Made Of Honor escrita por Jupiter rousse


Capítulo 10
New Things




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O dia pareceu se arrastar. Não que Rose estivesse nervosa ou algo tipo. É claro que não. Curiosa sim, mas não nervosa.

Não podia deixar de imaginar onde Duques levam mulheres em um primeiro encontro e teve certeza que provavelmente não teria uma roupa adequada, já que não tinha colocado um vestido arrumado na mala.

Rose bufou irritada quando percebeu que já fazia uns dez minutos que estava com o pincel erguido em direção a tela e não tinha feito nada ainda. Molhou novamente o pincel na tinha e começou a imitar as pinceladas do autor, sobrepondo com a tinta nova.

Passaram-se alguns minutos e a ruiva ficou satisfeita por conseguir terminar o rosto da pintura já que era a parte mais difícil. Ela limpou suas mãos em um pano sujo de tinta que deixava na bancada e pegou o celular.

Lily atendeu no segundo toque.

– ROSE QUER ME MATAR DE PREOCUPAÇÃO?

Ela tirou o telefone da orelha, temendo que ficasse surda.

– Oi Lily, tudo bem com você? Comigo também! - sua voz transbordava sarcasmo.

– Desculpe, mas você nem me ligou pra avisar que chegou! - sua voz soava chorosa. Rose revirou os olhos.

– Foi mal pirralha, mas eu to ligando agora.

– Pelo menos isso - sua voz mudou abruptamente - E ai? Já conheceu algum escocês gostoso?

Rose mordeu o lábio inferior.

– Na verdade sim.

Dessa vez ela nem esperou pelos gritos, já tirou o telefone da orelha.

Assim que Lily se acalmou, a ruiva começou a contar o que acontecera. Lily quis matá-la quando descobriu que ele era um Duque, ou um quase Duque. Depois de muitos gritos, ataques e broncas (da parte de Rose obviamente), Lily finalmente revelou uma informação crucial.

– Pode agradecer por ter uma amiga como eu, Rosinha - A ruiva ignorou o apelido - Quando for para o seu quarto, olhe na primeira abertura da sua mala, tenho que ir. Amanhã eu te ligo porque quero saber T-U-D-O desse encontro. Beijos.

Rose franziu o cenho, ela não lembrava de ter colocado nada na primeira abertura da mala.

[…]

– Awww Scorpius essa fila está gigantesca, tem dezenas de confeitarias em NY - ela fez um biquinho quase tão irritante quanto sua voz, quase– Vamos embora, vai…

Foi com muita força de vontade que o loiro não revirou os olhos, pacientemente (ou nem tanto assim) ele explicou pela vigésima vez que nenhuma confeitaria se comparava aquela e por isso valia a espera.

– Vamos jogar um jogo? - sugere, tentando desesperadamente distrai-la.

A mulher loira deu um pulinho batendo palmas animada e sorriu para ele. Scorpius se sentiu um animador de festa infantil.

– Eu adoro jogos!

– Certo, tente adivinhar qual sobremesa eu vou comer.

Ela franziu o cenho, com uma cara extremamente confusa.

– Qual é a graça disso?

– Vai ser divertido - insistiu.

– Ah… Torta de amoras.

Assim que essas palavras saíram da boca dela, toda vontade que o loiro tinha de fazer aquilo funcionar se esvaiu.

– Eu sou terrivelmente alérgico a amoras, acho que você tem razão, esse jogo não tem graça mesmo.

Desviou os olhos para a vitrine cheia de doces deliciosos.

Ela saberia que eu sou alérgico a amoras.

Soltou um suspiro e se virou novamente para a loira ao seu lado, escutando-a tagarelar alguma coisa sobre uma nova coleção de esmalte.

Foi quase inevitável pensar em tintas, pensar nela.

[…]

Quando Rose saiu do banho teve certeza de que não poderia adiar mais. Ela tinha que abrir logo aquela mala e ver seja lá o que for que Lily colocou lá dentro. Conhecendo a ruiva, não deveria ser nada apropriado.

Ainda enrolada na toalha e sentindo o vapor quente do banheiro preenchendo o quarto, a ruiva deslizou o zíper para o lado, quase que inconscientemente os olhos azuis saltaram das órbitas.

Reconheceu de imediato as lingeries que Lily a convencera a comprar. Por mais que achasse as peças desconfortáveis e completamente fora da realidade do dia a dia, Rose tinha que admitir que eram bonitas. Seus olhos correram pelo outro lado, identificando um lindo salto alto de veludo preto e por fim um dos vestidos mais bonitos que Rose já vira (com certeza para uma festa) e ao seu lado um vestido casual que era simplesmente encantador.

Era um tom de azul que chegava perto a cor dos olhos dela. O vestido valorizava o busto e a cintura, alargando um pouco nos quadris e ficando rodado no final (perto do meio das coxas). Uma fita branca contornava sua cintura fina, combinando com o colar de pérolas em seu pescoço e com a sapatilha que usava.

Deixou os cabelos soltos normalmente e não passou muito maquiagem, afinal não queria que Colin achasse que ela estava se arrumando muito. Mas também não podia ir desleixada.

Ser mulher é tão complicado.

Borrifou um pouco do seu perfume favorito nos pulsos e no pescoço, sorriu satisfeita ao se olhar no espelho. A cor e o estilo do vestido a deixavam parecendo com uma menininha, no entanto o decote avantajado e os lábios vermelhos compensavam, deixando-a com uma aparência sensual ao mesmo tempo.

A ruiva teve dificuldade em lembrar quando fora a última vez que se arrumara para um “encontro”. Não conseguiu pensar em nada, a não ser é claro as inúmeras vezes que saia com Scorpius, o que obviamente não eram encontros.

Infelizmente.

Toc. Toc. Toc.

Por algum motivo, Rose ficou nervosa. E, o que foi ainda mais estranho, ela gostou do estômago embrulhando.

– Espero que não tenha chegado em hora inconveniente.

A ruiva balançou a cabeça.

– De jeito nenhum - fechou a porta atrás de si - Onde vamos?

Colin abriu um sorriso lindo.

– Não muito longe daqui - e ofereceu o braço para ela, que aceitou prontamente.

Os dois foram caminhando pelos corredores confusos da mansão enquanto jogavam conversa fora. Ela estava curiosa para saber aonde iam. Quando reparou na roupa dele, ficou surpresa ao constar que Colin usava uma bermuda quadriculada com uma camisa polo. Uma roupa um tanto normal.

Depois de alguns minutos de caminhada pararam em frente a uma porta metálica, Colin segurou a porta e fez uma reverencia indicando que ela deveria entrar primeiro. Rose não teve certeza se ele estava imitando os mocinhos de filmes antigos ou se, de fato, fora criado dessa maneira. Pelo jeito que ele falava, seu dinheiro estava na segunda opção.

Se as roupas do Duque - ou quase Duque, corrigiu sua mente - a surpreenderam, ela nem sabia o que dizer sobre aquilo.

A porta dava para a cozinha. Uma bancada de metal se estendia por praticamente todo o comprimento do lugar, utensílios de primeira qualidade estavam perfeitamente espalhados e organizados em armários e prateleiras. No fundo, tinha uma dispensa enorme repleta dos mais variados alimentos. Rose percebeu que todos os funcionários haviam sido dispensados.

– Permita-me.

Colin aproximou-se dela silenciosamente, colocando uma das tiras do avental ao redor de seus pescoço. Seus dedos roçaram na nuca dela enquanto removia os fios do cabelo ruivo e sedoso, passando rapidamente por seus ombros as mãos desceram até a cintura onde ele amarrou a outra tira.

Ela tentava não se mexer muito, sentindo os braços torneados ao redor de seu corpo enquanto Colin dava o nó atrás de suas costas, a respiração dele tão perto a deixava nervosa. Quando se afastou, o ruivo sorria. *

– Fico feliz que tenha conseguido.

Rose pareceu sair de seu transe.

– O q-q-ue? - gaguejou ainda desnorteada.

– Te surpreender - antes que ela pudesse falar qualquer coisa, Colin a puxou para perto da bancada - Hoje, nós vamos cozinhar.

Ela arqueou as sobrancelhas.

– Oh não sabia que você cozinhava, Vossa Majestade, com tantos criados para lhe servir… Peço somente que seja cuidadoso para que não se fira. **

Causando o efeito desejado, Colin riu dela.

– E o que a mademoiselle gostaria de comer?

Os dois pararam em frente a um livro de receitas antigo e começaram a folhea-lo. Escolheram a receita juntos: ravioli de frango ao molho branco. Não era um prato difícil de ser preparado, os dois riam enquanto separavam os ingredientes já que Colin fazia gracinhas o tempo todo, contrariando completamente o que Rose esperava dele.

Ali com ela na cozinha, o ruivo parecia um cara normal, usando bermuda e polo com os cabelos curtos e despenteados. Não parecia, de forma alguma, o cara com quem ela esbarrou no corredor mais cedo. E gostou disso.

[…]

Scorpius ergueu o tronco para alcançar o abajur na cômoda ao lado da cama, já era tarde e o loiro estava cansado. Olhou uma última vez o celular.

“Sem chamadas perdidas”

Soltou um suspiro cansado e fechou os olhos, esticando-se na cama já que não tinha ninguém com ele.

[...]


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Notas finais do capítulo

Olááááá amoreees *-* QUE SAUDADE!

Acabei de chegar de Búzios - mais torrada que pão esquecido no forno - e vim escrever o cap novo para vocês. Por falar nisso, talvez o próximo saia ainda hoje >.

Quem ai já começou as aulas? As minhas só começam terça O/

Sei que o cap não foi um dos melhores, sinto muito ;(

* Porque ela implicando com o jeito que ele fala é simplesmente adorável *-*

** Ui Ui, ele pode até não ser um Scorpius mas... Oh god ele sabe ser sedutor.

Até o próximo amorecos

Bjs