Made Of Honor escrita por Jupiter rousse


Capítulo 31
Closer


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, nos falamos lá embaixo, ok?



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O que ela deveria fazer numa situações daquela? Rose não fazia idéia. Apenas sabia que não poderia entrar naquele quarto, não quando Colin estava adormecido ali.

 

Então fez o que seu corpo parecia estar lhe implorando por dias e correu. Correu para longe de tudo e todos, tropeçando pelos corredores e deixando que seus soluços rompessem em seu peito. Correu cega pelas lágrimas, correu ignorando a dor em seus pulmões, correu deixando que sua mente transbordasse com suas agonias.

 

Chegava a ser completamente irônico como Rose sempre chamava Lily de pirralha, mas quem estava chorando mais desamparada que nunca, em frente a porta do quarto de sua mãe, era ela.

 

Hermione não precisou nem ao menos pensar duas vezes antes de acudir a filha em seus braços. Sequer parecia desorientada pelo sono, apenas deixou que a ruiva deixasse as lágrimas cair. Estavam no hall do quarto e Rose podia imaginar que seu pai dormia atrás da outra porta a sua esquerda, mas nem mesmo o temor de acordá-lo conseguira fazer com que ela segurasse o choro.

 

Hermione Granger era a melhor mãe que ela poderia pedir e sempre era sua primeira opção quando as coisas não fluíam como esperado. Não havia ninguém no mundo inteiro que pudesse compartilhar conselhos tão preciosos, que sabia exatamente a confusão que se passava em sua cabeça ou que trazia mais conforto nesse momento caótico.

 

Esperara pacientemente até que se acalmasse, que conseguisse organizar seus pensamentos para lhe perguntar o que houve. E sem medo de ser julgada, Rose lhe contara tudo. Todas as suas confusões, suas incertezas, seus medos… E Hermione não havia vacilado uma vez sequer, continuando com a carícia em seu cabelo, deixando que os dedos finos corressem pelos fios ruivos.

 

— Sabe, Rose - ela suspirou - Uma vez quando você era pequena, você cismou que queria ir num parque de diversões. Era tudo o que você falava por semanas, então eu e seu pai te levamos para passar um final de semana lá. Quando você chegou seus olhos brilhavam de tanta felicidade. - Rose deu um meio sorriso, pois se lembrava daquela história - Mas, no primeiro brinquedo que você foi, você voltou correndo para o nosso colo. Você nem tinha entrado e queria voltar porque estava com medo.

 

Rose se levantou do colo da mãe para encara-la.

 

— Não estou querendo dizer que você é medrosa, longe disso - ela limpou as lágrimas que escorriam por suas bochechas - Mas você mesmo se sabota antes mesmo de tentar…

 

Ela abriu a boca para responder, era a mais pura verdade e Rose sabia. No entanto, Hermione emendou a frase antes mesmo que a ruiva tivesse uma chance.

 

— O que eu estou querendo dizer, querida - então ela sorriu, um sorriso que carregava toda experiência própria - É que existem vários amores por ai, amores seguros e que nos fazem muito bem, mas grandes amores… Grandes amores não são feitos para serem seguros, eles são intensos por natureza. Eles te enlouquecem, mexem com você, te deixam inseguro e te trazem mais felicidade do que você acharia possível. O que eu estou tentando dizer, Rose, é se permita senti-lo. Se permita realmente experimentar, para ai sim, tirar suas conclusões. Você acha que tudo vai dar errado antes mesmo de começar…

 

— Mas mãe - ela engoliu em seco - E se ele não me quiser?

 

Ela sacudiu a cabeça, apoiando a mão em seu rosto.

 

— Mas e se ele quiser, boba? Não vê que sempre existem dois lados de uma história e você sempre escolhe olhar para o pior…

 

Então a ruiva mordeu o lábio inferior, afinal não era novidade sua mãe estar certa. Rose estava esperando pelo momento que deixariam de estar com medo e demorou, mas agora ela entendia que esse momento jamais chegaria. Ela tinha que correr atrás do que queria.

 

— Obrigada, mãe - abraçou-a com toda força e amor que tinha.

 

E antes mesmo que desse tempo de Hermione decidir, já havia disparado corredor a fora.

[…]

 

Ninguém disse que seria fácil, mas Rose não poderia viver consigo mesma se não lhe desse ao menos uma explicação. E apenas uma mensagem ou uma carta, não bastariam, apesar de serem opções tão tão mais fáceis. Mas ninguém merecia ser dispensado assim, não mesmo.

 

Sentia todo seu corpo tremendo quando deu as três batidas na porta do quarto deles, bom, do que costumava ser o quarto deles.

 

O sorriso do rosto ruivo desapareceu no segundo que a viu, com o rosto vermelho e levemente inchado, cheio de lágrimas nos olhos. E podia parecer paranóia da parte dela, mas algo lhe dizia que Colin sabia exatamente o que ela estava prestes a dizer.

 

— Me perdoe - ela voltou a repetir depois de tanto silêncio.

 

Ele não havia dito uma palavra desde que Rose largara toda história em cima dele, seus olhos apenas estavam um pouco marejados e ele encarava um ponto fixo. Todo aquele silêncio estava enlouquecendo-a, imaginava gritos e frustrações, mas aquele silêncio era mil vezes pior. Ela quase podia ouvir o coração dele quebrando. E a sensação era agonizante.

 

— Eu não quis que nada disso acontecesse - confessou, novamente - Eu realmente achava que poderia ser feliz com você, acredite eu te amo, mas…

 

— Eu não sou ele - Colin riu, suas palavras saindo tão irônicas e amargas quanto a própria risada.

 

Rose se calou, o que ela poderia dizer afinal? Havia o magoado de maneira tão profunda que não conseguia pensar em nada que pudesse fazer para que ele se sentisse melhor. Talvez, porque não houvesse nada mesmo que pudesse fazer.

 

— Me desculpe - ela abaixou os olhos para as mãos que repousavam em seu colo - Eu nunca quis te machucar.

 

— As coisas nem sempre saem como planejamos - ele deu de ombros, estava inconformado e mesmo assim parecia não querer machucá-la, gritar com ela…

 

— Você é o cara perfeito, Colin - suspirou, realmente sentia-se terrível pela situação - E um dia você vai achar alguém que te ame ao ponto de largar tudo por você, você merece isso.

 

O ruivo assentiu e com um último beijo na testa dela, saiu dali.

 

[…]

E assim que terminou de juntar algumas peças de roupa e colocou tudo na sua mochila, Rose saiu de fininho do quarto. A essa hora, as pessoas já estariam acordadas e ela não queria encontrar ninguém, bom quase ninguém. 

"Decidi que não quero mais ser covarde.

 

Temos uma vida inteira para construir, isso é claro, se você ainda estiver disposto…

 

Plataforma 9 3/4, 20h. Te espero lá.

 

— R.W."


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Notas finais do capítulo

Primeiro de tudo, DESCULPEM pela demora... Mas nessa semana de provas, final de período na facul, mil trabalhos para entregar tudo tem estado uma loucura completa! E para piorar, eu ainda fiquei super doente (fui para no hospital e tudo), super drama queen aqui, mas eu to bem mal de vdd :( Agora que to tomando antibiótico devo melhorar, mas eu tava sem condições até de sentar em frente ao computador... MAS hj fiz o esforço p vcs não morrerem de ansiedade.

Segundo, eu sei que o cap está curtinho, mas juro que ele é muito importante para resolver as coisas e não podia não existir ele... QUE AMORZINHO ESSA SENHORA HERMIONE GRANGER APARECENDO EIN? *-*

VOCÊS SE SUPERARAM NOS ÚLTIMOS REVIEWS QUASE INFARTEI COM TAMANHO CARINHO *-* NÃO canso de dizer nunca que vocês são maravilhosos.

O próximo sai amanha :))) TO APAIXONADA POR ESSA MENSAGEM DA ROSE!

Beijinhos



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