50 Coisas que eu Odeio em Você escrita por Mayy Chan


Capítulo 15
Eu odeio o seu cheiro


Notas iniciais do capítulo

Vocês devem estar se perguntando: quem é esse cara do outro lado da tela? Tá que se eu não falasse isso, vocês nem iam ter ideia. Bem, eu sou o badboy mais irresistível do mundo. Mentira, porque eu sou um ser muito legal e, de bônus, um filho de Podeidon.
Agora, sem mais delongas, a sua inestimada autora resolveu que ia ser maneiro fazer com que o melhor amigo lindo e muito gato dela postasse isso enquanto esse ser assistia Chiquititas. O problema é que EU que vou responder o review de vocês (a menos que vocês prefiram ela, porque aí é só avisar).
"Espero que ele não tenha assustado vocês, amoras *u*. Espero que gostem e mandem os reviews XD"
P.S: Podem fazer perguntas pessoais e vergonhosas sobre a porca gorda do meu coração, que eu responderei com carinho.
Falou, gatas



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Ontem meu "querido" papaizinho praticamente expulsou Annabeth da minha casa com sua típica fala grossa, o que a amedrontou e me fez ter que levar ela novamente para casa tão cedo.

Novamente aquela sensação de vazio me afetou, assim que ela saiu do carro. É realmente bom que isso não se torne hábito, porque meu coração tem um mini ataque toda vez que a loira sai de fora do meu centro de visão típico. É, bom, acho que isso que é sentir afeto FRATERNAL por uma pessoa. Ou melhor, é o que eu espero que seja.

Assim que voltei para casa, soltei um:

— É melhor que seja urgente. Tinha assuntos melhores pra tratar com ela.

— Sua nova namorada? — ele perguntou.

— Minha amiga.

E foi assim que a noite rodou e quase me matou de tédio, assim como sempre acontece quando ele está presente.

Em nenhum momento ele quis saber o que eu queria, mas queria apenas ter o filho perfeito que pudesse suceder os negócios da família, coisa que eu não ia fazer. Já deixei bem claro que eu quero ser médico, e não empresário, só que ele não parece me ouvir.

É por isso que eu estou agora, no meio de uma festa, com nenhuma pessoa com quem eu realmente queira estar. Na verdade hoje a única pessoa que eu estava procurando era Grover, a única pessoa pra colocar a minha cabeça no lugar em uma hora dessas.

O pior era a minha dança com a menina escolhida por mim. Primeiramente pensei em escolher a minha mãe, só que ela mesmo me vetou porque não estava preparada para dançar. A minha única outra opção era a minha atual namorada e a pessoa que insistiria em roubar todas as atenções de mim com um discurso horrendo, como sempre.

E foi assim que ela chegou com um vestido preto bem curto e com um decote enorme, saltos abusivos e cheia de maquiagem, não que essas coisas fossem novidade.

Quando Grover chegou e olhou pra ela, logo disse:

— Ela por acaso está achando que aqui é uma boate? Cara, que biscate.

— Odeio concordar, mas é verdade, brother. O bom é que, quando a gente for dançar, ninguém vai ter que olhar pra mim, e sim pras pernas dela.

— E você não está nem aí pra que fiquem olhando pras pernas da sua namorada oficial?

— Nem um pouco. No primeiro dia que ela usou uma coisa mais curta, eu já sabia que teria que me acostumar.

— Mas pelo o que eu vi uns três dias atrás, você estava quase louco porque a sua princesinha Annabeth Chase diminuiu uns dois dedos a mais da saia.

— Isso é diferente. Ela é uma menininha indefesa e muito sonsa, então eu que tenho que protegê-la dos olhares masculinos mal intencionados.

— As vezes eu até penso que você é o único responsável por esses olhares. A loira poderia andar pelada no meio da avenida central e ninguém nem ia notar que ela existe. Se liga, Percy, você que está caidinho pela nerd.

— Cara, todos os meninos vivem olhando pra ela, assim como as meninas. Obvio que eu não sou o único que vê beleza nela.

— Brother, a galera só olha pra ela porque a Chase está do seu lado. E, fora eu e você, ninguém da escola gosta dela porque a mina é impossível.

— É melhor tirar esses seus olhos de bode dela, porque eu não vou ser amigável caso você começar com as segundas intenções.

— Cara, deixa de ser possessivo. Era só brincadeira. E, além disso, eu não ia furar o seu olho. Sei que esse “amor fraternal” vai acabar em vocês casados, com dois filhos e um cachorro chamado Rex.

— Será que você pode parar de falar isso? Eu sou o Percy Jackson, o cara que só pega as mulheres. Não acho que eu saberia cuidar bem de uma menininha.

— E qual é a diferença?

— Annie precisa de uma pessoa melhor e mais cuidadosa que eu, que sempre quebrava meus brinquedos quando ganhava. Imagina com uma menina como a Chase, que nem nunca teve o primeiro beijo.

— Cara, nisso ela precisa da sua ajuda. Não é bom deixar uma menina como ela sem nenhuma experiência com meninos, porque se não ela não vai estar preparada para o mundo.

— Não vou falar com ela sobre meninos. Deixa que isso é trabalho do pai dela. Vai que eu falo alguma coisa e é de mim que ela acaba afastando? Isso ia ser monstruoso.

— Ficar longe dela seria tão doloroso assim?

— Não sei, cara. Acho que acabei me confortando tanto em ter ela comigo, que acabo não pensando como seria se não a tivesse. Sabe, é como se não fosse estar nada certo. Os dias seriam mais chatos, porque eu não teria ninguém pra encher o saco.

Ele riu, flexionado para o meu terno que incluía a típica camisa branca e gravata também preta. Na verdade quase todo o salão masculino usava a mesma vestimenta, mudando apenas as gravatas e as marcas dos sapatos que tanto incomodam.

— Cara, olha quem acabou de chegar.

Olhei para as escadas e vi Annabeth mais linda do que eu achei que fosse ser possível. Não havia holofotes, e muito menos tinha alguém olhando pra ela, mas pra mim aquele foi o ponto alto de toda a festa. Quase deixei derramar a minha bebida no terno, mas preferi apenas dar-lhe um sorriso.

Quando ela chegou do meu lado, me entregou um embrulho branco com uma fita azul, minha cor predileta. Abri ainda mais o meu sorriso. Se ela não trouxesse presente, eu mal iria me lembrar, só que ela trouxe e ainda da forma em que esse seria o meu presente predileto da noite.

— Digam “xis”. — chegou a minha mãe com a câmera.

Assim como os outros convidados, abracei Annabeth de lado, o que foi um pouco difícil pela nossa diferença de altura, mesmo que ela estivesse de salto. O seu cheiro era leve, como um daqueles perfumes de bebê, o que me deixou mais confortável ainda.

A foto foi tirada e a minha mãe saiu com uma cara cheia de satisfação. É claro que elas haviam se falado quando a Chase chegou, porque a minha mãe nunca deixa de cumprimentar ninguém.

Olhei para seus olhos e sorri abertamente.

— Eu acho que achei mais um motivo pra te odiar.

— Então siga em frente, Jackson. Eu sei que depois que abrir o seu presente vai me amar. — deu um sorriso lateral.

— Me ame menos, Chase. — indaguei saindo para a cozinha, porque eu tinha uma redação para escrever.

Quando já estava chegando, corri de volta e a envolvi em um abraço forte que fez com que eu pudesse sentir o seu cheiro novamente.

— Obrigado por tudo, pirralha.

E assim foi pra cozinha e coloquei lápis e papel para trabalhar.

“Eu odeio seu cheiro

Não sei se o senhor já notou, mas sempre alguma coisa que rodeia Annabeth tem aquele cheiro de bebê, ou tão leve quanto. É algo tão fraco que ninguém, além de mim, parece perceber.

Só que, bem, eu sempre percebo mesmo de longe, já pelo fato de que, dessa escola, eu sou a pessoa que mais passa tempo com ela. Ou mesmo porque, sei lá, somos fraternalmente ligados.

Não sei se já te disse isso, mas eu decidi rotular nossa relação como algo fraternal, pelo seguinte motivo: nós não namoramos, nem ficamos, e muito menos já chegamos a nos beijar ou pensamos em casamento. Nos detestamos, vivemos brigando, sou bem mais alto e forte que ela, a mesma é uma pirralha e vivemos juntos. Acho que esses motivos já estão satisfatórios.

E, bem, eu só queria falar que, por mais que eu a odeie, vou protege-la com tudo que eu tiver. Não vou deixar quebrarem o coração dela, que ela se machuque, que ela se perca e principalmente que ela esqueça o que faz dela ela mesma.

Não sabe como me machucou quando ela escreveu ontem o que odiava em mim. Doeu? Um pouco. Só que a pior parte foi que ela estava certa. Ter Drew na minha vida nunca foi algo que realmente me importasse, e sim algo com o que eu havia me acostumado.

Só que agora é a minha chance de mudar.

É acho que odiar o cheiro dela foi só um pretexto mesmo. Obrigada por me ler, mas é que eu tenho que sair e arrumar as coisas.”

E, assim, deixei a cozinha confiante. Eu tinha que fazer isso agora, antes que eu me arrependesse.

Por isso que a festa quase não passou, enquanto eu gastava meu tempo falando com aquelas pessoas, sendo que nenhuma era a que eu realmente queria falar.

— Hora da valsa, filho.

E, assim que eu coloquei-me no meio da multidão, eu teria que tirar aquela dama que, acima de tudo, era a pessoa que eu mais odiava no mundo


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Notas finais do capítulo

"Espero que tenham gostado, babies. Podem deixar que, como a condição desse escrúpulo foi responder os comentários, eu irei lê-los e mandar MPs pra vocês respondendo DA MINHA FORMA depois, princesinhas"
Bem, é mais ou menos isso mesmo. Espero que gostem, leitoras da Mayy.
Até mais.
"BEIJOCAS NO CORE, AMORAS"