The Cursed Girl escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 4
Ted Lupin


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap!!
ahahahah
boa leitura



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A fila de miúdos á minha frente nunca mais acabava. Sério, havia assim tantos bruxos com 11 anos em Inglaterra?

Olhei á minha volta. Haviam quatro mesas no salão, e depois mais uma para os professores. Numa das mesas eu vi Scorpius e Albus acenarem-me, noutra vi Hugo a falar com um colega, e por fim, na mesa vermelha vi o resto dos meus amigos.

Amigos? Poderia chama-los assim? Afinal eu mal os conhecia! Não me parece que uma viagem de comboio fosse o suficiente para formar uma amizade.

– Andrea Jones – o meu nome foi chamado por um homem. Prof. Longbotton.

Suspirei e sentei-me no banco de madeira que eu podia jurar que tinha mais anos que o próprio castelo.

O professor colocou-me o chapéu na cabeça e o choque foi instantâneo.

– Ah, Jones – disse o chapéu. O mais estranho é que eu ouvia a sua voz nos meus pensamentos. – Finalmente, te vejo por aqui. Esperava-te no primeiro ano, mas pelo que vejo alguém não te quis em Hogwarts nesse ano – disse ele. – Bem vamos cá ver o que temos aqui. Hum, corajosa sim, e muito teimosa também – começou ele. – Vejo que também és ambiciosa e… - calou-se.

– E o quê? – Perguntei preocupada.

– Não pode ser – disse o chapéu.

– O que é que não pode ser? – Comecei a ficar ansiosa.

Acalma-te Andrea, já bastou o que se passou no comboio. Não te queres transformar aqui á frente de todos.

– O que é que não pode ser? – Repeti quando ele não em respondeu.

Oh não, senti os meus olhos arderem de novo. Para minha sorte, não era vermelho. Sabia que os meus olhos estavam verdes agora, cor da ansiedade e preocupação. Pelo menos, no meu caso.

– Nada querida, podes acalmar-te – disse o chapéu e eu soube que ele estava a mentir. – Bem, onde te vamos por? Talvez em Slytherin! Ou Griffindor… - calou-se durante uns segundo a pensar. – Já sei, GRIFFINDOR!

Gritou e a mesa vermelha rompeu em aplausos.

Sorri e fui sentar-me ao lado de Rose.

Eu ainda pensava no que o chapéu tinha visto na minha cabeça para se ter comportado daquela maneira.

– Hey, Andrea, verde é muito bonito, mas eu prefiro a tua cor natural – disse o Potter. Olhei para ele e lembrei-me que ainda tinha os olhos de outra cor.

Fechei os olhos e suspirei. Quando os voltei a abrir já estavam cinzentos.

– Muito melhor – disse o ser irritante á minha frente. Sim, estou a falar de James Sirius Potter.

Ignorei-o.

A diretora Mcgonagoll chamou a atenção de todos.

– Boa noite alunos – cumprimentou. – E sejam bem-vindos a um novo ano escolar! Quero informar que este ano os alunos do cinto, sexto e sétimo ano terão aulas de duelos. – Os alunos em questão sorriram e ouviu-se uma onda de sussurros. – Alunos! Os vossos professores serão o Sr. Harry Potter e o Sr. Draco Malfoy. Queiram dar-lhes as boas vidas – disse a diretora e a porta do salão abriu-se.

Vi Harry ao lado de um homem loiro, bastante parecido com Scorpius. Draco Malfoy.

Harry e Draco encaminharam-se até a mesa dos professores e cumprimentaram a diretora. Vi Draco olhar em redor da sala, e quando os seus olhos passaram por mim ele sobressaltou-se.

Franzi a testa. Bolas, sou assim tão feia?

POV DRACO MALFOY

– Estás pronto? – Perguntou Harry a meu lado.

– Estou sempre pronto – sorri. Ainda me era estranho o facto de depois de tantos anos, Harry e eu sermos amigos.

Ouvimos a voz de Minerva chamar-nos e entramos no salão.

As saudades invadiram-me. Eu adorava Hogwarts, tinha saudades do castelo. Mas não tinha saudades nenhumas do que se passou nesses tempos.

Harry e eu andamos até Mcgonagoll e cumprimentamo-la. Fiz um aceno de cabeça para os restantes professores e olhei á volta da sala.

Vi Scorpius e Albus, sorri. Malfoy e Potter, melhores amigos? Quem diria!

Quando passei na mesa de Griffindor assustei-me. Aquela rapariga!

Cabelos pretos, olhos cinzentos. Por segundos pareceu-me ver Bellatrix, o que é impossível. A minha adorável tia foi morta na Guerra.

Olhei melhor para a miúda. O cabelo era demasiado liso e o rosto muito fino para ser Bellatrix. Mas eu não podia negar que eram bastante parecidas, pelo menos quando Bella tinha 17 anos.

Talvez a miúda fosse da família Black, mas isso também era impossível. Sirius e Bellatrix tinham morrido. Andrómeda e a minha mãe já não tinham idade para ter filhos. Não, ela não era uma Black! A não ser….

Não! Não podia ser!

POV ANDREA

– Bom dia – disse Rose alegremente.

– Bom – bocejo, - dia. – Desejei com sono.

Rose sentou-se ao meu lado no banco e começou a tomar o pequeno-almoço.

– Parece que temos outro James – disse ela.

Olhei para ela sem entender. Rose apontou para a porta do salão e eu vi James, despenteado e com a camisa desarrumada, a dormir em pé, enquanto se encaminhava para a mesa.

– Bom dia – bocejou.

Rose riu-se.

– Vês o que eu digo? Agora temos dois James – brincou ela.

– Dois James? – Potter perguntou confuso. Depois olhou para mim e viu o meu estado, igual ao seu. Sorriu. – Isso só prova que somos almas gémeas!

Olhei para ele com raiva. Sim, o sono foi-se embora.

– Cala a boca, Potter – afirmei.

– Oh não sejas assim logo de manha – pediu ele.

– Olá pessoal – interrompeu-nos Albus. – Então vamos para a aula Rose? Griffindor e Slytherin têm a primeira aula juntos.

– Claro Al – disse a ruiva. Depois olhou para mim e o Potter. – Tentem não se matar, por favor.

– Eu também vou para a aula – informei. E levantei-me.

O Potter imitou-me e olhei para ele.

– Caso tu não saibas, nós – apontou para os dois, - temos aulas juntos, sempre. E como tu não deves saber onde é a sala eu ajudo-te.

Bolas, tinha-me esquecido disso. Mesmo ano, mesma casa, mesmas aulas!

James chateou-me a cabeça até chegarmos á sala. E para piorar sentou-se na mesma mesa que eu.

– Bom dia alunos – o professor entrou pela porta. Professor? Ele parecia ter pouco mais que a minha idade. – O meu nome é Ted Lupin, e vocês podem chamar-me de Ted – informou enquanto colocava as coisas na sua mesa. Virou-se para nós. – Eu realmente acho que essas formalidades de Senhor e Senhorita são muito inúteis no nosso caso, afinal eu tenho praticamente a vossa idade. – Disse. – Hoje vamos falar de Lobisomens e Metamorfos. Alguém me sabe dizer a diferença?

Coloquei a mão no ar. O que é? Eu sou horrível em Transfiguração, mas Defesa Contra a Arte das Trevas é a minha disciplina preferida.

Ted olhou para mim.

– E tu és?

– Andrea Jones – informei.

– Muito bem, Andrea, qual a diferença entre os lobisomens e os metamorfose? – Repetiu a pergunta.

– Um Lobisomen é uma pessoa possuidora de um vírus que a faz transformar-se em Lobo, ou quase isso, na lua cheia. O Lobisomen perde a sua consciência e passa a agir consoante os instintos animais – expliquei. – Por outro lado, um Metamorfo é uma pessoa que já nasceu com esta característica, ela pode mudar o aspeto de qualquer parte do seu corpo voluntariamente.

– Muito bem – afirmou Ted. – Há mais algum aspeto interessante que queiras partilhar?

– Existem meios metamorfos – disse. – Pessoas que não têm o poder de se mudar completamente.

– Como assim? – Perguntou Ted.

– Por exemplo, uma pessoa que só consiga mudar partes do seu corpo ou então que mude apenas consoante os seus sentimentos – informei.

Ted sorriu.

– Conheces alguém assim? – Questionou curioso.

Baixei a cabeça e suspirei de novo.

– Eu – admiti.

– Tu? – Ted estava surpreso. – És meia metamorfa?

– Sim – conformei e ouvi sussurros na sala.

– Silêncio meninos – pediu o professor. – Que tipo de metamorfa és tu?

– Eu posso dizer que sou uma sentimentalista – brinquei.

– És a primeira metamorfa que eu conheço – disse Ted,- sem ser eu.

Olhei para ele surpresa e vi o seu cabelo mudar para azul. Sorri.

– Digo o mesmo.

– Interesante – disse Ted. – Diz-me quem é que da tua família tem o gene?

Arregalei os olhos.

– Ninguém – admiti.

– Mas isso é impossível – disse ele. – É uma característica genética. Tem de haver!

– Professor, eu sou nascida muggle – afirmei. – Eu tenho a certeza que não há ninguém na minha família que seja metamorfa.

Ted não tocou mais no assunto, mas eu percebi que ele não acreditava no que eu havia dito. Sim, eu sei, metamorfia era genético, mas eu não tinha ninguém bruxo na minha família.


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Notas finais do capítulo

e entao?



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