Made Of Honor escrita por Jupiter rousse


Capítulo 24
The Game


Notas iniciais do capítulo

HELLO, aqui estou eu! Sinto muito por não ter postado na sexta (que é o dia em que eu normalmente atualizo a fic), mas como foi greve geral eu acabei indo nas manifestações e isso ocupou meu dia! De qualquer sorte, acho que vocês vão concordar comigo que VALEU TOTALMENTE A ESPERA PQ ESSE CAPITULO....... Ficarei quieta para não dar spoilers, LEIAM LEIAM LEIAM ;)



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Rose odiava chegar atrasada nos lugares. E ela fazia tudo que estava ao seu alcance para que não chegasse, poderia ser uma verdadeira control freak como já fora diversas vezes apelidada. No entanto, se tinha algo que ela não podia controlar, era o trânsito infernal de Nova York.

“Tenho certeza, Scorp… Não precisa me buscar, nos encontramos lá.”

 

Antes ela tivesse aceitado a carona do loiro que sempre buscava rotas alternativas para fugir do trânsito. Rose não teve nem a chance de dar as instruções ao motorista, andava tão distraída que quando viu ele já havia entrado na 5th avenue completamente engarrafada… Ainda mais em dia de jogo.

 Da final, que Scorpius conseguiu os melhores acentos.

A ruiva bufou e voltou a fitar a janela, parecia ridículo ela estar sentindo seu estômago embrulhando como se estivesse indo para um primeiro encontro. Mas era assim que seu corpo parecia reagir.

Mais buzinas soaram e ela esfregou as mãos suadas na calça escura que usava. Por cima, sua blusa grandona e confortável do Knicks.

Começou a sacudir a perna direita para cima e para baixo, ouvindo sua bota fazer um barulho engraçado de encontro ao carpete do carro.

O telefone do motorista voltou a tocar, era pelo menos a quinta vez que alguém o ligava naqueles últimos 20 minutos.

— Sabe - ela tirou alguns trocados da carteira - Acho que vou andando, falta apenas um quarteirão.

E ela mal viu o olhar de indiferença que ele lhe lançou, apenas saiu disparando rua a cima na vaga esperança que andar e o ar puro tranquilizariam seu nervosismo.

[…]

— Francamente, se eu contasse todas as vezes que a Senhorita Pontual Weasley reclamou que eu me atrasei… Tsc - ele deu um sorriso malicioso - Quem diria não é mesmo?

Rose, que estava ofegante pelo ritmo apressado de caminhada que fizera, se limitou a rolar os olhos.

— Eu não. - ela respirou fundo buscando por ar - Culpa do trânsito e sim eu devia ter aceitado a sua carona, agora vamos entrar pelo amor de deus, preciso de água e ar condicionado.

 

E Scorpius se limitou a rir, claro, como o bom idiota apaixonada que ele era. Estendeu o braço para ela, como aqueles mocinho de filme antigo, e soltou alguma piadinha sobre ter que carregá-la o que resultou em um tapa estalado no braço dele.

 

Entrar pela segurança do Estádio foi um processo rápido, uma vez que os dois estavam com ingresso VIP. Aquilo tudo ainda parecia muito surreal para Rose.

Quando eles saíram do luxuoso corredor cheio de quadros das lendas de basquete e troféus conquistados pelo Knicks, deram de cara para a magnífica quadra do Madison Square Garden.

 

Os jogadores já estavam em quadra com a roupa de aquecimento, apenas fazendo alguns arremessos e alongamentos. Rose, agradeceu por Scorpius estar segurando seu braço e poder puxá-la até o assento deles, pois se estivesse sozinha ficaria parada boquiaberta onde estava.

A euforia de jogo sempre fora algo que ela amara. E esse amor, ela sabia, foi plantado e cultivado por Scorpius ao longo da amizade dos dois. Já tinham é claro, ido a vários jogos antes, mas nunca num lugar como aquele. Nunca numa final.

Então toda aquela emoção parecia nova para ela, a flor da pele, em cada centímetro de seu corpo. Mal ouvindo quando o loiro disse que ia buscar algo para comerem, apenas deixou que seus joelhos cedessem e sentou na cadeira dentro da quadra.

E VAMOS DAR CONTINUIDADE A ESSA NOITE INCRÍVEL SENHORAS E SENHORESSSSSS. ENQUANTO NOSSOS JOGADORES SE AQUECEM, PREPAREM-SE PARA O SHOW QUE PREPARAMOS PARA VOCÊS HOJE!

Quase não prestava atenção no locutor, afinal como poderia estando a menos de um metro do jogadores? Podia ver perfeitamente o momento em que pulavam para fazer o melhor arremesso, o deslizar de seus tênis na quadra, o quicar da bola. Não tinha como não se sentir extremamente encantada naquele momento.

 

— Eu devia ter trazido um par extra de guardanapo só para limpar a sua baba, ruiva.

Foi assim que Rose despertou, aceitando o cachorro quente que ele lhe estendia e o copo de refrigerante. Sua boca chegou a salivar no momento em que sua mão sentiu como estava geladinho, seria de bom grado para sua garganta tão tão seca.

— Você devia desistir de ser advogado e começar a fazer comédia stand up.

— Nossa ruiva, eu esperava um humor melhor para alguém que está prestes a ver o time ser campeão.

— Eu não consigo prestar atenção em você com esses deuses do basquete na minha frente.

— Ei - ele deu um peteleco no ombro dela - EU sou um deus do basquete.

— Jogador amador, vai… - ela fez uma careta, sabendo que ele ficaria irritado.

Scorpius teve que fazer um esforço realmente divino para não desfazer o seu bico quando Rose começou a gargalhar dele.

— AI Scorp. Para com isso! - ela colocou um braço por cima do ombro dele, abraçando-o de lado - A apresentação dos jogadores vai começar! 

[…]

 

— Graças a DEUS! - Rose pulou da cadeira quando a sirene anunciou o intervalo e saiu destrambelhada correndo até as laterais do estádio.

— EU AVISEI PARA NÃO BEBER TODO O REFRIGERANTE!

 

Se a ruiva não estivesse tão apertada, fatalmente ela morreria de vergonha por Scorpius estar gritando desse jeito. Mas como sua única preocupação era chegar ao banheiro, nem ao menos se deu o trabalho de por a mão no rosto envergonhada.

Vendo aquelas cabeleiras desaparecerem no corredor, Scorpius riu. A bexiga dela sempre foi descontrolada. Os dois mal conseguiam terminar de ver um filme sem que Rose precisasse parar para ir ao banheiro.

À sua frente, uma das cheerleaders piscou para ele. Scorpius ignorou-a, como tinha feito nas últimas semanas com qualquer mulher que desse mole. Não que ele não a achasse bonita ou que se ego não tivesse sido acariciado, apenas não sentia que valia a pena. Não valia a pena porque seria apenas sexo por sexo, ele queria Rose e era isso que ocupava seus pensamentos.

 

VAMOS LÁ MADSON SQUARE, QUE COMECE O SHOW DO INTERVALO.

Estava tão distraído que nem ao menos vira quando sua melhor amiga despencou na cadeira ao lado. Mas sua atenção logo se voltou para a quadra novamente, que agora além das cheerleaders que se apresentavam também tinha o mascote do time com uma espécie de “arremessa camisas" gigante. Era normal durante os jogos esse tipo de atração.

EU QUERO VER ESSA OLA COMEÇANDO DA DIREITA.

O público gritava e se movimentava conforme as instruções do locutor. Algumas pessoas brigavam para ganhar as camisas que estavam sendo arremessadas, por eles estarem na fileira dentro da quadra receberam uma quase que instantaneamente.

OS BOATOS SÃO QUE TEMOS VÁRIOS CASAIS ESSA NOITE, VAMOS VER ESSES BEIJOS QUE VÃO ESQUENTAR O CLIMA AQUI NA ARENA MSG.

Como o clássico, de qualquer filme americano, os telões espalhados pela arena começaram a mostrar casais ao longo do estádio na moldura de um coração rosa. O público gritava para que eles se beijassem e quando o faziam corações rosas estouravam na tela. Era ridículo, era brega, era tradição.

Também era engraçado, pois vários casais pareciam demorar séculos para perceberem que a câmera apontava para eles. Tinham casais mais divertidos que davam beijos esquisitos e engraçados. Casais mais velhos que pareciam casados a anos, casais de adolescentes no primeiro amor e até mesmo duas criancinhas que deram um beijo estalado na bochecha.

Seu celular tocou mais uma vez e irritada Rose abriu novamente sua bolsa. Cinco chamadas perdidas de Meu amor.

“querida, já está no jogo?”

“acabei de ver aquele filme que vimos no nosso terceiro encontro aqui”

“mal posso esperar para te ver amanhã, chega logo!”

“tudo em ordem para o seu voo?”

Rose não conseguiu evitar a vontade de revirar os olhos, antes achava fofo o fato de Colin mandar mensagem para ela perguntando como estava… Agora achava no mínimo sufocante e as vezes forçado. Suspirou e guardou novamente o celular.

 

— Ei, quer um chiclete?

Ela abriu um sorriso. Menta, seu favorito.

— E quando eu recuso um? - colocando dois na boca.

 

— EI! - ele reclamou - Eu te ofereci um, não o pacote inteiro.

 

Scorpius, como a boa criança que era, pegou o pacote da mão dela com violência.

— SCORPIUS!

Mas digamos que Rose Weasley não era exatamente madura nessas horas, então se lançou para cima dele tentando pegar o pacote que ele estendia com seu braço direito para o lado.

— Não me faça apelar, Malfoy. - ela cerrou os olhos.

— Bring it on, Weasley.

Ele era bem mais alto que ela e é claro, usaria isso ao seu favor. Sacudia a mão como o bom idiota que era, o mais alto que conseguia se esticar. Rose segurou na barra de seu casaco, tentando puxar o braço dele para baixo, mas Scorpius era forte e não sabia perder.

Parece que tem alguém de olho em vocês, crianças - um velhinho de aproximadamente 60 anos, que carregava uma bandeja cheia de doces, sorriu para eles apontando para cima.

Rose estancou no lugar com os olhos arregalados e Scorpius quase deixou o chiclete cair no chão. A ruiva encontrava-se debruçada sobre ele, com uma mão puxando o casaco dele na altura do ombro e outra mão no braço esticado. Scorpius segurava o braço da ruiva, sua cabeça levemente inclinada em sua direção e o braço direito esticado para cima.

Foi estranho e, com certeza, um choque ver seus rostos no telão. Seu único conforto é que Rose parecia tão ou mais sem graça do que ele… Enquanto seu rosto estava apenas levemente avermelhado, o da ruiva estava da cor dos seus cabelos.

ORA ORA, PARECE QUE NÓS ATRAPALHAMOS A BRINCADEIRA DO CASAL, NÃO É MESMO?

A moldura do coração encaixava perfeitamente deixando os dois, naquela posição desconfortável, bem alinhados no meio. Parecendo se recuperar parcialmente do choque, Scorpius abaixou o braço e Rose encostou-se na sua poltrona, esperando magicamente que o foco da câmera mudasse e saísse deles.

Não saiu.

PARECE QUE ALGUÉM PRECISA DE UM INCENTIVO, VAMOS FAZER BARULHO MADSON SQUARE!

E como se nada pudesse tornar a situação mais constrangedora, o estádio inteiro começou a fazer barulho. Eles podiam até mesmo ouvir as pessoas perto deles, gritando para que se beijassem.

Scorpius jurava que não faria nada. E ele tinha a melhor das intenções, mas em um momento de desespero, os dois se encararam buscando por uma resposta de como sair daquela situação. Foi esse o erro.

Talvez fosse a confusão de sentimentos que tomava os dois nas últimas semanas ou talvez apenas o calor do momento que fez com que, mesmo hesitantes, eles se inclinassem. Pareciam, completamente, apáticos ao mundo lá fora, ao barulho, as pessoas e se concentravam única e exclusivamente neles próprios.

A troca de respiração tão perto fez com que o estômago de Rose embrulhasse e Scorpius sentiu como se algo afundasse em sua barriga. No entanto, não era nervoso que sentiam. Se é que conseguiam diferenciar alguma coisa, além do calor que parecia queimar entre eles. Quando a mão dele deslizou para trás do pescoço dela, acariciando os fios ruivos, Rose perdeu a consciência do que fazia. Sua mão que repousava na perna dele, por impulso, apertou sua coxa e isso fez com que Scorpius fechasse os olhos. E então, simples assim, não havia mais distância entre eles.

Foi mais que um selinho, ainda que não tenha sido um beijo de fato. Primeiro, seus lábios roçaram lentamente, se reconhecendo, adquirindo a noção de aquilo estava mesmo acontecendo. Tão lentamente e de maneira tão torturante que fez com que ambos implorassem por mais. Scorpius investiu, devagar, prendendo o lábio dela entre os seus. Era uma pressão forte, talvez desesperada, intensa. Se afastou um pouco, temendo que fosse perder todo seu auto-controle, se é que ainda tinha algum. E estava quase abrindo os olhos quando sentiu Rose puxar seu lábio inferior para perto dela, os dedos finos se enroscando nos fios loiros. E era visível que os dois queriam, mais que tudo, aprofundar aquele beijo. Mas por algum motivo, talvez ironia do destino, se afastaram devagar… As testas coladas. Os olhos fechados. As bocas entreabertas. O coração disparado e a respiração ofegante.


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Notas finais do capítulo

AHHHHHHHHH EU NÃO ME AGUENTO COM ELES *-* O TÃO ESPERADO BEIJO SAIU! Vocês não tem noção de quantas vezes eu escrevi essa cena, morrendo de medo que não ficasse perfeitinha do jeito que eu queria. Mas no final, acho que estou satisfeita com o resultado...

Não posso falar muito se não darei spoilers....................... Mas estou louca para saber o que vocês acharam hehehehe. Já deu para perceber que no próximo estamos indo para a Escócia, não é mesmo? Isso, infelizmente, quer dizer que temos poucos capítulos pela frente :(

Ps: Gente eu amo basquete, me empolguei descrevendo o jogo *-*

Até o próximo, queridos!
Bjssss



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