nunca muda, carente e dramática.

– Argh sua pirralha vem aqui - Rose abriu os braços e abrindo um sorriso em meio as lágrimas falsa, Lily se atirou nela.

Desde que eram pequenas as duas ruivas eram inseparáveis, e por Lily ser dois anos mais nova, Rose sempre a chamou de pirralha, mesmo agora quando já eram adultas. Não que Lily aprovasse esse apelido.

– Se eu não tivesse tão carente, te dava um soco pelo pirralha - Lily fungou, continuando com seu teatro infantil. - Me conta tudo, Rose, quero saber das novidades, estava com saudade sua peste.

Rose levantou da cama, separando uma muda de roupa e entrando no banheiro.

– A culpa não é minha se você só quer saber do seu marido e dos meus lindos afilhados.

Lily revirou os olhos.

– Pelo menos eu não te troquei por uma doninha albina.

Mesmo estando de baixo do chuveiro, Rose conseguia ouvi-la e riu do comentário.

– Qual é pirralha, você sabe que é insubstituível.

Lily bufou.

– Você e o Luke vivem dizendo a mesma coisa, não sei porque não acredito em vocês.

Rose saiu enrolada em uma toalha, com os cabelos pingando, enquanto colocava a roupa.

– Porque você é um ser carente e ciumento, Lily.

– Só cuido do que é meu ruiva - e deu uma piscadela.

Rose colocou um vestido azul, mais escuro do que seus olhos, e uma rasteirinha prata.

– Então... - virou-se para a amiga - Para onde vamos?

Lily abriu um sorriso malicioso, que quase fez Rose se arrepender, quase.

[...]

Rose sabia que quando se trata de Lily, compras sempre devem ser uma suspeita. Por isso, não foi surpresa nenhuma quando as duas entraram em uma loja de departamento com sete andares.

E é claro que Lily, sempre tentaria subornar a ruiva a fazer o que quer, afinal aquela loja não tinha sido escolhido por acaso, Rose sabia muito bem que o último andar era o Cheesecake Factory** (simplesmente o restaurante favorito dela).

Como Rose tinha dormido demais, já estava na hora do almoço, então o restaurante foi a primeira parada das duas.

– Então, qual era a novidade que você queria me contar? - Lily sentou-se, colocando sua bolsa apoiada na cadeira.

As duas tinham sentado em uma mesa ao lado da enorme janela de vidro, que tinha uma linda vista da cidade, podiam ver com facilidade os nova-iorquinos correndo apressados pelas movimentadas ruas da cidade.

– Bom... Ontem à noite eu recebi uma incrível proposta de trabalho.

Lily abaixou o cardápio, olhando com uma expressão descrente para Rose.

– Se a sua incrível novidade tem a ver com trabalho, querida você realmente precisa fazer sexo.

Impaciente, a ruiva revirou os olhos e bufou.

– Quer calar a boca e me deixar contar? - suspirou pesadamente - Eu recebi um convite para restaurar alguns quadros na Escócia.

Lily quase cuspiu o vinho fora, arregalando os olhos verdes.

– Escócia???? - Ela quase berrou, o que fez Rose afundar na cadeira.

– Não para lua - revirou os olhos - Sim, Escócia.

– Ai meu deus - a ruiva parecia que ia voar de tanta felicidade - Rose isso é perfeito, você pode conhecer um escocês e finalmente desencalhar.

Em todas as coisas que ela poderia pensar, em todas as paisagens, na cultura, na oportunidade, é claro que Lily tem que pensar nos homens.

– Hey! Eu não sou encalhada.

Lily estreitou os olhos, descrente.

– A quanto tempo você não faz sexo?

– LILY! - sentiu que corava - Você só pensa nisso?

– No que mais eu pensaria? - deu um longo gole no vinho e Rose percebeu que ela estava se divertindo com a situação - E você não respondeu minha pergunta.

Rose riu nervosamente e de repente sua comida se tornou extremamente interessante.

– Rose?

– Hum - ela não tirou os olhos do prato.

– Quanto tempo?

– Sete meses - falou rápido, bebendo o vinho logo em seguida.

– O que? Eu não ouvi.

–Sete meses

– Rose, dá pra falar mais alto?

– SETE MESES - e bateu as mãos na mesa irritada.

– PUTA MERDA! - Lily gritou assustada - SETE MESES?

Envergonhadas, as duas perceberam que o restaurante inteiro as olhava, Rose afundou (se possível) ainda mais na cadeira.

– Ai meu deus - agora Lily sussurrava - Sete meses?

– Argh, para de me olhar com essa cara.

– Como você vive?

– Fica quieta Lily, eu tenho estado muito ocupada com o trabalho.

– Ah ninguém está ocupado demais pra sexo.

– Lily! - Rose exclamou irritada - Chega desse assunto, vamos comer logo a sobremesa e dar o fora daqui antes que eu morra de vergonha.

[...]

– Por que não?

Pela milésima vez, a ruiva revirou os olhos.

– Porque é uma idéia estúpida.

Depois de pagarem a conta, as duas praticamente voaram para fora do restaurante, indo passear pelos andares e agora indo para a seção feminina.

– Não, é uma idéia brilhante - Lily corrigiu.

– Já disse que eu não vou fazer isso.

– Qual o mal em comprar uma lingerie? O máximo que pode acontecer, é você não usar. - a ruiva fez biquinho - Por favoooor.

– Lily...

– Por favoooooor.

Rose soube que era inútil discutir quando Lily fazia aquela cara de cachorro pidão.

– Você me paga, pirralha.

Lily deu um gritinho feliz e saiu arrastando Rose para a seção de lingeries.

– Sabe, eu vou até aproveitar esse momento e comprar uma pra mim - ela sorriu sapeca - Minha mãe vai levar as crianças para casa hoje, Luke e eu teremos a casa só para gente... Sabe o quanto isso é raro?

A ruiva não pode deixar de rir.

– Ah Rose... nós vamos escolher uma lingerie linda e sexy para você -Lily sorriu animada - E faça- me o favor de arrumar um escocês maravilhoso e fazer bom uso dela.

E o resto da tarde, Rose passou experimentou lingeries. Ela podia matar Lily, ou quem sabe, talvez a ruiva tivesse dado uma boa idéia.

[...]


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Notas finais do capítulo

Olá lindos leitores *-*

E ai está mais um capítulo, a diva da Lily apareceu (não podia deixar de colocar ela, mais maliciosa do que nunca devo acrescentar). Os meninos também tiveram uma rápida participação, mas pra quem viu o filme sabe que eles vão ser muito importantes ainda.

Já repararam que eu uso muito "pra", quer dizer colocar "para" nas frases dos personagens, é impossível pra mim já que ninguém fala "para" de verdade.

Quando eu fui escrever esse capítulo tive que passar por uma barreira, eu vivia colocando "ruiva" pra me referir a Rose ou Lily, mas ai eu lembrava que as duas são ruivas e eu tinha que trocar e colocar o nome delas.

* Sobre parecer um zumbi quando acorda, essa com certeza sou eu (com toda a minha graciosidade hahaha).

** Cheesecake Factory é um restaurante (maravilhoso) onde você pode comer os melhores cheesecakes do mundo, sem exagero nenhum (se você nunca comeu lá, por favor, vá urgentemente).