50 Coisas que eu Odeio em Você escrita por Mayy Chan


Capítulo 17
Eu odeio suas piadas


Notas iniciais do capítulo

Não, gente, eu não morri. Estou viva como nunca, apenas tive uns problemas com um trabalho da escola, que meio que durou o mês inteiro. Agora chega quadrilha e eu nem me forcei pra arrumar um par. Aposto que, outro ano, eu vou dançar com o menino que sobrar, pra evitar a fadiga.
Gente, eu queria postar uma super mega declaração pra minha amora do core, a Sá que fez aniversário dia primeiro, que eu estava viajando, mas meu amigo está louco no WApp me falando pra ajudar ele a fazer tarefa.
Ah, falando nisso, se quiserem o número do meu, é só falar no review que eu adc e mando oi, okay?
Kisses, Mayy



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Hoje Annabeth viria para a minha casa. Sério, eu sei que o hábito era eu passar tardes e mais tardes na sua casa, sem nenhum motivo aparente, só que eu realmente quero que ela se acostume com a minha casa, goste dela.

Podíamos ser como aqueles amigos, que sempre frequentam a casa um dos outros. Tudo que precisava nesse momento era que aquela pirralha loira se acostumasse em ficar aqui, porque agora que temos que passar mais uns trinta e poucos dias juntos, isso tem que dar certo.

Acordei eram umas seis da manhã, uma hora antes do meu despertador tocar. Coloquei uma camiseta, porque ninguém merece me ver um menino recém acordado nessa situação. Quando fui para baixo, podia ter muitas coisas pra fazer, mas a casa estava incrivelmente arrumada, como se alguém realmente organizado, ou com tempo suficiente pra isso, habitasse aqui. Tá bom, eu até ri disso.

Foi realmente difícil de acreditar quando vi meu pai e a minha mãe comendo na mesma mesa de café da manhã, mas principalmente o fato de que ele estava sem o seu costumeiro jornal enfiado na cara e a carranca de pessoa que passa a vida a trabalhar.

— Bom dia, Percy. Não está com frio, não? — perguntou a minha mãe com a sua costumeira preocupação.

E, como qualquer coisa que a minha mãe fala, eu comecei a sentir frio de repente. Peguei o meu blusão que ficava naquela coisa de colocar jaquetas e voltei pra cozinha, indagando um “bom dia” sonolento.

— A Annabeth vai vir aqui hoje?

— Como você decorou o nome dela, pai?

— Ela é audaciosa, não concorda sempre comigo. É naturalmente uma boa pessoa pra conversar. Digamos que ela não é... “puxa-saco”.

— É, ela é legal. O meu pesar é que, se não houvesse aquele trabalho, eu ia continuar no meu grupo de amigos, e ela com a amiga dela, só discutindo nas aulas de redação por causa de coisas estúpidas. E isso só porque, sei lá, é complicado. — coloco uma torrada inteira na boca.

— Como assim?

— Sabe, ela é diferente de mim. — engulo assim que noto o olhar repreensivo da minha mãe por falar de boca aberta. — Eu sou alto e ela baixinha, mas quando estamos ficando frente a frente, é como se ficássemos do mesmo tamanho. Ela é grande de espírito, e isso é confortável pra mim. Ela briga, fala alto, discute, retruca, implica, sempre tem um argumento.

— Qual é, somos caras e acima de tudo eu sou seu pai. Sua namorada, Drew, pode ser bem mais bonita e ter bem mais curvas, mas Annabeth tem um cérebro. Isso faz diferença, acredite.

— Curvas e Annabeth não funcionam na mesma frase. Ela é uma tábua ambulante e aposto que não deve saber dirigir, mesmo tendo mais de dezesseis. E, falando em idade, já comprei o presente dela há uns dias. Aposto que ela vai gostar.

— O que comprou?

— Os livros que ela queria. Passei umas boas horas na livraria tentando convencer a caixa que, sim, eu ia levar aquela quantidade de livros.

— Meu filho é idiota. — falou meu pai com desgosto. — Já pensou que ela não é como Drew? Se você dar todos os livros que ela quiser, a Chase vai ficar incomodada. Já me disse que ela é independente, então acha mesmo que ela vai gostar de que você resolva tudo pra ela e deixe nas mãos dela.

— Percy, eu tenho que concordar com o seu pai. Não vou ficar incomodada com o quando gastou, porque sei que ela merece, mas posso te falar que Annie vai surtar e começar a falar que você é louco. O melhor que pode acontecer é ela te mandar devolver tudo. A graça de ser leitor é desejar milhares de livros, mas nunca poder comprar todos que quer, ler um e ficar louco pela continuação mas ter que esperar até quando puder comprar outro.

— Vocês estão certos, não tinha pensado na reação dela antes. Mas acho que já tenho uma ideia. Vou desembrulhar e ler todos até o aniversário dela. Sei que não sou muito acostumado, mas eu sei que tenho que fazer isso. Vou entregar pra ela aquele que me lembra ela, de alguma forma.

— Mas não são... livros de menininha?

— Estamos falando de Annabeth Chase, apaixonada por mistério, aventura e distopias. — sorrio. — Mas agora eu preciso subir, porque eu ainda não tomei banho. Obrigada pela dica.

Subo as escadas. Tomei um banho um pouco mais demorado pra lavar o cabelo, e passei o meu perfume costumeiro. A minha roupa não foi muito selecionada, apenas uma bermuda preta e uma camiseta da mesma cor. Sim, eu ia ficar descalço. Não era a Drew, então sei que não ia ligar para o que eu vestia.

A Tanaka podia ser muito chata, mas ainda sinto algo por ela. É bom quando nos beijamos, mas praticamente só fazemos isso. Nunca tivemos muita conversa, desde o começo do namoro. Mas ela usava um perfume bom, sabia se portar e é, as vezes, carinhosa.

Não posso reclamar de muita coisa, porque quase nunca ficamos juntos.

Quando desci, Annabeth já estava sentada na mesa conversando com o meu pai sobre algo que eu não entendia muito bem. Só sei que ela estava dizendo algo sobre a Revolução Industrial.

— Hey. — bagunço os seus cabelos.

— A Branca de Neve já acabou com a sessão embelezadora?

— Me poupe do seu admirável humor matinal, por gentileza. — me sento ao seu lado.

— Eu não estou mal humorada, apenas não gosto que baguncem mais ainda o meu cabelo.

— Que seja. O que fez ontem depois que saiu da festa?

— Dormi na casa de Thalia. Nós passamos o resto do dia todo fazendo batalha musical com o Jason e a Piper. A minha maior pontuação foi em “I’m a Barbie Girl”. — sorriu abertamente.

Decidi não falar que, pra saber cantar essa música era só saber falar, pra não estragar a sua felicidade.

— Quer jogar videogame?

— Só se for Naruto, e eu puder ser a Hinata.

— Fechado. — ri.

Cara, não tinha a menor chance dela ganhar do Naruto com a Hinata. Não mesmo. Ele tem o combo mais forte, cara. Sério que ela realmente fala que sabe jogar, ou ela só gosta do anime?

Liguei o jogo e selecionei os personagens. É hora do jogo.

Devo admitir que, cara, eu estava perdendo pra uma menina, com um personagem mais fraco. Acho que nem era porque eu era ruim, porque eu era bom e ela também, mas estava surpreso pelo fato de uma menina saber jogar. E também porque era engraçado a cara de concentrada dela.

Já no meio da luta, quando consegui empatar, ela começou a tampar os meus olhos com uma mão só pra fazer graça. O pior é que a pirralha ria enquanto fazia isso.

— Eu vou te morder, Annie. — gargalhei.

— Não mesmo, eu já ganhei. — olhei na TV e ela realmente havia ganhado.

— Isso foi roubo, chata.

— Não mesmo, cara. — ela me mostra língua.

— Uau, como você é madura, hein? Estou impressionado. Agora vamos assistir TV, porque eu cansei de jogar.

— E eu que sou a infantil? Vai correr pra trás, franguinho?

— Vou mesmo. Se eu perder, minha fama vai ficar pior ainda. Já imaginou? Percy Jackson, o gato poderoso, perde pra Annabeth Chase, a nerd assumida.

— É, você sabe escolher.

Ela se sentou no sofá, e eu no colo dela, porque eu sou naturalmente espaçoso. Passava um seriado qualquer na TV quando ela começou a mexer no meu cabelo, como um cafuné diferente.

— Eu vou dormir se você continuar.

— É essa a minha intenção. Você dorme pra eu poder desenhar com canetinha na sua cara. Vai ser perfeito. — ela ri.

— Espera um pouco então.

“Eu odeio suas piadas

Caro senhor Quíron, eu nem sei o que falar. Ela tem umas piadas estúpidas e muito idiotas, mas sempre pode fazer isso de outra forma. Ela compensa.

Hoje mesmo, entre uma, ela me fazia cafuné, ou sei lá o que isso seja. Pra falar a verdade, isso é muito louco. Tipo, ela não sabia fazer o normal, mas parece que eu consegui gostar bem mais do que dos outros. Talvez fosse a forma, seu cheiro bom de sabonete, ou o leve cheiro de perfume floral, mas era melhor, muito melhor.

Mas, voltando ao central, será que ela não pode ler alguns exemplos mais engraçados? Isso é um ultraje! Mas, sei lá, eu não consigo odiar nada nela de uma forma forte, sem nenhum motivo.

Gosto dela, de verdade. De verdade mesmo, do fundo do meu coração.

Estar com ela se tornou confortável.

Mas, mesmo assim, eu odeio isso nela.”

— Pronto, agora pode voltar.

— Voltar ao que?

— Me fazer cafuné. Acha que vai se livrar tão cedo? Até vou rir disso. Começou, eu gostei, agora termina, gatinha. — pisquei.

— Lesado. — ela continuou.

E, de repente, eu não podia me sentir melhor.


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Notas finais do capítulo

Gente, espero mesmo que tenham gostado e podem mandar o número porque eu não mordo, ok? Sou legal e gentil u.u
Me desculpem pela demora, e pela nota curta, mas meu amigo realmente está DESESPERADO.
Kisses, Mayy *u*