The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira
Notas iniciais do capítulo
Ola ola
Boa leitura!
Sei que este cap parece estranho, mas vai ser essencial para a historia :p
POV ANDREA
Eu sentia frio. Abracei-me, tentando aquecer-me.
Estava tudo escuro e frio. Onde estava eu?
As minhas roupas estavam sujas e eu sentia o meu cabelo a pegajoso. Levantei a mão para tocar na minha cara, mas parei-a quando vi o seu estado.
As minhas unhas estavam pretas e a pele estava suja. Reparei em alo no meu braço esquerdo. Levantei a manga para ver melhor, e arfei. Eu tinha a marca negra tatuada.
O frio e o meu estado deixaram de ser as minhas maiores preocupações. Eu tinha a marca negra no braço. Eu era um deles! Eu era um Devorador da Morte!
– Não! Não! – Gritei. – Eu não posso ser uma deles!
Levantei-me sobressaltada e agarrei as barras de ferro que estavam á minha frente. Sacudias inutilmente. Elas não abriam.
Olhei á minha volta.
Eu estava fechada dentro de um cubículo. Havia um colchão no chão com um cobertor por cima, mas eu não me iria deitar ali. Ao fundo, uma sanita. E mais nada.
Eu estava presa.
– Não. Não. Não. – Disse com uma voz que não era a minha. – Tirem-me daqui!
Voltei-me para as barras de ferro e vi-o.
Uma enorme figura negra de capuz. O frio aumentou.
Um Dementor!
Eu gritei quando ele começou a sugar a minha alma.”
Fui sacudida.
– ANDREA! ACORDA! – Alguém gritava por mim. Fui sacudida de novo e abri os olhos.
O quarto estava escuro, mas eu consegui ver a perfil de um homem.
Aquilo assustou-me. Eu estava no dormitório de Griffindor, não deveria haver ali homens.
– Shiuu, sou eu o James – disse ele, quando se apercebeu que eu ia gritar outra vez.
– James? – Sentei-me na cama retirando o cabelo dos olhos. Olhei para ele. – O que fazes aqui? Como é que entraste? – Olhei em redor. As minhas colegas de dormitório dormiam. – Elas não acordam com os teus gritos?
Ele riu-se.
– Respondendo às tuas perguntas – começou. – Eu estava no sofá, lá em baixo, e ouvi gritos. Vim ver quem era, e encontrei-te a dormir e a gritar. Parecias assustada, pelo que resolvi acordar-te. – Ele sorriu. – Lancei-lhes um feitiço á prova de som – esclareceu quando viu o meu olhar sobre as outras camas. – E quanto a entrar aqui, é segredo!
Olhei para ele.
– Não devias estar aqui – anunciei.
Ele sorriu.
– Já me estás a mandar embora? – Perguntou fingindo-se ofendido. – Sabes quantas miúdas gostariam de estar no teu lugar, agora?
– Eu não sou as outras miúdas – afirmei. – Obrigada por me teres acordado, mas vai-te embora. Eu quero dormir.
Potter olhou para mim durante alguns segundos, depois sorriu.
– Como queiras – afirmou e começou a andar até a porta. Abriu-a e olhou para mim. – Já agora, bela vista – e saiu a correr, fechando a porta.
Fiquei confusa por alguns segundos, até olhar para a minha roupa e perceber. Bolas, o cobertor só tapava até á cintura e eu dormia de roupas interiores.
Eu vou matar o Potter!
Senti os olhos mudarem de cor com a raiva. Aquele idiota! Ele não tinha nada que vir aqui! Alias, como é que ele entrou? Não havia um feitiço qualquer que impedia rapazes de entrarem nos dormitórios masculinos?
Olhei para as horas. 4 e meia!
Deitei-me e tentei dormir.
POV JAMES
“James,
O teu pai e eu estamos muito preocupados contigo. Ou melhor, com o teu futuro querido.
Sei que deves estar farto de ouvir falar sobre isto, mas estás no teu último ano, precisas de te decidir. O que queres fazer da tua vida?
Por favor, não te zangues connosco. Somos teus pais e, como tal, a nossa função é fazer-te crescer bem. E isso inclui fazer-te ver que precisas de um trabalho quando saíres de Hogwarts.
Pensa sobre isso filho. Mas pensa bem! A tua decisão vai mudar o teu futuro.
Sei que agora a única coisa que achas que precisas é de te divertires, mas a diversão um dia acaba. Pensa sobre o assunto.
Com amor,
Ginny Potter”
Poisei a carta de lado. O pergaminho já apresentava sinais de uso de tantas vezes que já o li e embrulhei outra vez.
Suspirei e deitei-me no sofá.
A ideia de estar a desiludir os meus pais não me deixava dormir.
O fogo da lareira começava a apagar-se, mas eu não me importava. Com frio ou não, eu não conseguia dormir mesmo.
– Não! Não! – Ouvi gritos e levantei-me.
O som vinha dos dormitórios femininos. Sem pensar duas vezes, subi as escadas e encaminhei-me em direção ao som.
– Não! Eu não posso…
Abri a porta e vi que estava no dormitório do sétimo ano.
Andrea remexia-se na cama e gritava.
Olhei á minha volta.
– Abbafiato – murmurei o feitiço em direção às companheiras de dormitório de Andrea. Inclinei-me sobre ela. – Andrea!
Nada! Ela continuava a mexer-se e a gritar que não podia ser uma deles. Mas uma deles o que?
– Andrea? – Sem resposta. – ANDREA! ACORDA!
Ela abriu os olhos assustada e olhou para mim.
Vi-a arregalar os olhos.
– Shiuuu, sou eu o James – informei.
– James? - Ela sentou-se e o cobertor caiu sobre o seu colo. Foi a minha vez de arregalar os olhos. Ela sabia que estava só a usar um sutiã, certo? Aparentemente, não! - O que fazes aqui? Como é que entraste? – Vi-a olhar em direção às camas do dormitório. – Elas não acordam com os teus gritos?
Tive de me rir.
– Respondendo às tuas perguntas. Eu estava no sofá, lá em baixo, e ouvi gritos – informei. - Vim ver quem era, e encontrei-te a dormir e a gritar. Parecias assustada, pelo que resolvi acordar-te. – Olhei em direção das colegas de Andrea. – Lancei-lhes um feitiço á prova de som E quanto a entrar aqui, é segredo!
– Não devias estar aqui – disse Andrea.
Sorri
– Já me estás a mandar embora? – Tentei parecer ofendido. – Sabes quantas miúdas gostariam de estar no teu lugar, agora?
– Eu não sou as outras miúdas – afirmou e eu sorri mentalmente. Sim, Andrea, eu já tinha reparado que não és como as outras. – Obrigada por me teres acordado, mas vai-te embora. Eu quero dormir.
Fiquei calado algum tempo a olhar para ela.
Não houve gritos? Nem insultos?
Então esta era a Andrea com sono?
Sorri
– Como queiras – disse e dirigi-me á porta. Abri-a e preparei-me para sair, mas seria eu James S. Potter se deixasse escapar uma oportunidade de me meter com ela? Virei-me para a morena na cama. – Já agora, bela vista – e antes de ela ter tempo de perceber, eu sai do dormitório, fechando a porta atrás de mim.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E entao?
O que acharam do sonho? E da carta de Ginny?