50 Coisas que eu Odeio em Você escrita por Mayy Chan


Capítulo 14
Eu odeio sua burrice


Notas iniciais do capítulo

Hellow, amoros e amoras do meu coração *u*
Sim, eu sei que eu sumi, mas acho que semana de provas é uma das coisas mais complicadas do mundo, sem brincadeira. É sério que eu estudei pra caramba e nem tive tempo pra escrever o capítulo. Só que, bem, espero que venham a gostar.
Gente, as vezes eu sinto que vocês são muito recatadas. Sério que podem me mandar MP a qualquer hora do dia. É sério que eu adoro falar com vocês e tudo mais. E, bem, eu não posso mandar MP pra todo mundo por causa das regras de envio do Nyah!, só que mesmo assim eu morro de vontade de conhecer vocês melhor. Vocês fazem o meu dia tão mais divertido *----*
Bem, espero que venham a gostar do capítulo, porque eu achei ele muito legal de ser escrito *u*
Beijocas, Mayy



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Uau. Como hoje estava sendo um dia de arromba, hein?

Sexta-feira, o dia tão ansiado pelos mais diversos adolescentes de toda e quaisquer idades, porque simplesmente depois é sábado e eles tem o direito de dormir até quando lhes der na telha.

E é exatamente por isso que eu prefiro ficar em casa, assistindo Naruto e comendo chocolate na panela, como já se era comum de eu fazer desde que eu me entendo por gente.

Coloquei qualquer DVD da coleção do anime antes citado. Qual era a minha surpresa quando eu encontrei as mesmas cenas clássicas do primeiro episódio dançantes na tela, como se rissem da minha cara de forever alone.

Só que, para variar (e deixar o meu dia mais bosta), a campainha começa a tocar no mesmo som ritmado que eu tanto me acostumei nesses últimos dias.

— Posso assistir anime com você?

— O que você está fazendo aqui? Como sabe que eu estava assistindo anime? Ficou adivinho, moleque?

— Nada. Sou adivinho. Sim. Agora você não respondeu ainda a minha pergunta.

— Só te dou uma resposta positiva se o seu suborno for brigadeiro de panela. Você faz e eu procuro outro DVD com mais o seu estilo.

— É impressão minha ou isso foi uma mandona zumbindo.

— Vai se ferrar. Me deixa ser feliz, seu delinquente juvenil!

Enquanto estava me aventurando pelos corredores da minha casa para o meu quarto, ouvi ele me chamar.

— Annie!

— O que é, retardado?

Belo pijama o seu. Achou na sessão infantil?

— Querido, quando você foi nascer, passou pela torneirinha da falta de noção do perigo, né?

— Você me deixa insano.

— Te ouvir respirar me deixa louca, isso sim. Não faça mais isso perto de mim. Agora fala logo o que veio fazer aqui.

— Queria saber se seu pai ia importar se eu ficasse aqui até umas onze da noite. É que a minha linda namorada está possessa por causa do meu aniversário e está indo pra minha casa.

— Quer dizer que a princesinha pulou o baile de dezesseis anos e resolveu ter o seu dia de princesa casando com o príncipe?

— Mais ou menos isso.

— Então entra. E não pense que eu vou te deixar escolher o nosso programa. Estava assistindo seriado e fazendo as minhas gordices. Então, por gentileza, entre e desfrute de Naruto e coma da comida divina.

Traduzindo na minha língua, o Cabeça de Alga teria que comer pipoca o resto da noite. Provavelmente depois eu faria brigadeiro de sobremesa.

Hoje era mais ou menos o décimo quarto dia que eu via a Percy sem falhar. Bem, esse é o meu recorde com qualquer menino, até mesmo com o meu pai já que eu durmo na casa de Thalia com uma certa frequência.

Cara, eu acho que ir pra uma clínica de reabilitação vai ser uma boa solução pra essa minha nova doença mental que eu desenvolvi.

Quando olhei para a pipoca com manteiga, eu agradeci por ter aprendido a fazer pelo menos isso com a minha mãe, antes dela me abandonar com o meu pai.

— Você não sabe como eu te adoro. Hoje teve treino e eu treinei como um porco. Acredita que a minha mãe queria que eu comesse aquelas folhas nojentas de meninas de dieta. Por que ela não pode ser uma gorda tipo você?

— Cara, eu adoro couve e alface, okay?

— Eca, cara. Perdi o meu respeito por você. — indagou com uma cara descrente.

— Vem cá que eu vou pausar o meu seriado em nome do meu amor por couve.

— O que você vai fazer?

— Te ensinar a comer alface e seus derivados.

Peguei um monte de vegetais, coisa que eu aprendi a gostar, de dentro da geladeira e picotei todos em uma vasilha. Logo após joguei sal e qualquer tempero que achei na frente. Cara, eu acho que sou a única pessoa que come orégano e gengibre na salada. E logo após coloqueilimão e levei a vasilha com um garfo para a sala.

— Come.

— Não, eca!

— Come!

— Nem a machadadas.

— Se você não gostar eu te deixo vomitar no tapete.

— Cara, isso tem até pimenta!

— Dane-se!

Peguei um garfo cheio de tudo o que eu coloquei na vasilha (coisa que nem eu sei o que era) e comecei a empurrá-lo com o meu próprio peso. Como estávamos sentados, ele flexionava sua cabeça para o sofá e fechava a boca com força.

Ah, esse moleque está muito infantil pro meu gosto.

— Para, Ann...

Aproveitei do seu momento de fraqueza e enfiei a comida guela abaixo, coisa que o fez ter que mastigar e engolir, graças ao fato de que eu tampava sua boca com a mão.

Ver o seu olhar de satisfação quando sentiu o gosto foi uma das minhas melhores realizações da semana, pra falar a verdade. Einsteins, pode me passar suas conquistas, porque esse ser aqui manja das manjações.

— Cara, isso é... diferente. Um diferente do tipo bom, ouso dizer.

— Tá, agora cala a boca e assiste Naruto porque eles vão lutar, okay? Me deixa ser nerd.

Enquanto o anime passava Percy comia a minha gororoba e eu terminava a minha pipoca amanteigada. Cara, eu sou realmente uma fada da magia das geeks mais perfeitas. Um dia eu viro santa, digo eu.

De repente o celular de Percy que, curiosamente, era igual o meu, apitou com o típico barulhinho “Tlic”

— A Tanaka saiu da minha casa. Vamos pra lá só um pouco? Minha mãe tem que descobrir que eu estou comendo coisa verde com comida de passarinho. Qual é o nome disso?

— Alguns chamam de salada, mas eu prefiro o termo “misturadão do que tem na geladeira e nas prateleiras quando meu pai esquece de fazer as comprar e eu estou com preguiça”. Use o que melhor te convier.

Ele sorriu pra mim e eu acabei indo pra casa dele de pijama, pantufas, gorro e travesseiro, assim como estava antes. Ai como é bom ser preguiçosa.

Cheguei na casa de Percy e notei o olhar surpreso da mãe dele. Eu estou tão ridícula assim.

— Perceus! Você deveria ter me avisado que iria trazer uma menina pra cá hoje!

— Mãe, ela não vai dormir aqui! — corou Percy. — Eu só falei pra ela vir pra cá, porque o pai dela ainda não tinha voltado do trabalho. Depois eu levo ela embora.

— Ah, tudo bem então. Se quiser podem subir, porque eu tenho muito trabalho pela frente. Trabalhar em um buffet não é fácil, principalmente quando tem que se degustar.

Olhei para o Cabeça de Alga e notei que ele quase não ficava com a mãe. Agora é a minha deixa para agir e salvar o mundo.

— Quer ajuda? Degustação é comigo mesmo. — sorri abertamente.

— Claro! Eu iria adorar. — pude notar que ela estava surpresa, então eu resolvi usar algumas cartas que eu tinha na manga.

— Percy, fica aqui. Se quiser pode terminar de comer sua... coisa.

Quando ele abriu a vasilha, pude notar que Sally achava que eu era uma espécie de macumbeira, milagrosa, santa, anja ou coisas ligadas à perfeição, coisa que eu estava cada vez mais perto de alcançar.

— É muito cedo pra eu te implorar como nora? Olha que, se aguentar o Percy for um trabalho muito árduo, eu pago bem, okay? — brincou.

— Acredite, senhora Jackson, esse é um sacrifício que eu não faria por nenhum dinheiro do mundo. Acredite, até o motivo de eu estar aqui agora não é muito... afetuoso.

— Mãe, caso não se lembre, ela está aqui porque me disse “eu te odeio, seu acéfalo estúpido!”. E acho que o pior de tudo é que eu não fazia ideia do que era um acéfalo.

— E agora você sabe? — perguntei de brincadeira.

— E você sabe o que é internet? Se não, eu vou ter o maior prazer em te apresentar.

— Já ouviu falar de livros ou mesmo dicionário? Se não, eu posso te apresentar. — retruquei irônica.

Ele estava com a vasilha de gororoba recém feita nas mãos quando chegou na minha direção, abaixando o corpo na minha altura de forma em que ele ficava completamente curvado. Aproximou a mão do meu nariz e começou a apertar nele.

— Você é uma menininha muito atrevida para o seu tamanho, Chase.

— Ei! Para de me cutucar. Eu não sou touchscreen. — bati na sua mão de leve.

Ele olhou para a TV, o computador e o celular, os amores da vida dele depois de garotas, futebol americano e seu carro. Era engraçado a sua cara de desespero de quem não sabia se queria ficar sozinho ou com a mãe.

Foi quando eu sorri, fiz um coque mal feito com o meu próprio cabelo e me sentei do lado de Sally. Estou pronta pro rango, babies.

Senti um beliscão leve na barriga e vi Percy se sentar do meu lado.

— Quero ter uma noção do que eu vou querer pro meu aniversário. — ele disse deixando a gororoba de lado.

— Annabeth Chase, eu realmente não sei porque meu filho ainda não se apaixonou por você. Sério, será que eu não posso te adotar? — brincou.

— Bem, eu adoraria dar um tempo nas merdas que meu pai enfia na minha cabeça. — sorri.

Passamos boa parte da noite comendo cupcakes, tortas, bolos e o que mais pudesse encher a nossa barriga. Entre cada um tínhamos que tomar um copo de água para o gosto não misturar com o outro, o que fez com que ficássemos satisfeitos bem mais rápido.

Acabamos por ficar em dúvida entre o sabor dos bolos, pois cada um parecia ser melhor que o outro, mas fiquei surpresa em ouvir Percy falar que ia querer que os docinhos principais fossem brigadeiro. É sério, eu quase abracei ele ali mesmo, mas não sou muito afetuosa.

Estávamos rindo das histórias que a senhora Jackson falava das vezes que a Drew já tinha ido pra lá. Acredita que aquela piranha é mais fresca que eu imaginava? Desde pedir água boliviana até trazer as amigas dela pra dormirem aqui. Peraí que eu vou rir mais um pouquinho e já volto.

Foi quando eu me lembrei da nossa redação e peguei um papel para eu escrever tudo o que queria, só que dessa vez com o apoio da senhora Jackson.

“Eu odeio sua burrice

É sério, senhor Quíron, as vezes eu penso que não existe pessoa mais burra no mundo do que esse Cabeça de Alga problemático. Eu achei que era fácil ser ele, mas com esse cérebro eu duvido muito.

Primeiramente vamos começar com uma breve dissertação sobre o que é o tão famoso Olimpo. Ou seja, a mesa em que os populares (jogadores titulares, líderes de torcida e caras do clube de luta) se sentam. Sempre achei que para se sentar lá bastava ser perverso e ter a tão aclamada boa aparência, aquela que seguisse os estereótipos de hoje em dia. Só que pelo jeito também tem que nascer com o dom de ser mais burro que os outros seres existentes.

Primeiramente essas regras de namorar a menina mais popular. De acordo com a senhor Jackson, mãe do ser alienígena antes citado, ‘Drew não passa de uma vaca. Uma menina sem noção do perigo que é uma mãe de verdade. Aposto que aquela ali nem deve ter tido educação em casa pra usar uma roupa daquelas’.

Quando a questiono sobre o motivo de ela aceitar o relacionamento, ela apenas diz ‘Espero que um dia ele arrume a menina certa, sabe? Chegue em casa e me diga ‘achei a menina certa’ com um sorriso enorme no rosto. Sabe, um dia eu queria ver ele se casar e brigar com os seus filhos por estarem correndo na casa. Não sei, apenas quero que ela não passe de uma má experiência.’.

Sabe, senhor Quíron, ouvir isso me é estranho. Me lembro de demorar anos pra me acostumar que o irmão mais novo de Thalia tinha barba, então acho que seria bem estranho ver Percy casado, com dois filhos e um cachorro, sendo que eu mal vejo sua namorada.

Só que, bem, acho que isso é tudo o que eu posso falar. Esclarecedor, não? Pois bem, agora eu tenho que terminar de ajudar a senhora Jackson (que insiste que eu a chame de Sally, apenas. Isso não é uma graça?)

E essa é umas das coisas que eu mais ODEIO, DETESTO E QUE ME DÁ VONTADE VOMITAR nele.”

Quando eu tinha terminado de escrever, nem tinha notado que a campainha tocava e que Percy já estava na porta com uma cara perplexa.

— Olá, filho.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, babies. É sério que eu só vou postar aqui, ir ali revisar uma matéria e já volto pra responder os reviews, okay?
Beijocas, Mayy *u*