50 Coisas que eu Odeio em Você escrita por Mayy Chan


Capítulo 16
Eu odeio seu jeito irritante


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que eu demorei e tudo mais, só que é que na hora que esse capítulo está sendo postado, eu provavelmente estarei no meio do campo. É, reunião de família é sempre uma bagunça.
Pois bem, aqui estou eu postando um capítulo porque eu tenho que ir nessa festa de verdade. Prometo que quando voltar respondo todos os reviews, okay?
Eu estou muuuuuuuuuito feliz porque no último capítulo eu tive MUITOS comentários mesmo. Então eu resolvi comemorar com um capítulo beeeem grande mesmo. Aí, se começarmos a ter mais comentários e algumas recomendações, o Cailler (apelido do "bad boy mais irresistível do mundo", ou seja, meu escravo) me fez prometer que iria aumentar a quantidade de palavras pro capítulo e mais rápido (porque ele se comprometeu para postar pra mim) XD
Espero que gostem *u*
Beijocas, Mayy



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Olhava para Percy, esperando que aquela valsa acabasse logo.

Na verdade, a festa estava pomposa demais pro meu gosto. O vestido da Drew era milagrosamente preto, mas com uma silhueta que não deixava muito a imaginar. Ela estava radiante, com um sorriso do tipo "Há há, morram invejosas", mais especificadamente pra mim. E, cara, você acha que eu realmente ligo pro que ela pensa? Com esses saltos tudo que eu posso pensar é em chegar logo em casa pra poder colocar meu pijama, meu gorro e minhas pantufas.

A música que começou a tocar era aquela nova da Ellie Gouding, Beating Heart. Pra falar a verdade, eu amo aquela música, só que a letra dela é meio... estranha pra uma valsa de aniversário. E, pra variar, assim como o resto das coisas, foi Drew que escolheu.

Pra falar a verdade, eu não conseguia gostar de nada, porque eu simplesmente odeio festas de aniversário pomposas da mesma forma que eu odeio músicas fora do contexto. Isso é praticamente um rap em um casamento.

Sentia como se algo estivesse errado e realmente estava. Ouvi a música antes e sabia que não era coisa boa.

Quando ele a puxou da multidão, ninguém ficou realmente surpreso. Eles dançavam muito perto, mas sem nem se falarem, apenas com a Tanaka exibindo a forma em que o corpo dela esbanjava beleza, enquanto o de outras mulheres, como eu, mais pareciam uma vareta de cutucar o chão, porque tamanho também me falta.

Drew era praticamente do tamanho de Percy, ficando levemente mais alta que ele com os saltos. Beleza, o sonho de qualquer cara na frente dele. Ou talvez seja eu, que consigo ver os milésimos de centímetro, mas okay.

O pior é que ele tinha todos os quesitos para pegar qualquer uma e foi escolher a mais obvia. Ele é rico e bonito, assim como ela. Talvez um ou dois pontos a mais de QI, mas isso no mundinho deles não conta. Ai, como é bom ser uma nerd geek.

A dança deles era algo que todos tínhamos que parar e esperar. Nas festas se é costume dançar com a namorada, a mãe e outra pessoa que você ame, o que significa que a senhorita Sally será a única que me dará um espaço de tempo entre uma dança de Drew e outra com mais Drew.

Não vou dar detalhes, porque não sei o que falar. É o que se passa na TV naqueles filmes de bailes, que toda menina já assistiu pelo menos uma vez na vida.

Na valsa com Sally foi uma música escolhida por mim. Na verdade era apenas um dos sonetos de Beethoven, mas é o que mais pareceu agradá-la. E, pra falar a verdade, eu jamais vi coisa tão bonita. Ele já não estava mais tão curvado, sorrindo mais aberto e ainda por cima falando com ela, que também sorria.

Tudo o que eu preciso é de um brigadeiro. Vou atacar a cozinha e deixar a pista de dança pra minha querida não amiga Drew.

Me sentei na mesa onde as confeiteiras estavam. Já as conhecia das inúmeras festas que a minha mãe fazia contratando essa firma, então eu meio que tinha passe livre para poder comer os aperitivos. Claro que a desculpa era degusta-los, mas isso fica só entre nós.

Claro que na hora da pronunciação da terceira dança eu tive que voltar para a roda e ouvir o discurso de Percy, onde ele chamaria a biscate da sua namorada. Como o mundo é maneiro, caras.

— Sabe, talvez há uma semana eu chegaria aqui na frente e teria certeza de quem eu ia chamar pra fazer a última dança comigo. Não que agora eu não tenha certeza, mas essa é a certeza mais insana que eu já tive. — riu puxando os risos de quem também o ouvia. — Pra falar a verdade, toda a minha vida eu fui meio tapado. Só que é como se diz aquele velho ditado “Um bater de borboleta pode fazer um furacão do outro lado do mundo”. E, bem, eu não sei o que isso tem em comum com o que eu quero falar agora, mas é por isso que eu gosto dessa pessoa.

Ah, claro Jackson, porque Drew Tanaka te ama do jeito que você é desde sempre, né cara. Se não estivesse com a boca cheia de chocolate, ia até rir.

— Eu sei que eu vou passar vergonha nela, mas ela também adora fazer isso, então eu tenho meus direitos. E, cara, essa pessoa é muito chata mesmo, totalmente louca, insana e agressiva. Acho que ela não pensa muito antes de fazer as coisas, por mais que seja a pessoa mais genial que eu conheço. E sim, ela come de boca aberta, suja as roupas, vai pra minha casa de pijama, assiste desenho animado, toma leite com Nescau e é viciada em assistir qualquer merda na TV. Ela era minha maior inimiga, mas em pouquíssimo tempo se tornou a minha irmãzinha, conquistando não só a mim, como a toda a minha família. E, sim mais uma vez, eu estou adiando mais ainda pra ver se passo mais vergonha nela, só que o ser é burro e está ocupado demais comendo brigadeiro pra poder prestar atenção em mim.

Na verdade, as palavras que ele falou entravam por um ouvido e saiam pelo outro. Não tinha prestado atenção em nada, por causa da embalagem do brigadeiro, mas o apoio na sua decisão.

— Não é, senhorita Chase?

Eu? Hein?

— Ah... claro... certamente. O senhor nunca esteve tão certo. — confirmei voltando para o meu brigadeiro, sem nem saber do que ele falava.

Foi quando senti uma mão roubando o meu brigadeiro e comendo. Não, Jackson, você não fez isso. Olhei pra ele ameaçadoramente e indaguei:

— Dá licença do meu espaço e vai dançar com a tua namoradinha, Jackson.

Sério, eu não me lembro de ver tantas pessoas rindo ao mesmo tempo. Olhei para o lado e o senhor Jackson e a senhorita Sally estavam vermelhos, mordendo os lábios para conter o riso. Só que nem todo mundo é tão discreto.

— Assim você estraga a minha teoria de “irmãos”, Annie. — riu.

De repente eu consegui tirar uma conclusão: eu não tinha nenhuma.

— Hein?

— Pra uma nerd você é até burrinha, né? Dança comigo ou vai ficar mongando?

Okay, okay, isso é um sonho, uma pegadinha, alguém realmente está tentando me pregar uma peça. Cadê as merdas dessas câmeras e os irmãos Stoll?

Só que foi quando eu vi todos eles do meu lado, que eu finalmente notei que, cara, ele falava sério.

— E-eu não sei dançar. — engoli seco.

— E quem te disse que eu sei?

E assim ele me puxou para a pista de dança, com todos nos olhando e Drew com uma cara de merda. É, talvez isso faça a parte de dançar mais divertida.

Não sei o que me deu, só que quando me dei por mim, eu estava no meio da pista de dança, completamente sem graça, olhando para os lados em busca de uma salvação. Não que eu não achasse que deveria ser bem legal dançar com Percy, mas, sei lá. Acho que talvez não fosse pra eu, justamente eu, Annabeth Chase, a menina mais invisível, tendo a sua chance de dançar com Percy Jackson, o cara mais popular da minha escola.

Por isso eu procurava por Sally quando ia para o meio de todo mundo. Ela era a única que iria me entender agora, pois sabe como é ser eu. Só que ela era legal o bastante pra fazer ele se apaixonar por ela. É acho que ninguém nunca vai me entender completamente.

Por isso eu me assustei quando Percy colocou uma mão na minha cintura e pegou a outra, meio que tentando me guiar. Eu estava com uma postura confiante, mas estava me mijando por dentro. Antes mesmo da música começar, eu já estava ficando completamente louca. Controle-se, Chase!

— Tá sujo no canto da sua boca. — ele sussurrou.

Limpei. Cara, eu vou acabar morrendo de vergonha aqui na frente. Já posso até sentir o queimar das minhas bochechas.

— Eu realmente não sei dançar, Jackson! Você já me viu cantando e tentando fazer ginástica olímpica, então sabe que arte não é muito a minha praia.

— Dane-se.

Assim ele me puxou mais pra perto dele, o que me fez ter de colocar a minha mão livre no seu pescoço. Uhul, eu já até sei que vou passar vergonha.

Quando começou a tocar Free Falling do Jonh Mayer eu pensei que fosse começar a gritar lá na frente que nem uma louca. Aquela era a minha música predileta desde sei lá quando, e estava combinando tão bem com a ocasião que me dava até uma vontade de começar a cantar junto. Só não fiz isso pra não chamar mais atenção ainda.

Ele começou a me guiar e tudo que eu podia fazer é ir junto. Não era tão difícil assim, porque ele fazia o favor de dançar bem devagarinho, para que eu pudesse acompanha-lo.

“She’s a good girl, loves her mama

Lover Jesus and America too

She’s a good girl, crazy ‘bout Elvis

Loves horses and her boyfriend too”

Talvez essa música realmente combinasse. Não que eu fosse uma boa menina, porque minha madrasta acha que eu sou uma espécie de ser bem diferente, mas eu não ligo. Não tenho namorado, tudo bem. Okay, talvez não combinasse merda nenhuma, mas eu realmente queria, porque, cara, eu amo muito essa música.

Podia ouvir Percy sussurrar a música levemente, de forma que só eu podia ouvir e notar que ele cantava. Sua voz não era perfeita, na verdade estava longe disso, mas ainda sim era reconfortante. É como quando sua mãe canta pra você dormir. A voz dela pode não ser a melhor do mundo, mas ainda sim te dá uma paz que você nem pode ter noção.

“It’s a long day living in Reseda

There’s a freeway runnin’ throught the yard

I’m a bad boy ‘cus I don’t even miss her

I’m a bad boy for breaking her heart”

A cada passo, podia notar que a cara de Drew piorava. Não que ela estivesse com ciúmes, porque era confiante demais em si mesma pra isso, mas aposto que estava frustrada por eu ter sido escolhida. E, cara, acho que se eu tivesse um namorado também ia estranhar se ele resolvesse dançar com uma menina que ele conheceu há quinze dias, na escola, por causa de um trabalho escolar.

A mãe de Percy estava me olhando com um sorriso aberto. Talvez eu fosse melhor que Drew, mas ela tinha que entender que eu e seu filho não fomos criados pra ficar juntos. Éramos de mundos completamente diferentes e tudo mais.

Só que ainda sim a voz dele fazia cócegas no topo da minha cabeça. Comecei a rir, sem me importar com ninguém.

Agora eu tinha que entender o seguinte: éramos só eu e ele no meio daquela pista. Ninguém ai me julgar. Era só fechar os olhos.

“And I’m free, free fallin

And I’m free, free fallin”

Nessa hora ele começou a dançar um pouco mais longo, como se estivesse aumentando os passos. Era incrível que ele pudesse guiar uma dança, mas eu tinha que aceitar que eu poderia até saber a tabela periódica, porém ele que sabia dançar e praticar esportes.

“All the vampires walkin’ trought the valley

The move west down Ventura Boulevard

And all the bad boys are standing in the shadows

And all the good girls are home with broken hearts”

Ele olhou pros meus olhos e sussurrou:

— Posso te contar uma história?

Sério que eu ouvi o que eu acho que ouvi? Estou ficando completamente louca ou é só impressão minha?

— Hein?

— Eu já te conhecia antes mesmo da gente começar a brigar. Me lembro do seu primeiro dia de aula, porque você era toda desajeitada e acabou derrubando seus livros na minha namorada da época. Todos ficaram com raiva de você na hora e tudo mais. Só que se você não tivesse feito aquilo, não teríamos terminado, porque morria de medo de ferir os sentimentos dela. Só que aí, depois de você, foram mais outras e terminar com elas já não era mais tão difícil.

— Por que? Estava com medo de eu matar elas com os meus livros pesados de nerd?

— Não. Você é do tipo de pessoa que faz com que as outras fiquem cada vez mais audaciosas. Sem você Travis Stoll não criaria coragem de se declarar para Katie, nem Chris para Clarice.

“And now I’m free

Free fallin”

— Por que diz isso?

— Qual é? Não se lembra do escândalo que você arrumou pra eles? Disse para Travis que ele era um frangão, e que se não tirasse a bunda do chão, ela iria grudar de tão lento que ele era. Já Chris, você disse que ele era um covarde, porque nas piores das hipóteses Clarice aceitaria. Cara, eles ficaram loucos da vida.

“Free fallin, now I’m free, now I’m

Free fallin, now I’m free, now I’m”

Comecei a rir. Realmente não me lembrava disso. Talvez fosse apenas uma ironia do destino, mas realmente não poderia falar que estava odiando aquilo. Era reconfortante.

— Eu me lembro de pouca coisa sua. Você chamava atenção demais pra eu poder notar. Era como se eu soubesse tudo da sua vida, sem nem mesmo te conhecer. E acho que era por isso que o odiei por tanto tempo. Você era transparente.

— Acredite, você não sabe nem metade do que eu escondo nas entrelinhas, quanto mais o que é confidencial. Talvez um dia eu te conte.

— Espero que não se importe se eu guardar meus segredos.

Ele abaixou o olhar pra mim, olhando bem no fundo dos olhos com um olhar divertido.

— Qual é, Annie? Eu nunca vou te forçar a fazer nada. Eu confio em você e só. Já basta, não?

— Claro.

“I wanna glide down over Molholland

I wanna write her name in the sky

Gonna free fall out into nothing

Gonna leave this world for a while”

— Posso te fazer um pedido, Annie?

— Aham.

— Não me deixa sozinho, okay? — senti o nosso “abraço” se apertar mais ainda.

Poderia perguntar o que havia acontecido, se havia uma história por trás disso, ou até mesmo o motivo do pedido. Podia retirar toda a verdade dele. Mas simplesmente não pude essa noite.

— Okay.

— Nada de “nunca”?

— Nunca é uma palavra meio cagada. Sempre que você fala ela, essa coisa vai ser o seu inverso.

“Now I’m free, free fallin

And now I’m free, free fallin”

Não terminamos a nossa dança como os outros. Ele beijou a minha bochecha, que eu nem tive que fazer tanto esforço pra não limpar. Talvez fosse isso o significado de realmente sentir como se fizesse parte de uma família.

— Viu, você nem passou tanta vergonha assim.

— Tá brincando? Eu quase tive um ataque cardíaco! Da próxima vez pelo menos me avisa, Jackson.

— Eu queria te avisar, mas você nem deu tempo e...

— Tudo bem, tudo bem. Eu não ligo. Foi até legal. Só te aviso pra acalmar os ânimos da sua namoradinha antes que ela resolva enfiar aquelas garras dela nos seus olhos.

— Não estou nem aí pra ela nesse momento. Só quero saber qual é o meu presente, porque estou morrendo de curiosidade. Mas, infelizmente, agora eu só posso te dar atenção.

— Que pena, porque eu realmente quero aproveitar ao máximo os brigadeiros que estão servindo. Se ainda estão como eu deixei antes de sair, aposto que estão uma delícia.

— Te acompanho?

— A vontade, cavalheiro.

E assim fomos parar sentados encima da mesa da cozinha comendo docinhos antes do resto da festa. Realmente os brigadeiros estavam uma delícia, mas conseguem ficar melhores ainda quando são metade beijinho.

— Digam “xis” — chegou a mãe de Percy que tinham acabado de chegar com Poseidon.

Sorrimos e a foto foi tirada.

— Olá Sally e senhor Jackson. — disse.

— Você não é a menina que estava na casa de Percy ontem?

— Sim e não. Eu era a garota, mas podemos contar como antes de ontem, porque já é mais de meia-noite. Muitas pessoas só consideram o outro dia apenas quando o Sol raia, mas eu prefiro algo mais concreto como as horas.

— Bem, de qualquer forma, desculpe-me por ter te expulso de lá. É que você estava de pijama, eram umas nova horas e tudo mais. Eu naturalmente não sou muito fã das namoradas do meu filho, incluindo a da pista de dança mais cedo.

— Drew não é uma das pessoas mais agradáveis do mundo. Já viu como ela é perfeitinha? Aposto que já acorda com aquela maquiagem. — disse puxando risadas do meu pai, uma coisa muito rara de se acontecer.

— Você me lembra Sally quando éramos mais novos.

— Digo então que ela era uma mulher muito inteligente. E, claro, com um ótimo gosto musical.

— Viu? É por isso. Vocês são assim, despreocupadas. O que os outros pensam não é um problema. Queria ser assim.

— Mas quando fala que queria não estar nem aí pro que as pessoas pensam, não está preocupado com o que as pessoas pensam por ser tão preocupado com que elas vão pensar?

— Bem, eu não entendi o que quis dizer, mas suponho que a resposta seja sim.

— Sempre é. — indaga Percy assoprando um pedaço de papel, a coisa que eu mais odeio no mundo.

— Para já com isso, cara! Você sabe que eu odeio.

E assim peguei um papel.

“Eu odeio seu jeito irritante

Senhor Quíron, meu caro professor. As vezes eu me vejo acordada pensando em uma questão muito discutida pela população feminina mundial: o que merda esses meninos tem na cabeça? Como eles conseguem ser tão irritantes? Por que eles ficam prontos mais rápido.

Ver Percy de gravata e smoking na minha frente é uma visão um tanto quanto estranha, porém não deixa de ser agradável. Ele finalmente parece ser uma pessoa séria. Sem falar que, nossa, eu acho que nunca pude notar como ele pode ficar bonito com a barba perfeitamente feita, já que tinha me acostumado com seu jeito despreocupado.

Se bem que a minha mãe exagerou na minha produção. Ela pode nunca estar em casa, mas foi só saber que eu ia em uma festa e me mandou uma caixa de acessórios, sapatos e vestidos por correio. Até parece que ela vai me comprar com essas coisas. Mas, bem, eu acho que eu estou particularmente parecendo uma versão recente de Elizabeth de ‘Orgulho e Preconceito’.

E, bem, tem um empresário mundialmente famoso e sua ex-esposa ao meu lado. Detalhe: eu estava discutindo com ele sobre a forma de ser das pessoas. É, eu acho que eu sou uma menina excepcional.

Eu sei que o senhor deve saber, mas estou tendo que ser muito forte pra não subir encima dessa mesa e cantar ‘Glad you Came’ que nem uma louca. Acho que já basta Percy com essa ideia na cabeça.

Agora eles estão me encarando, então eu acho melhor parar por aqui. Obrigada por me ouvir, professor.

E eu odeio esse irritante irresistível”

— O que é isso? — indaga o senhor Jackson.

— Trabalho escolar. Temos que passar cinquenta dias juntos escrevendo uma coisa que odiamos um no outro pelo menos uma vez por dia.

— Por que?

— O nosso professor de redação achou que tínhamos muitas brigas sem fundamento.

— Entendo. Brigas no colegial são muito típicas, então não entendi muito bem o castigo.

— Eu chamei ela se “nerd puritana”, ela disse que eu era um “playboyzinho mimado”. Depois não sei como as coisas ficaram, mas eu só sei estávamos na sala do senhor Quíron, com ele brigando por sermos tão inconsequentes.

— Mas isso não te tirou do jogo não, né?

Pude notar que o senhor Jackson tinha um fraco por futebol americano, assim como o Cabeça de Algas mais amável que eu tive o desprazer de conhecer.

— Não, vai ser no segundo dia do mês que vem. Ainda tenho um bom tempo até lá, acredite. E eu também sou impedido de abandonar o meu cargo de capitão nas finais.

— Que bom, então. Espero que não ocorra mais nada.

— E você, querida? Faz parte de algum time? — indagou Sally.

— Annabeth Chase? Em um time? Quando eu fui ensinar ginástica olímpica pra ela, tivemos que parar porque achei que fosse ter que chamar uma ambulância. Mas acho que, se ela treinasse, ia se tornar uma ótima atriz.

— Por que diz isso?

— Fora ela ser a rainha do drama? O tema desse ano é “A Revolução Feminista”, com direito a quadros com meninas cantando rap. Daria o meu torneio pra ver essa menina sedentária dar uma de rapper. — riu.

— Vamos fazer assim então, senhor Jackson. Já que tanto insiste que eu sou uma rainha rapper do drama, se ganhar o torneio desse ano, eu me candidato pra cantar “I Wish” da Cher Lloyd na frente da escola toda.

Vi os olhares interessados de Sally e do senhor Jackson na nossa direção. Parece que a brincadeira estava sendo mais divertida pra eles do que pra nós, se é que isso é possível.

— Feito. — ele apertou a minha mão.


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Notas finais do capítulo

Sweeties, espero que tenham gostado e não se esqueçam do nosso trato, okay?
Kissus, Mayy